sábado, setembro 29, 2007

Crónica 6ª Jornada - Andar a Chover... no Molhado!


É verdade que Camacho continua sem perder no comando do Benfica mas também não deixa de ser verdade que, em 5 jogos para a Liga, já se contaram 3 empates a zero. O Benfica está com um sério deficit de eficácia, e essa escassez de golos justifica-se pelo cansaço e dificuldades de adaptação de Óscar Cardozo, pelas lesões de Bergessio e de Mantorras, pela inexperiência gritante de Yu Dabao, e pela desinspiração e falta de pontaria constantes de Nuno Gomes. É, evidentemente, preocupante! Uma equipa não ganha sem marcar golos, mas não tem sido por falta de oportunidades que eles não aparecem. Resta esperar que haja novidades no estado individual dos atletas referidos acima, pois, caso contrário, o Benfica continuará a não conseguir subir na tabela classificativa.

Perante uma chuva torrencial, o Benfica entrou bastante bem no jogo e poderia ter inaugurado o marcador numa sensacional jogada de Rui Costa. Abel evitou aquilo que os jogadores da Naval não conseguiram (2 m). A resposta do Sporting foi imediata e apenas Quim evitou que Miguel Veloso se estreasse a marcar pelo Sporting, frente ao clube onde iniciou a sua carreira (3 m). O início de jogo foi bastante mexido, como se pode ver, e houve várias movimentações nas duas áreas. O Benfica tinha o comando do jogo mas o Sporting aproveitava a velocidade de Liedson, e os passes a rasgar de Romagnoli, para criar perigo. Liedson, mesmo apagado, foi o principal artificie do ataque leonino mas os seus remates iam saindo desenquadrados (22 m e 25 m). Há duas boas oportunidades de golo para o Sporting, mas Quim e Nélson evitam que Djaló e Vukcevic inaugurem o marcador (36 m e 40 m).

A 2ª parte foi totalmente do Benfica e, à medida que o tempo ia passando, dava a sensação que o adversário estaria satisfeito com o resultado. O Benfica está perto de inaugurar o marcador quando Polga desvia, para perto da baliza, um remate de Cristián Rodríguez (50 m). Stojkovic estava batido. Após um brilhante passe de Romagnoli é Liedson que tem o golo nos pés mas Quim cobre a mancha de forma exemplar e cede canto (52 m). Na sequência desse lance o Sporting tem a sua chance mais flagrante, com Tonel a não conseguir aproveitar a oferta de Maxi Pereira (52 m). Nuno Gomes, após uma defesa a um grande remate de Rui Costa, é o grande perdulário da noite pois tem um falhanço intolerável em alta-competição (56 m).

Após uma jogada que recorda o 2º golo de Portugal no 3-2 à Inglaterra, no Euro 2000, Rui Costa coloca a bola na cabeça de Nuno Gomes mas o ponta-de-lança do Benfica atira para fora (59 m). Di Maria e Rodríguez eram um verdadeiro perigo, mas o último passe insistia em não sair em boas condições. O argentino e o uruguaio tentam a sua sorte de longe mas sem sucesso (64 m e 65 m). Apesar de um ou outro fogacho, as substituições não deram os seus frutos e o jogo acaba por ficar marcado por dois lances, polémicos, de arbitragem. Lances discutidos mais abaixo.

Surpresas... ou Talvez Não

A nível individual não houve nada de muito relevante, em relação a outros jogos, pelo que só quero destacar duas performances de forma mais vincada. Uma que surpreendeu pela positiva, a de Nélson, e outra que é o confirmar de um estado de letargia irreversível, a de Nuno Gomes. O defesa-direito do Benfica agarrou o lugar, de forma definitiva, ao fazer uma exibição de encher o olho. Para mim foi o melhor jogador do Benfica e, mesmo sem ter estado brilhante, apareceu bastante seguro a defender e acutilante no ataque. Não tirou da cartola um daqueles centros à Nélson mas salvou dois golos na baliza de Quim. O banco, e a concorrência, fez-lhe bem, pelo que espero que seja humilde e que continue a trabalhar em prol da equipa.

O que mais se pode dizer de Nuno Gomes? O jogador mais bem pago do Benfica, que ainda por cima é um capitão sem qualquer perfil para tal, não pode falhar mais um golo a um metro da baliza. Nem que fosse o Buffon a ocupar as redes, um ponta-de-lança – ou avançado, ou o que quiserem – não pode sair impune de um falhanço tão humilhante como este! Até o meu padeiro marcava aquele golo, é um falhanço ridículo que o devia encher de vergonha. E se ainda fosse o primeiro! O Nuno Gomes é o verdadeiro "cancro" do actual Futebol do Benfica e, ou joga com outro avançado, ou não passa de um perfeito inútil em campo. Depois falam-me que faz pressão alta e tal. Mas que pressão? O Anderson Polga ganhou os lances todos. Repito: todos! Aquele chapéu do brasileiro, com os dois encostados à linha, foi ainda pior que um estalo na cara.

Gostei de Quim, de Katsouranis e de Rodríguez. O que tem sido habitual. Edcarlos manteve-se seguro, o que até foi uma surpresa, e a Maxi Pereira continua a faltar qualquer coisa que não sei explicar. Rui Costa teve grandes momentos individuais – passes à Rui Costa e um fabuloso remate de longe – mas agarrou-se muito à bola, o que, por vezes, me irritou um bocadinho. Não gostei dos primeiros 20/25 minutos de Léo... situação estranha! O regresso de Luisão é/foi fundamental, apesar de ser visível que ainda não tem pernas para acompanhar sprints. E faltava-lhe alguma confiança para tentar ganhar o choque ou a antecipação – há um lance com Djaló que quase me dava uma síncope. Di Maria e Freddy Adu têm de aprender a passar a bola de forma mais frequente e mais rápida. E treinar os remates também vai dar jeito. Muito jeito, aliás!

Muito para dizer sobre Arbitragem

Tinha desejado um jogo sem casos, e com uma vitória do Benfica, mas infelizmente nada disso aconteceu. Aliás, o que faltou em golos houve, de sobra, em decisões polémicas. Sou um apreciador do estilo de Pedro Henriques, árbitro que respeito e não incluo na comandilha de “Dourados” que vegetam no nosso Futebol há tantos anos, mas confesso que não gostei da sua actuação neste derby, tal como já não tinha gostado no ano passado. A bem da verdade há 4 casos que podem ser discutidos, alguns serão empolados pela Comunicação Social enquanto que outros serão esquecidos. Adivinhem quais...

O penalty de João Moutinho sobre Freddy Adu é mais que evidente, porque a falta que lhe daria origem é inequívoca. Perante alguns burburinhos que se foram ouvindo, importa esclarecer que uma falta cometida em cima da linha-de-área é considerada dentro da área. O referido lance ocorre claramente dentro, como mostra uma das fotos deste post, mas fica, então, o esclarecimento para quem não conhece as regras. Quanto à mão de Katsouranis é discutível dizer-se que há penalty, visto que a lei diz que pode não haver falta se o braço estiver junto ao corpo. Portanto, em posição natural, ninguém pode cortar os braços para poder jogar, não é? Mas não ficaria escandalizado se a decisão tivesse sido outra. Aceitava que Pedro Henriques tivesse assinalado, apesar de eu achar que não há intenção.

