segunda-feira, maio 28, 2007

Videoteca Encarnada #6 - Karel Poborsky, "The Express Train"

No dia em que Karel Poborsky anunciou o abandono dos relvados, nada mais justo que esta pequena homenagem a um dos mais fascinantes jogadores que vi envergarem a camisola do Benfica. É certo que esteve num período muito negativo do clube, talvez mesmo no período mais negro da História Centenária do Sport Lisboa e Benfica, mas o checo cedo se tornou num dos favoritos dos benfiquistas. Algo que até poderia ser complicado, já que contribuiu para a tristeza nacional com aquele extraordinário "chapéu" a Vítor Baía, que eliminou Portugal do Euro 96. Todos sabemos que classe não lhe faltava...

Apesar de não ter ganho qualquer título de manto sagrado vestido – estávamos no auge da “Fruta” e do “Café” –, foram muitos os momentos deliciosos que vimos sair daquela mítica camisola #7, já envergada por históricos como José Augusto, Nené ou, mais recentemente, Vítor Paneira. Fica na retina o tal famoso golo de baliza a baliza ao Braga, a genial exibição em Alvalade em mais uma histórica goleada ao Sporting, as várias “arrancadas” numa estrondosa vitória frente ao FC Porto por 3-0, aquele mítico golo ao Alverca... São tantas fintas geniais, inúmeros pormenores sublimes, dezenas de assistências e exibições colossais, que um texto é sempre curto para quem se lembra do “perfume” deste checo. A ala direita encarnada foi dele durante 4 épocas, sempre com estilo... à Poborsky.

O vídeo é uma pequena entrevista dada ao célebre programa “Os Donos da Bola”, onde a família Poborsky fala da sua estadia em Portugal e do Benfica. Há ainda referência a uma polémica causada por um golo irregular marcado à Lázio, num amigável de pré-época, e até ficamos com a sensação de notória incompatibilidade com o treinador Grame Souness. Vários anos depois ficam as memórias e a saudade desta enorme Vedeta! O “Comboio Expresso” já está no “Memorial do Benfica”, com o seu nome bordado a letras de ouro. Obrigado, Karel… por tudo!


#os coleccionadores podem fazer o download aqui, garanto que a qualidade da imagem é bastante melhor.

#adicionado a Videoteca Encarnada

#publicado em simultâneo com o
Encarnados

quarta-feira, maio 23, 2007

A Voz aos Benfiquistas #2

Já sabemos que há imensas novelas em produção, acerca da construção do plantel do Benfica para 2007/08. Entram 573 jogadores, saem outros 682, este não fica, aquele está em negociações, há interesse em mais 349, etc... Sem querer entrar em especulação sem sentido, proponho dar novamente a voz a quem sofre por este clube, perguntando qual o plantel que desejam para o Benfica “atacar” a próxima época. É certo que ainda falta muito tempo mas e que tal começar já a pensar nisso?

Assim, o que pretendo é que indiquem os jogadores que desejariam no plantel, tendo como referência os dois jogadores por cada posição e o actual sistema táctico – sim, porque com Fernando Santos não vai haver novidades. E não se estiquem com contratações impossíveis ou improváveis, façam um plantel exequível.

Deixo as minhas 25 escolhas, de grande qualidade, e conto ainda com o facto de alguns jogadores poderem fazer vários lugares.

Guarda-Redes: Andreas Isaksson (Manchester City), Moreira, e um jovem vindo dos Juniores ou que esteja emprestado;

Laterais (Esquerda/Direita): Léo, Miguelito, Nélson e Marc Zoro (Messina);

Defesas-Centrais: Luisão, Anderson, David Luiz (Vitória Bahia) e Gladstone (Cruzeiro);
(Há a possibilidade de se apostar em Zoro como central ou no promissor júnior Nuno Ferreira, caso haja algum problema com lesões ou castigos)

Trincos: Fábio Rochemback (Middlesbrough) e Petit;
(Se Manuel Fernandes puder ficar no Benfica não há a necessidade de contratar)

Médios-Interiores (Esquerda/Direita): Karagounis, Nuno Assis, Katsouranis e Kazmierczak (Boavista/Pogon);

Números 10: Rui Costa e Simão Sabrosa;

Extremos (Soluções para outro Sistema Táctico): Paulo Jorge e Fábio Coentrão (Rio Ave);

Avançados/Pontas-de-Lança: Fabrizio Miccoli (Juventus), Nuno Gomes, Cristiano Lucarelli (Livorno) e Mantorras;
(Não sei até que ponto o Yu Dabao tem capacidade para subir já aos Seniores, é uma solução a rever)

Saídas: Moretto, Quim, Marco Ferreira, Manú, Beto, Derlei, João Coimbra (Empréstimo) e Pedro Correia (Empréstimo).

