segunda-feira, agosto 28, 2006

E.S.

Estádio da Luz
Vejam as fotos abaixo. Reparem nas semelhanças incríveis e digam se sabem que (novo) estádio é este?



PS - dou uma pista, no título (melhor dizendo, a resposta está-se mesmo a ver qual é)

sábado, agosto 26, 2006

Já temos o vinho, faltam as p#&@$!


«Eu gosto é do verão,
Passearmos com um caso nas mãos.
Saltarmos e rirmos na praia
Nadar e apanhar um escaldão
E ao fim do dia,
Bem abraçados
A ver o pôr-do-sol
Patrocinados por um Rosé "qualequere".
»

#publicado em simultâneo com o Redrigues.blogspot

quinta-feira, agosto 24, 2006

A palhaçada continua AD ETERNUM

Na véspera do início do campeonato é ridículo - para não dizer gravíssimo - que esta situação ainda se encontre neste impasse. Se nem os juristas conseguem interpretar um despacho, alguém me diga a que Justiça estamos entregues?

E que tal uma sentença salomónica? Mandem os dois prá II e subam o Leixões!! Querem justiça?, esta seria a solução ideal. O o Leixões foi a única que dependeu apenas de si para chegar onde chegou nem precisou de artimanhas de secretaria para mostrar o que vale:

In Notícias na Hora dA Bola
«Caso Mateus» – Despacho do tribunal deixa a Liga baralhada...
O presidente da Liga recebeu um despacho do Tribunal Administrativo e Fiscal de Lisboa, em resposta à providência cautelar apresentada pelo Gil Vicente, relacionada com o «caso» Mateus, mas face à «ambiguidade» do documento, Valentim Loureiro diz não saber o que fazer...

Existe uma «contradição» nos dois parágrafos finais do despacho, segundo Valentim Loureiro, deixando a Liga sem saber se deve considerar o Belenenses ou o Gil Vicente no escalão principal do futebol português.O presidente da Liga explica que num dos parágrafos do despacho vem escrito que se «declarem suspensas as decisões administrativas impugnadas [pelo Gil Vicente], tudo se mantendo como se estas não existissem, com consequências daí decorrentes, designadamente no plano desportivo ou de intervenção nos campeonatos»; no último parágrafo do despacho refere-se que, «pelo exposto, indefere-se o decretamento provisório das medidas cautelares requeridas» [pelo Gil Vicente].Face a esta decisão, Valentim Loureiro acrescentou: «Nenhum dos juristas por nós contactados consegue entender. Queremos saber concretamente o que devemos fazer face a esta providência cautelar.»Entretanto, a Liga já solicitou uma clarificação do despacho ao tribunal e aguarda uma resposta até amanhã.

Pisaram um "Ninho de Vespas"!


A mentira e a calúnia têm, por vezes, grande soberania neste país e assim se vê o poder que a Máfia tem no Futebol Português e na Comunicação Social. Prestes a começar o Campeonato, e depois de uma vitória europeia do Benfica, é publicada no 24 Horas uma “notícia” de uma alegada constituição de arguido a Luís Filipe Vieira, no âmbito da transferência de Mantorras do Alverca.
Coincidência? I don't think so!

Felizmente que a podridão ainda não atingiu mortalmente a Policia Judiciária e o Ministério Público que prontamente desmentiram a veracidade desta farpa lançada ao Presidente do SLB. Para além do desmentido foi também garantido pela PJ que Luís Filipe Vieira não está a ser investigado e não foi, sequer, ouvido no âmbito deste processo – para quem não sabe um individuo para ser constituído arguido num processo judicial tem de ser ouvido numa audiência com um juiz... tal nunca aconteceu!

Curiosamente verificamos – muita gente não sabe – que o dono do jornal em causa, o único com este conteúdo, é nada mais, nada menos do que Joaquim Oliveira – o “patrão” da Olivedesportos, com fortes ligações ao FC Porto.
Tal como disse Luís Filipe Vieira numa excelente entrevista à SIC – ao contrário de outros, o presidente do Benfica não foge para Espanha, nem declara blackouts, quando as coisas estão complicadas – isto não passa de uma tentativa mesquinha e ordinária de fazer calar o único dirigente que continua a falar do caso mais escandaloso de corrupção desportiva em Portugal.


Tenham atenção que, enquanto a podridão reinar, não nos vão calar nunca! Todo o benfiquista deve ver esta entrevista à SIC, é fundamental estar a par desta situação e do que têm feito a Luís Filipe Vieira e à sua família. É assim que essa gente opera, na base do medo, da ameaça e do enxovalho público! O nosso apoio é fundamental, a sua recandidatura é mais que fulcral para continuar a luta.

Já sabemos que isto vai ser empolado na CS, na opinião pública e na blogosfera de forma brutal, embora poucos façam referência que tudo é falso e que tudo foi desmentido pelas entidades oficiais envolvidas. É tipo aqueles desmentidos de letra miudinha, no fundo da página e que ninguém lê… e quando os há, realmente. Apelo aos benfiquistas que não se deixem enxovalhar, que defendam a verdade e estejam com o nosso presidente neste ataque – que também é feito a todos nós!

Pisaram um ninho de vespas, Luís Filipe Vieira, o Benfica e milhões de adeptos estarão com ainda mais força para, de uma vez por todas, limpar a podridão que já dura há mais de 20 anos.


NDR: Parece que há alguns mentecaptos que começam a fazer paralelismos com esta calúnia e o Apito Dourado. Eu enuncio algumas diferenças: um é uma realidade e o outro é falso, um fala de corrupção activa enquanto o outro de desvio de dinheiro, um tem arguidos realmente existentes, o outro não passa de uma falácia de gente mafiosa, um está ainda a decorrer – sim, o Pinto da Costa ainda é arguido de outra parte do processo de manipulação de resultados – o outro nunca existiu!
Conseguem distinguir ou é preciso fazer um desenho?

Fotos: Record e SerBenfiquista

#adicionado a
O Céu é Encarnado

#publicado em simultâneo com o
Encarnados

Crónica 2ª Mão Pré-Eliminatória Champions - Bem-vindos ao "Inferno" da Luz!


O empate, há 15 dias, em Viena deixou em aberto a eliminatória, embora com vantagem para o Benfica, mas o bom senso deveria garantir uma consciencialização de que em jogos europeus – e porque não dizer: em todo o fenómeno desportivo – tudo é possível. O “seguro morreu de velho” e por isso só um Benfica forte e esclarecido convenceria o espírito daqueles que pretendem o sucesso nesta época. A presença na Champions é fundamental para um clube com o colossal historial do Sport Lisboa e Benfica, e perder essa oportunidade com um clube extremamente modesto representaria um ultraje!

No meio de alguma indecisão em torno de Simão Sabrosa e do próprio Karagounis, seria importante que os atletas presentes pudessem provar que, apesar de algumas baixas de vulto, a equipa pode ser competitiva – embora algumas lacunas sejam evidentes! Cabia a Fernando Santos a liderança do grupo e a responsabilização pela motivação interna, algo a que não lhe estamos habituados a ver de forma consistente.

Por outro lado, o que esperar de um adversário tão modesto quanto inocente… e com um treinador bem peculiar. O mesmo fraco desempenho na medíocre Liga Austríaca ou a forte presença daqueles primeiros 10 minutos no Prater?
Como já foi dito por vários bloggers e jornalistas, a principal vitória benfiquista seria o “renascimento” desta equipa, o acreditar novamente que é possível uma boa prestação em 2006/07, naquele que era um dos jogos mais importantes de uma época ainda em idade infantil.


Não inventar é meio caminho andado para o sucesso

Já era expectável que Fernando Santos optasse pela “reutilização” da formação que empatou em Viena. Não só porque as estrelas lesionadas ainda não recuperaram – Miccoli, Léo e Simão, ficando no clube, serão titulares indiscutíveis – mas também porque, no momento, é esta a melhor formação que o Benfica pode apresentar. Parece óbvio à maioria dos benfiquistas!

Sendo assim, um 4-2-3-1 com a manutenção de Quim na baliza – espero que essa escolha se mantenha –, Ricardo Rocha e Nélson como laterais, fechando a defesa com a dupla internacional brasileira Luisão e Anderson.
Como trincos surgiram Petit e Katsouranis, naquele que parece ser o miolo do meio-campo para toda a época. Nas alas, os portugueses Paulo Jorge e Manú, enquanto que Rui Costa serviu de apoio ao único avançado: o capitão Nuno Gomes.

De destacar a presença de 8 portugueses no 11 inicial, com 5 deles internacionais A por Portugal.


Um domínio esmagador

A entrada do Benfica na partida foi o sinal que seria muito difícil perder a eliminatória. Tal como previa a faixa dos Diabos Vermelhos, o Benfica “carregou” no adversário de forma esmagadora e foi Ricardo Rocha, com duas iniciativas individuais, que criou maior perigo nos primeiros 5 minutos. Aos 9 minutos, numa jogada de fino recorte, Rui Costa coloca a bola na cabeça de Nuno Gomes que faz um cabeceamento fantástico para a defesa da noite do keeper austríaco.

A solução dos visitantes era, quase exclusivamente, o recurso à falta e tal era aproveitado para criar mais perigo. Anderson e Petit foram, então, os protagonistas nas bolas paradas. Aos 20 minutos acontece a primeira explosão de alegria! Nuno Gomes recebe um excelente cruzamento de Manú e amortece para Rui Costa que, vindo de trás e à entrada da área, desfere um remate forte e colocado… indefensável! A comemoração do golaço de Rui Costa é algo indescritível e só visto é possível vislumbrar o momento.