Compreendo que haja muita gente que se incomode com a rábula entre Pedro Henriques e o seu auxiliar, mas há que esclarecer que a indicação do fiscal-de-linha ao árbitro é apenas uma indicação. O árbitro principal é o chefe da equipa de arbitragem e pode seguir o conselho do seu auxiliar... ou não. Por isso se chamam auxiliares, porque não têm poder para assinalar faltas. Foi tudo feito de pleno direito, evitava-se era a interrupção de jogo e a consequente reposição de bola ao solo. Aí houve uma falha, porque o intercomunicador é para se usar, apesar de eu compreender que Pedro Henriques quisesse confirmar, pessoalmente, o ponto de vista do seu colega.

Há, ainda, outros dois lances de contacto, que poderiam originar penaltys, mas que não me parecem ser evidentes. Há um em cada área e, ambos, com génese muito similar. No primeiro, Ronny e Rodríguez tentam disputar uma bola e há um encosto da perna do brasileiro no uruguaio que pode ter contribuído para a queda deste último. O lance é muito rápido e admito que seja muito difícil para o árbitro descortinar, principalmente com o terreno molhado. O outro lance é de Katsouranis com Romagnoli e tem parecenças com o anterior, diferindo no facto da queda ter sido mais espectacular. Pessoalmente não marcaria falta em nenhum dos casos e Pedro Henriques, que costuma permitir contactos mesmo que viris, optou por seguir o seu critério.

Mas é curioso verificar que, quer no lance da hipotética mão na bola Katsouranis, quer no hipotético tackle em Romagnoli, não houve qualquer jogador do Sporting a esboçar, sequer, um leve protesto. E estavam lá 3, no momento. Bem mais escandaloso foi o 1º golo do FC Porto em Paços de Ferreira – uma mão nítida de Bruno Alves, antes de assistir Lisandro López – e não houve tanto espectáculo mediático. O que é de lamentar é o critério de protesto da comitiva do Sporting, porque contra o Setúbal não houve ninguém a queixar-se.

Verdadeiramente anedóticos foram os vários cantos, evidentes, não assinalados pelos auxiliares – 2 ou 3 para cada lado. Algumas opções, nesse sentido, foram do mais catastrófico a que já assisti. Não percebo a indignação em relação ao cartão amarelo exibido a Abel, por falta sobre Rodríguez. Não foi exibido pela entrada em si, que não foi dura, mas sim por cortar uma jogada de perigo eminente. É evidente que o uruguaio do Benfica partiria com grande velocidade para o contra-ataque, e sem ter adversários por perto. Se faltaram alguns amarelos, nomeadamente a Rui Costa e Maxi Pereira, por entradas mais duras? Sim, mas esse sempre foi o critério deste árbitro, e neste jogo não foi diferente.

Perder mais 2 Pontos

As coisas vão-se tornando complicadas no Campeonato e a esperança começa a esmorecer. 8 pontos de atraso começam a pesar um pouco, principalmente numa equipa com muita gente jovem e inexperiente. Não me canso de dizer que continuo a ter total confiança em Camacho, apesar de discordar de algumas opções do espanhol. Não gosto deste 4-2-3-1 pois acho que, mediante as características dos jogadores escolhidos, não chega ter apenas um avançado de raiz. Há que abdicar de um médio e colocar Cardozo no 11 titular, é uma pena Mantorras e Bergessio não poderem dar o seu contributo. A minha opção recairia, sem pestanejar, em Maxi Pereira. Mas a cabeça que está no cepo é, obviamente, a de Luís Filipe Vieira. Talvez seja por isso que o Presidente pouco tem aparecido. A meio da semana há Liga dos Campeões, e o Shaktar tem uma frente de ataque claramente superior...

NDR: Não sei se já leram isto mas, se não o leram, aconselho-vos. Já repararam que o líder do Campeonato, num país como Itália, nem sequer estaria a disputar a competição? Isso não vos revolta? O que é verdadeiramente importante é criar Taças da Liga e tal...

Podem ver o resumo do jogo aqui. O vídeo é da bS7.

Ficha do Jogo:

6ª Jornada da Liga BWin

Estádio da Luz, em Lisboa

Árbitro: Pedro Henriques (AF Lisboa)

SL BENFICA: Quim; Nélson, Luisão, Edcarlos e Léo; Katsouranis e Rui Costa (Nuno Assis, 88 m); Maxi Pereira, Di Maria (Freddy Adu, 82 m) e Cristián Rodríguez; Nuno Gomes (Cardozo, 76 m).

SPORTING CP: Stojkovic; Abel, Tonel, Anderson Polga e Ronny; Miguel Veloso; João Moutinho, Romagnoli e Vukcevic (Farnerud, 68 m); Yannick Djaló (Celsinho, 83 m) e Liedson.

Disciplina: Amarelos a Luisão (42 m), Abel (49 m) e Cristián Rodríguez (70 m).

#Foto: Reuters e SerBenfiquista

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Crónicas 07/08

#publicado em simultâneo com o
Encarnados

Derby do Mundo!

Foi com grande satisfação que me apercebi desta iniciativa de A Bola. A confraternização entre Benfica e Sporting é algo que desejo há já bastante tempo, não só a nível da Direcção mas também no plano das massas associativas. Não escondo que tenho uma rivalidade salutar com o clube de Alvalade, uma rivalidade saudável baseada em respeito competitivo. Sei que não é um sentimento muito comum, em ambos os lados, mas não há dúvida que a sua massificação seria benéfica para a modalidade. Talvez este pequeno passo, dado pelos dois Presidentes nas vésperas do mítico derby, seja o início de uma bela amizade. O Desporto em Portugal agradece!




Os meus, para hoje: Quim; Nélson, Luisão, Marc Zoro e Léo; Di Maria, Katsouranis, Rui Costa e Cristián Rodríguez; Nuno Gomes e Óscar Cardozo. Que seja um jogo sem casos em que ganha o melhor. E que o melhor seja o Benfica, evidentemente.

quinta-feira, setembro 27, 2007

Crónica Taça Liga - Simplesmente Vergonhoso!

Nada do que se passou hoje dignifica o Benfica, o Futebol Português e a própria Taça da Liga. A exibição da equipa foi miserável, a performance individual dos jogadores foi anedótica, o futebol jogado em 90 minutos foi absurdo, a arbitragem foi escandalosa e o resultado do jogo é claramente injusto. Tal como diz Camacho, só o público – e houve pouco – foi digno, nesta eliminatória da nova prova futebolística nacional. Nem vale a pena elaborar grandes textos a destacar isto ou aquilo. Não se passou nada de muito relevante que valha a pena falar, a não ser a catastrófica prestação de Hans-Jörg Butt – volta Quim, por favor –, e o grande golo de Maurício. Ponto final, parágrafo.