Penso que não há nenhuma alternativa válida para o clube, do extenso rol de jogadores que estiveram emprestados na temporada que agora findou. Diego Souza, que tem brilhado no Grémio de Porto Alegre, e Karyaka, um jogador de qualidade que teve poucas oportunidades, seriam as apostas mais prováveis para o regresso mas os seus empréstimos só findam em Dezembro de 2007. Marcel, José Rui, Tiago Gomes, Nicolás Canales, Bijou aka Davidson, Rodolfo Lima, Artur Futre, Inzaghi, Azar Karadas, Hélio Roque, Fernando Alexandre, José Fonte, Amoreirinha e Carlitos, são transferíveis.

Trazer, de novo, José Antonio Camacho é que seria muito importante, mas já deu para ver que Nandinho veio para ficar. "Haja Coração!"

#Foto: AFP-Getty Images

domingo, maio 20, 2007

Crónica 30ª Jornada - Baralhar... e Voltar a Dar!

Terminou tudo como se esperava, sem surpresas…
E o 3º lugar assenta perfeitamente a esta equipa de Fernando Santos, sem ambição e sem rumo. Só um milagre poderia dar mais qualquer coisa a este Benfica já descrente, um milagre que conseguisse “dar a volta” ao cunho perdedor da equipa técnica que o comanda. Parece que um dos piores treinadores da História do Benfica acha que uma época em 3º lugar não é uma época negativa. É por este tipo de coisas que tenho vergonha de ter este tipo de gente no Benfica. Época medíocre, treinador medíocre e, o mais grave, muitos adeptos conformados e satisfeitos com a mediocridade. Afinal, até “fizemos muitas coisas positivas”... ou talvez, "bonitas"? Há que reflectir e reconsiderar a actual postura demagógica, e incapaz, de toda a Direcção do Futebol. O chavão da estabilidade só deverá ser tido em conta quando há 100% de certezas acerca da competência...

O jogo frente à Académica até acabou por ser um bom espectáculo, melhor que recentes confrontos do Benfica, mas muito porque a equipa visitante também contribuiu para tal. É incrível como nem no último jogo da época se dá mais minutos a Miguelito ou a João Coimbra, já com Rui Costa estoirado. O jovem Pedro Correira esperou estrear-se mas, depois da oportunidade de alguns minutos a aquecer, Fernando Santos voltou a ordenar que se sentasse no banco. Bela forma de motivar um miúdo… surreal!
O nível exibicional das individualidades foi bastante alto. Quim foi um esteio e por 4 ou 5 vezes brilhou ao impedir o golo da Briosa. Nélson e Léo estiveram bastante seguros na defesa, menos afoitos no ataque – o #22 fez, mesmo, um dos melhores jogos desta parte final de temporada. Notas muito positivas, também, para a segurança de Anderson e de David Luiz, e para a fantástica jogada de Katsouranis que dá origem ao golo de Mantorras.

Para melhor em campo escolho Karagounis, autor de mais uma grande exibição como tantas que fez ao longo da temporada. O grego está directamente ligado ao primeiro golo do jogo, através de um dos seus vários remates. Paulo Jorge e Manú continuam a ser uma desilusão, 45 minutos de um e 45 minutos de outro não fazem uma prestação aceitável. “Queimados” durante a época toda não era agora que, sem ritmo, iriam sprintar e fintar toda a gente. Rui Costa e Miccoli sempre com a mesma classe e disponibilidade. Sentido de passe no português, movimentações e perigo constante no italiano. Peças importantes para 2007/08, urge resolver e confirmar a sua permanência. Recuso-me a acreditar que atletas tão acarinhados não façam parte do futuro próximo do Benfica. Mantorras voltou a “picar o ponto”. Metade do tempo de jogo do inenarrável Derlei, o dobro do aproveitamento. Factos são factos…

Foi mais uma péssima arbitragem de João Ferreira, com inúmeras faltas não assinaladas durante o jogo todo. Em lances polémicos o cartão vermelho poderia muito bem ter saído a Miguel Pedro, por aquilo que parece ser uma agressão a Karagounis – lance onde nem sequer houve amarelo –, e até a Rui Costa, devido a uma entrada duríssima sobre Filipe Teixeira – curiosamente um lance idêntico ao tal de Quaresma sobre Karagounis, que passou despercebido a quase toda a gente. O cartão amarelo ao #10 da Académica, por simulação de penalty, é indiscutível. Terá faltado, também, a Dame N’Doye – jogador jovem e extremamente interessante – quando este tentou “sacar” uma falta a Anderson, começando o número artístico ainda fora da área.
Trabalho fraco dos árbitros auxiliares, de Bertino Miranda principalmente, já que Miccoli foi impedido de se isolar num lance perfeitamente regular.