Depois do golo a já atarantada equipa de Viena perdeu a noção do jogo e consentiu várias oportunidades de golo ao Benfica. Paulo Jorge e Nélson na cara de Safar, Katsouranis de calcanhar no seguimento de um canto e ainda um remate de Rui Costa, já dentro da área, não conseguem aumentar o marcador. Mas quando já toda a gente se preparava para o intervalo, Katsouranis ganha de cabeça a meio campo e a bola acaba por sobrar para Nuno Gomes que galga 30 metros e, com frieza, fuzila Safar para o merecido 2-0.


A 2ª parte foi a confirmação do 1º tempo. Uns primeiros minutos de forte aperto para o Áustria e com Paulo Jorge a revelar a sua veia perdulária por 2 vezes.
Como resposta ao único lance perigoso dos visitantes – grande defesa de Quim, para canto – o Benfica faz o 3-0. Contra-ataque venenoso – a aproveitar o referido canto – com passe magistral de Rui Costa a isolar Manú, Petit e Nuno Gomes, com o #18 a oferecer de forma generosa o golo ao #6.

Na jogada do Benfica imediatamente s seguir Nuno Gomes falha o 4-0, já dentro da pequena área, devido à atenção de Safar. À hora de jogo o ritmo da partida baixa consideravelmente e com a ovacionada substituição de Rui Costa – pouco depois dos 65 m – já toda a gente esperava pelo final.
Até ao fim do jogo destaque apenas para uma ou outra iniciativa individual de Nélson, para um lance genial de Manú – a fintar sucessivos adversários até ser travado em falta – e para um lance perigoso do Áustria de Viena, no seguimento de uma perda de bola de Beto – de cabeça e digna de um iniciado.


58 mil embalados ao som da “música” do Maestro

Falar das melhores prestações em campo é relativamente fácil e, se Petit e Luisão foram os esteios do costume, a exibição de Rui “Il Maestro” Costa foi qualquer coisa de sensacional! No regresso à Luz em jogos oficiais, o #10 do Benfica não podia ter tido melhor “sorte”. Futebol de “cabeça levantada”, passes sublimes, um sem número de grandes jogadas individuais e… um golaço, gritado a plenos pulmões! Apesar da excelente prestação da maioria dos atletas, Rui Costa foi um espectáculo dentro do próprio espectáculo. E o que dizer daquela comemoração “à Benfica”?

Em grande plano exibiram-se, os já citados Petit e Luisão, mas também Nuno Gomes e Nélson.

A exibição de Luisão tem apenas uma classificação: perfeita! Não há uma mácula que se lhe possa apontar e, embora o adversário seja manifestamente fraco, nalguns momentos foi mesmo confrangedor assistir às tentativas de ataque do Áustria de Viena, tal a espectacularidade com que lidou com a situação. Um autêntico “stopper” que não deu uma única hipótese a Wimmer, Ceh e companhia! Parece caminhar para um grande aprumo de forma e até voltou a merecer a confiança de Dunga, no “escrete”.

A importância de Petit no Benfica é por demais evidente. Um Benfica com Petit raramente é um “petit” Benfica e a noite europeia até deu para facturar.
A excelente circulação de bola da norma, o “pressing” continuado e o mais alto possível mas acima de tudo, uma a firmeza “à patrão”. Apesar da fraca pontaria nos “tiros” de longe, realizou uma partida excepcional.
Saiu tocado, espero que não seja nada de especial!


A importância de Nuno Gomes no Benfica viu-se bem no decorrer desta eliminatória: dois golos e 1 assistência são o pecúlio do capitão do Benfica. Bastante bom, portanto!
Na posição que ocupa é fulcral que assuma as despesas do ataque, não pode ficar esquecido, pelo que procurar a bola é a missão nº1. Missão cumprida, obviamente!
Autor de um golo importante, não tão soberbo como o no Prater, que sentenciou definitivamente o vencedor do jogo e da eliminatória.
Noutro momento de grande espectáculo executou um fantástico cabeceamento que já toda a gente gritava golo quando Safar “safou” a inauguração do marcador. Impecável nas tabelinhas com os colegas como, aliás, é seu timbre.

Foi um Nélson em grande que surgiu na Luz. As saudades das “arrancadas”, das fintas estonteantes e dos cruzamentos milimétricos já eram grandes e com o aprumo do factor físico parece que essas “nuances” vieram para ficar.
Claramente a melhor exibição que fez nesta época, deixando “água na boca” dos adeptos. Se mantiver o nível exibicional confirmar-se-á como um caso sério no panorama nacional.


A um bom nível referencio Anderson e Katsouranis.

A “zaga” que faz com Luisão é de grande qualidade, e Anderson contribui bastante para isso. Sempre com tranquilidade e classe – naquela que é a melhor dupla “encarnada” em mais de 10 anos – deu seguimento à excelente exibição de toda a defensiva. Em virtude do fraco acerto ofensivo dos austríacos teve muito espaço para aparecer nalguns lances de bola parada, ao seu estilo, com algumas tentativas de cabeceamento que acabaram por sair frustradas. A noite foi de segurança, imagem de marca do #3.

Depois de um início algo periclitante, o internacional grego Katsouranis poderá ficar satisfeito com o que fez em campo. Embora na “sombra” de Petit, esteve sempre presente e fez mesmo alguns cortes espectaculares. Uma das notas mais positivas para a sua presença na equipa titular é a estupenda capacidade física que possui, atributo esse que lhe permite assumir o jogo aéreo de forma consistente… e era essa uma grande lacuna do meio-campo. A assistência para o 2º golo demonstra essa vertente de forma bem vincada!

Apesar do pouco trabalho, Quim teve noite segura. Poucas intervenções mas a normal eficácia nos cruzamentos. Brilhou a remate de longe de Wallner já que com a bola a bater na relva a defesa tem elevado grau de dificuldade.
Apenas uma falha: deixou bater no chão uma bola perdida, sozinho, e esta fugiu-lhe por breves segundos… pregou um susto, mas só isso!


Pouco trabalho para Ricardo Rocha no dia em que, quase três anos depois, voltou a ser convocado por Scolari para os AA – e tão justa é essa convocação! A posição de lateral-esquerdo não lhe favorece os rasgos atacantes mas, por vezes, foi surpreendente a forma como o conseguiu fazer... acho que nunca o tinha visto a rematar de longe. Defensivamente impecável e às vezes eram dois que por lá passavam.

Paulo Jorge e Manú têm estilos muito díspares. O 1º tem na raça a sua vertente mais positiva e o 2º é na velocidade que se destaca. Não se podem considerar estrelas mas são jogadores bastante úteis a este Benfica.
Não fizeram exibições de indiscutível classe mas foram importantes na manobra da equipa, cada um ao seu jeito. Nalguns momentos as suas pechas vieram ao de cima, nomeadamente o pendor perdulário de Paulo Jorge – a culpa será, talvez, mais de Fernando Santos que o coloca muito em cunha com Nuno Gomes – e algum individualismo excessivo de Manú.
O #18 esteve, no entanto, um pouco melhor que o seu colega já que é responsável por várias “arrancadas” no lado direito e uma assistência primorosa para Petit fazer um golo. A Paulo Jorge pede-se mais tranquilidade e mais apuro na finalização… o resto está lá!


E por fim os suplentes Kikín Fonseca, Beto e Mantorras.

Foi dada pouca margem de manobra aos suplentes utilizados e mesmo Kikín – o que teve mais minutos – teve poucas oportunidades de se mostrar. Não só pelo facto de o cariz do jogo ter-se alterado – em virtude da vantagem alcançada e da substituição de Rui Costa – mas também porque a excessivamente compacta defensiva do Áustria lhe deu pouquíssimo espaço. Ainda assim, consegue-se ver facilmente que a sua “protecção de bola” é exímia.

Se Mantorras quase não tocou na bola, em virtude dos singelos 5 minutos de utilização, a entrada de Beto correspondeu ao pior momento da equipa em todo o jogo. Facilmente constatável a inépcia do brasileiro em assumir as despesas do jogo até aí encarregues a Petit. Talvez nesse pormenor se tenha visto a importância fundamental do #6 do Benfica. Com Beto há alguns cortes interessantes – que a meu ver não justificam a sua permanência no plantel – mas não há passes em profundidade, não há remates perigosos nem circulação de bola visível. O miolo do meio-campo precisa de alternativas que o sejam, mesmo!


O árbitro que não se viu

O melhor elogio que se pode fazer à prestação de um árbitro é dizer que a sua presença foi pouco notada. E, de facto, Terje Hauge demonstrou a sobriedade necessária para controlar, de forma eficaz, os jogadores em 90 minutos de futebol. É verdade que o jogo não teve um cariz de grande dificuldade mas o norueguês fez por não complicar aquilo que já era fácil.
Tecnicamente impecável e disciplinarmente irrepreensível, até os auxiliares ajudaram à sua boa performance. Com 5 amarelos “austríacos” castigou a excessiva dureza dos visitantes!


4 meses depois, o regresso ao convívio dos grandes

Um ambiente resplandecente com mais de 58 mil almas e o mítico “Inferno” da Luz de regresso. Que saudades de um jogo de futebol “a sério”, com um Benfica como o protagonista máximo em campo! A “malapata” dos maus resultados e das exibições sofríveis foi finalmente quebrada e já há muito tempo que não víamos uma prestação tão convincente e esplendorosa por parte do Benfica. Felizmente que até ao momento, nas partidas de carácter oficial, a equipa não tem vacilado.

É de destacar que o vencedor do jogo nunca esteve em causa e que desde o 1º ao último minuto houve um domínio territorial, exibicional e emocional, sempre por parte da equipa da casa. Houve, mesmo, alguns largos minutos de massacre completo onde os jogadores da fraca equipa do Áustria não sabiam o que fazer e ficavam apenas a “assistir” ao desenrolar da partida.


Apenas uma nota negativa na noite de hoje: é inconcebível que um jogador do Benfica seja assobiado em casa, pelos próprios adeptos, por qualquer motivo que seja, e ainda mais incrível essa situação se torna se os assobios acontecem quando o atleta está prestes a entrar em campo. Compreendo que não se goste do Beto, eu pessoalmente detesto, mas assobiar um dos nossos? Simplesmente lamentável que algumas pessoas não saibam apoiar a equipa condignamente!