Depois da marcação do escandaloso penalty nem consegui ver mais a transmissão do jogo. Abomino vencer jogos assim, felizmente é algo que já não acontecia há muitos anos, mas mesmo assim deixa marcas em quem está no Futebol apenas para o degustar honestamente. Duarte Gomes, que já tinha prejudicado o Benfica em casa com o Sporting em duas ocasiões, aceitou a indicação do seu colega auxiliar e cometeu um erro do mais grosseiro possível. Mesmo tendo em conta a expulsão perdoada a Fernando, compreendo a revolta do Estrela, porque não se admite marcar um penalty daqueles! Uma palavra também para Daúto Faquirá, um senhor do futebol a quem desejo muita sorte no futuro.

Depois de tudo isto, facilmente chegamos à conclusão que a 2ª linha do Benfica mete medo ao susto. Ou por falta de qualidade, ou de ritmo, ou de outra coisa qualquer que agora me escapa. Mas até podemos falar em Justiça Divina, como apregoava o outro. Ainda dizem que, por vezes, Deus não castiga os bandidos e não beneficia os gamados! O que esperavam da presença do FC Porto em Fátima? Milagres? Um perdão divino, por tantos anos de vergonha? Ah, pois é. Deus castiga! O meu pai, que foi aluno do actual Presidente do Fátima e é natural da região, está eufórico. Linda página da história do CDF, obrigado por essa alegria!

NDR: Incomoda, sempre, ganhar uma eliminatória a penaltys quando o jogador que falha o remate decisivo ainda pertence, em parte, aos quadros da equipa que segue em frente. Se fosse comigo incomodar-me ia, evidentemente, mas isso é lá com os sportinguistas. O que é que é isso, ó João Alves?

Ficha do Jogo:

3ª Eliminatória da Carlsberg Cup

Estádio José Gomes, na Amadora

Árbitro: Duarte Gomes (AF Lisboa)

CF ESTRELA AMADORA: Pedro Alves; Rui Duarte (Wagnão, 88 m), Maurício, Hugo Carreira e Cardoso; Luís Aguiar (Mateus, 65 m), Fernando e Tiago Gomes; Yoni, Moses e Nuno Viveiros (Pedro Pereira, 78 m).

SL BENFICA: Hans-Jörg Butt; Nélson, Luisão, Marc Zoro e Miguelito; Maxi Pereira (Freddy Adu, ao int.), Gilles Binya e Nuno Assis (Andrés Diaz, 74 m); Di Maria (Fábio Coentrão, 62 m), Yu Dabao e Cristián Rodríguez.

Disciplina: Amarelos a Binya (45+1 m), Zoro (68 m), Fernando (71 m), Wagnão (88 m) e Maurício (90+3 m).

Golos: 1-0, Maurício (35 m); 1-1, Freddy Adu (90+3 m, de g. p.).

Grandes Penalidades: Maurício rematou à barra; Freddy Adu marcou (1-2); Mateus marcou (2-2); Cristian Rodriguez marcou (2-3); Tiago Gomes marcou (3-3); Butt rematou ao lado; Cardoso marcou (4-3); Luisão marcou (4-4); Fernando marcou (5-4); Fábio Coentrão marcou (5-5); Yoni remata por cima; Andrés Diaz marcou (5-6).

#Foto: Record e SerBenfiquista

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domingo, setembro 23, 2007

Crónica 5ª Jornada - A Maldição do Rosinha!

Sem Simão e sem Miccoli, e até Karagounis, o Benfica é uma equipa francamente mediana. Só não vê quem não quer! Ir empatar a Braga é um bom resultado, tendo em conta as óbvias limitações da formação encarnada. Rui Costa não pode manter o elevado nível em todos os jogos, sendo que, sem ele, o Benfica ainda nem teria ganho. Mas não preciso relembrar o resultado da época passada, pois não? Mesmo contando com os três craques que citei acima houve uma derrota humilhante... mais uma chapa 3! Talvez o Benfica até pudesse ter ganho o jogo, com mais audácia de Camacho nas substituições, mas o que é certo é que a haver um vencedor justo ele só poderia ser a equipa da casa. Quim foi fundamental para evitar a 3ª derrota consecutiva em Braga.

Na realidade, a maioria dos adeptos do Benfica não vive num Mundo Real, vive no Mundo das Promessas. E as promessas, dentro e fora de campo, não ganham jogos. Sem querer entrar no campo das constantes declarações ridículas de Luís Filipe Vieira, no que diz respeito ao Futebol Profissional, o que é preciso interiorizar é que esta é uma equipa em construção. Uma equipa que, tendo em conta as constantes lesões e a excessiva juventude/inexperiência da maioria dos atletas, vai carburar em pleno apenas numa fase mais final da temporada. Isto se, até ao final, o conseguir fazer. Não acho lúcido atribuírem-se grandes responsabilidades a Camacho – e ele até tem cometido alguns erros de casting –, visto que todos estes graves condicionantes, de início de época, têm apenas um responsável: o Presidente do Benfica.

A nível individual, Quim e Katsouranis foram enormes. Eles que têm sido do que melhor este Benfica 2007/08 tem apresentado. Bom jogo de Binya, uma excelente surpresa! Talvez haja ali um futuro reforço de qualidade, vamos ver. Confrangedoras as exibições de Nuno Gomes e, depois, de Cardozo. Na minha opinião estes dois jogadores nunca poderão jogar sozinhos na frente. Di Maria e Cristián Rodriguez não enganam quem percebe minimamente de futebol. São dois extraordinários jogadores, cheios de velocidade e técnica individual. São reforços claramente aprovados! A Maxi Pereira falta-lhe um pouco de... “sal”. É difícil explicar! Léo e Rui Costa continuam o mais indiscutível possível, é mais que evidente. Ainda estou para perceber o que faz Luís Filipe com a camisola do Benfica. O actual Nuno Assis também não acrescenta nada de positivo.

Escumalha como o dourado Paulo Costa devia ser irradiada. Como é possível amarelar Binya, num lance viril mas com bola, e fazer ouvidos moucos à escandalosa patada de Linz em Léo? Surreal a forma como este indivíduo continua a roubar impunemente! A bem da verdade, têm havido erros grosseiros na maioria dos jogos já disputados pelo Benfica. Tal situação não explica a má entrada da equipa na Liga mas favorece-a claramente. Há por aí alguém que não conhece esta táctica? E querem apostar que, de rosinha, o Benfica não vai ganhar qualquer jogo este ano?

