segunda-feira, março 31, 2008

Crónica 24ª Jornada - Uma Luta Desigual...

Foi com tristeza e desilusão que acompanhei a 24ª jornada da Liga BWin. Não porque o Benfica ganhou o seu jogo de forma convincente, e isso é sempre bom sinal, mas porque, mesmo com inúmeros erros de gestão interna, se continua a “dobrar” a Verdade Desportiva, o que seria se o Benfica tivesse, de facto, uma grande equipa de futebol? É com jornadas como esta que perguntamos se vale a pena consumir o Futebol Português, nos dias de hoje. Um consumidor é estúpido, se insiste em continuar a ser enganado na aquisição de um produto. É uma pena que não haja um botãozinho de “off”, para desligar esta paixão pelo Desporto-Rei no nosso país. Acreditem que, se conseguisse, não pensava duas vezes. Estou farto de ser enganado, são muitos anos a sofrer com injustiça e impunidade grotescas. Para quê? A única coisa que se ganha com isso são chatices… ou coisas piores. Como é possível ser “tudo normal” quando o Presidente do proclamado Tri-Campeão já tem julgamento marcado, por ter corrompido árbitros? Isto não acontece em nenhum país do Mundo civilizado. Nenhum! Não vos indigna? Eu não consigo compreender como é que o País Desportivo não se revolta em massa contra isto!

Indo concretamente ao jogo frente ao Paços, é preciso dizer que o Benfica fez uma exibição bastante agradável. Há que ter em consideração, como é óbvio, as várias debilidades do Paços de Ferreira, mas a equipa esteve sempre por cima do jogo em todos os dados estatísticos e deu a sensação que só um cataclismo impediria a vitória. Fernando Chalana inovou um pouco e optou por um esquema com apenas um homem no meio-campo defensivo: Petit. Penso que essa é uma boa solução nos jogos em casa, principalmente se isso significar que Nuno Gomes estará colocado ao lado de Óscar Cardozo. O losango foi reeditado, e foi bem visível no posicionamento mais central de Rodríguez e nas várias subidas de Léo e de Nélson, mas pode bem ser uma ilusão tendo em conta o excessivo acanhamento dos pacenses. O que é certo é que o Benfica dominou completamente a primeira parte e adiantou-se no marcador com um fantástico míssil de Cristián Rodríguez. A igualdade ao intervalo, conseguida por Wesley, era um prémio injusto para o Paços de Ferreira, que nada fez em 45 minutos para o justificar.

O Benfica sentiu imenso a igualdade no reatamento e teve alguma dificuldade para explanar o seu futebol. O Paços teve as melhores oportunidades para dissolver a igualdade, nos 20 minutos do segundo tempo, mas o próprio Quim acabou por não ter grande trabalho e até nem se deu muito por ele.. A entrada de Di María – e ninguém me convence que não é do banco que o argentino deve vir sempre –, acabou por ser decisiva, já que deu o ritmo que Maxi Pereira nunca conseguiu dar. Quanto a mim nunca o conseguiu, desde que ingressou no Benfica. O 2-1 acabou por acontecer com muita felicidade, com um ressalto à mistura, e o 3-1 de Rui Costa, num livre magnífico, sentenciou o jogo. O bis do Maestro foi a prenda de aniversário merecida, para quem já fez muito por este Benfica 2007/08. Os últimos 20 minutos de jogo foram em tudo semelhantes à primeira parte: um Benfica com velocidade, a jogar simples e eficazmente, com jogadas bonitas, muita entreajuda entre colegas de equipa e com o (pouco) publico a corresponder de forma muito positiva.

Rui Costa, com dois golos e uma excelente exibição, acabou por ser a chave do jogo mas para MVP da partida escolho Cristián Rodríguez. Que o uruguaio é um dos melhores jogadores da Liga, já todos sabemos. Para além do espectacular golo, Rodríguez foi velocidade, técnica e muita raça. É das poucas coisas boas deste Benfica 2007/08, é um prazer vê-lo jogar. Pena que o clube não tenha a lucidez de o manter de encarnado vestido, mas isso já são contas de outro rosário. Léo, Nélson e Katsouranis com exibições de nível muito elevado, também. Principalmente o esplendoroso lateral brasileiro. Petit muito melhor do que tem estado nos últimos tempos, bem mais físico que o esperado. O próprio Edcarlos não esteve tão mal como de costume, mesmo que seja óbvio que não tenha a qualidade necessária para envergar esta camisola. Nuno Gomes pouco se viu e achei Cardozo muito mal fisicamente. Mesmo com um golo, a ida à África do Sul fez-lhe muito mal.

A nível de arbitragem, Elmano Santos começou muito bem mas estragou tudo a minutos do descanso. A rábula do “penalty, não”… “penalty, sim” estragou o jogo e alterou o resultado de forma injusta. A mão na bola, no lance do centro de Léo, parece-me mais que evidente. Mangualde, apesar de estar perto, tem os braços abertos e corta um lance de possível perigo para a baliza. Pouco tempo depois, Cristiano fica à espera do contacto de Nélson, que até existe de raspão, mas simula a falta na área vergonhosamente. De um possível 2-0, apareceu uma igualdade. Dificilmente se consegue prejudicar mais uma equipa em tão pouco tempo. Felizmente não houve influência no vencedor do jogo, algo que já aconteceu várias vezes ao Benfica nesta temporada.