É inegável que o adversário do Benfica é bastante fraco – como já todos pudemos confirmar, no entanto há uma grande dose de mérito na forma como se abordou a partida e na forma como se assumiu, de forma vincada, as despesas do jogo e da própria eliminatória. Era esta a exibição porque todos os benfiquistas esperavam… e desesperavam! O Benfica não desiludiu e confirmou aquilo que todos nós queríamos: uma nova presença na Champions League.


Uma prestação idêntica à do ano transacto já será muito bom, mas a certeza de poder ver mais 6 jogos do clube, numa Competição tão importante, é motivo para um adepto ficar muito feliz. Faço votos que tudo tenha “entrado nos eixos” de vez!

Daqui a pouco realiza-se o sorteio da Fase de Grupos, eu como sou sempre a favor das “vinganças” desejava este para o Benfica:

Milan – 62/63, 89/90 e 94/95;

PSV Eindhoven – 87/88 e dar uma “liçãozinha” ao Koeman;

Anderlecht – 82/83 e 2004/05;

Não há que ter medo dos clubes milionários!
Sempre em frente, Benfica!

NDR: Será que são só os clubes portugueses que não têm as famosas “estrelinhas” – representativas do número de Campeonatos ganhos – por cima do símbolo do clube? Se até um clube modesto como o Áustria de Viena tem, porque será que em Portugal não se implementa este bonito pormenor?

Termino com a disponibilização do vídeo do jogo, da autoria do grande Xander, moderador do fórum A Voz da Águia.


Ficha do Jogo:

2ª Mão da 3ª Pré-Eliminatória da Champions League

Estádio da Luz, em Lisboa

Árbitro: Terje Hauge (Noruega)

SL BENFICA – Quim; Nélson, Luisão, Anderson e Ricardo Rocha; Petit (Beto, 74 m) e Katsouranis; Manú, Rui Costa (Kikín Fonseca, 65 m) e Paulo Jorge (Mantorras, 84 m); Nuno Gomes.

AUSTRIA WIEN – Safar; Troyansky, Mario Tokic, Delano Hill e Sasa Papac (Schicker, 29 m); Arkadiusz Radomski e Jocelyn Blanchard; Wimmer, Nastja Ceh (Pichlmann, 53 m) e Sebastian Mila (Lasnik, 46 m); Wallner.

Disciplina: Amarelos a Milla (18 m), Radomski (44 m), Schicker (74 m), Tokic (81 m) e Wimmer (85 m).

Golos: 1-0, Rui Costa (20 m); 2-0, Nuno Gomes (45 m); 3-0, Petit (56 m).

Fotos: AFP - Getty Images, Record e SerBenfiquista

#adicionado a Crónicas 06/07

#publicado em simultâneo com o Encarnados

quarta-feira, agosto 23, 2006

FRENKIE SCHINKELS

Este homem só pela postura, irreverência e humor (por vezes cáustico contra si próprio) merece um post.

Além de em cada entrevista meter a mulher ao barulho (deve ser cá uma megera...) "...medo do Benfica? Tenho é medo da minha mulher quando chego tarde a casa..." (há 15 dias); "...nem a minha mulher acredita que o Áustria passa a eliminatória..." (antes do jogo de ontem), a conferência de imprensa de ontem foi um hino ao humor. Quem não deve ter achado grande piada deve ter sido os alvos da chacota do seu próprio treinador:


P— Acha que os jogadores temeram em demasia o Benfica e o ambiente?
R— Quando se joga perante 60 mil pessoas, num grande ambiente, contra uma grande equipa, temos de combater e encontrar nisso as nossas forças. Mas não vi nada disso, pelo menos em três ou quatro dos meus jogadores. Eles não tiveram tomates...


P— O que aconteceu com Troyansky na segunda parte?
R— Sofreu uma pancada e perdeu a visão num olho. Mas no final do jogo até lhe perguntei se antes de ter começado não tinha já perdido o outro... Não sei se estão a perceber a piada...


Um conselho de amigo: mete gelo! Este conselho também serve para o lagartóide de merda do motorista do autocarro que transportou os austríacos durante a estadias destes. Parece que a aventesma desejou sorte aos gajos rematando "é que eu sou do spóringue" Chuuuupppa!

quarta-feira, agosto 16, 2006

Este homem tem "fibra"...


"Passarinhos" e "passarões"... aí está a diferença!

Apesar do jogo não ter sido de boa qualidade – o que é facto é que o Benfica só a espaços produziu um futebol de razoável competência – foi um teste muito importante para poder retirar um largo número de ilações sobre o plantel do Sport Lisboa e Benfica. Digo mesmo, esta partida terá fundamental importância na reestruturação da equipa, pois viu-se claramente que há poucos suplentes de qualidade. Se assim não for, e se tudo for mantido como está, este ano não vem nenhum título para a Luz.

Facilmente verificamos que um largo número de jogadores, que hoje tiveram a oportunidade de actuar com a camisola do Benfica, não têm capacidade – alguns, pelo menos no momento – de representar este clube. Mais uma vez um começo de jogo horrível, como tem sido hábito neste último ano civil, e uma sensação de impotência do Benfica no assumir das responsabilidades que lhe cabem como grande clube europeu. Parece que é norma em Fernando Santos e daí ser tão preocupante!

Mesmo assim foi com alguma surpresa que o Estrela se adiantou no marcador, num golo em que fica a sensação que Moreira poderia ter feito mais. Nada melhor que uma crise de confiança nos 3 guarda-redes do plantel!
O empate surgiu relativamente pouco tempo depois com um excelente cabeceamento de Kikín, mas onde fica também a sensação que o keeper adversário poderia ter feito algo mais.
Na segunda parte foi mais do mesmo, com o Benfica na expectativa e com o Estrela a dominar o jogo. O excelente golo de Mantorras não atenua as graves debilidades deste Benfica e mesmo com a entrada de elementos importantes como Manú e Paulo Jorge as melhorias foram poucas.

Apesar do meio-campo ridículo, onde apenas Nuno Assis se exibiu em bom plano, o mais problemático desta exibição foi a falta de “chama” e de vontade que alguns atletas exibiram. Marco Ferreira e Beto são simplesmente ridículos, Diego e Tiago Gomes estão demasiados verdes para a alta-competição – o brasileiro é de uma lentidão atroz e o português de uma inocência de juvenil – enquanto que Marcel continua a não convencer – apesar de ter aproveitado bem a benesse do inenarrável José Fonte.

Nota positiva – contando também com o já falado Nuno Assis, o melhor em campo – para Kikín Fonseca, que mostrou bons pormenores de ponta-de-lança, nomeadamente o golo e uma excelente capacidade de segurar a bola e dá-la jogável. Destaque ainda para a estreia do “menino” Patafta que, bem aproveitado, terá um futuro risonho… mas primeiro é preciso fazer-se um homem.

A outro nível, não posso deixar de destacar o excelente trabalho realizado pelo Hélder Conduto na locução da partida. Já há muito tempo que não aparecia alguém com tanta capacidade, conhecimentos e imparcialidade nas TV's – particularmente na RTP. Que sejam dadas mais oportunidades a este ex-jornalista da TSF e SIC Noticias, que já acompanho há algum tempo!


Relativamente à estruturação do Benfica 2006/07, o incrível é que se teve tanto tempo para preparar um plantel e um fio de jogo mas, no entanto, pouco melhorou em relação a anos anteriores. Na próxima 3ª-Feira tudo se decide, com um jogo importantíssimo em que nada menos que a vitória, por números esclarecedores, é positivo. Sinceramente, acredito num bom resultado frente ao Áustria de Viena mas o futuro neste ano está completamente minado!

NDR: Parece que agora vai estar na ordem do dia evidenciar a assistência do jogo – muito fraca por sinal, mas com bilhetes a 25€ – para assim ter algo com que achincalhar o Benfica. “Ah, e tal o clube com os 6 milhões não consegue encher um estádiozeco!“ Mas porque será que esta gente patética e hipócrita nunca fala destas coisas em relação aos dados da melhor assistência na Liga Portuguesa, e a uma das melhores a nível europeu nas Competições da UEFA. Porque será que ninguém “piou” quando 40 mil benfiquistas foram ao Parque dos Príncipes no ano passado?

Ficha do Jogo:

Apresentação do Estrela Amadora aos Sócios

Estádio do Restelo, em Lisboa

Árbitro: Pedro Henriques (Lisboa)

ESTRELA AMADORA – Paulo Lopes; Tony, Hugo Carreira, José Fonte e Edu Silva; Luís Loureiro, Sérgio Marquês; Marco Paulo, Tiago Gomes e Cleiton; Dário.
Jogaram ainda: Paulo Alves, Zamorano, Anselmo, Paulo Sérgio, Rui Borges e Rui Duarte.

SL BENFICA – Moreira; Nélson, Anderson, Ricardo Rocha e Tiago Gomes; Marco Ferreira, Beto, Diego e Nuno Assis; Marcel e Kikín Fonseca.
Jogaram ainda: Moretto, Mantorras, Paulo Jorge, Manú e Kaz Patafta.

Disciplina: Nada a Assinalar.

Golos: 1-0, Cleiton (21 m); 1-1, Kikín Fonseca (39 m); 1-2, Mantorras (51 m).

Fotos: SPortugal e Record

#adicionado a
Crónicas 06/07

#publicado em simultâneo com o Encarnados

sexta-feira, agosto 11, 2006

Crónica 1ª Mão Pré-Eliminatória - O Calcanhar e o Aquiles!