Findo o Campeonato fica a tristeza de quem não conseguiu festejar. Mais uma vez o “Campeão Justo” garante um título e junta-o à sua interminável lista de conquistas das últimas décadas. Num ano marcado pela impunidade “sumaríssima” e por mais escândalos do Apito Dourado, é nestas situações que me questiono se vale a pena ser honesto, se vale a pena querer Justiça no Futebol, se vale a pena querer dignidade, se vale a pena exigir um Desporto limpo de Máfia e de Corrupção…
Acho graça ao “Contra Tudo e Contra Todos” que já se vai usando aqui e ali nas comemorações do título. É precisamente esse o problema, não pode valer tudo contra todos! A impunidade continua mas há que ser forte e não esmorecer, tenho esperança que um dia todos os mafiosos irão pagar por todo o mal que fizeram ao Futebol Português. Em Leiria não há portistas, já nem tudo é mau.

NDR: Talvez muitos achem estranha a minha vontade, mas não consigo desejar outra vitória na Taça de Portugal que não a do Sporting. Torcer pelo Belenenses é algo que sou incapaz de fazer, mesmo com um treinador que aprecio imenso. Para além do mais, a excelente época do Sporting, e o grande e honesto trabalho de Paulo Bento, merecem ser premiados. É com tristeza que vejo que a União de Leiria não conseguiu a presença na Taça UEFA por muito pouco, apesar de achar que o Paços de Ferreira mereceu o lugar que conquistou. Descem Beira-Mar, novamente com uma parceria estranha, e Desportivo das Aves. Situação injusta para as gentes de Aveiro mas prémio merecido para o Prof. Neca, foi precisamente como ele queria

Podem ver o resumo do jogo aqui. O excelente vídeo é da bS7.

Ficha de Jogo:

30ª Jornada da Liga BWin

Estádio da Luz, em Lisboa

Árbitro: João Ferreira (Setúbal)

SL BENFICA – Quim; Nélson, David Luiz, Anderson e Léo; Katsouranis, Paulo Jorge (Manú, ao int.), Karagounis (João Coimbra, 88 m) e Rui Costa; Fabrizio Miccoli (Mantorras, 74 m) e Derlei.

ACADÉMICA – Pedro Roma; Sarmento (Alexandre, 47 m), Kaká, Medeiros e Lino; Paulo Sérgio, Sílvio (Gyano, 47 m), Filipe Teixeira e Miguel Pedro; Joeano (Roberto Brum, 62 m) e Dame N'Doye.

Disciplina: Amarelos a Rui Costa (66 m), Filipe Teixeira (69 m) e Dame (85 m).

Golos: 1-0, Derlei (11 m); 2-0, Mantorras (81 m).

#Fotos: Reuters e AFP-Getty Images

#adicionado a Crónicas 06/07

#publicado em simultâneo com o Encarnados

segunda-feira, maio 14, 2007

André Lima, Pois Claro...


O jogo em si acabou por ser uma desilusão, de tão fraco e pouco emotivo que foi. O Futsal “Ataque/Contra-Ataque” foi enfadonho e, principalmente, o Benfica esteve muito longe daquilo que todos nós esperávamos. O cansaço do dia anterior, das duas equipas, e a ausência de peças-chave como o castigado Gonçalo Alves, o lesionado Rogério Vilela e de Pedro Costa – expulso a terminar a primeira parte do jogo –, condicionaram o espectáculo de forma decisiva. Também não é de descartar algum nervosismo encarnado, no momento em que tudo se decide e onde o adversário nada tem a perder…

Curiosamente, e tal como na vitória frente ao Sporting, foi Amandus que inaugurou o marcador aos 10 minutos, depois de uma entrada fortíssima do Braga e algum atabalhoamento benfiquista. Foi um golo decisivo e que deu segurança a um Benfica irreconhecível, que ainda tremeu um pouco com algumas iniciativas individuais de Berto e após a expulsão algo forçada de Pedro Costa, que condicionou a equipa a apenas 4 elementos durante 2 minutos.