NDR: Que país é este que permite vergonhas como esta? Até quando os criminosos continuarão a gozar com o Estado, com a Justiça e com todos aqueles que exigem punição para quem conspurcou o Desporto Português durante décadas? Como é possível que, por todo o lado, já se fale em mais um título para o FC Porto e, por outro lado, se lhes soneguem responsabilidades desportivas e criminais nos vários casos de corrupção activa em que estão envolvidos? Cada vez percebo menos este país. Não deveria estar tudo revoltado e preocupado em resolver o escândalo? As entidades responsáveis não deveriam ter suspendido as competições nacionais, tal como em Itália, até que os criminosos fossem punidos disciplinarmente? Continua a valer tudo, é uma vergonha. Aqueles que nem sequer deveriam estar a disputar a Liga Bwin já são os líderes isolados. Em Portugal continua a valer tudo para ganhar, se não fosse tão nojento seria hilariante!

Podem ver o resumo do jogo aqui. O vídeo é da bS7.

Ficha do Jogo:

5ª Jornada da Liga BWin

Estádio Axa, em Braga

Árbitro: Paulo Costa (AF Porto)

SC BRAGA: Dani Mallo; João Pereira, Paulo Jorge, Frechaut e César Peixoto; Castanheira (Wender, 69 m), Andrés Madrid e Vandinho; Zé Manel (Lenny, 69 m), Roland Linz e Jorginho.

SL BENFICA: Quim; Luís Filipe, Edcarlos, Katsouranis e Léo; Maxi Pereira, Rui Costa (Romeu Ribeiro, 86 m) e Gilles Binya; Di Maria (Óscar Cardozo, 65 m), Nuno Gomes (Nuno Assis, 65 m) e Cristián Rodríguez.

Disciplina: Amarelos a Gilles Binya (41 m), Castanheira (60 m), Rodríguez (64 m) e Wender (86 m).


#Fotos: Reuters e Record

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quarta-feira, setembro 19, 2007

Crónica Fase Grupos Liga Campeões - "Pitch Black!"

A conclusão que, facilmente, podemos retirar deste jogo é que Benfica, e Milan, são duas equipas de Mundos totalmente diferentes. E ainda mais visível tal se demonstrou pelo facto de três jogadores fundamentais estarem ausentes das opções de Camacho: Petit, Luisão e David Luiz. É um Mundo que, do lado dos Encarnados, só Rui Costa conhece. E Rui Costa é muito bom, mas não é milagreiro! O Maestro é apenas um jogador, entre 11 atletas. Indiscutível é o facto do potencial deste Benfica 2007/08 ser bem inferior ao Benfica de Simão, Miccoli, Karagounis e... Manuel Fernandes. Imagine-se o que significaria uma equipa com estes craques todos disponíveis! Impossível devido a questões orçamentais, dirão os mais cépticos. Mas será que era assim tão complicado concretizar?

Camacho optou por fazer uma alteração de vulto, opção que é discutível, ao mandar entrar o jovem Miguel Vítor para o lugar de Katsouranis, tendo este coberto o lugar do lesionado Petit. A opção mais óbvia teria sido a manutenção da dupla de centrais que enfrentou a Naval, fazendo entrar um outro jogador para a posição #6. O espanhol não quis arriscar a inexperiência de Romeu Ribeiro ou a adaptação de Maxi Pereira e, pelo 3º jogo consecutivo, modificou o centro da defesa. O que é certo é que a inexperiência dos dois jovens, Edcarlos e Miguel Vítor, acabou por ter carácter decisivo no decorrer do jogo e, sem Petit, o meio campo nunca teve a acutilância necessária para deter as investidas do Milan. Assim se vê a extrema utilidade do actual #6 do Benfica!

Não há a necessidade de discutir a eventualidade do resultado ter sido inadequado à realidade do jogo, pois é mais que óbvio que assim aconteceu. Curiosamente, o Benfica até entrou bastante bem no jogo e conseguiu equilibrar os acontecimentos nos primeiros 5 minutos, até tendo conseguido ganhar um canto. Mas numa falta escusada de Katsouranis, à entrada da área e descaído para a esquerda, Pirlo inaugura ao marcador através de um remate fantástico (9 m). Quim está, aparentemente, mal colocado e chega tarde à marcação do livre. Aí o cariz do jogo mudou completamente. O Benfica sentiu imenso o golo e sucederam-se as oportunidades para os italianos. Inzaghi, por duas vezes, e Ambrosini só são impedidos por grandes defesas de Quim (14 m e 16 m; 21 m). A resposta do Benfica acontece logo de seguida, com Rui Costa a galgar 30 metros e a estoirar à figura de Dida (22 m). No lance seguinte, Cardozo, depois de um excelente cruzamento de Di Maria, cabeceia ao poste num falhanço inacreditável (23 m).

A resposta é madrasta para o Benfica pois, no lance imediatamente a seguir, o Milan sentenceia o jogo e faz o 2-0 num contra-ataque fabuloso, construído por Pirlo e finalizado, de primeira, pelo genial Inzaghi (24 m). A partir daí só deu Milan até ao intervalo, e o 3-0 esteve bem perto. Os ataques do Benfica resumiam-se aos lançamentos de Rui Costa para Cardozo, mas o paraguaio ou fazia falta ou era apanhado em fora-de-jogo. No único lance onde isso não aconteceu, o paraguaio, isolado frente a Dida, atira forte de pé direito mas à figura do brasileiro (33 m). A partir do 2-0, o jogo esteve sempre controlado pelo Milan e a 2ª parte revelou-se um passeio para os Campeões Europeus. O 3-0 esteve sempre mais próximo que o 2-1, e até acabou por ser fortuita a forma como este foi conseguido, já no final do tempo de descontos. Inzaghi (60 m, 66 m, 67 m, 77 m,) e Kaká (54 m, 83 m) – o melhor do Mundo da actualidade –, foram os mais perdulários pois, numa boa noite da equipa da casa, o Benfica teria saído de saco cheio. A noite foi negra como o breu, e o resultado até acabou por ser bem lisonjeiro. A ida a San Siro valeu pelo momento proporcionado a Rui Costa!

A nível individual pouco há a acrescentar de positivo. Referência óbvia para a classe imaculada de Rui Costa, que terá sido o melhor jogador do Benfica, e ainda para a excelente performance de Quim. Apesar de parecer mal batido no 1º golo, o guarda-redes português continua a mostrar a sua boa forma e fez um punhado de grandes defesas, principalmente aos pés de Pippo Inzaghi. Estreia corajosa de Gilles Binya, com bons bons pormenores, deixando a ideia que é um talento a explorar. Que a tendência goleadora de Nuno Gomes seja para manter, e que apareçam os golos quando estes forem mesmo necessários. Mantendo a táctica, o português não ganhará o lugar a Óscar Cardozo, mesmo com o paraguaio a ter dois falhanços... à Nuno Gomes. De Luís Filipe já fui dizendo tudo ao longo desta época, a minha visão é a mesma já há muitos anos. É, na minha opinião, um dos piores laterais da História recente do Benfica. Falhou tudo em San Siro; a marcação, os passes, os cruzamentos, o tempo de corte, o posicionamento e até a postura. Mais uma vez é o pior elemento da equipa, onde não tem classe para actuar.