Já muito se tinha falado, e ainda se fala, da fraca prestação da equipa do Benfica nos vários jogos de pré-temporada. O que é certo é que pela primeira vez se jogaria a sério e a contar para uma competição a sério. E aí estava um dos jogos mais importantes de todo o ano desportivo que se inicia, portanto era expectável um Benfica mais aguerrido e com mais capacidade. Acima de tudo, era exigível um Benfica competente que não colocasse tudo em causa logo nos primeiros 90 minutos da eliminatória… e ainda por cima num palco tão mítico.

Há inúmeros anti-corpos contra Fernando Santos, eu próprio não o quero como treinador do Benfica, mas é com resultados que o Engenheiro tem de provar que estamos todos – ou quase todos, errados. A primeira análise do seu trabalho não é nada positiva, situação que confirma todos os receios da “massa” benfiquista e portanto terá de trabalhar muito e de mostrar ainda mais! Em Viena aparecia o primeiro grande teste à sua capacidade de liderança.

No que diz respeito ao Áustria de Viena confesso que eram, para mim, uns redondos desconhecidos. Não conheço o Campeonato onde estão inseridos e tão pouco o plantel. Um ou outro nome chama à atenção mas pouco mais. O que é certo é que a Imprensa Nacional deu a conhecer – durante a semana – o poderio dos austríacos e mediante essa análise não deu para ficar assustado. Parece-me óbvio que o único problema do Benfica seria a própria intranquilidade interna!

O melhor escalonamento tendo em conta os disponíveis

Depois de semanas e semanas de “quadrados” e “losangos” eis que Fernando Santos opta pelo mais óbvio. Já sabíamos pelas indicações dadas pré-jogo mas o regresso da táctica utilizada nos últimos 4 anos pode ser o maior reforço do Benfica nesta época. O grande problema é que o plantel não está artilhado para o 4-2-3-1…

Em virtude das lesões – Miccoli e Léo – e dos impedimentos – Simão – o treinador do Benfica apresentou o melhor onze possível… pelo menos na minha opinião. Assim, na baliza manteve-se o melhor keeper do clube: Quim, que finalmente vê reconhecidas as suas capacidades. Na defesa, Ricardo Rocha na esquerda e Nélson na direita foram os laterais enquanto que no centro manteve-se a dupla do ano anterior, os brasileiros Luisão e Anderson – “The Twin Towers”.

Como trincos aparecem o indispensável Petit e o substituto de Manuel Fernandes: Katsouranis – a meu ver a equipa fica claramente a perder em quase todos os aspectos. Nas alas o que seria de esperar, o irrequieto Paulo Jorge e o explosivo Manú, enquanto que no apoio ao avançado Nuno Gomes esteve “Il Maestro” Rui Costa.

Fica a ideia que há algum deficit de qualidade em relação a anos anteriores e esse aspecto é preocupante.




Exibição à imagem de Fernando Santos

Com uma braçadeira preta em homenagem a Jorge de Brito, a equipa do Benfica entrou em campo muito nervosa e deixou-se dominar por completo por um Áustria ambicioso.
Os poucos adeptos lusos presentes também não ajudavam e nos primeiros 15 minutos assistiu-se a um controlo avassalador dos visitados. Não deixavam sequer “respirar”!

Mas aos 15 minutos tudo mudou, na primeira jogada de ataque do Benfica a bola chega a Rui Costa que assiste Katsouranis. O grego isola Paulo Jorge – que momentaneamente tinha trocado de ala com Manú – que espera a desorganização da defesa para entregar o esférico a Nuno Gomes. O capitão do Benfica num gesto soberbo, de calcanhar, aproveita a saída do “keeper” da baliza – foi ter com Paulo Jorge – para fazer o golo. A bola ainda toca no defesa que fazia a marcação ao #21. Um lance fenomenal!




Curiosamente, depois do golo, o Benfica apareceu melhor. Mais afoito e mais solto na partida, e até o domínio territorial mudou. Mas o futebol é mesmo assim: novamente contra a corrente de jogo, e no seguimento de um lance de bola parada, o Áustria consegue empatar. Até ao intervalo o Benfica continua a dominar e está perto do golo quer num remate de Rui Costa quer numa grande jogada de Nélson.

A segunda parte foi má demais para ser verdade. Apesar da entrada mais lúcida dos austríacos, as equipas pareciam satisfeitas com o resultado e apenas em lances esporádicos tentaram mudar o rumo dos acontecimentos. Foi um longo bocejo, onde só Petit – 2 ou 3 estoiros – e duas jogadas de desmarcação – uma de Nuno Gomes e outra do inenarrável Marco Ferreira – levantaram algum “frisson”.

Destaco as exibições de Petit, Rui Costa e Luisão.



O Pianista e o Carregador do Piano

Foi um prazer ver o controlo de jogo de Rui Costa, que se assumiu como uma das peças mais importantes – é dele que se iniciam quase todas as grandes jogadas da equipa, inclusive o golo. Fez uns primeiros 45 minutos de excelente qualidade com lances de grande espectáculo – fica na retina aquele em que finta 3 adversários – embora ainda hesite um pouco na hora do remate. No segundo tempo desapareceu do jogo confirmando que não dura os 90 minutos a um ritmo elevado – só Nandinho não viu!

No entanto, para mim, o homem do jogo é indiscutivelmente Petit, que assumiu todas as despesas do meio-campo colocando a bola disponível aos artistas. É um atleta por quem tenho grande admiração – por tudo o que representa no balneário e em campo – e que demonstra sempre uma importância vital no jogo da equipa.
A exibição não está isenta de falhas – batido no lance do golo e uns primeiros minutos muito faltosos – mas compensou com os atributos reconhecidos. Esteve perto de marcar num dos seus famosos pontapés.

Exibição imperial de Luisão, onde as falhas foram mínimas. Parece de regresso à boa forma e foi um dos responsáveis pela grande segurança defensiva demonstrada.
Uma das coisas que não gosto de o ver fazer são aqueles “balões” para a frente ao invés de jogar para o lado ou sair com a bola controlada… e neste jogo fez muitos. No entanto já deu para ver que lhe é difícil melhorar esse aspecto.



Em bom plano estiveram também Quim, Anderson e Paulo Jorge

No regresso à baliza, Quim voltou a demonstrar a segurança que todos lhe reconhecem. O que mais gosto de ver nas suas exibições é a grande tranquilidade que sai aos cruzamentos, nunca inventa e sai-se sempre bem com aqueles socos na bola. No golo austríaco não tem culpas porque lhe estão a cobrir o ângulo de visão, sendo praticamente impossível fazer algo mais. Apenas uma falha, mas de pormenor, quando tocou numa bola que ia directamente para fora, cedendo assim um canto desnecessário.

Tal como o seu companheiro de sector, Anderson fez um jogo muito positivo, embora menos espectacular que o seu compatriota. Houve um ou outro lance em que foi ultrapassado mas que não resultou em perigo devido à fraca valia do adversário.
Aquela situação de desentendimento com Petit chocou-me um pouco, apesar de só saber que realmente aconteceu aquando das declarações dos atletas. Na altura pensei que fosse algo dirigido para o adversário e como não o foi estou algo apreensivo em relação ao ambiente do balneário.

Paulo Jorge tem-se revelado uma boa surpresa. Já no jogo frente ao AEK tinha dado “conta de si” e em Viena fez uma excelente exibição. 4 assistências primorosas – a do golo, novamente para Nuno Gomes mas que de cabeça não consegue desfeitear Safar, outra para Petit chutar demasiado alto e outra para Marco Ferreira desperdiçar de forma patética.
A continuar assim pode garantir uma utilização regular, mesmo com a permanência de Simão. É relativamente jovem e acima de tudo é português!



Exibições a espaços de Nuno Gomes, Nélson e Manú.

Um golo como o que Nuno Gomes fez não está ao alcance de todos. Uma execução sublime de um jogador que já deu muito ao Benfica. Apesar do mau momento que atravessou à uns anos atrás, parece que volta ao melhor de si… àquelas épocas de muitos golos – a época anterior e o início desta assim confirmam.
No resto da partida apareceu pouco – sempre muito sozinho e colado aos centrais – e nota-se que ainda não está nas melhores condições físicas.

Na globalidade gostei de Nélson, apesar de algo frágil a nível defensivo – com um adversário de peso poderia ter comprometido – foi um autêntico foguete nas jogadas de ataque. A maior nota de destaque é uma jogada em que flecte para dentro e estoira com o pé esquerdo, com a bola a rasar o poste. Seria um golo de bandeira!

Confesso que fiquei um pouco desiludido com Manú, especialmente por ter em conta exibições anteriores. É verdade que as coisas não lhe correram bem, talvez pelo excessivo nervosismo – afinal foi uma estreia nas Competições Europeias – mas demonstra sempre muita vontade de melhorar.
Em velocidade foi praticamente imbatível, no entanto não conseguiu dar seguimento às várias jogadas perigosas que criou. Escorregou e caiu muitas vezes, as botas azuis se calhar não ajudam!



E agora, talvez as exibições menos conseguidas, Ricardo Rocha e Katsouranis.

O #33 denotou grandes dificuldades na lateral esquerda e foi bastantes vezes ultrapassado pelo extremo-direito austríaco, principalmente nos períodos de maior “forcing” do Áustria. É no meio ou em marcação homem-homem que sabe jogar e não há que inventar!
Ofensivamente, como seria de esperar, foi pouco mais que zero – situação que deixa a equipa coxa. Não deixo de dizer, no entanto, que é um jogador muito importante nesta equipa.

Não sou grande apreciador de Katsouranis, pelo menos até agora, e talvez por isso o grego tenha menor margem de manobra. Apesar do passe que dá origem ao golo ser dele na restante partida mostrou-se muito lento e principalmente muito duro: o lance que lhe dá o amarelo roça o laranja e aí acabariam as pretensões da equipa – no seguimento do livre acontece o golo austríaco.
Tem de melhorar o ímpeto com que entra aos lances ou vai ser expulso muitas vezes na Liga Portuguesa.

E por fim os suplentes Marco Ferreira, Kikín Fonseca e Nuno Assis.