Após o intervalo, e já com 5 jogadores, o Benfica foi demolidor e só por acaso o avolumar do marcador não se verificou. Foram inúmeras oportunidades a que o guarda-redes e os postes bracarenses se impuseram em grande estilo! Mas a 6 minutos do final foi mesmo o Braga que empatou, num sublime toque de calcanhar de Pedrinho. E aí o Benfica acordou, e os jogadores entenderam que precisavam dar tudo para garantir a 3ª Taça de Portugal do historial do clube. E como não podia deixar de ser, Amandus – a grande figura do Benfica nesta Final Four – recuperou uma bola e lançou André Lima que, demonstrando a sua enorme classe aos 36 anos, contribuiu de forma decisiva para mais um título.
O Braga ainda tentou o “guarda-redes avançado” mas já era muito tarde, e o caneco já tinha dono…

NDR: Aproveito para lamentar, mais uma vez, a forma como as claques adversárias se comportam em confrontos com o Benfica. Acho muito bem que os bracarenses apoiem o seu clube, mas já é tempo de alguém responsável proibir o uso contínuo do vernáculo ofensivo aos benfiquistas, na célebre versão alternativa do conhecido cântico “SLB, SLB”. É raro o Estádio, no Desporto Nacional, onde esta situação não ocorra. É uma vergonha que isto continue a ser permitido e que toda a gente permanece de braços cruzados.


Ficha de Jogo:

Final da Taça de Portugal de Futsal 2006/07

Pavilhão Municipal de Vila Nova de Gaia, em Oliveira do Douro

Árbitros: Pedro Paraty e Joaquim Bonifácio (Porto)

SL BENFICA – Bebé; Pedro Costa, Zé Maria, André Lima e Ricardinho.
Jogaram ainda: João Marçal, Sidnei, Estrela e Amandus.

SPORTING BRAGA – Berto II; Leonel, Pedrinho, Ricardinho e Berto.
Jogaram ainda: André, Coroas, Fabrício e Lino.

Disciplina: Amarelos a Berto II, Amandus, Pedrinho, Daniel, Bebé, Fabrício e Ricardinho. Duplo amarelo para Pedro Costa, com o respectivo vermelho.

Golos: 1-0, Amandus (10 m); 1-1, Pedrinho (34 m); 1-2, André Lima (37 m).

#Fotos: FutsalPortugal.net e FutsalBenfica.net

#publicado em simultâneo com o
Encarnados

domingo, maio 13, 2007

Crónica 29ª Jornada - Sport Lisboa e... Miccoli!

Infelizmente as novidades nas exibições do Benfica têm sido muito poucas, também a maioria dos jogadores parecem conformados e apenas à espera do final da temporada. Mas há excepções, evidentemente! Petit, Léo e, principalmente, Miccoli têm mantido uma bitola altíssima e mais uma vez destacaram-se na horrorosa exibição colectiva frente a um dos mais medíocres Vitórias de Setúbal que me recordo. Foi mesmo o italiano, que espero que fique na Luz por muito mais anos, que deu os 3 pontos à sua equipa, em nova exibição individual de encher o olho. Há, também, o destaque para a infindável classe de Rui Costa que raramente se deixou bater, pautando o meio-campo com a reconhecida categoria.

Efectivamente é doloroso assistir a este Benfica! Sempre os mesmos erros a serem cometidos, com destaque para a enervante incapacidade do treinador em motivar atletas e os próprios adeptos. Consegui, finalmente, ver Miguelito em acção… infelizmente não foi dentro de campo mas quando se levantou do banco, para protestar, na sequência de uma falta dura sobre um colega. É incrível! Miguelito foi humilhado por Fernando Santos durante quase 6 meses! Parece que este talentoso jovem não conta para nada e está lá apenas a fazer número. Circulam rumores que será dispensado no final da época, isto se Nandinho permanecer. A concretizar-se esta surreal opção começo a questionar a lucidez de Fernando Santos, e não só a competência…

Faço referência, ainda, a Derlei, o "Cavalo de Tróia", que não só actuou de forma anedótica, durante todos os minutos em que esteve em campo, como ainda teve a lata de sair do recinto a rir-se e a troçar de alguns dos adeptos que lhe pagam o salário. Um atentado, e ninguém mete mão nisto!

