segunda-feira, junho 19, 2006

Ronda 2 do Mundial 2006

Grupo A
Alemanha 1-0 Polónia: Com direito a aquecimento por parte dos adeptos fora do estádio, foi um jogo que lembrou o que há de pior no futebol. A rivalidade radical e soma de todos-os-medos: futebol + politica = guerras. Quanto ao jogo propriamente dito, foi bastante tenso (porque será?) e só ficou desequilibrado com a expulsão a Radaslow Sobolewski (75’). Daí em diante foi o “assalto” germânico às redes polacas que teve efeito mesmo no fim da partida com um golo de Neuville aos 91’. Passagem garantida à próxima fase por parte dos anfitriões.

Equador 3-0 Costa Rica: Tornou-se a equipa surpresa deste Mundial2006, a equipa do Equador. Com golos de Tenório (8’), Delgado (54’) e Kaviedes (92’) conquistou o lugar na fase seguinte que faltava atribuir no grupo, ao segundo jogo. Fantástica carreira até agora e já ninguém aposta tudo na Alemanha no jogo 3. Será que o Equador conquistará em definitivo o 1º lugar do grupo? (eu digo sim)

Grupo B
Inglaterra 2-0 Trinidade&Tobago: Não foi fácil o triunfo britânico sob Tobago. Os golos já apareceram tarde por Crouch e Gerrard (83’ e 91’). Mesmo assim foi merecida esta vitória, fruto de muito suor no meio-campo e combate. 3º jogo, 3ª vaga preenchida na fase seguinte.

Suécia 1-0 Paraguai: Com o golo de Ljungberg (89’) a Suécia encerrou as esperanças do Paraguai neste Mundial e chegou-se mais à próxima fase precisando apenas de um empate diante da Inglaterra se não quiser ficar a ouvir “rádio” e a rezar para que o Paraguai faça o que ainda não conseguiu fazer…ganhar ( a Tobago).

Grupo C
Argentina 6-0 Servia e Montenegro: Acho que não foi só o Monte que ficou negro (hehe). Olé Argentina! Finalmente uma actuação em “full-time” para maravilhar o mundo do futebol. AVASALADORA EXIBIÇÃO! Golos de Maxi Rodriguez (6’ e 41’), Cambiasso (31’), Crespo (78’), Teves (84’) e Messi (88’) que fechou a maior tareia da prova até agora e carimbou o passaporte para a fase seguinte (caaaaaaaaaaaáramba!).

Holanda 2-1 Costa do Marfim: 5º apurado para o próxima fase em 6 possiveis apurados é obra e mostra a concentração e rigor com que a maioria das equipas está a jogar esta na prova-maxima do Futebol. A Holanda não foge à regra ou não tivesse o infalível Van Basten aos comandos de Van Persie (23’) e Nistelrooij (27’). A Costa do Marfim de Drogba terá que estudar bem esta lição, porque para mim ficou bem patente que uma equipa de futebol não é uma estrela + 10. Mesmo assim, Bakari Kone reduziu aos 38’ e deu emoção até ao fim do encontro.

Grupo D
Angola 0-0 México: Foi um 0-0 que gostei e festejei como se de uma vitória se tratasse. Por franca simpatia à equipa angolana (não só pelo Mantorras) e por uma enorme antipatia à arrogância mexicana (que diziam que ficavam em 1º no grupo com uma perna às costas). Angola ainda sonha com a fase seguinte, mas está à mercê do que Portugal fará aos Mexicanos.

Portugal 2-0 Irão: Já foi postado pelo Pedro Neto (e bem, na minha opinião, com galvanização a mais…vê-se que é benfiquista hehe), por isso vou tocar noutro tema: Fala-se de quem deveríamos calhar ou não calhar na fase seguinte – se com a Holanda ou Argentina - e já todos nos esquecemos do 3º jogo do grupo. Neste capitulo a minha opinião é simples: É ganhar contra o México e não perder o embalo, assim, seja quem for que fique no 2º lugar do grupo C será teoricamente mais fraco e mais acessível a Portugal já qualificado para a fase seguinte (6º apurado). Ganhem ao México e pensem nos outros depois!!!

Grupo E
Gana 2-0 Rep.Checa: Se podia haver surpresas na segunda ronda, esta foi uma. Como é posssivel que os Checos tenham maravilhado frente aos EUA com um 3-0 sem apelo nem agravo e caiem frente a um Gana cheio de “ganas” de ganhar. Sem duvida que 2-0 foi lisonjeiro para a Rep.Checa, visto que os africanos falharam uma penalidade e deixaram que Peter Cech fizesse uma exibição cheia. Golos de Gyan (2’) e Muntari (82’).

Itália 1-1 EUA: Record em cartões vermelhos (3) na prova e dois golos italianos:Gilardino aos 22’ e Zaccardo (italiano) confundiu a baliza e marcou para o tio Sam aos 27’.

Grupo F
Japão 0-0 Croácia: É incrível como jogadores profissionais não conseguem acertar numa baliza gigantesca e algumas vezes completamente aberta. Até Srna falhou uma penalidade para a Croácia (defesa do GR nipónico).

Brasil 2-0 Austrália: Todos esperaríamos um Sambinha nos jogos do escrete, mas pelos vistos vamos continuar à espera porque ali está a imperar o profissionalismo. Jogo bastante difícil para o Brasil, com os australianos a darem uma replica muito positiva no jogo, que só foi definido por Adriano já na segunda parte (49’). Depois já quase no fim e após 1 minuto e 30 da sua entrada, Fred estreia-se no Mundial a marcar o 2-0 e viria a ser protagonista de um história bizarra (ver dois posts abaixo). Brasil qualificado para a fase seguinte.

Grupo G
França 1-1 Coreia do Sul: A França espantou o fantasma que tinha desde 1998 com o golo feliz de Henry aos 9’. Tudo fazia querer que os gauleses iriam matar outro borrego (ganhar um jogo desde a final do Mundial 98) e ganhar à Coreia, até tiveram mais oportunidades de marcar na 1ª parte. Mas a entrada na 2ª parte foi displicente e deixaram que a Coreia se agigantasse e J.S.Park aos 81’ marcou um golo caricato que pôs em cheque a qualificação gaulesa.

Suiça 2-0 Togo: Não vi grande parte do jogo, mas a parte final não me falhou e não gostei da atitude do Togo. Perdiam 1-0 e estavam a queimar tempo. Inadmissível num campeonato do Mundo este tipo de postura, antes tinham ameaçado com uma greve por prémios de jogo (quais prémios?). A Suíça ganhou mas não convenceu. Golos de Frei aos 16’ e Barnetta aos 88’.

Grupo H
Ucrânia 4-0 Arábia Saudita: A Ucrânia vingou o desaire com os espanhóis frente aos Sauditas, já habituados a levar grandes goleadas em mundiais (no ultimo levaram 8 da Alemanha). Com golos de Rusol (4’), Rebrov (36’) Shevchenko (46’) e Kalinichenko (84’) a Ucrânia equilibra as contas de golos.

Espanha 3-1 Tunísia: Os tunisinos começaram o jogo a ganhar, aos 8’ abriram o marcador por Mnari e mantiveram-se na surpreendente liderança até à 2ª parte, altura em que a “fúria” espanhola voltou a surgir sob forma de “El niño”, mas 1º Raul repõe o empate aos 71’. Depois, Torrez show aos 76’ e aos 91’ (penalti) com varias oportunidades não aproveitadas pelo meio. Espanha nos oitavos.