segunda-feira, janeiro 17, 2005

Missa Dominical, na Catedral


8:30 estava à entrada do estádio quando uma enorme explosão de alegria e festa se instaurou no estádio e seus arredores. Era malta a gritar, carros a apitar e a malta toda com uns sorrisos de orelha a orelha. O Nacional tinha acabado de marcar o golo da vitória frente ao Sporting, e logo no ultímo minuto. Pouco tempo depois conheço o Carlutchi em frente à porta 13, pessoalmente, mas o tempo já é escasso e vamos cada um para o seu lugar. Começa o jogo e rápidamente se vê que o Boavista vem fazer à Luz. ANTI-JOGO! De pouco lhes valeu tanta porrada frente a uma equipa que estava apostada em fazer engolir tudo o que foi dito na passada semana sobre os mesmos. 5 minutos e já havia um penalty sobre Miguel que não tinha sido assinalado. Até aos 40 minutos, o Boavista só defendia, altura em que o arbitro conseguiu ver mais uma falta dentro da área. Uma falta infantil, mas com o cariz de muitas outras que o arbitro teimava em não ver. Simão converte a penalidade. Primeira parte é total o dominio do SLB.
2ª parte o Boavista apresenta um pouco mais de futebol, mas um pouco a medo, parecia que o jogo ainda estava empatado. Aos 56 min. Zé Manuel (o melhor da turma do Bessa) é expulso por palavras ao arbitro e sentencia o jogo. Nuno Gomes aos 58 amplia para 2-0 e aos 66 para 3-0, que dá ao Trappatoni a segurança para fazer substituições para os aplausos. Saí Nuno Gomes (sob forte aplauso) e entra Mantorras (instalou-se a loucura no estádio), saí Manuel Fernandes (mais um merecido forte aplauso) e entra Carlitos e saí R.Rocha para entrar o Argel a titulo de despedida (forte aplauso). O mesmo Argel despede-se com aquilo que melhor sabe fazer, uma enorme casa que pôs a Catedral a rir. Mantorras fecha o jogo com chave de ouro, num passe brilhante de Simão (já na 1ª parte o tinha feito para Nuno Gomes) e marca um bonito golo após 2 anos e meio de paragem.

Como não podia deixar de referir a falta de Fair-Play que os Boavisteiros têm, em expecial após uma agressão de Tiago a Petit (andavam picados) e os de xadrez aproveitarem para fazer um contra-ataque pela linha, quando todos estavam à espera que a bola fosse for a. Só existe outra equipa com este comportamento no nosso campeonato e as acções fica para quem as faz. Os NoName responderam com o já celebre “como sempre, um povo de m****” e “Oh Boavista, vai pró ca*****”. Fora estes mimos, foi um dia de futebol que nunca mais vou esquecer, tais foram as emoções. Estou orgulhoso do meu Benfica, mais que o normal.