Faltou um amarelo a Petit, por entrada sobre Wesley, e faltou a SportTV mostrar a repetição de um lance com os protagonistas ao contrário, pouco tempo depois, e em que o #6 do Benfica ficou deitado no chão a queixar-se da falta. Critérios! Há um agarrão de Paulo Sousa a Edcarlos, já dentro da área, mas é daqueles lances complicados na sequência de cantos. Admito perfeitamente que seja difícil marcar, até porque se fosse ao contrário diria precisamente o mesmo. O cartão amarelo a Filipe Anunciação parece-me escusado, mas houve outras situações em que o mereceu e não viu. Excelente trabalho dos auxiliares no capítulo do fora-de-jogo. Aliás, mesmo nos tais lances polémicos nas áreas, a responsabilidade é toda do árbitro principal. Amigo José Mota, desta vez não tem comentários a fazer à arbitragem?

NDR: Simplesmente Pedro Pauleta! 4 Finais da Taça – duas da Liga e duas de França –, 4 golos marcados, 4 títulos. Melhor mercador da história do Paris SG, com 106 golos em 201 jogos. Ontem, provavelmente, a sua última conquista como jogador profissional... precisamente a Taça da Liga 2008. É, ainda, o melhor marcador dessa competição, com 6 golos. Molhou a sopa em todos os jogos que realizou… e até levantou a Taça! Fantástico!

A maioria dos adeptos do FC Porto que se deslocaram ao Restelo tem, de certeza, algum problema mental gravíssimo. Então o seu clube ganha o jogo no último minuto com o tal penalty óbvia e normalmente duvidoso, o que possibilita o título na próxima jornada, e só se lembram de cantar loas aos benfiquistas? Não são pessoas normais, não podem ser normais com tal comportamento. A sério, não têm vergonha de ser assim? E, já não contando com o tal penalty, o amigo Lucílio continua a possibilitar a festa, ao perdoar mais uma agressão de Quaresma. Assim é muito mais fácil...

As declarações de Vieira, sobre o título do Benfica não ter sido positivo para o clube, são inqualificáveis. Um autêntico atentado ao Benfica! Uma desconsideração pelo sofrimento e angústia dos benfiquistas durante uma década a seco, e também durante a inesquecível campanha de 2004/05. Palavras de que eu nunca me vou esquecer, porque considero que Vieira faltou ao respeito a toda essa gente, a mim próprio, e ao Sport Lisboa e Benfica.

Os golos do jogo podem ser vistos, aqui. Mais um trabalho do nsalta.


Ficha do Jogo:

24ª Jornada da Liga BWin

Estádio da Luz, em Lisboa

Árbitro: Elmano Santos (AF Madeira)

SL BENFICA: Quim; Nélson, Edcarlos, Katsouranis e Léo; Petit; Maxi Pereira (Di Maria, 59 m), Rui Costa e Cristián Rodríguez; Nuno Gomes (Mantorras, 79 m) e Óscar Cardozo (Binya, 86 m).
Treinador: Fernando Chalana.

FC PAÇOS FERREIRA: Peçanha; Mangualde, Rovérsio, Kiko e Chico Silva; Filipe Anunciação, Paulo Sousa e Pedrinha; William (Renato Queirós, 81 m), Wesley (Ricardinho, 71 m) e Cristiano (Edson, 61 m).
Treinador: José Mota.

Disciplina: Amarelos a Edcarlos (15 m), William (29 m), Wesley (33 m), Rui Costa (41 m), Nuno Gomes (43 m), Filipe Anunciação (53 m) e Mangualde (63 m).

Golos: 1-0, Cristian Rodriguez (23 m); 1-1, Wesley (42 m, de g. p.); 2-1, Cardozo (68 m); 3-1, Rui Costa (74 m); 4-1, Rui Costa (84 m).

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terça-feira, março 25, 2008

Valeu a Pena!

Hoje foi dado o primeiro passo na tentativa de credibilização de um Futebol Português absolutamente mentiroso. É uma grande vitória de todos aqueles que primam pela honestidade, e que exigem justiça, mesmo que tardia. Pela primeira vez na História do Desporto Português, o presidente de um clube de topo vai a julgamento por ter corrompido árbitros, de modo a subverter a Verdade Desportiva a seu belo prazer. Valeu a pena a luta contra um Polvo Mafioso, pelo menos para já! Aguardo a pronúncia das restantes acusações judiciais, com expectativa.

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segunda-feira, março 17, 2008

Crónica 23ª Jornada - Em Queda Livre!