Nada de relevante a assinalar da arbitragem, num jogo sem casos. O lance do golo do Benfica tem legalidade duvidosa, mesmo com as repetições não há certezas, mas o que é certo é que não contou para, rigorosamente, nada. Mike Riley poderá ter falhado num ou outro lance mas nada que mereça queixas de um lado ou do outro. Excelente trabalho dos árbitros auxiliares.

Não o costumo fazer, e talvez nem o repita, mas analisando a prestação das restantes equipas portuguesas, na Liga dos Campeões, até poderemos dizer que o Benfica, em potencial, alcançou o melhor resultado. Averbou uma derrota, obviamente, mas já deixou para trás a pior deslocação, num confronto com o adversário que deverá conquistar o 1º lugar do grupo. Não vou escamotear o importante ponto conquistado pelo FC Porto – com a natural e vergonhosa ajudinha do árbitro, ao perdoar um penalty óbvio sobre Kuyt e expulsando Jermaine Pennant de forma muito discutível –, mas o que é certo é que foi alcançado em terreno caseiro... tal como a derrota do Sporting. Curiosamente, estes dois resultados aconteceram frente a equipas derrotadas pelo Benfica há duas épocas – o Liverpool por duas vezes e quando defendia o título. Decerto que, agora, já não são as piores formações da sua respectiva história, como, se bem nos recordamos, foi dito nessa altura.

NDR: Em dois jogos pudemos assistir a duas situações verdadeiramente fantásticas, envolvendo Rui Manuel César Costa. Da primeira já tinha falado na crónica anterior – a tal fabulosa união com o público da Luz – mas vale a pena evidenciar que quase 40 mil pessoas, em pleno San Siro, aplaudiram Rui Costa, aquando da sua substituição. Não é todos os dias que vemos uma ovação, feita no estrangeiro, a um jogador português. Pois, Rui Costa não é um jogador qualquer. É um jogador que é massivamente idolatrado nos 3 clubes onde jogou na sua carreira sénior: Benfica, Fiorentina e Milan. Nem todos os profissionais podem gabar-se de fazer História em todos os sítios por onde passaram, e muito menos de lá continuarem a ser acarinhados! Uma palavra também para Camacho, que teve a sensibilidade de lhe proporcionar este momento fantástico.

Podem ver o resumo do jogo aqui. Mais uma obra-prima da bS7.

Ficha do Jogo:

1ª Jornada da Fase de Grupos da Champions League

Stadio Giuseppe Meazza, em Milão

Árbitro: Mike Riley (Inglaterra)

AC MILAN: Dida; Massimo Oddo (Bonera, 80 m), Alessandro Nesta, Kaladze e Jankulowski; Gattuso, Andrea Pirlo e Ambrosini; Seedorf (Emerson, 74 m) e Kaká; Filippo Inzaghi (Gilardino, 83 m).

SL BENFICA: Quim; Luís Filipe; Edcarlos, Miguel Vítor (Gilles, 72 m) e Léo; Di Maria, Maxi Pereira, Katsouranis, Rui Costa (Nuno Assis, 87 m) e Cristian Rodriguez; Óscar Cardozo (Nuno Gomes, 62 m).

Disciplina: Amarelos a Cardozo (60 m) e Inzaghi (66 m).

Golos: 1-0, Pirlo (8 m); 2-0, Inzaghi (23 m); 2-1, Nuno Gomes (90+2).

#Fotos: AFP-Getty Images e Reuters

#adicionado a Crónicas 07/08

#publicado em simultâneo com o Encarnados

terça-feira, setembro 18, 2007

Carrega Benfica!

Esta é a equipa que gostaria de ver alinhar hoje à noite em S. Siro:
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No banco deverão estar para o que der e vier:
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Eu acredito!
FORÇA BENFICA!!!!

domingo, setembro 16, 2007

Crónica 4ª Jornada - O Erro de Camacho!

Sinto este jogo como se tivesse acontecido uma derrota. De certeza que há muitos que partilham do meu sentimento, mesmo depois de uma aceitável exibição do Benfica. Exibição que garantiu três pontos fundamentais e a segunda chapa 3 consecutiva. Tudo isto porque, na minha opinião, Camacho terá cometido um erro clamoroso ao não poupar jogadores essenciais, já com o decisivo 3-0 no marcador. Foram 20 minutos inexplicáveis, por parte do banco do Benfica, a lembrar as múltiplas nandinhices. E depois deu-se aquilo que muitos receavam! Petit, porventura a peça mais importante deste Benfica 2007/08, lesionou-se com gravidade e vai estar afastado da competição um mínimo de 5 jogos. Esta lesão custa-me ainda mais porque estive, toda a 2ª parte, a "pedir" a Camacho que tirasse o #6.

Talvez seja redutor fazer uma crónica começando por algo que só aconteceu a 15 minutos do fim, e que até nem teve influência no score final. Pode ser que seja, mas o amargo de boca é tão grande que se torna inevitável. Esta lesão acontece num mês complicadíssimo e quando o internacional português mantinha uma forma estupenda. Azar? Pois! Mas não é preciso estar aqui a evidenciar as qualidades do actual técnico do Benfica, pois são mais que óbvias e já se evidenciam na forma aguerrida como a equipa actua. O espanhol é, para mim, o melhor treinador do Benfica dos últimos 15 anos... mas errou neste jogo. E esse erro vai influenciar decisões futuras, uma delas já em Milão.

Mas não seria justo abordar apenas o aspecto mais negativo do confronto com a Naval. Apesar de não ter entrado bem e de ter acabado o jogo com algum sofrimento, o Benfica exibiu bom futebol durante, sensivelmente, uma hora de jogo e fez o suficiente para garantir uma vitória robusta. O elevado índice de eficácia ajudou aos números! A nível individual é essencial destacar Cristian Rodriguez, autor de uma enorme exibição. Não tinha gostado de ver o uruguaio na Madeira mas, à 4ª jornada, é impossível não estar fascinado com a sua prestação. O “Cebola”, sempre rápido a atacar e solidário a defender, está em todos os golos: marca o 1º, intervém no 2º, e assiste para o 3º. Espectacular!

Nota muito positiva, também, para os passes longos de Rui Costa. São uma pequena maravilha que, só por si, valem o bilhete. A forma como o #10 aponta o segundo golo do jogo é algo inexplicável, que só vendo se lhe faz juízo. Nunca vi nada assim, uma sinfonia completa do Maestro. Excelentes as actuações de Léo e Petit, eles que nunca jogam mal e se mantêm no núcleo-duro da equipa. Impressionante a quantidade de cortes defensivos onde estes dois intervêm. De Quim e Katsouranis só podemos dizer coisas positivas. O internacional português é, indiscutivelmente, o melhor guarda-redes português da actualidade enquanto que o grego já parece um central de raiz. E um central de enorme qualidade.

