terça-feira, outubro 31, 2006
segunda-feira, outubro 30, 2006
1 grão de civismo num deserto de irracionalidade
Nas bancadas da Luz
Adeptos do Celtic prestam tributo a Miki Fehér
Um grupo de adeptos do Celtic de Glasgow prestará um tributo a Miklos Fehér no jogo frente ao Benfica, na próxima quarta-feira à noite, em pleno Estádio da Luz.
Os escoceses não esquecem a forma trágica como Miki nos deixou, em Janeiro de 2004, e aproveitarão o confronto relativo à quarta jornada da fase de grupos da Liga dos Campeões para prestarem homenagem ao eterno camisola 29 do Benfica.
Rendidos à forma como o Benfica soube perpetuar a memória do homem e do jogador, os adeptos do Celtic fizeram questão de criar uma tarja de oito metros que mostrarão na Luz, perante, certamente, um emocionado público benfiquista.
Será um momento especial, não só pelo conteúdo, como também pela forma, já que a referida tarja tem estampada a camisola 29 de Fehér e uma frase simbólica: «Miklos Fehér - Nunca caminharás sozinho». O lençol será mostrado durante o jogo e, posteriormente, oferecido às claques do Benfica, com vista a que este possa ser usado em todos os jogos que o Glorioso realize em sua casa.
Note-se que o grupo de adeptos do Celtic que levou a cabo este tributo teve de angariar fundos para poder construir a tarja, sendo que o dinheiro que sobrar da produção da mesma terá como destino um hospital lisboeta.
Este é mais um exemplo da excelência da conduta dos adeptos do Celtic nos jogos em que participa a sua equipa, um pouco à imagem do que acontece com a fiel massa adepta do Benfica. Está, pois, dado o mote para um grandioso espectáculo... dentro e fora do relvado.
Exemplo a seguir!!
sábado, outubro 28, 2006
Crónica 8ª Jornada - "Back To The Future, parte III!"
Já todos vimos este filme! Este clássico fez-nos regressar aos míticos anos 90. “Caldinho cozinhado” na véspera, um ambiente aterrador com constantes insultos em coro, uma mentalidadezinha patética do triste comandante da nau benfiquista, e nem faltou a típica arbitragem azul… tão habilidosa e vergonhosa, com decisão nos momentos capitais! Parabéns ao senhor Lucílio Baptista que conseguiu, hoje, aquilo que todos esperávamos.
Não foi pelo árbitro que o Benfica perdeu, coisa que raramente digo, mas a insistente “lenga-lenga” de décadas do Futebol Português continua a enojar.
Reafirmo o que tenho vindo a dizer ao longo deste espaço de crónicas: até quando vamos ter que levar com este Benfica que não ganha a ninguém e que claudica sempre nos momentos decisivos? É preciso um treinador com coragem e que incuta uma mentalidade ganhadora consistente e constante, que seja capaz de ir contra tudo e contra todos.
O escalonamento da equipa voltou a ter falhas comprometedoras que resultaram em dois golos do adversário. A aposta em Paulo Jorge revelou-se uma catástrofe e só com as mudanças na 2ª parte o Benfica existiu em campo. Nuno Assis e Mantorras foram fundamentais no “acordar” do Benfica mas mais uma vez a 3ª substituição – numa altura onde era importante refrescar a equipa – foi “para o galheiro”… não consigo entender porque Fernando Santos não faz, sistematicamente, as 3 alterações a que tem direito.
É inadmissível que o Benfica tenha perdido a serenidade em 15+5 minutos, que resultaram na obtenção dos golos do adversário – o 2º escandalosamente precedido de uma falta sobre Petit não assinalada.
Estou extremamente desiludido pelo facto dos fabulosos 45 minutos da 2ª parte, por parte do Benfica, não terem conseguido garantir pelo menos 1 ponto. A mentalidade fraca é isso mesmo, perder quando a vitória estava facilmente ao nosso alcance: característica cada vez mais comum neste Benfica 2006/07 de Fernando Santos!
Foi delirante ver o Dragão cheio de portistas a roerem as unhas e completamente no desespero depois dos golos do Benfica – as imagens da SportTV bem os mostraram, não vale a pena contrariar. Custa muito perder 3 pontos no último minuto (1 para o Benfica e menos 2 do adversário)!
Não podemos esquecer, também, que a prestação dos guarda-redes teve carácter decisório no desenrolar do jogo. Hélton defendeu quase tudo de forma brilhante enquanto que Quim tem responsabilidades em todos os golos.
Atenção que dizer que o Quim tem responsabilidades não é a mesma coisa que dizer que é inteiramente culpado – ele que até tem estado muito bem nesta época. Em todos os golos o Quim parece-me muito preso e demora uma eternidade a fazer-se aos lances.
No 1º golo é difícil fazer mais mas fica aquela sensação de lentidão, no 2º – apesar de ser uma execução fantástica – há claras culpas, num remate sem qualquer desvio de trajectória... parece-me que ele pensou que a bola ia para fora, e no 3º não pode ficar especado perante um cabeceamento feito na pequena-área!
Deixo, ainda, mais um destaque para o péssimo jogo defensivo de Nélson – tem alguma desculpa pelo facto do adversário ser alguém com o talento de Quaresma –, para mais uma estupenda partida do Simão – que “destruiu” Fucile –, e também para a sólida presença do grego Katsouranis. Achei os centrais muito “aos papéis”!