Penoso e sensaborão, mas justo. Nem o Marítimo merecia perder, nem o Benfica fez mais do que o seu adversário para merecer sair vencedor. Aliás, o Benfica fez muito pouco neste jogo para, sequer, estar a vencer a partida ao intervalo. Onde andam as entradas em campo à Benfica? Comecei por ficar surpreendido pela equipa titular que Fernando Chalana escolheu mas, para dizer a verdade, esse tipo de coisas já não têm muito interesse numa discussão benfiquista. A malta já começa a desmobilizar em massa, e os supostos erros técnicos não têm tanta influência como teriam se ainda houvesse títulos em disputa. A insistência em Luís Filipe é que não consigo entender. Só se o tipo faz uns treinos fabulosos, que compensem a desgraça que se vê de cada vez que entra em competição. Cristián Rodríguez provou, também, que nunca poderá jogar a #10, pois foi uma peça a menos enquanto não foi para a ala.

Os encarnados voltaram a entrar muito mal, deixando o controlo de jogo à equipa da casa, e apanharam alguns sustos que Quim soube resolver com categoria. Assombrosa a defesa do internacional português perante o grande estoiro de Marcinho. Foi com alguma felicidade que Óscar Cardozo apareceu sozinho já dentro da pequena-área e inaugurou o marcador, depois de um grande cruzamento de Sepsi. O 19º Cardozaço do paraguaio, está a um golo da marca prometida. E se já havia expectativa a mais na equipa do Benfica, o golo fez com que, praticamente, se parasse à espera do apito final. O Marítimo, mesmo desfalcadíssimo, continuou a carregar e com as alterações de Lazaroni mostrou-se mais perigoso e marcou mesmo. Impressionante como um miúdo de 20 anos, na primeira vez que toca na bola numa Liga Profissional, consegue humilhar um atarantado Edcarlos. Que mais surpresas terá reservadas este defesa brasileiro?

As alterações de Chalana tiveram o condão de nada acrescentar de positivo, até porque o Benfica, no segundo tempo, só existiu num espectacular livre de Óscar Cardozo. Verdadeiramente ridícula a 2ª parte do Benfica, do pior que este Campeonato já viu. Escolho Léo como MVP, ele que até acabou o jogo como capitão de equipa. Arbitragem regular de Bruno Paixão, sem casos de relevo e com bom critério técnico. Mas há a evidenciar uma diferença significativa neste Campeonato, precisamente no julgamento das mãos na bola nos Barreiros. Bruno, já com um amarelo, ficou em campo e o Benfica acabou por ceder o empate. Djalma acabou expulso, no confronto com o líder, e o Marítimo acabou por sair copiosamente derrotado. E depois do escândalo que se viu no Estádio do Mar, com mais um golo irregular e um par de agressões impunes, ainda acreditam em Justiça? Por mim, como já disse tantas vezes, 2º ou 3º lugar é praticamente a mesma coisa. Ou é 1º, ou o resto interessa-me pouco.

NDR: Mais um golo de Simão, mais uma encavadela de Pepe. É o que dá os espanhóis não acompanharem a BWin real, não a que é fabricada.

Terminou a carreira de um dos academistas mais briosos dos últimos anos. Tenho pena!

Os golos do jogo podem ser vistos, aqui. Mais um trabalho do nsalta.

Ficha do Jogo:

23ª Jornada da Liga BWin

Estádio dos Barreiros, no Funchal

Árbitro: Bruno Paixão (AF Setúbal)

CS MARÍTIMO: Marcos; Ricardo Esteves (Briguel, 50 m), Gregory, Van der Linden e Evaldo; Bruno e Olberdam; Marcinho, Márcio Mossoró e Fábio Felício (Djalma, 62 m); Baba (Ytalo, 73 m).
Treinador: Sebastião Lazaroni.

SL BENFICA: Quim; Nélson, Edcarlos, Katsouranis e Léo; Petit (Nuno Gomes, 80 m) e Binya; Luís Filipe (Rui Costa, 60 m), Cristián Rodríguez e Sepsi (Maxi Pereira, 71 m); Óscar Cardozo.
Treinador: Fernando Chalana.

Disciplina: Amarelos a Binya (70 m), Katsouranis (72 m), Bruno (82 m) e Maxi Pereira (86 m).

Golos: 0-1, Cardozo (26 m); 1-1, Ytalo (75 m).


#Fotos: Reuters

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sábado, março 15, 2008

Cristo, anda cá a baixo ver isto!

Hoje o Record afirma que alguem do Benfica sondou Jorge Jesus. (PAUSA LONGA)

FODA-SE!!!

Mas está tudo maluco? Já nao basta um dragao D'Ouro a dirigir o clube, temos de contratar um dos maiores anti-benfica como treinador? Para isso, que sejam coerentes e ponham o Dias Ferreira como Director Desportivo, Morais Sarmento a Dir. Financeiro e facam mais umas contractacoes de luxo ao nivel dum Maxi Pereira, Makukula ou Luis Filipe. Nao se esquecam de mandar embora o Rodriguez e Leo. Promover o Nuno Gomes a capitao e jogador vitalicio. Para compor o ramalhete, como porta-voz podia ser o Paulo Bento!

Revolucao JA!

quarta-feira, março 12, 2008

Crónica Taça UEFA - Uma Perfeita Perda de Tempo!