Em relação à arbitragem, Jorge Sousa não teve influência no resultado e já não se pode pedir muito mais. Há dois lances mais polémicos, que poderão ser involuntários, onde há um contacto do braço com a face quer de Petit em Amuneke e depois do nigeriano ao capitão do Benfica. Poderia, de facto, ter saído pelo menos um amarelo para os dois jogadores, mas como se seguiu o mesmo critério nas duas jogadas acho que Jorge Sousa não condicionou a Verdade Desportiva. E Petit, de qualquer das formas, já não vai jogar na próxima jornada – deverá ser Rui Costa a capitanear a equipa. Trabalho exemplar dos árbitros assistentes, num jogo com pouco trabalho.

Na 30ª e última jornada, o adversário é a Académica e há um conjunto de possíveis resultados de FC Porto e Sporting que poderão beneficiar o Benfica. Confesso que nem sei quais são, nem tenho curiosidade em saber. A minha loja de emoções já fechou há muito tempo. Mas tendo um Santo no banco, tão ligado à Fé Católica, talvez muitos ainda acreditem em milagres. Ou, como diz Fernando Santos: “Pode ser que tenhamos felicidade na última jornada!” É engraçado que o discurso tenha mudado de “Não tenho nenhum interesse nos resultados dos outros, nem vou ver o FC Porto-Sporting!” para “Pode ser que eles escorreguem!”

NDR: Como é óbvio, dos dois candidatos mais prováveis, estarei a torcer para que seja o Sporting a arrecadar o título. Já falei sobre esta minha opção variadíssimas vezes e nem preciso voltar a discutir o mesmo. No entanto, é praticamente impossível o Aves conseguir pontuar no Dragão, pelo que o clube português mais associado à corrupção na arbitragem, e com vários processos em Tribunal, irá ter de arranjar mais espaço nas vitrinas… é o país que temos, pode ser que haja novidades judiciais num futuro próximo!


Ficha de Jogo:

29ª Jornada da Liga BWin

Estádio do Bonfim, em Setúbal

Árbitro: Jorge Sousa (Porto)

VITÓRIA SETÚBAL – Milojevic; Janício, Auri, Hugo (Madior, 66 m), Veríssimo e Bruno Ribeiro (Kim, 51 m); Binho, Rui Dolores, Amuneke e Varela; Ayew.

SL BENFICA – Quim; Nélson, Anderson, David Luiz e Léo; Petit, Katsouranis (Paulo Jorge, 71 m), Karagounis e Rui Costa; Derlei (Mantorras, 59 m) e Fabrizio Miccoli (João Coimbra, 87 m).

Disciplina: Amarelos a Milojevic (57 m), David Luiz, (66 m), Petit (77 m) e Paulo Jorge (90+2 m).

Golos: 0-1, Miccoli (79 m).

#Fotos: Site Oficial

#adicionado a Crónicas 06/07

#publicado em simultâneo com o Encarnados

sábado, maio 12, 2007

Veneno, a 5 Graus!

Demonstrando clara superioridade, o Benfica humilhou o Sporting com 5 golos sem resposta, e apurou-se para a Final da Taça de Portugal de Futsal 2006/07, onde irá defrontar o Sporting de Braga – já este ano derrotado na Fase Regular por 13-0 em Braga e 7-4 no Pavilhão da Luz. Após uma primeira parte bastante equilibrada, o placard mostrava um golo de vantagem para a equipa treinada por Adil Amarante, obtido através de um livre superiormente apontado pelo fixo Amandus. Curiosamente, o brasileiro entrou em campo, nos primeiros 20 minutos, apenas para bater essa bola parada. Esteve em campo apenas dois ou três segundos…

Apesar de serem fortemente penalizados por uma péssima arbitragem – infelizmente é sempre esta dupla que apita os derbys e fá-lo sempre prejudicando claramente o Benfica –, foi o ferro que impossibilitou que os encarnados sentenciassem a partida logo no reatamento. O inspiradíssimo Pedro Costa, na mesma jogada, remata aos dois postes de Cristiano, guarda-redes que evitou que os números fossem ainda mais expressivos.
Amandus, que fez a sua melhor exibição de sempre pelo Benfica, acabou por ser decisivo ao assistir o genial Ricardinho para a justa vantagem dupla. Depois do 2-0, o Sporting recorreu ao “guarda-redes avançado” e acabou goleado, com Bebé – de baliza a baliza –, de novo Ricardinho, e o grande capitão André Lima, a sentenciarem o resultado final.

Tal como dizia o adjunto Nélito: “Sempre que é preciso o Benfica vence o Sporting!” No 2º confronto da época que efectivamente decide alguma coisa, a justiça do vencedor é inegável. A exibição do Dream Team benfiquista acaba por ser bastante positiva, evidenciando o magnifico trabalho do seu treinador. Apesar de dois golos, Ricardinho não esteve nos seus dias e não conseguiu evidenciar as qualidades que o elevam a um dos melhores jogadores a nível Mundial. Imaginem se o conseguisse!
Depois de garantir a SuperTaça, no início de época, amanhã há uma oportunidade de ouro para continuar a rejuvenescer o domínio claro e absoluto do Futsal Português.