Não entendo a permanência de Marco Ferreira no plantel de um clube como o Benfica. É mau demais para ser verdade e um insulto a grandes extremos-direitos que já passaram pela Luz. E quando é a primeira opção a entrar em campo está tudo dito em relação às alternativas existentes. Duas jogadas em que atrasou a bola, uma perda de bola num contra-ataque perigoso – esqueceu-se dela – e um golo inacreditavelmente falhado, a dois metros da baliza, num estupendo cruzamento da esquerda.

Fonseca e Nuno Assis entraram em campo demasiado tarde e quase nem tocaram na bola. O mexicano ainda teve um bom lance de solicitação para a lateral mas o português nem esteve em jogo.



Arbitragem segura e sem erros graves

Não foi pela arbitragem que houve problemas na partida. Tecnicamente não houve erros significativos embora me parece que por vezes o italiano Stefano Farina foi um pouco excessivo no capítulo disciplinar. Um ou dois cartões para os austríacos talvez tenham sido exagerados, no entanto pode ser que tenha tido a pretensão de “segurar” a partida antes de aparecerem problemas graves.

Trabalho impecável dos árbitros-auxiliares, quer o golo do Benfica quer o golo do Áustria são limpos em virtude de haver defesas que colocam toda a gente em jogo. Apesar dos protestos de ambos os lados não há qualquer irregularidade.
Uma boa propaganda para a arbitragem italiana que nos dias de hoje está nas “ruas da amargura”, por razões que todos conhecemos.



Na Luz para “iluminar” a época

É inegável que o jogo foi bastante fraco, e que se esperava muito mais de uma equipa com o historial do Benfica. Mas tendo em conta as anteriores performances, e as derrotas subsequentes, é possível dizer-se que se melhorou substancialmente… nem que seja pelo resultado. Mas Fernando Santos tem responsabilidades na “não-vitória” de hoje!

Não compreendo como as substituições se fizeram apenas nos últimos 20 minutos e também não entendo como Fernando Santos exclui Karagounis do lote de disponíveis, optando por 2 jogadores de características semelhantes – Diego e Beto. E assim se vê que para a posição de extremo há um deficit gritante no plantel e que vai, de certeza, criar problemas muito graves em desafios futuros.

Ainda assim penso que a fundamentação deste resultado – para além do conjunto austríaco ser fraquíssimo – esteve na segurança defensiva, onde Luisão brilhou mais uma vez. A defesa do Benfica é, de facto, o ponto forte desta equipa e se a mesma estiver no topo da sua forma é praticamente inquebrável.




O jogo fica marcado pelo “fabulástico” golo do Nuno Gomes mas é verdade que o ímpeto atacante do Benfica, e em todo o jogo, foi pouco mais que essa jogada magistral. A equipa esteve muito estática e com receio de assumir o jogo, situação que poderia complicar as contas do apuramento. Contra uma equipa da valia do Áustria de Viena – comprovou-se que lutaria para não descer na Liga Bwin – foi confrangedor assistir a um domínio completo dos visitados, embora se pudesse observar que mesmo com a bola nos pés pouco mais poderia sair dali.

Com este resultado está cada vez mais perto a qualificação para a Fase de Grupos da Champions League, mas é necessário ter muito cuidado já que é manifestamente real que esta equipa não tem metade da classe do Benfica Campeão em 2004/05 e do Benfica Europeu de 2005/06.

Dia 22, a vitória tem de ser o único resultado possível!
Vamos Benfica!

NDR: Uma palavra ainda para os patéticos comentários do locutor da SIC. Foi do início ao fim a “cascar” no Benfica, mas principalmente em Petit. Um fetiche qualquer, porventura! Confirma-se que não há a mínima hipótese de uma transmissão decente fora do âmbito da SportTV. Haja respeito!

Ficha do Jogo:

1ª Mão da 3ª Pré-Eliminatória da Champions League

Estádio Ernst Happel em Viena

Árbitro: Stefano Farina (Itália)

AUSTRIA WIEN – Safar; Troyansky, Tokic, Radomski e Papac; Wimmer (Mila, 46 m) Blanchard, Vachousek e Lasnik (Pichlmann, 82 m); Aigner (Ceh, 46 m) e Wallner.

SL BENFICA – Quim; Ricardo Rocha, Luisão, Anderson e Nélson; Katsouranis e Petit; Manú (Marco Ferreira, 69 m), Rui Costa e Paulo Jorge (Nuno Assis, 88 m); Nuno Gomes (Fonseca, 79 m).

Disciplina: Amarelos a Lasnik (35 m), Katsouranis (36 m), Radomski (43 m), Tokic (58 m), Paulo Jorge (62 m), Ricardo Rocha (66 m).

Golos: 0-1, Nuno Gomes (15 m); 1-1, Blanchard (36 m).

Fotos: Reuters

#publicado em simultâneo com os
Encarnados

quarta-feira, agosto 09, 2006

O Jacó voou


Depois de ter sido campeão nacional e de ter ganho a "fruteira" para mais um campeonato "imaculado", o Jacó fugiu. Ao que tudo indica, o bicho já não comia fruta faz duas semanas e, quando o seu dono - Jorge Nuno - se preparava para limpar a gaiola após Amsterdão, Jacó pirou-se. "O Jacó pirou-se, o Jacó pirou-se, ahhh, ahhh, o Jacó pirou-se!" (Xiiii....um papagaio carissimo!)

terça-feira, agosto 08, 2006

Austria de Viena vs. Benfica

Hoje jogamos a 1ª mão de 3ª eliminatória da Liga dos Campeões, prova que não podemos perder a entrada devido aos milhões e ao prestigio que adquirimos a época passada. O Benfica, segundo os “olheiros”, até tem a vida facilitada com o Áustria de Viena que joga mais com o querer do que com o saber. Ao Benfica só se pede uma coisa; Querer mais ainda!

Convocados:
Guarda-redes - Moreira e Quim.
Defesas - Nelson, Marco Ferreira, Anderson, Luisão e Ricardo Rocha.
Médios - Petit, Beto, Katsouranis, Diego, Nuno Assis, Karagounis e Rui Costa.
Avançados - Manu, Nuno Gomes, Mantorras, Marcel, Fonseca e Paulo Jorge.

segunda-feira, agosto 07, 2006

Adeus Dudu


O ex-jogador da equipa sénior de voleibol do Benfica, Eduardo Silva (conhecido por Dudu), faleceu este domingo no Brasil, vítima de ataque cardíaco. O atleta representou o Clube nas duas últimas temporadas, tendo tido um grande contributo para as conquistas de um Campeonato Nacional (2004/05) e duas Taças Portugal (2004/05 e 2005/06).

O Sport Lisboa e Benfica recebeu esta triste notícia com profunda consternação e endereça as mais sentidas condolências à família do jogador que representou o Clube sempre com elevado sentido profissional.

O brasileiro Eduardo de Paula Silva, que alinhava na posição de oposto, faleceu aos 24 anos de idade.


In http://www.slbenfica.pt/.

O voleibolista brasileiro Eduardo de Paula Silva, vulgarmente conhecido por Dudu (ex-Benfica), faleceu hoje no seu país natal, vítima de sucessivas paragens cardíacas.


Ao que tudo indica, o desportista terá se sentido mal na própria residência. Esta é uma notícia que deixou incrédulos os vários ex-colegas do atleta e que com ele foram campeões nacionais de voleibol na temporada passada, no Benfica.

Com 24 anos de idade, o “oposto”, posição que ocupava na modalidade, Dudu ia representar a partir de Setembro a equipa açoriana do Fonte Bastardo. O gigante voleibolista brasileiro teve como último título conquistado a Taça de Portugal, no passado mês de Fevereiro, em Almada.

Carlos Teixeira, líbero do Benfica, André Lopes e Éden Sequeira foram os mais emocionados com a notícia. Os atletas estavam integrados na comitiva da selecção portuguesa que disputou esta tarde, frente à Argentina, mais um jogo da Liga Mundial de Voleibol.

In http://www.sportugal.pt/.

Até sempre, CAMPEÃO!


quinta-feira, agosto 03, 2006

Amadoras, ou nem por isso?!


O ano do Benfica, no que diz respeito às modalidades ditas “amadoras”, não foi inteiramente positivo. Certamente que seria difícil igualar ou ultrapassar o esplendoroso ano de 2004/05 – um dos melhores anos do clube num longo período – mas o que se destaca da prestação das várias formações do clube é um preocupante “morrer na praia”. As razões para tal comportamento são várias e de vários índoles.

Foram várias as equipas que por pouco não garantiram finais e outras que estiveram quase a vencê-las. Para um adepto, mais doloroso que isso é difícil, embora fique a sensação de se poder fazer melhor numa próxima oportunidade.
Sendo assim, o seguinte texto serve para analisar de forma mais esclarecida o ano competitivo de todas as modalidades mais importantes do clube – e consequentemente do país desportivo – e também deixar uma breve previsão sobre o que será o futuro da mesma na época que se avizinha.



Bola quase sempre no cesto

Há muitos anos que o basquetebol do Benfica não surgia tão forte no panorama nacional. Longe estão os tempos dos triunfos sucessivos em Campeonatos Nacionais e das boas prestações europeias, mas este ano o Benfica e o cesto assinaram um “protocolo de renascimento”.

À semelhança de épocas anteriores o clube iniciou a Liga com um treinador que não se coaduna com os seus pergaminhos históricos nesta modalidade. Norberto Alves, depois de 3 derrotas consecutivas e do penúltimo lugar na classificação, foi substituído no cargo pelo mais talentoso basquetebolista português de sempre: Carlos Lisboa.

Foi um percurso complicado, com sucessivas mudanças nos americanos do plantel – principalmente devido a algumas lesões e problemas disciplinares – mas a partir do momento em que se encontrou o conjunto certo de atletas, o Benfica construiu uma equipa bastante forte que deu prestações espantosas na fase regular da Liga – destaque para as vitórias frente ao FCP nos confrontos na Luz e em Matosinhos.