Ver os jogos do Benfica é isso. Perder tempo! 18 contratações, 32 milhões de euros gastos e 3 treinadores. Foi o Canto do Cisne da "Gestão" Vieira em 2007/08, uma regressão desportiva a patamares dos 90's. Pouco há a dizer do jogo, em concreto. O Benfica mostrou a habitual falta de classe e perdeu justamente, como já se esperava. O remate de Makukula ao poste foi uma réstia de esperança para os poucos que ainda acreditavam, eu próprio até nem estive muito atento ao desenrolar da partida – ainda nem sequer vi o golo espanhol. Esta eliminatória foi ferida de morte com a tal expulsão, justa, de Óscar Cardozo no jogo da 1ª mão. Depois, com um mau resultado em casa e estando num ciclo negativo, é sempre complicado dar a volta a uma derrota já no campo do adversário, e com um número muito grande de baixas e de jogadores em forma física deplorável.

Não era o resultado que Fernando Chalana merecia, obviamente. Ele que foi, porventura, o melhor jogador da história do Benfica pós-Eusébio. Infelizmente não foi possível deixar uma boa imagem em Espanha, e até se perdeu um pouco do respeito imposto depois dos jogos com o Villarreal e o Barcelona. É, no entanto, algo inevitável depois das derrotas... acontece com todos os clubes. No entanto, o Benfica encontra-se numa recessão institucional e desportiva, óbvias para todos menos para um Presidente que já roça o desespero. As declarações de Luís Filipe Vieira no final do jogo são de um completo delírio pessoal, invocando fantasmas com uma década e prometendo, mais uma vez, aquilo que não pode garantir. Não sei se este plantel é o pior ou o melhor dos últimos 10 anos, mas esta equipa tem alguns dos piores jogadores que já envergaram a camisola do Benfica. Edcarlos e Maxi Pereira estão nesse lote, indiscutivelmente. Di María e Makukula não passam de bluffs, o último sempre disse que o seria. Depois, com a veterania de Petit, Nuno Gomes e Rui Costa.... bem, é fazer as contas.

Léo e Katsouranis acabaram por ser os melhores da noite, mas foi pouco para a grandeza do, ainda, maior clube português. A arbitragem passou algo despercebida, pelo menos do que vi, mas com um vermelho directo por mostrar a um tipo que deu um coice em Léo. Quanto a isto, que é algo que envergonha qualquer benfiquista honesto, resta-me exigir que sejam apuradas responsabilidades e que os prevaricadores sejam punidos. Se é que houve alguma prevaricação, pois até me parece um acto desesperado de acusados. Ao contrário da malta menos séria, que infelizmente pulula no Futebol Português há 30 anos, nunca serei a favor de “abafanços”.

Os cobardes que atiram isso à cara das pessoas – curioso só se saber agora, vários anos depois de rebentar o Apito Dourado, e logo depois de uma derrota do Benfica –, “esquecem-se” quem vai a Tribunal defender-se de acusações gravíssimas. Mas dessa gente miserável, felizmente, não reza a história. Os sérios sabem o que se passa, pois é preciso ter muita força para ir contra o poder instituído. Aliás, toda a gente sabe que o mau momento institucional do Benfica também é da responsabilidade das impunes práticas criminosas, daqueles que todos sabemos quem são. É algo que jamais será reparável, mesmo com condenações efectivas. O próprio Sporting também está a sofrer com isso, é revoltante mas é o país que temos. Como alguém disse: “Antes problemas Desportivos, do que problemas com a Justiça!” Touché.

NDR: Se era para dar este triste espectáculo, mais valia ficarem em casa, e não irem manchar ainda mais a imagem do clube. Depois é a polícia que é má e injusta, não é?

Ficha do Jogo:

2ª Mão dos Oitavos-de-Final da Taça UEFA

Coliseum Alfonso Pérez, em Madrid

Árbitro: Victor Kassai (Hungria)

GETAFE CF: Pato Abbondanzieri; Cosmin Contra, De la Red, Tena e Licht; Mário Cotelo (Cortés, 74 m), Fábio Celestini, Casquero e Jaime Gavilán (Juanfran, 79 m); Albin e Kepa Blanco (Signorino, 68 m).

SL BENFICA: Quim; Nélson, Edcarlos (Sepsi, 73 m), Katsouranis e Léo; Petit; Maxi Pereira (Di María, 58 m), Rui Costa e Cristián Rodríguez; Nuno Gomes (Mantorras, 65 m) e Makukula.

Disciplina: Amarelos a Katsouranis (14 m), Abbondanzieri (38 m), Maxi Pereira (55 m), Cotelo (60 m), Edcarlos (69 m), Licht (73 m) e Léo (87 m).

Golos: 1-0, Albin (77 m).


#Foto: Reuters

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domingo, março 09, 2008

Crónica 22ª Jornada - Silly Season...