NDR: Paulo Fernandes, treinador adversário, volta a deixar o fair-play em casa e, com enorme azia na flash interview, recorda desfechos antigos onde o resultado foi diferente. É lamentável que este indivíduo continue a envergonhar o clube que representa com declarações anedóticas e um ressabiamento inqualificável. Desta vez não foram os autocolantes do piso, não?

Uma palavra, ainda, para o magnifico público que encheu o pavilhão em apoio ao Benfica, dando uma excelente imagem durante todo o jogo. Não percam uma excelente crónica, aqui.


Ficha de Jogo:

Meias-Finais da Taça de Portugal

Pavilhão Municipal de Vila Nova de Gaia, em Oliveira do Douro

Árbitros: António Cardoso (AF Coimbra) e Ricardo Eufrásio (AF Coimbra)

SL BENFICA – Bebé; Pedro Costa, Zé Maria, Gonçalo Alves e Ricardinho.
Jogaram ainda: André Lima, João Marçal, Sidnei e Amandus.

SPORTING CP – Cristiano; Evandro, Zezito, Davi e Bibi.
Jogaram ainda: Adolfo, Nené, Deo e Edinho.

Disciplina: Amarelos a Zézito, Davi, Bibi, Amandus, Bebé e Sidnei. Duplo amarelo para Gonçalo Alves, com o respectivo vermelho.

Golos: 1-0, Amandus (10 m); 2-0, Ricardinho (34 m); 3-0, Bebé (35 m); 4-0, Ricardinho (38 m); 5-0, André Lima (38 m).

#Fotos: FutsalBenfica.net

#publicado em simultâneo com o
Encarnados

quarta-feira, maio 09, 2007

"Fazer Coisas Bonitas..."

As similaridades entre as eras Artur Jorge e Fernando Santos são assustadoramente reais. Pode ser apenas um receio infundado mas tive o cuidado de procurar e identificar aspectos que poderemos comparar. Algumas situações são óbvias, outras talvez sejam apenas a minha opinião. Mas de certeza que todos sabemos que foi aquela célebre estadia de Artur Jorge, no comando técnico do Benfica, que contribuiu largamente para vários anos de jejum de títulos.
Urge rectificar e reorganizar o Benfica de dentro, para que a presença de Fernando Santos não venha a comprometer tanto como a do seu colega de profissão, há 12 épocas atrás.

Fica, então, aquilo que consegui apurar num curto espaço de tempo. Se me esqueci de alguma coisa podem acrescentar o que se lembrarem, na caixa de comentários.

  • - Ambos declaradamente benfiquistas mas com um passado de sucesso como treinadores do FC Porto, sendo que fizeram amizade com Pinto da Costa. Gozam de grande prestígio e respeito junto de responsáveis azuis e brancos;

  • - Fizeram currículo no estrangeiro mas em países com futebol de 2º linha, deixando uma boa impressão aos locais, que ainda hoje se mantém (Artur Jorge venerado em França, Fernando Santos é-o na Grécia);

  • - Prestações completamente desastrosas em todos os projectos com ambição, à excepção dos acima citados. Passado bastante positivo em clubes históricos do nosso país sendo que foram ambos jogadores do Benfica, apesar de em diferentes patamares e estatutos. Artur Jorge foi jogador e treinador da Académica, Fernando Santos fê-lo no Estoril tendo transitado para o Estrela da Amadora;

  • - Entraram no Benfica, como apostas pessoais dos Presidentes, tomando conta de uma equipa com uma base alicerçada em títulos, boa imagem europeia e jogadores de qualidade suficiente para altos voos (A equipa de 1993/94 era muito superior à de 2005/06 e Campeã mas a última ainda mantinha a estrutura do título de 2004/05);

  • - Têm manifesta dificuldade de comunicação e de expressar as suas ideias, criando sucessivas polémicas na Imprensa que dão má imagem ao clube e originam problemas internos, alguns deles com jogadores preponderantes (Artur Jorge: “O Benfica é um Circo”, “Paneira está ultrapassado”, “Esta é a pior equipa que eu já treinei na minha vida”… Fernando Santos: “Mantorras não pode jogar 90 minutos”, “Miccoli é um jogador 'pesado'”, “Não sei o que se passou, temos de conversar”) ;