Terrence Leather, Bakari Hendrix, Steve Logan, o capitão António Tavares e Carlos Powell solidificaram um 5 base bastante forte que garantiu 12 vitórias/8 derrotas num 6º lugar na geral – com o mesmo registo do 4º classificado. Tendo em conta o início catastrófico, podemos considerar o trabalho de Carlos Lisboa como excelente.

A prestação na Taça de Portugal foi muito positiva, tendo o Benfica garantido a presença na Final com o FC Porto. A fraca prestação da defesa, com inúmeros ressaltos perdidos e muitos pontos consentidos, foi castradora da pretensão da equipa e – pouco tempo depois de uma vitória esclarecedora sobre o FCP na sua própria casa, para a Liga – não foi possível conquistar a Taça (85-94).

No regresso à Liga, no playoff, a continuação da boa imagem do clube foi bem mostrada. Nos Quartos-de-Final, a Oliveirense – 3ª posto na fase regular – foi ultrapassada com relativa facilidade como mostra o 3-1 da eliminatória (91-78, 67-68, 99-81 e 90-88) e foi com surpresa que se soube do adversário a defrontar – o Casino Ginásio (7º na fase regular), “carrasco” do FC Porto, depois de ter estado a perder por 2-0.


Tal como tinha feito o FCP, o Benfica cilindrou a equipa da Figueira da Foz nos primeiros dois jogos e com a decisão a ser agendada para a Luz tudo levava a crer que, 10 anos depois, o Benfica iria à Final da Liga. Golpe de teatro, novamente! Na Figueira, e tal como o FCP, o Benfica perdeu os dois jogos e com 2-2 na eliminatória, o Ginásio “chocou” a Luz garantindo a presença na Final.

Foi um quinto jogo atípico, com o Benfica na frente na maioria do tempo mas um 4º período final catastrófico – algumas opções discutíveis de Lisboa e precipitação de vários jogadores, em virtude da falta de experiência nestas andanças – deitou tudo a perder. Na eliminatória Final, a Ovarense acabou por aproveitar o enorme desgaste dos figueirenses e levou a melhor por 3-0... sagrando-se Campeã Nacional!


Depois de um ano muito positivo, o Benfica parece apostado em conquistar títulos na próxima época. Para além da manutenção de algumas das figuras de proa, e do regresso do treinador campeão em título Henrique Viana – Carlos Lisboa assume a posição de Director Desportivo, o clube tem estado a construir um autêntico “Dream Team”, onde se destacam os ingressos dos americanos Ian Stanback e Leroy Watkins e também dos internacionais portugueses Carlos Andrade e Miguel Minhava – MVP nacional da fase regular.

Destaques Basquetebol 2005/06

Figura: Ricardo “Carlos” Powell
Revelação: Carlos Lisboa
Desilusão: António Tavares



Demasiados equívocos da Direcção

Depois de um fantástico ano de 2004/05, com a conquista da dobradinha, o Benfica não conseguiu vencer qualquer título… e não faltaram Finais para tal.
O início de época augurou um mau ano que infelizmente se veio a confirmar, muito por causa da opção da Direcção em abdicar de alguns jogadores importantes – principalmente Pedro Costa e Mickey – não tentando colmatar as suas saídas de imediato.

Assim, com a equipa da Luz claramente fragilizada, o Boavista conseguiu conquistar a SuperTaça. O favoritismo era todo do Benfica mas o esclarecedor 4-2 levou o troféu para o Bessa. Dava o sinal de alarme, devido ao facto de se ver que o plantel era insuficiente, mas a intransigência da Direcção em reforçar a equipa só em Dezembro para atacar a UEFA Futsal Cup – poupando nos salários das vedetas mas limitando o fio de jogo e o entrosamento – manteve-se.


Um dos grandes problemas desta época está, também, em duas lesões graves que limitaram a equipa em duas fases diferentes da época. Primeiro foi o importantíssimo guarda-redes Zé Carlos a ter uma lesão esquisita, ao nível dos rins, que impediu a sua utilização na maior parte da Fase Regular da Liga – foi contratado o internacional português Toni para o substituir, que se revelou um desastre. Depois, foi Rogério Vilela – melhor jogador da Liga anterior – que nunca esteve a 100% em toda a época, assolado de lesões e com recuperações falhadas que limitaram a sua utilização nos confrontos decisivos do final da época.

Portanto, foram grandes as dificuldades para Adil Amarante conseguir construir o 5 mais forte. Ainda assim, o Benfica fez grande parte da época com Zé Carlos na baliza, Rogério como fixo, nas alas o capitão André Lima e Ricardinho e como pivot Pica-Pau. As restantes opções recaíram mais vezes em Wilson, Sidnei e Doménico.


Na prova europeia, e depois de uma qualificação elementar para equipas deste gabarito, foi dada ao Benfica a oportunidade de organizar a Fase Final do seu Grupo no pavilhão da Luz. Era esse o forte desejo de todos os benfiquistas e particularmente da Direcção do clube que tanta esperança tinha em fazer do Benfica o Campeão Europeu.

Assim, a tal decisão de só reforçar a equipa em Dezembro – para jogar a UEFA Futsal Cup em Janeiro – foi concretizada… mas não sem um rol de complicações com os certificados internacionais de jogadores brasileiros. De todos os reforços contratados: Moretti – nem chegou a vestir de “águia ao peito”, Doménico, Wilson, Côco e Sidnei, apenas os 2 últimos, que já jogavam em Portugal, puderam disputar a competição.

Tendo em conta que Miguel Almeida e Zé Maria tinham sido transferidos para Espanha, facilmente verificamos que havia poucas soluções e nem às Meias-Finais se chegou.
O Benfica acabou por não vencer qualquer partida embora tenha estado a vencer a maior parte do tempo em todas elas – 3-3 com o Kairat Almaty do Cazaquistão, 1-1 com os belgas do Cristal Noir e 4-2 diante dos espanhóis do Boomerang, que acabou por se sagrar Campeão Europeu.


Na Taça de Portugal o ciclo vitorioso – Olivais (5-4), Fundação Jorge Antunes (5-3), Mocidade Arrábida (8-1) e Sporting Pombal (7-3) – não foi concluído, em virtude da grande prestação do Sporting na Final, onde acabou por golear o Benfica por 9-5 – com algumas opções discutíveis de Adil Amarante. Mais uma oportunidade desperdiçada de vencer um título!

A fase regular não apresentou um Benfica dominador mas uma equipa um pouco amorfa, ainda que nalguns momentos se tenha mostrado em bom nível. Quando não houve lesões – por vezes a convocatória foi preenchida com juniores – apareceram algumas exibições excelentes mas na globalidade nunca deu para deslumbrar, e daí os 8 pontos de atraso em relação ao Sporting. Destaque positivo para a goleada aos “pastelinhos” por 11-0 e negativo para a derrota escandalosa com os “amadores” do Sporting de Braga por 4-5.

O playoff revelou-se muito difícil e em todos os jogos foi necessário puxar dos galões. Aqui a equipa melhorou bastante mas ainda se evidenciaram algumas lacunas, nomeadamente na posição de pivot – poucas opções e de má qualidade – e de fixo – com Rogério lesionado houve algumas adaptações de última hora, como os alas André Lima e Ricardinho.


O Benfica começou por eliminar o Belenenses (6-3 em Belém e 2-1 na Luz) com os “pastelinhos” a queixarem-se do “sol” e da “lua” menos das suas miseráveis prestações – até deu direito a comunicados do Presidente da Secção… patético!

Na Meia-Final apareceu o forte Freixieiro e, embora o resultado da eliminatória tenha sido 2-0, foi com bastante dificuldade que o Benfica venceu as partidas (8-7 após g.p. em Matosinhos e 3-2 na Luz). O encontro no Norte foi uma verdadeira propaganda ao futsal onde ocorreu uma recuperação fantástica do Benfica, que esteve a perder por 3-1 sofrendo o 4-4 mesmo a terminar o encontro. Depois, nos penaltys, Zé Carlos brilhou e deu a vitória ao Benfica, em casa do Freixieiro. Foi a primeira vez na história do futsal benfiquista!
Na Luz o Benfica dominou, no entanto, no minuto final os visitantes falharam o empate a centímetros da baliza.

Com bastante dificuldade, o Sporting levou de vencida o SL Olivais mas apenas no terceiro jogo e após prolongamento juntando-se, assim, ao Benfica em mais uma Final da modalidade – a 4ª consecutiva.


O 1º jogo da Final foi qualquer coisa de extraordinário com um Benfica a “carregar” no Sporting durante toda a partida, mas a falhar de forma consecutiva as oportunidades de golo – 5 remates ao ferro, 3 deles de Pica-Pau. A ausência de Rogério nesta fase da época foi quase impossível de ser superada e com a ausência de fixos no plantel “brotaram” as adaptações falhadas!

Como sempre o Sporting confiou, e bem, na estupenda capacidade do seu guarda-redes João Benedito, que fez uma exibição épica, e marcou em lances de contra-ataque/bolas paradas – o Sporting fez 7 remates contra mais de 30 do Benfica mas venceu por 3-2.

Se o 1º jogo foi extraordinário, o 2º foi um dos melhores que a modalidade já protagonizou, em Portugal, desde sempre. Tal como na Luz, em Loures, o Benfica também marcou primeiro mas deixou que o Sporting desse a volta ao jogo. O 2-2 ainda deu algum ânimo mas quando a 3 minutos do fim o Sporting fez o 4-2 já ninguém acreditava que fosse possível outro resultado que não a vitória do Sporting – os comentadores da SportTV já faziam a festa antecipada.