"Ainda vamos surpreender muita gente, com resultados que ninguém está à espera!" E esta, hein? O Benfica voltou a não mostrar autoridade caseira, condizente com o seu estatuto, e acabou por ceder mais um empate ridículo, frente a um conjunto imensamente inferior que até já está condenado à descida de Divisão. Mas o preocupante até nem é só o que acabou por ser um resultado escandaloso. O que preocupa, realmente, é a surreal qualidade do jogo da equipa, em muito da responsabilidade de algumas figuras quase mitológicas que, na actualidade, vestem a camisola do Benfica. Não me digam que não reconhecem algumas semelhanças, a este período Vieirista, com aquele que celebrizou Manuel Damásio?! É uma questão de tempo até vermos muitos dos jogadores de hoje nas tais análises dos trastes que ousaram equipar-se no balneário caseiro da Luz. De facto, estamos presentes de um “novo ciclo”, que nada augura de bom para o Sport Lisboa e Benfica.

Apesar de tudo, o Benfica até nem foi tão mau como tem sido nas primeiras partes. Houve alguns bons momentos de futebol, nomeadamente nas explosões de Cristián Rodríguez – uma delas na barra –, e nos raides de Léo, mas, frente a um adversário em dificuldades, é manifestamente pouco. Há que exigir mais, mesmo a um amorfo Camacho. O que me parece é que José Antonio Camacho, principalmente depois de uma tragédia como é a morte de um progenitor, já patenteia pouca motivação futebolística nesta fase complicada da vida… e isso talvez se note dentro de campo. As próprias conferências de imprensa demonstram-no um pouco. A União de Leiria acabou por sair para o intervalo com um golo de vantagem, fruto de uma excelente jogada colectiva, com finalização de Paulo César. Na retina fica mais uma desatenção de Edcarlos e outra deficiente marcação ao homem de Luís Filipe, sempre eles. Alguma sensação de escândalo mas nada que fuja muito daquilo que tem sido o Benfica 2007/08.

No segundo tempo, o Benfica entrou muitíssimo bem e deu a volta ao marcador em pouco mais de 10 minutos. Nuno Gomes ainda teve o empate na cabeça, lance bem evitado pelo excelente Fernando (50 minutos). Marco Zoro foi oportuno e empatou (51 minutos), logo depois Óscar Cardozo atirou mais uma bomba para o fundo das redes (56 minutos). Um pontapé livre verdadeiramente assombroso que ameniza o gesto vergonhoso do paraguaio, na quarta-feira. Parecia, de facto, que o Benfica tinha tudo para vencer o jogo mas, surpreendentemente, mostrou-se intranquilo e não assumiu o controlo efectivo da partida. A União até chegou a mandar uma bola à barra, pelo mesmo jogador que viria a empatar o jogo. E quanto a mim até de forma justa, mesmo que tenha tido o contributo involuntário de Quim. N’Gal, tal como Harison, foram as duas pedras mais influentes dos homens do Lis, e exibiram-se em grande plano. É incrível como a União de Leiria consegue empatar na Luz, e merecer o resultado, tendo em conta os inúmeros problemas disciplinares, directivos e desportivos desta temporada. Rui Costa, num grande pontapé de longe (78 minutos) teve uma oportunidade soberana para mudar o resultado, mas apenas fez Fernando brilhar. E Mantorras quase salvava no último minuto…

A nível de arbitragem, e eu que não conhecia Vasco Matos, há pouco de positivo a dizer. Muitos erros, muita incompetência, muita incerteza, mas, felizmente, não me parece haver influência directa no resultado. O golo de Paulo César, aparentemente, é regular e não há nenhum lance de possível penalty em qualquer das áreas. Há, no entanto, dois casos complicados que não me parece terem sido bem ajuizados. Há um pé alto de Binya que é um claro jogo perigoso, mas que passou impune. Exigia-se um cartão amarelo, evidentemente. E alguma coisa teria de ser feita no lance em que Cardozo parece ser puxado por Bruno Miguel, indo a isolar-se, e depois o mesmo Bruno Miguel dá uma joelhada na cabeça do paraguaio que o deixa a sangrar abundantemente. Fazendo a falta, que me parece, e sendo o último homem, o jogador da União de Leiria teria de ser expulso. O trabalho dos auxiliares foi absolutamente anedótico, com muitos erros mas, na sua maioria os foras-de-jogo ou foram assinalados já quando a defesa tinha limpo o lance ou em situações laterais. Golo bem anulado a Nuno Gomes, sem qualquer dúvida, e há um outro lance em que N’Gal fica em boa posição para marcar mas que é mal invalidado.

E com a demissão de Camacho no final do jogo – algo que demonstra grande dignidade e noção do lugar que ocupa –, Luís Filipe Vieira, se tem alguma vergonha na cara e benfiquismo no corpo, só tem que apresentar a sua renúncia e convocar eleições antecipadas urgentes. Nunca estarei de acordo com “Golpes de Estado”, e por isso nunca serei a favor de soluções externas não-democráticas, mas Vieira tem de assumir as suas responsabilidades. Alguma vez terá de ser! É o Benfica que está em jogo, e o timoneiro da nau tem sempre de dar o corpo às balas quando as coisas não correm bem. Com Vieira, na minha opinião, o Benfica não tem nada a ganhar. Haja decência para não se optar por mais uma ridícula fuga para a frente carregada de populismo e demagogia, como é apanágio do actual Presidente. Vou estar atento, porque já se ultrapassaram todos os limites. 3 treinadores numa temporada é inaceitável.