  • - São ambos maus treinadores tacticamente, muito lentos a ler o jogo, pouco interventivos quando se justificam alterações e denotam incapacidade motivacional para com os atletas que dirigem, transmitindo impotência e desnorte (Artur Jorge nunca se levantava do banco para dar indicações, Fernando Santos não sabe o que anda a fazer no banco e raramente se faz ouvir);

  • - “Queimar” jogadores de qualidade, que poderiam acrescentar uma mais-valia, é a sua especialidade. Com Artur Jorge a fava saiu, essencialmente, a Mario Stanic e a César Brito. Fernando Santos fê-lo a mais gente mas destacam-se Miguelito, Paulo Jorge e Manú;

  • - Épocas longas a nível europeu mas onde se baqueou de imediato quando os adversários tinham elevada qualidade. Em 1994/95 aconteceu frente ao AC Milan, em 2006/07 frente a Manchester United e, porventura, Espanyol. Eliminação da Taça de Portugal frente a equipas inferiores, Artur Jorge com o Vitória de Setúbal, Fernando Santos com o Varzim;

  • - Os Presidentes manifestam total confiança nos serviços dos dois mesmo com maus resultados, na sequência de uma época desastrosa que resultou num paupérrimo 3º lugar no Campeonato, e com muita indignação e descontentamento por parte dos sócios e adeptos. A 2ª época de Artur Jorge iniciou-se muito condicionada, a de Fernando Santos prevê-se que assim seja;


Obviamente que há muitas diferenças entre os dois mas que não se dê a possibilidade a Fernando Santos para uma “limpeza de balneário”, que não se deixem sair os Isaías, os Paneiras e os Mozers da actual equipa apenas porque o treinador quer construir um Benfica à sua imagem. Uma imagem ridiculamente perdedora! O ciclo de um acabou à 3ª jornada da época seguinte, que se corte já o mal pela raiz… antes que seja tarde demais!

#Fotos: AFP-Getty Images

#adicionado a
O Céu é Encarnado

#publicado em simultâneo com o Encarnados

domingo, maio 06, 2007

Crónica 28ª Jornada - "Dead Man Walking!"

Em mais uma péssima exibição colectiva do Benfica, há a destacar a influência de três atletas espantosos, que dão aquela ponta de classe, de profissionalismo e de empenho que todas as grandes equipas de futebol necessitam. Pouco mais houve para ver deste Benfica 2006/07, mesmo para os apoiantes entusiásticos que já vão esmorecendo, a não ser as performances de Petit, Léo e do fantástico avançado italiano Fabrizio Miccoli. Este confronto com a Naval, que garantiu a primeira vitória do Benfica frente aos figueirenses, valeu apenas pelos duelos individuais deste triunvirato, já que o verdadeiro futebol de equipa não se manifestou. É preocupante que haja regressão em vez de evolução, num ano que poderia ser o de afirmação de um clube rejuvenescido. Apostar pequenino raramente dá resultado, e daí há que retirar conclusões e apurar os responsáveis!

Curiosamente, o Benfica até entrou bem no jogo e marcou cedo. Uma grande jogada de Miccoli possibilita um golo fácil ao, finalmente capitão, Petit. Vendo pela pouca afluência de público, o desânimo já está bem enraizado nas hostes benfiquistas, mas poucos estariam à espera que, depois do 1-0, a vitória estivesse em causa… e só aparecesse por novo lance individual, mesmo a terminar a partida. Miccoli, sempre ele! O conjunto apresenta um futebol sem chama, sem qualidade, muito “preso” e com unidades em completo desenquadramento da equipa e alguns até do próprio clube.

Obviamente que, devido às várias lesões de jogadores imprescindíveis como Luisão e Simão, a equipa apresentado foi de recurso. Voltamos a bater na mesma tecla das poucas oportunidades dadas a reservas, que poderiam ter dado contributos importantes ao longo da época. O problema é que Fernando Santos vai minando o espaço desses atletas, já havendo quem coloque em causa o seu valor absoluto. O Departamento Médico também não ajuda às opções do treinador, reinando, assim, o clima da incompetência e do assobio para o ar. Manú fez uma exibição horrível demonstrando-se claramente fora de ritmo, tal como João Coimbra nos poucos minutos que esteve em campo. Mantorras e Paulo Jorge entraram muito tarde, para não variar, e Derlei esteve a mais durante 72 minutos. E que mais será preciso para, 6 meses depois, o polivalente Miguelito voltar a jogar pelo Benfica? “Nós Sabemos o Que Andamos a Fazer!” Jura? Não parece, Nandinho!