Depois, foi um turbilhão num minuto de jogo, uma coisa verdadeiramente impressionante! A 27 segundos do final da partida, o Benfica reduz para 4-3 e coloca o Sporting em sentido. Quando faltavam apenas 12 segundos para tudo terminar, o 4-4 dá-me uma das melhores sensações que alguma vez já tive como adepto do Desporto e do Benfica… foi indescritível e pensei que a vitória era possível.

Nada mais errado, na jogada imediatamente a seguir e mesmo no último segundo, com o som do cronómetro quase a soar, Gonçalo Alves toca, de cabeça, um estoiro e dá o título ao Sporting… de forma inacreditável. Foi ir ao céu e ao inferno em menos de 30 segundos, e muitas lágrimas nos rostos dos jogadores benfiquistas. Enfim, o Sporting foi um justo vencedor apesar de muito azar do Benfica!

Para a próxima época a Direcção da Secção apostou de forma megalómana e fez o maior investimento do clube em reforços desde que está na modalidade. Regressaram de Espanha, Zé Maria e Pedro Costa enquanto que em Portugal foram contratados Jony, João Marçal e Estrela ao SL Olivais e também Bebé e Gonçalo Alves ao Sporting. Mantendo-se no clube Zé Carlos, Sidnei, André Lima, Rogério Vilela e Ricardinho – essencialmente estes, é caso para dizer que o Benfica terá uma das equipas europeias mais fortes.


Em relação ao Ricardinho, e em virtude de alguns problemas disciplinares, é possível que seja transferido para Espanha. No entanto, ainda está em aberto a sua permanência – facto desejado pela maioria dos adeptos do Benfica. Acho que seria importante mantê-lo no plantel mas se tal não for possível, o valor da sua transferência vai dar, de certeza, para contratar um grande substituto.

Deixo também uma pequena homenagem ao pivot Nélito que este ano, depois uma carreira recheada de êxitos, abandona o futsal, e ao serviço do clube do seu coração. Um excelente profissional, e um futsalista talentoso, que vai deixar saudades.
Resta ao Benfica resolver o imbróglio disciplinar com o treinador Adil Amarante – está suspenso por agredir, de forma inacreditável, o treinador do Boavista – para ter uma época de muitas conquistas… a começar já pela SuperTaça.

Destaques Futsal 2005/06

Figura: Ricardinho
Revelação: Wilson
Desilusão: Côco



Equipa mais frágil complicou as contas

Foi uma época em que o voleibol do Benfica manteve uma bitola muito irregular (39J, 26V e 13D, numa média de 1 jogo em cada 4 dias), onde teve momentos brilhantes e outros paupérrimos – quer individual, quer colectivamente. Depois de um ano marcado pela dobradinha – e de forma categórica – o Benfica não conseguiu revalidar o título tendo sido eliminado, de forma polémica, pelo Vitória de Guimarães nas Meias-Finais da Divisão A1.

A reformulação do plantel, com o respectivo enfraquecimento da equipa, terá sido um dos principais obstáculos à conquista dos objectivos propostos. As saídas dos brasileiros André França, Renato Júnior e Adriano Lamb não foram devidamente colmatadas e os seus substitutos naturais não conseguiram exibir-se ao mesmo nível dos seus antecessores – principalmente o internacional brasileiro Carlos Schwanke e o internacional canadiano Douglas Bruce.

Para além do apagamento de algumas estrelas, quando não seria expectável em Manuel Silva – o meu jogador português preferido – ou em Roberto Purificação, a presença na Top Teams Cup acrescentou um grande número de jogos extra para o qual não havia soluções imediatas de controlo do desgaste nos atletas.


Ainda assim, não podemos considerar a época como negativa – muito bom seria se todas tivessem a produtividade do voleibol – e ao leme do experiente e conceituado José Jardim foi necessário arranjar espaço nas vitrinas. É precisamente deste técnico que o Benfica retira bastante da sua força, um treinador extremamente competente e com uma capacidade de motivação excepcional. Ao longo da época apostou principalmente num “seis” constituído por Dudu, Roberto Purificação, Carlos Schwanke, André Lukianetz e Manuel Silva tendo como distribuidor Doug Bruce ou André Cabacinha e como 7º homem/libero o experiente Carlos Teixeira. Do banco saíram com bastante frequência os internacionais portugueses André Lopes e Éden Sequeira.

A Taça de Portugal foi o momento alto do Benfica em 2005/06 apesar de ter tido bastante felicidade no sorteio, já que disputou todos os jogos das eliminatórias no Pavilhão da Luz. Para chegar à final, o Benfica defrontou e derrotou o Castêlo da Maia, o Esmoriz – que perdeu o jogo por falta de comparência, a Académica de Espinho e a equipa açoriana do Fonte Bastardo. A Final, disputada no Pavilhão de Almada, colocava o Sporting de Espinho como adversário e, num jogo quase perfeito, o Benfica conquistou a sua 10ª Taça de Portugal com um claro 3-0.


Na Top Teams Cup – 2ª prova europeia, que o Sporting de Espinho venceu em 2001 – o Benfica cumpriu os objectivos delineados qualificando-se para os Quartos-de-Final, após garantir o 2º lugar no Grupo de Apuramento. No confronto com os espanhóis do Son Amar Palma – uma das melhores equipas europeias, que chegou à Final da competição – o Benfica perdeu os dois jogos (3-0 em Espanha e 3-1 na Luz) mas na globalidade a prestação da equipa foi bastante positiva.

O problema da época foi precisamente no Campeonato, e apesar de 100% vitoriosa na Luz, a equipa teve bastantes dificuldades nas deslocações, perdendo algumas vezes por números expressivos. Fonte Bastardo (3-1), Vitória de Guimarães (3-0), Esmoriz (3-2), Sporting de Espinho (3-1) e Castêlo da Maia (3-1) infligiram derrotas ao Benfica, na Fase Regular, mas apesar disso o 3º lugar na Classificação foi alcançado, garantindo a qualificação para o playoff.


Nos complicados Quartos-de-Final, o Castêlo da Maia revelou-se um sério adversário tendo disputado, até ao último set, a vitória nos dois encontros. O Benfica acabou por vencer os dois por 3-2 qualificando-se para as Meias-Finais, onde encontrou o fortíssimo Vitória de Guimarães.

E essa foi uma eliminatória bastante polémica. No encontro em Guimarães, e contra um público demolidor, o Benfica foi derrotado de forma esclarecedora (3-0) numa demonstração de grande força da equipa da casa. O regresso à Luz era visto como uma boa possibilidade de conseguir a “negra” mas tal não foi possível. O resultado final de 3-1 não explana o que se passou na quadra de jogo e o Benfica tem muitas queixas da arbitragem.

Na referida partida, e quando o Benfica vencia o 4º set por 17-16 – o jogo estava 2-1 em sets para os de Guimarães – há um erro de Mesa que retira dois pontos à equipa da casa. O Vitória acabou por vencer o set e o jogo mas fica a sensação de injustiça, que até chegou a originar um protesto junto à FPV. Apesar do clube ter razão – e da mesma estar provada, a Federação indeferiu o protesto, não repetindo o jogo, e como resposta o Benfica não se apresentou na partida de atribuição do 3º/4º lugar.


Depois da suspensão do Campeonato por quase duas semanas, a Final foi reatada e, apesar do grande favoritismo do Vitória de Guimarães – com um orçamento brutal, o Sporting de Espinho acabou por se sagrar Campeão Nacional num 5º jogo épico. De certo modo, repôs-se um pouco a “verdade desportiva”!

Para a próxima época esta prevista uma nova remodelação, com a saída de grandes figuras do clube. Roberto Purificação, Dudu, Doug Bruce e Carlos Schwanke estão de partida tendo o clube contratado os brasileiros Marcílio Silva, José Perosa, Aureliano Silva e João Dias – todos com aval de José Jardim – para os substituir. O plantel ainda está um pouco indefinido aguardando-se a confirmação oficial de mais alguns reforços e das saídas definitivas de alguns jogadores.

Destaques Voleibol 2005/06

Figura: Carlos Teixeira
Revelação: André Cabacinha
Desilusão: Manuel Silva


O regresso de Dantas

O hóquei em patins é uma modalidade diferente das demais em virtude do que se tem passado em Portugal nos últimos anos. A impunidade do FC Porto, quer no ringue quer fora dele, lança para segundo plano a discussão sobre a prestação do Benfica. Mas é nestas situações de injustiça, corrupção e impunidade que temos de ser mais fortes e acreditar que, contra tudo e contra todos, podemos melhorar e, quem sabe, conquistar qualquer coisa.

A grande pecha do Benfica, para além da fraca aposta da Direcção em reforços de qualidade comprovada, residiu no treinador. E enquanto Paulo Garrido foi técnico do Benfica – sensivelmente 2 anos e meio – o hóquei do SLB regrediu bastante, deixando de conseguir discutir os títulos com o FC Porto. O seu despedimento foi tardio – já para não falar na errada aposta inicial – e prejudicou seriamente as pretensões da equipa, quer nas épocas anteriores quer na que agora findou.

Carlos Silva na baliza, Valter Neves, o capitão Mariano Velásquez, Pedro Afonso – uma aposta mais de Dantas – e Ricardo Barreiros formaram o 5 base do Benfica ao longo da época – nem sempre foi possível apresentá-lo em virtude de lesões e castigos – com Carlitos, Rui Ribeiro e principalmente o veterano argentino Tomba a serem os homens de banco com mais minutos.


A perseguição da Federação de Patinagem ao Benfica começou logo por privar a equipa do seu capitão, nas vésperas da disputa da SuperTaça com o FCP, devido a um incidente fora do pavilhão e que não deveria ter criado problemas desportivos. O caso remonta a 3 meses atrás, numa alegada agressão de Mariano Velásquez a Tiago Barbosa – jogador da Juventude de Viana – num café do Complexo Desportivo do Benfica, duas horas antes do início de um jogo entre as duas equipas.