NDR: Será possível que a Imprensa Nacional não acerte nos nomes de alguns jogadores do Benfica? Meus caros, informem-se! É Binya, e não Bynia, e não há cá nenhum Marc Zoro… o nome do marfinense é Marco Zoro. Como é possível isto continuar?

Os golos do jogo podem ser vistos, aqui. Mais um trabalho do nsalta.

Ficha do Jogo:

22ª Jornada da Liga BWin

Estádio da Luz, em Lisboa

Árbitro: Vasco Santos (AF Porto)

SL BENFICA: Quim; Luís Filipe, Marco Zoro (Sepsi, 73 m), Edcarlos e Léo; Di María (Nuno Assis, 79 m), Rui Costa, Binya e Cristián Rodríguez; Nuno Gomes (Mantorras, 79 m) e Óscar Cardozo.
Treinador: José Antonio Camacho.

UNIÃO DESPORTIVA LEIRIA: Fernando; Éder Gaúcho, Bruno Miguel, Hugo Costa e Patrick; Tiago (Lukasiewicz, 82 m), Harison, Arvid e Ngal; Sougou (Toñito, 83 m) e Paulo César (Faria, 90+2 m).
Treinador: Vítor Oliveira.

Disciplina: Amarelos a Éder Gaúcho (10 m), Quim (62 m), Luís Filipe (66 m), Sougou (82 m) e Nuno Assis (83 m).

Golos: 0-1, Paulo César (44 m); 1-1, Zoro (51 m); 2-1, Cardozo (56 m); 2-2, N´Gal (69 m).


#Fotos: Reuters

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quinta-feira, março 06, 2008

Crónica Taça UEFA - Indisciplina, Incompetência e Azar!

Já sem contar com as inúmeras baixas e com a morte do pai de Camacho, aconteceu de tudo ao Benfica, neste jogo. Óscar Cardozo, de forma inqualificável, agrediu um adversário e foi, justamente, expulso. Que seja exemplarmente multado pelo clube, já que destruiu por completo a estratégia da equipa. Luisão, que tanta importância tem, lesionou-se a meio da primeira parte e já não pôde continuar a dar o seu contributo à equipa. Rui Costa esteve desinspiradíssimo, o que costuma minar completamente o futebol encarnado, e o próprio golo inaugural do Getafe tem origem num lance fortuito, com um ressalto de bola à mistura. Enterra de serviço: Edcarlos, como sempre. No entanto, pensei que o Getafe fosse criar mais dificuldades ao Benfica, do que criou. Isto apesar de serem uns justos vencedores, tal como previ que seriam. A equipa do Benfica mostrou, na esmagadora maioria do encontro, a sua preocupante vulgaridade europeia. Isso, meus caros, só não vê quem não quer.

É, de facto, um dos piores conjuntos que o Benfica apresentou na Europa nos últimos anos, e ainda mais se agudiza esse facto com a ausência dos tais dois jogadores referidos acima. Foi preciso entrar o "Salvador” Mantorras para que, nos minutos finais, se conseguisse deixar uma imagem global menos negativa no plano europeu. O Benfica sai obviamente derrotado da Luz, e sairá irremediavelmente eliminado desta eliminatória, mas acaba por, no meio desta mediocridade enojante, ganhar um jogador: Marco Zoro. O jovem marfinense, depois de vários maus momentos de vermelho vestido, mostrou que tem qualidade suficiente para ser, pelo menos, uma alternativa bem mais acertada do que o tal enterra de serviço. Neste jogo isso foi bem evidente, sem uma única falha no cartório. Um defesa que actua vários anos na Série A não pode ser a nulidade que se viu em Setúbal, por exemplo.

Notas positivas, também, para o MVP Léo, para o sempre entusiasmante Cristián Rodríguez e para o esforçado Sepsi. Di María, pela 4ª vez consecutiva, não passa de um desastre absoluto. Surpreendentemente, Katsouranis voltou às más exibições, com destaque para os inúmeros passes falhados. Muito bem Quim, como de costume. Arbitragem fraquinha, mas sem influência no resultado. Só faltou o amarelo alaranjado a Edcarlos, depois daquele falhanço anedótico a meio metro da baliza, e ao jogador que faz uma entrada dura, por trás e sem bola, a Rui Costa. A 2ª mão, em Madrid, será apenas para cumprir calendário, ou melhor, espero que não seja pior que isso. Não me digam que têm, ou tinham, outra ideia?

NDR: Nojentos os cânticos ofensivas para com Espanha. Quem, em vez de apoiar o seu próprio clube, canta ofensas ao adversário, não deve ser bom da cabeça. Estádio da Luz quase vazio e amorfo, é esta a última herança do Benfica de Vieira. Ajustado, pois! Mas o que o Benfica precisa mesmo é de um daqueles guarda-redes que defendem com as mãos fora da área. Hoje tinha dado um jeitão! Vukcevic é impressionante.