Em relação à arbitragem, num jogo facílimo de apitar, há a lamentar a errada anulação de uma jogada de Miccoli que deu golo a Manú. O fora-de-jogo não parece existir mas, sendo de difícil juízo, deve-se beneficiar o ataque. É de lei… há que as cumprir! João Vilas Boas não actuou de forma disciplinar mas terá errado num lance onde Derlei parece agredir China. Intencional ou não, quem o poderá dizer é apenas o jogador, o que é certo é que o contacto é violento e a posição dos braços não é natural. Derlei tem uma forma de jogar arruaceira, sem respeito pela integridade física do adversário, e teria de ver, na minha opinião, um cartão vermelho. Não me chocaria um Sumaríssimo, ou talvez um… Derleíssimo.

Mas é precisamente do #27 do Benfica que quero tecer mais algumas palavras. Que a contratação era disparatada, todos percebemos aquando do seu anúncio. A dispensa de um jogador útil, já adaptado e com garra, como era Kikín Fonseca, acaba por ser um clamoroso tiro no pé que terá custado vários pontos. Derlei é um jogador maldoso, anedótico e inútil, que nada tem a ver com a mística do Benfica. Está desenquadrado desta realidade e nada contribui para a melhorar. Censuro a monumental assobiadela a que teve direito, porque fazê-lo aos “nossos” durante um jogo é parvoíce, mas compreendo-a perfeitamente! E há mais quem também mereça o mesmo tratamento. Este tipo de contratações de refugo é algo que me indigna. Qual o objectivo de continuar com este tipo de negócios que só prejudicam o clube desportivamente e até na sua imagem? Já ouvi algumas teorias conspirativas que insinuam que o jogador é uma espécie de “agente infiltrado”, para destruir. Confesso que é algo que me custa a acreditar.

Mas como sócio deste clube seria 100% a favor de uma inclusão nos Estatutos que proibiria a entrada no Benfica de qualquer elemento que já tenha tido uma ligação contratual ou sentimental com o FC Porto. Não tenho dúvidas que sairíamos beneficiados conjunturalmente se tal proposta fosse aprovada. Concretamente, faltam dois jogos para terminar esta frustrante época e nada mais há para ganhar. Que se termine o Campeonato com dignidade, isto é com duas vitórias, e que haja uma profunda reestruturação na próxima época. Mas para essa discussão ainda temos algum tempo…

NDR: Volto a repudiar o comportamento dos adeptos portistas, em novo confronto do FC Porto com o Sport Lisboa e Benfica, desta vez em basquetebol. É impressionante o comportamento animalesco dessa gente, que não olha a meios para provocar, insultar e até agredir adeptos e jogadores adversários. A impune arruaça atinge todos os limites em várias modalidades, desta vez o banco do Benfica foi cuspido, insultado e agredido com objectos perante a inoperância e servilismo da PSP de Matosinhos. Quem não se sabe comportar como cidadão não pode ter os mesmos privilégios que aqueles que o fazem. Espero que o bom senso impere no Jogo 5 das Meias-Finais do Playoff e que os animais voltem a não ter permissão para entrar no Pavilhão do Benfica.

Há que destacar, ainda, mais uma grande vitória de Vanessa Fernandes na Taça do Mundo. A triatleta do Benfica, mas ao serviço da Selecção Nacional, venceu em Lisboa e já lidera o ranking Mundial da modalidade.

Podem ver o resumo do jogo aqui. O excelente vídeo é da bS7.

Ficha de Jogo:

28ª Jornada da Liga BWin

Estádio da Luz, em Lisboa

Árbitro: João Vilas Boas (Braga)

SL BENFICA – Quim; Nélson (Paulo Jorge, 84 m), Katsouranis, David Luiz e Léo; Manu (Mantorras, 67 m), Karagounis, Petit e Rui Costa; Derlei (João Coimbra, 72 m) e Fabrizio Miccoli.

NAVAL 1º MAIO – Taborda; Mário Sérgio, Paulão, Fernando e China; Carlitos (Delfim, 29 m), Orestes e Gilmar; Fajardo (Elivelton, 72 m), Saulo e Lito.

Disciplina: Nada a Assinalar.

Golos: 1-0 por Petit (11 m); 1-1 por Lito (77 m); 2-1 por Miccoli (88 m).

#Fotos: Reuters e SerBenfiquista

#adicionado a Crónicas 06/07

#publicado em simultâneo com o Encarnados