Não gostei tanto de Di Maria, que se terá deslumbrado um pouco com o ambiente da Luz... mas ainda é um menino imberbe. Há que saber ensiná-lo a soltar a bola mais rapidamente, mas a qualidade é indiscutível. Estreia apagada de Edcarlos, a tentar passar despercebido. Também despercebido esteve Maxi Pereira. Mas ainda é cedo para se discutirem as suas qualidades inatas. Vamos ver! Luís Filipe terá feito o melhor jogo pelo Benfica, mas o que mostrou continua a ser pouco. Brilhou na assistência do 2-0 mas a defender é muito, mas muito, mau. Nuno Gomes jogou pavorosamente, como de costume, mas finalmente marcou. E, isso, para um ponta-de-lança já é muito bom. Que não sejam precisos 6 meses para voltar a marcar de novo.

Surpreendente a excelente arbitragem de Rui Silva. Não o conhecia e gostei da sua prestação. O jogo foi relativamente fácil, mas o árbitro de Vila Real não cometeu erros grosseiros e até passou despercebido. Vou estar atento a posteriores exibições deste jovem árbitro de 28 anos. No entanto, alguns erros dos auxiliares, no capítulo do fora-de-jogo, desceram a nota global da equipa.

Passando a Naval há que analisar o 1º jogo da Liga dos Campeões, na próxima Terça-Feira. Sejamos lúcidos, e não líricos. Jogar em San Siro é para gozar o momento e não para exigir qualquer coisa. Satisfeito ficarei com a dignificação da camisola do Benfica, e a demonstração que a equipa tem qualidade para estes palcos. Estaria muito mais confiante com Miccoli, Simão, Karagounis e Manuel Fernandes no 11, como é óbvio.

Um empate será um grande resultado, vencer seria tão épico como ganhar em Anfield Road. Não estou de acordo que seja bom o 1º jogo ser logo o mais difícil, é uma questão de pontos de vista. A instabilidade do Benfica pode ser agudizada se a derrota tiver números pouco simpáticos, e isso preocupa-me. É bom "despachar" já o que incomoda, mas apenas se isso nada influenciar o momento actual da equipa. Vamos ver, seria bonito ver quase 10 mil benfiquistas em Milão, como no 3-4 com o Inter.

NDR: Absolutamente incrível a forma como Rui Costa brincou com os adeptos da Luz, já na 2ª parte. É também por isto que há um inexplicável fascínio por este deslumbrante jogador. Não é apenas por ser um dos melhores jogadores portugueses de todos os tempos, é muito devido ao seu grande carácter e humanismo. Rui Costa é único, e ainda bem que é nosso!

Podem ver o resumo do jogo aqui. Mais uma obra-prima da bS7.

Ficha do Jogo:

4ª Jornada da Liga BWin

Estádio da Luz, em Lisboa

Árbitro: Rui Silva (Vila Real)

SL BENFICA: Quim; Luís Filipe, Edcarlos, Katsouranis e Léo; Maxi Pereira, Petit (Romeu Ribeiro, 76 m), Rui Costa e Cristian Rodriguez (Nuno Assis, 83 m); Di Maria (Fábio Coentrão, 78 m) e Nuno Gomes.

NAVAL 1º MAIO: Taborda (Rodrigo Café, 69 m); Mário Sérgio, Paulão, Gaúcho e China; Delfim, Davide e Godemeche (Hugo Santos, 61 m); João Ribeiro, Elivelton e Wandeir (Saulo, ao int.).

Disciplina: Amarelos a Di Maria (30 m) e China (36 m).

Golos: 1-0, Cristian Rodriguez (22 m); 2-0, Rui Costa (35 m); 3-0, Nuno Gomes (52 m).

#Fotos: AFP-Getty Images e SerBenfiquista

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Crónicas 07/08

#publicado em simultâneo com o
Encarnados

segunda-feira, setembro 10, 2007

Sempre a "Somar"...

Perante tantas contrariedades, esta é uma vitória muito saborosa. Sem os lesionados André Lima, Bebé e Miguel Almeida – e ainda com Sidnei condicionado –, o Benfica teve algumas dificuldades para vencer o Braga e conquistar o seu 4º troféu em dois anos. E quando Arnaldo reagiu insultuosamente a uma inexistente falta sobre si assinalada, e foi expulso com cartão vermelho directo, as coisas complicaram-se um pouco. O “Expresso de Bragança” era, tão só, o melhor elemento do Benfica até então, e, com o empate a registar-se, o Campeão Nacional tremeu...

Mas já sabemos da fibra e da classe destes heróis. Vencendo ao intervalo por apenas um golo de diferença, a 2ª parte foi uma avassaladora enxurrada encarnada. Gonçalo Alves e Pedro Costa apontaram os golos decisivos, perante um Pli em óptimo plano. E, então, Ricardinho – que até teve alguma infelicidade ao longo do jogo, com várias bolas na madeira –, brindou-nos com uns 5 minutos finais de pura magia, e avolumou o placard para 5 golos de diferença. A outro nível há a registar alguns erros da dupla da AF Porto mas, na globalidade, podemos dizer que pautaram o seu trabalho pela sobriedade. Não percam o resumo do jogo, de seguida, e podem ler uma excelente crónica, aqui.

NDR: É por estas coisas que só gosto de ver Desporto, na TV, em canais especializados. Os generalistas não sabem fazer boas transmissões, e a SIC é o pior deles todos. Para além do erro catastrófico de não darem a entrega da Taça, nem foram capazes de ir dando o tempo de jogo, de vez em quando. Fomos ficando completamente às aranhas com o tempo... e nunca acertaram na tabelinha com o número de faltas. Enfim, do pior. O que vale é que o canal tem uma fotografia excelente, e até arranjaram umas meninas giras para dançar. E não se admite o relatador estar sempre a falar de Futebol, e a confundir noções de Futebol com as de Futsal. O Futsal não é o Futebol dos pequeninos e desgraçadinhos, é um Desporto em si.

Tal como prometido, cá fica o link do pdf "As Verdades Deturpadas". Agradecimento ao Pedrove, claro.



Ficha de Jogo:

Final da SuperTaça de Futsal

Pavilhão Municipal da Mealhada, na Mealhada

Árbitros: Rui Pinto e Sandra Silva (AF Porto)

SL BENFICA – Zé Carlos; Zé Maria, Pedro Costa, Arnaldo e Ricardinho.
Jogaram ainda: Gonçalo Alves, Rogério Vilela, Amandus, João Marçal, Sidnei, Carlos Paulo e Ricardo.

SPORTING BRAGA/AAUM – Pli; Fabrício, Lino, André Machado e Coroas.
Jogaram ainda: Bruno António, Rui Dias, Magalhães, Rui Pereira, Hugo Abreu, Hugo Silva e André Costa.