Ficha do Jogo:

1ª Mão dos Oitavos-de-Final da Taça UEFA

Estádio da Luz, em Lisboa

Árbitro: Grzegorz Gilewski (Polónia)

SL BENFICA: Quim; Nélson, Edcarlos, Luisão (Marco Zoro, 28 m) e Léo; Katsouranis e Rui Costa; Cristián Rodríguez, Di María (Mantorras, 61 m) e Sepsi; Óscar Cardozo.

GETAFE CF: Óscar Ustari; Cosmin Contra, Belenquer, Cata Diáz e Licht; Casquero; Pablo Hernandez, De la Red (Fábio Celestini, 72 m) e Granero (Mário Cotelo, ao int.); Bráulio (Manu, 61 m) e Albin.

Disciplina: Amarelos a Bráulio (21 m), Granero (34 m), Licht (81 m), Casquero (84 m) e Pablo Hernandez (90 m). Vermelho directo a Óscar Cardozo (9 m).

Golos: 0-1, De la Red (25 m); 0-2, Pablo Hernandez (67 m); 1-2, Mantorras (76 m).

#Fotos: AFP-Getty Images e Reuters

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Ontem esgotaram o...

Shalke-Seltzer!

segunda-feira, março 03, 2008

Novo Derby na calha

Nao, nao e' a repeticao do jogo de ontem. Ate porque o lagartada ja nao tem mais lagrimas, esgotou na choradeira de ontem. E' um derby para a Taca, em Alvalade. O Sporting ja se vai queixar 'a federacao por todos os jogos para a Taca terem sido em sua casa e, depois do ultimo classico a relva estar com tanta electricidade estatica (tal foi a friccao) que se deveria usar um relvado mais macio para poderem usar a sua grande arma...rastejar.
Com este novo Derby existe um problema. QUEM SERA O ARBITRO!
Arbitros portugueses, sao todos maus para os meninos. Estao em 5o lugar por causa deles. Nomear um arbitro internacional tambem nao me parece resultar, visto que esta ultima campanha na Champions os arbitros tambem nao foram do seu agrado.

Podiam nomear o Jose Socrates, assim chorariamos todos juntos. Que tal???

PS: Dias Ferreira tambem nao era mal pensado.

Crónica 21ª Jornada - O Tal dos Nove Milhões...

Muita polémica, muita emoção, bom futebol e um resultado que acaba por ser justo. Foi mais um derby, e, mais uma vez desde 2005/06, o Sporting não conseguiu vencer o Benfica. Com o empate fica tudo na mesma na classificação, pelo que nada está decidido em relação à qualificação directa para a Champions League. Aliás, o Sporting até se mantém na 5ª posição da Bwin Liga, algo que só dá direito à Taça UEFA. José Antonio Camacho apresentou a equipa esperada, ressalvando a lesão de Nuno Assis no aquecimento. Situação que fez Di María saltar para o 11 inicial. A aposta acabou por não dar resultado, já que Di María foi um dos piores elementos da equipa. O Benfica entrou muito mal no jogo, muito nervoso e dando todo o espaço à equipa do Sporting. Quim ainda evitou o primeiro golo, com uma grande defesa aos pés de Vukcevic, que aproveita uma paragem cerebral do, hoje, desastrado Nélson. É incrível, também, como Edcarlos se deixa antecipar pelo #10 sportinguista. O golo previa-se mas Quim até me parece ser mal batido no 1-0, quando o montenegrino do Sporting cabeceia à vontade, aproveitando um dos muitos disparates de Edcarlos.

A vantagem do Sporting acabava por ser justa, em relação ao que se passava no relvado. O Benfica viu-se a perder muito cedo e durante alguns minutos esteve perdido em Alvalade, colocando em causa um resultado positivo. Rui Costa teve muitas dificuldades para pegar no jogo, muito por causa de Miguel Veloso, mas, quando conseguiu, o Benfica impôs-se e passou a mandar. São 20 minutos finais de grande qualidade, talvez do melhor que se viu esta época por parte dos encarnados, e onde há 4 oportunidades flagrantes para marcar. A primeira é num grande remate de Rui Costa, para boa defesa de Rui Patrício. Depois é Cristián Rodríguez que remata forte, a meros centímetros do poste. Uma grande oportunidade, esta, com o keeper leonino batido. Mas à terceira há golo! Um grande cabeceamento de Tacuara, no seguimento de um canto do Maestro. Era um empate esperado, para quem mandava a seu belo prazer. Pouco depois é novamente Cardozo que falha o 1-2, ao perder o cabeceamento quase encostado à baliza. O intervalo chega com algum prejuízo para o Benfica, já que mantinha um domínio confortável.