Ora como é possível que tenha sido atribuída a derrota ao Benfica – tinha vencido o jogo por 6-2, a contar para o Campeonato 2004/05 – e suspenso o jogador durante 5 jogos por uma situação completamente fora do âmbito desportivo – e sem que haja qualquer regulamento que o indique. Um escandaloso conluio, sem precedentes no Desporto Português!

A época iniciou-se oficialmente na disputa da SuperTaça António Livramento com a 1ª mão a realizar-se na Luz. Mesmo com a ausência de um jogador tão importante como é Mariano, o Benfica conseguiu equilibrar a partida e fez uma excelente exibição frente aos Campeões Nacionais – o FC Porto só fez o 2-2 final quando faltavam 15 segundos para terminar a partida. Sendo assim decidir-se-ia tudo na 2ª mão a disputar no Pavilhão de Fânzeres.


A 2ª mão está ligada, mais uma vez, a escandalosos acontecimentos que complicaram a “vida” ao Benfica já que, para além do “normal” clima de “terror” em Fânzeres, houve graves problemas com a claque Super Dragões. Este é o célebre “jogo do petardo” em que durante a partida foi atirado para o ringue, por um adepto do FCP, um dispositivo pirotécnico que rebentou a menos de um metro da face de Pedro Afonso – que se encontrava em queda.
O referido petardo provocou lesões no ouvido do atleta do Benfica, impossibilitou-o de continuar a partida e na sequência do ferimento inibiu-o de disputar mais 4 jogos – a FPP proibiu, depois de recuperado, a utilização do jogador em virtude de estar a utilizar um medicamento para debelar a lesão.

No momento do “caso” a partida estava empatada a duas bolas e, diz a lei da coerência em prol da segurança dos intervenientes, deveria ter sido interrompida por aí. O incidente perturbou bastante a formação do Benfica que acabou por ser goleada por 5-2. Pedro Afonso acabou por ser transportado ao hospital padecendo de tonturas e de dificuldade em equilibrar-se.

Para além desta situação, o jogo primou pelo clima de violência com agressões de atletas do FC Porto aos do Benfica – principalmente os habitués Pedro Gil e Filipe Santos – bem como tentativas de agressão de dirigentes locais a jogadores do Benfica – sem qualquer actuação por parte do árbitro. Curiosamente, e depois do Benfica ter perdido a partida com a Juventude de Viana por uma agressão fora do Pavilhão e 2 horas antes do jogo, nada se fez em relação a este jogo e o FC Porto acabou por arrecadar mais um troféu. Caso para dizer: “Uns são filhos e outros são enteados!”


Ressentindo-se da ausência de Pedro Afonso e de Mariano Velásquez nos primeiros jogos, bem como da incompetência de Garrido, o Benfica iniciou o Campeonato de forma desastrada, só conseguindo vencer 7 dos primeiros 14 encontros. Apesar da goleada ao FC Porto (6-2), os empates em Alenquer (0-0) e nos Açores frente ao Candelária (2-2), e as derrotas em Porto Santo – por uns escandalosos 5-1 e imediatamente depois da vitória sobre o FCP – e contra o Famalicense em plena Luz (4-5) levaram ao despedimento do treinador – depois de mais uma derrota (2-4), desta feita em Barcelos.

A solução encontrada para o banco foi a que todos, ou quase todos, queriam: o regresso de Carlos Dantas. Depois de uma carreira consistente em Itália – com títulos “à mistura”, o conceituado treinador português encontrou alguns problemas com a disciplina dos seus atletas no Bassano – uma autêntica guerra Itália/Portugal, com jogadores lusos e até adeptos do clube ao barulho – e, então, o Benfica “abraçou-o” de novo, com o desejo de voltar aos grandes feitos do passado.

Há quem diga que os métodos de Dantas já estão a ficar ultrapassados, no entanto é inegável a sua capacidade de trabalho e de motivação. Às vezes até exagera nas suas constantes exigências! Como é daqueles que não se cala, causa algum desconforto, mas tem sempre o propósito de melhorar o nível técnico/táctico da equipa e a mentalidade dos atletas. Foi precisamente para isso que foi contratado!


Na fase de transição Garrido/Dantas, Nélson Lourenço assumiu internamente o comando da equipa e alcançou duas vitórias em outros tantos encontros. Depois da estreia vitoriosa de Dantas apareceu o confronto com o FC Porto. Em mais um jogo polémico, o Benfica perdeu por 3-1 com 4 jogadores do clube a verem cartões azuis – Pedro Afonso acabou mesmo por ser expulso.

A partir dessa derrota apareceu um Benfica muito mais seguro de si mesmo, apresentando um hóquei de grande qualidade e fazendo excelentes resultados. Até ao final da 1ª Fase do Campeonato o Benfica fez 8 jogos, vencendo 7 e perdendo apenas em Gulpilhares. Ainda assim a diferença na classificação já era de 10 pontos – tendo chegado a ser de 14.

Na 2ª fase, e com apenas 5 pontos de diferença para o 1º lugar, era expectável uma recuperação. Depois de 3 vitórias consecutivas – uma delas épica, em Barcelos (5-4) – apareceu mais um jogo em Fânzeres. Um castigador 4-0, praticamente decidiu o título ficando o Benfica a 8 pontos do rival, numa partida onde Carlos Dantas criticou veemente a atitude competitiva dos seus jogadores.


Os restantes 6 jogos do Campeonato foram quase um cumprimento do calendário, com o Benfica a claudicar em Barcelos e a entregar, matematicamente, o título ao FC Porto. No jogo seguinte, no Pavilhão da Luz, os nortenhos fizeram a festa conquistando um empate (5-5). É verdade que o jogo já não servia para nada mas apareceu novo festival de arbitragem, com 4 azuis para jogadores do Benfica – 3 para o FCP – e onde agressões portistas – mais uma de Reinaldo Ventura a Pedro Afonso – não tiveram a punição adequada.

Em épocas que o hóquei nacional está completamente na escuridão, sem transmissões televisivas e com pouco ênfase na imprensa, tornam-se bastante mais fáceis os “arranjinhos” – cada vez mais comuns na modalidade. Tudo o que descrevi nestes parágrafos dedicados a este belo desporto é bem claro e reflecte o estado em que está o mesmo.

A nível europeu, e ainda com Garrido no banco, o Benfica disputou a pré-eliminatória da Liga dos Campeões com o Vic de Espanha. Uma péssima exibição e um empate (2-2) na Luz comprometeu logo a eliminatória na 1ª mão e embora a mais-valia do adversário não fosse sumptuosa, acumularam-se erros que em alta-competição se pagam muito caro.


A viagem à Catalunha confirmou o que se esperava e um 4-2 sentenciou a eliminação do Benfica da prova – ganha pelos italianos do Follonica. Assim, a Direcção optou por concentrar esforços nas provas internas abdicando da participação na Taça CERS – uma competição já vencida pelo clube. Longe estão os tempos de boas prestações europeias do Benfica!

Na Taça de Portugal – 2 jogos com Garrido e 3 com Dantas – o Benfica teve uma presença bastante meritória. Eliminando Paço de Arcos (3-1) na Luz, HC Sintra (2-1), Portosantense (2-0) e Sesimbra (2-0) fora de casa, o Benfica atingiu a Final-Four – disputada no pavilhão da Mealhada. O sorteio da Meia-Final deu um clássico contra o FC Porto, e o 7º (!) confronto do ano entre as duas equipas!

Aí o Benfica teve alguma infelicidade mas sobretudo muita intranquilidade/inexperiência. Numa magnífica 1ª parte, o 4-1 no placard colocava os da Luz com um pé na Final da Taça. No entanto, uma recuperação fantástica do FC Porto – aliada a muita azelhice benfiquista – levou o jogo para o prolongamento (6-6). Depois, um golo de ouro acabou com a época do Benfica e possibilitou a dobradinha ao FCP – na Final derrotou a Juventude de Viana (7-4).


A mudança de treinador foi extremamente positiva e impulsionou o clube de forma significativa, infelizmente ainda não deu para regressar aos títulos. Mesmo com os rumores de dificuldades financeiras na Secção há a esperança num futuro risonho e para a próxima época a equipa reforçar-se-á com o goleador e internacional português Tó Silva e com o miúdo Vítor Hugo – que tão boa conta de si deu no último Mundial realizado neste Verão.

O plantel ainda não está fechado – deve faltar mais um jogador – embora o maior reforço da modalidade consiste na permanência do treinador. Tomba – definitivamente no Candelária – e Rui Ribeiro – emprestado à Oliveirense – são as saídas mais significativas. Há, finalmente, a implementação do playoff na modalidade e, assim, espera-se que o Benfica consiga regressar aos grandes momentos… já esteve mais longe!

Destaques Hóquei em Patins 2005/06

Figura: Carlos Silva
Revelação: Carlitos
Desilusão: Ricardo Barreiros



Obviamente que o Benfica tem muitas outras modalidades, no entanto não estou preparado para comentar o ano desportivo das mesmas devido a um relativo desconhecimento. As referidas anteriormente são as que acompanho ao longo dos anos e as que mais gosto. No entanto quero destacar um ponto muito negativo que é comum a todos os desportos de pavilhão do Benfica: a falta de público!

Um clube com tanto peso no país e com milhões de adeptos não pode ter, muitas vezes, o pavilhão “às moscas! É prejudicial para as equipas em campo e para o próprio clube. Há que implementar uma dinâmica de presença porque é daí que se retiram forças para os triunfos! Têm a palavra as Direcções das 4 Secções em discussão.

NDR: O post, elaborado por etapas durante sensivelmente um mês, surge na sequência deste e, portanto devido à sua extensão, quem quiser arquivá-lo – ou quem prefere ler documentos em vez de blogs – tem a opção de fazer download do mesmo aqui.

Bibliografia e Fotos: Serbenfiquista.com, HoqueiSLB.net e slbenfica.pt

#publicado em simultâneo com os Encarnados