Disciplina: Amarelos a Fabrício (23 m e 37 m) e a Pli (37 m). Vermelho, por acumulação de amarelos, a Fabrício (37 m). Vermelho directo a Arnaldo (14 m).

Golos: 1-0, Arnaldo (1 m); 1-1, Bruno António (5 m); 2-1, Fabrício (16 m, na p.b.); 2-2, Coroas (20 m); 3-2, Gonçalo Alves (22 m); 4-2, Gonçalo Alves (28 m); 4-3, Bruno António (29 m); 5-3, Pedro Costa (35 m); 6-3, Pedro Costa (36 m); 7-3, Ricardinho (37 m, de g.p.); 8-3, Ricardinho (39 m).

#Fotos: Site Oficial

#dowload do video, aqui

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Encarnados

sexta-feira, setembro 07, 2007

A "Futebolização" do Futsal!

Já muito se falou, e escreveu, sobre a tal “nova era do Futsal Português”. Talvez seja uma atitude egoísta, da minha parte, mas gosto do Futsal no seu cantinho. Gosto muito deste desporto, sem que seja necessário seguir pelos caminhos mediáticos do Futebol. O mediatismo pode destruir o Futsal, ou, pelo menos, a sua beleza verdadeira. Sabemos que há muitas coisas no Desporto-Rei que são más, muito más. Principalmente fora de campo! Será positiva esta tentativa de aproximação? O Futsal Português ainda está em estado puro, embrionário se quiserem, e é por isso que é fantástico. Ganhar ou perder... ainda é Futsal!

As transmissões da SIC vão, na minha opinião, prejudicar a competição futsalista nacional. Digo isto porque o mediatismo, sem haver uma estrutura sólida generalizada, tem um carácter destrutivo. Receio que isto seja o primeiro passo para algo que não iremos gostar: a destruição da sua beleza naif, do seu amadorismo. E eu gosto desse amadorismo, do sentimento de “quinta”, da “carolice”. É por isso que me afasto cada vez mais do Futebol, onde o mediatismo, e a circulação de grandes capitais, fomentaram a corrupção, a falta de carácter, os jogos combinados, etc.... No Futsal não há nada disso, e é óptimo que assim seja. Hoje ganham uns, amanhã ganham outros.

E a exclusividade é algo abominável. Na SportTV percebia-se de Futsal. Alguns comentadores podiam não ser isentos, mas percebiam o fenómeno e sabiam-no explicar aos menos entendidos. As transmissões da SIC, do Mundialito no Algarve, foram qualquer coisa de horroroso! A entrada da SIC, e do lixo que a SIC atrairá, pode comprometer a evolução deste desporto. Se maiores patrocínios, com mais dinheiro em circulação, significar mais escumalha, é preferível que fique tudo como está. O Futsal é para os amantes do Futsal!

NDR: Outra situação que me preocupa bastante é o facto do main sponsor do Sporting, que lhe dá a publicidade nas camisolas, ser o mesmo do Campeonato. Desconheço se a Sagres também patrocina outros candidatos ao título, mas faço votos que sim. Ainda agora isto começou e já há “negócios estranhos”?

#Fotos: SerBenfiquista

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Encarnados

segunda-feira, setembro 03, 2007

Crónica 3ª Jornada - "Hay que Salir a Ganar!"

Desde que se soube, através da Polícia Judiciária, que já se compraram jogos entre o Benfica e o Nacional, que tenho algum receio destas deslocações à Madeira. Não me podem censurar por isso, este tipo de coisas dá a volta à cabeça de qualquer pessoa honesta. Mediante este pensamento, porque é que os benfiquistas insistem em seguir, religiosamente, a Liga Bwin? Porque é que, neste escândalo sem precedentes, a resposta ao compadrio da Liga de Clubes se resume a estádios cheios e uma fé inabalável? Incompreensível? Talvez não. A paixão dos benfiquistas, pelo seu clube, está cima da revolta sentida pela não-acção das entidades competentes. Pelo menos, até hoje.

O confronto com o Nacional, da 3ª jornada, detinha, não só, uma importância fulcral na recuperação do Benfica na tabela mas, também e essencialmente, na criação de uma aura em redor da equipa. Seria necessário corresponder a expectativa da entrada de Camacho, em pontos concretos na tabela classificativa. Ora, isso foi algo que não aconteceu frente ao Guimarães e que deu azo a que, já tão cedo, algumas vozes discordantes se manifestassem. Não ganhar na Madeira só faria com que tudo continuasse a ser posto em causa, situação que teria reflexo no trabalho da actual equipa técnica. É óbvio que o trabalho de Camacho vai ser duro, já que há que provar competência em todos os jogos. Começar atrás, e já com o comboio em andamento, tem destes inconvenientes!

Ao contrário da era Fernando Santos, o Benfica entrou bastante bem no jogo: a dominar, a atacar, à procura do golo. Logo aos 3 minutos, numa soberba jogada individual de Di Maria, Cardozo está perto de inaugurar o marcador mas não dá bem na bola e Benaglio afasta o perigo. As ganas eram mais visiveis em Di Maria que, aos 17 minutos, obriga o keeper suiço a uma grande defesa, num remate na sequência de um livre encostado à direita do ataque encarnado. O mesmo Benaglio, que tinha entrado muito bem, borra a pntura e entrega o ouro ao bandido, leia-se Cardozo, num pontapé de baliza. O paraguaio faz o que lhe compete e inaugura o marcador (18 m). Após o golo, o Benfica ficou algo expectante e o Nacional aproveitou para assumir o jogo, ainda que tenha criado pouco perigo. O lance mais evidente é um grande estoiro de Fellype Gabriel, após um erro nada normal de Petit, que Quim defende de forma brilhante. Nuno Gomes ainda teve a oportunidade para aumentar o score mas a execução de um chapéu sai deficiente.

O dominio avassalador do Benfica, na 2ª parte, não deu em grande goleada porque Diego Benaglio apareceu em bom plano, a evitar alguns lances de golo eminente. Primeiro foi Nuno Gomes que, após centro de Di Maria, falhou um remate de ângulo muito difícil (54 m). Di Maria voltou a estar em grande plano ao arranjar um buraco para meter a bola na cabeça de Nuno Gomes... salto de peixe escandalosamente ao lado (58 m). De novo o argentino, a fazer o um-dois com remate de Maxi Pereira, e só Benaglio salva o golo (61 m). Quim esteve bem nalguns socos a bolas altas e isso, também, foi importante. Camacho mexe na equipa e tira o desinspirado Nuno Gomes, optando por permitir a estreia do uruguaio Rodriguez. Pouco tempo depois, Rui Costa decide a partida – ele que até estava discreto – num remate após um slalom soberbo. Um lance que só está ao alcance dos génios! O 0-2, da autoria do Maestro (69 m), dá justiça e é o prémio mais que merecido para a boa exibição da equipa. O terceiro golo – factura Cardozo num penalty óbvio sobre Maxi Pereira –, é apenas um proforme (77 m). Benaglio ainda evita a goleada, a remates de Maxi e Di Maria (78 e 81 m). Cardozo até falha a recarga na sequência do lance do jovem argentino.