A segunda-parte acabou por ter menos espectáculo, mas foi um pouco o espelho do primeiro tempo. O Sporting entrou bastante melhor no jogo e criou algumas oportunidades, com a mais flagrante a ter Tiuí e Quim como protagonistas. Esteve muito bem o #12 do Benfica, a sair aos pés do brasileiro. O jogo mastigou-se um pouco, e as equipas pareceram satisfeitas com o empate. O domínio do Benfica esfumou-se após a expulsão algo forçada de Nélson. É uma entrada dura, mas penso que o cartão vermelho, tendo em conta o que se viu durante o jogo e a inexistência de um contacto evidente, está longe do ajustado. Com menos um, o Benfica optou por defender o resultado, na minha opinião algo excessivamente, e ainda apanhou alguns sustos. Talvez se ajustasse a aposta em Mantorras nos minutos finais, mas compreendo a opção de Camacho em Marco Zoro. Individualmente há a destacar a enorme primeira parte de Óscar Cardozo, que ganhou todas as bolas disputadas e é autor de um grande golo. O paraguaio parece talhado para os jogos importantes, e, com um pecúlio de 17 golos na temporada, só podemos estar satisfeitos. Quim, apesar de alguma indecisão no golo do Sporting, e Katsouranis claramente em destaque, também. Cristián Rodríguez, na primeira parte, e Léo, no segundo tempo, têm as suas performances no topo da equipa.

Quanto aos restantes casos de arbitragem, parece-me que há um penalty evidente de Léo sobre Vukcevic. Não acho que haja grande discussão, pois Léo derruba claramente o jogador do Sporting. O que me parece que não viram, pelo menos alguns, é que Pereirinha faz uma falta óbvia sobre o mesmo Léo, no início desta jogada. Outra situação que passou mais despercebida, e que é algo duvidosa, é uma suposta falta de Tonel sobre Rodríguez, já na área. Aceito que não se marque, mas na altura até fiquei a cismar. É um lance onde Rui Patrício consegue receber a bola, aproveitando uma aparente placagem ao uruguaio do Benfica. Paulo Paraty errou, também, quando Tonel agride Cardozo com uma patada no joelho, e 15 ou 20 segundos após, ao nada fazer, quando Óscar Cardozo responde com uma cotovelada. Teriam de sair dois cartões vermelhos, evidentemente. Inacreditável é o facto da SportTV nada dizer sobre o porquê de Cardozo ter reagido como reagiu, é surreal branquear a entrada a matar de Tonel. Já vi que o canto do golo do Benfica deu alguma polémica mas, para mim, é mais que óbvio que Miguel Veloso é o último a tocar na bola. A repetição pareceu absolutamente clara, até para os próprios jogadores do Sporting.

Hilariante é a simulação de Tiuí, sobre Katsouranis, que dá origem a um livre perigoso logo no início de jogo. É incrível a quantidade de simulações de Tiuí, neste jogo. Há, ainda, uma mão na bola de Veloso dentro da área, na primeira parte, que deixa algumas dúvidas. Aceito que nada seja assinalado, já que a bola bate na mão vinda das costas do internacional português, mas o contacto impede que o esférico vá para os pés de um jogador encarnado que estaria em boa posição. Lance difícil. Excelente trabalho dos auxiliares, com os poucos fora-de-jogo a serem bem assinalados, inclusivamente no que Tonel remata à barra. Já estamos habituados a que alguns lances sejam branqueados pela Imprensa, e pelas análises sportinguistas, mas também não me esqueci do golpe de karaté que Grimi tem para com Rodríguez, em tudo semelhante ao que Katsouranis fez a Moutinho, e que deu origem a um amarelo que impede o grego de jogar no próximo jogo. Factualmente, empatar em Alvalade, depois de estar a perder e jogando a maior parte do tempo com nulidades como Maxi Pereira e Edcarlos no 11, acaba por ser um resultado menos mau.

NDR: Ainda estou para perceber porque é que os convidados benfiquistas da SportTV são sempre da “espécie mansinha”, facilmente ultrapassáveis por adversários a roçar o fanatismo. De ir às lágrimas a prestação de Litos, algo absolutamente incrível. Paulo Madeira, um desastre como jogador e igualmente como comentador.

A não-renovação de Léo, confirmada pelo próprio, enoja-me como benfiquista. Vukcevic é, de facto, um jogador extraordinário.

Os golos do jogo podem ser vistos, aqui. Mais um trabalho do nsalta.

Ficha do Jogo:

21ª Jornada da Liga BWin

Estádio José Alvalade, em Lisboa

Árbitro: Paulo Paraty (AF Porto)

SPORTING CP: Rui Patrício; Abel (Purovic, 77 m), Tonel, Polga e Grimi; Pereirinha, Miguel Veloso, João Moutinho e Izmailov (Celsinho, 69 m); Tiuí e Vukcevic.
Treinador: Paulo Bento.

SL BENFICA: Quim; Nélson, Edcarlos, Katsouranis e Léo; Maxi Pereira e Binya; Di María (Sepsi, 74 m), Rui Costa (Luís Filipe, 90+3 m) e Cristián Rodríguez (Marc Zoro, 87 m); Óscar Cardozo.
Treinador: José Antonio Camacho.

Disciplina: Amarelos a Katsouranis (54 m), Abel (60 m), Gladstone (60 m), Grimi (63 m), Binya (68m) e Purovic (90+1 m). Vermelho directo a Nélson (76 m).

Golos: 1-0, Vukcevic (10 m); 1-1, Cardozo (38 m).

#Fotos: AFP-Getty Images

#adicionado a Crónicas 07/08

#publicado em simultâneo com o Encarnados