A nível individual há muito para falar. Não há que esconder o excelente momento por que passa Quim. O internacional português, bem ao seu estilo, tem socado tudo o que mexe e já não sofre golos há 3 jogos. E em todos eles assumiu preoponderância vital na defesa das redes. Mais um grande jogo de Petit e de Katsouranis, um pouco ao estilo de Copenhaga. Mas o melhor em campo foi, mesmo, Angel Di Maria. O puto é um cracalhão, daqueles que não enganam! Para além do soberbo drible curto, o que mais impressiona é a forma como não tem medo de partir para o choque, de procurar a decisão, de levar a equipa para o ataque. Há que ter paciência com o argentino, porque está aqui um diamante por lapidar. O outro puto, Miguel Vitor, não esteve ao nível das anteriores exibições. É preciso um “professor” que lhe ensine a não fazer aquelas entradas durinhas. Só fez uma falta mas foi muito perigosa.

A Imprensa falou pouco em Léo, mas o brasileiro fez um grande jogo. A defender roçou a perfeição – com vários cortes impecáveis –, e no ataque teve várias arrancadas de meter respeito, principalmente na 1ª parte. Faz uma dupla espectacular com Di Maria. Há que destacar, ainda, a fabulosa obra-prima de Rui Costa – numa exibição a roçar apenas o razoável, devido à grande quantidade de passes falhados –, e o primeiro bis de “Tacuara” Cardozo. O paraguaio precisava de um golo, ainda bem que o conseguiu no jogo mais discreto que fez pelo clube. Bastante positiva a estreia de Maxi Pereira, com uma 2ª parte carregada de excelentes diagonais. Menos bem o seu compatriota Rodriguez, mas ainda vimos muito pouco.

O problema mais grave que Luís Filipe tem apresentado é a macieza excessiva, um pouco ao estilo de Nélson. Dá o espaço todo ao extremo, muitas vezes até vira as costas à bola e ao adversário, não sabendo ocupar a posição certa. A típica “barata tonta” que deixa buracos enormes e faz inúmeras faltas! Foi assim que o Nacional criou perigo, e muitas vezes. Ofensivamente já sabíamos que é zero, mas a defender assim tão mal não calça quando Nélson estiver em condições. É verdade que não foi a calamidade de outras partidas, hoje foi só... mau. Nuno Gomes voltou às exibições desastrosas. É pena, parecia que ia dar seguimento à excelente performance na Dinamarca.

A nível técnico não há nada a dizer da arbitragem de Bruno Paixão. O penalty cometido por Benaglio é indiscutível, e a esmagadora maioria das faltas perigosas foram assinaladas. Não houve, portanto, influência no resultado – ao contrário dos dois jogos anteriores, onde houve dois penaltys não assinalados a favor do Benfica. A nível disciplinar terá faltado um cartão amarelo, por uma mão na bola de Katsouranis. O grego também é protagonista de um lance caricato, em que tenta, por gestos, mostrar ao árbitro o que um madeirense lhe terá feito na jogada anterior. Na realidade, o #8 tem razão, já que foi empurrado na área do Benfica, o que possibilitou uma jogada perigosa ao adversário. Bruno Paixão entendeu que aquilo não era forma de protestar e puniu-o, efectivamente bem, com um cartão amarelo. Ridículo terá sido o cartão mostrado a Romeu Ribeiro, numa falta tardia, duvidosa e sem qualquer maldade. Magnifico trabalho dos árbitros auxiliares, num jogo com um elevado número de foras-de-jogo.

Exibição segura da equipa de Camacho, numa vitória indiscutível. A paragem da Liga BWin, para compromissos importantissimos da Selecção Portuguesa, deverá beneficiar o Benfica. Digo isto porque, recentemente, chegaram vários reforços e esses jogadores têm pouco tempo de adaptação ao clube, aos colegas, e ao treinador. Há 15 dias para criar rotinas entre as inúmeras caras novas que não têm compromissos internacionais. Rotinas, essas, que poderão revelar-se fundamentais para o futuro da equipa. Há, portanto, muito trabalho para fazer antes da recepção à Naval 1º Maio. Ganhar o próximo jogo continua a ser fundamental. Vital, mesmo! Estás melhor, Benfica!

NDR: Porque raio insistem em deixar a locução a execreáveis como Rui Pedro Rocha? Não há mais ninguém na SporTV, um que não seja um lagartão? E é assim tão importante poupar na deslocação de um 2º comentador, que lhe abra a pestana de vez em quando? A Madeira é longe, mas os assinantes da SportTV não pagam pouco. Para levar o João Rosado mais vale ficar quieto.

Amigos do PAOK, Boa Sorte. Vão precisar!

Podem ver o resumo do jogo aqui. É o regresso do Xander à produção de vídeos (usem o Quicktime ou Media Player Classic).

Ficha do Jogo:

3ª Jornada da Liga BWin

Estádio da Madeira, no Funchal

Árbitro: Bruno Paixão (AF Setúbal)

NACIONAL MADEIRA: Diego Benaglio; Patacas, Ávalos, Ricardo Fernandes e Alonso; Cléber, Bruno Amaro (José Vítor, ao int.), Fellype Gabriel e Juliano Spadacio; Edu Sales (Cássio, ao int.) e Lipatin (Ricardo Pateiro, 73 m).

SL BENFICA: Quim; Luís Filipe, Miguel Vítor, Katsouranis e Léo; Maxi Pereira, Petit, Rui Costa e Di Maria (Romeu Ribeiro, 83 m); Nuno Gomes (Cristian Rodriguez, 64 m) e Óscar Cardozo.

Disciplina: Amarelos a Cléber (25 m), Miguel Vítor (59 m), Katsouranis (65 m), Diego (76 m) e Romeu Ribeiro (90+2 m).

Golos: 0-1, Óscar Cardozo (17 m); 0-2, Rui Costa (69 m); 0-3, Óscar Cardozo (76 m, de g. p.).

#Fotos: Site Oficial e SerBenfiquista

#adicionado a Crónicas 07/08

#publicado em simultâneo com o Encarnados

domingo, setembro 02, 2007

Lista da Liga dos Campeoes

GR: Quim, Butt, Moreira e Bruno Costa

DEFESAS: Luís Filipe, Edcarlos, Zoro, Nélson, David Luiz, Luisão, Léo, Miguelito e Miguel Vítor

MEDIOS: Petit, Katsouranis, Maximiliano Pereira, Gilles, Di María, Nuno Assis, Rui Costa, Romeu Ribeiro, Fábio Coentrão, Adu e Cristian Rodriguez

AVANCADOS: Cardozo, Bergessio e Nuno Gomes

O Adu, na minha opiniao e' um avancado, mas mesmo assim acho bastante curto para uma prova como a LC ter 3 (4) avancados.