Kikín continua a ser uma desilusão mas como é alguém que vem para um país diferente, e emigra pela primeira vez, terá o meu benefício da dúvida durante toda esta época. Espero não me desiludir com o mexicano!
Poderia felicitar o adversário mas quem, em mais de 90 minutos de forma imutável, insulta a minha equipa, nunca exultando os seus golos e nem mesmo a vitória, não merece, sequer, respeito quanto mais uma felicitação.
O Campeonato, com as vicissitudes que todos conhecemos, ficou hoje praticamente decidido e a responsabilidade não é, certamente, dos sócios do clube! Algo tem de mudar. Não podemos ter sempre esta desilusão monstruosa e crónica, depois de ver uma partida do Benfica!
NDR: Para o atrasado mental que serviu como uma espécie de comentador portista na SportTV: há que aprender as regras do Futebol e tirar as palas! Alguém que lhe diga que a entrada do Katsouranis, que infelizmente lesiona o Anderson, é feita primeiramente na bola. As imagens são bem claras!
Para aqueles que se indignam com o “assassino”, “criminoso”, “sarrafeiro”, “caceteiro”, etc… Katsouranis aconselho que façam uma análise à entrada faltosa do Fucile sobre o Nuno Assis ou que recordem o que disseram da entrada por trás – portanto bem mais grave – de Sandro Gaúcho, em Belém, sobre o Nuno Gomes que até foi dentro da área. Onde fica a coerência?
Então e se a lesão do miúdo foi tão grave, uma fractura do perónio, como é possível o jogador ter entrado em campo e continuado a agravar a sua condição física? E como é possível que tenha sido diagnosticado uma entorse no dia de ontem e agora já há uma clara fractura?
Pelos vistos não é só o Departamento Médico do Benfica que é incompetente!
Parabéns, também, à SportTV pelo facto de ter mais de 20 câmaras no Estádio do Dragão mas nunca mostrar as repetições dos lances duvidosos mais complicados. Tudo começou naquela não-falta de Léo sobre Quaresma, aos 7 minutos.
Ficha de Jogo:
8ª Jornada da Liga BWin
Estádio do Dragão, no Porto
Árbitro: Lucílio Baptista (Setúbal)
FC PORTO – Helton; Fucile, Pepe, Bruno Alves e Cech; Paulo Assunção (Bruno Moraes, 83 m); Lucho González e Anderson (Raul Meireles, 30 m); Ricardo Quaresma (Tarik, 74 m), Hélder Postiga e Lisandro López.
SL BENFICA – Quim; Nélson, Luisão, Ricardo Rocha e Léo; Paulo Jorge (Nuno Assis, 54 m), Katsouranis, Petit e Simão; Kikin Fonseca (Mantorras, 62 m) e Nuno Gomes.
Disciplina: Amarelo a Fucile (77 m) e Paulo Assunção (80 m).
Golos: 1-0, Lisandro (12 m); 2-0, Quaresma (20 m); 2-1, Katsouranis (63 m); 2-2, Nuno Gomes (82 m); 3-2, Bruno Moraes (90+2 m);
sexta-feira, outubro 27, 2006
A Agressão, o Teatro e o justo Vermelho!
Se uma imagem vale mais que mil palavras e como estou um pouco farto desses comentários sem sentido – uma espécie de Mitologia do Mofo em miniatura –, deixo aqui um vídeo que prova inequivocamente que o actual jogador do Valência agrediu, de facto, o ex-jogador do Benfica.
Portanto, apesar do “comovente” teatro de João Pereira, Hugo Viana viu, quanto muito, um justo 2º cartão amarelo pelo murro que dá na coxa do seu colega de profissão, sendo expulso da partida. Os restantes momentos mais importantes do jogo podem ser vistos aqui. Nota muito especial para o posicionamento em campo do autor do 1-2… curioso, não acham?!
A arbitragem foi de “Chamem-o-António” Costa… que, felizmente para o Futebol, já se reformou! Com uma reforma “choruda”, certamente!
NDR: Será que ainda há alguém que diga que Fabrizio Miccoli foi bem expulso e que a agressão presente neste vídeo é apenas, e só, uma simulação?
Atenção que não faço quaisquer vaticínios da idoneidade dos dirigentes do Sporting, a “máfia” toda a gente sabe de onde vem.
#agradecimento ao Em4Lyf por arranjar este vídeo tão procurado
quarta-feira, outubro 25, 2006
O Nosso Ninho
A NOVA CATEDRAL foi inaugurada!
O vídeo está aqui.
Golos:
Nuno Gomes (1-0), Mello (1-1) e Nuno Gomes (2-1).
Outros Momentos:
Geovanni e Nuno Gomes
PS: O miúdo Kaz Patafta faz hoje 18 anos.
PS2: Este post também é para ti, RED! ;)
terça-feira, outubro 24, 2006
Benfica - E.Amadora último jogo ao vivo
É claro que vou aparecer no marvermelho, pois o laço de 2 anos e 4 meses, o ser o fundador e acima de tudo o querer saber o que se passa no Benfica sem papas na língua será sempre maior que a água que nos irá separar.
Está na altura de divulgar a prenda do Pedro Neto. O marvermelho sempre teve dois administradores como regra da casa, para que tenha que existir consenso no editorial. A partir de agora o marvermelho tem três administradores. Pedro Neto e Carlutchi no dia-a-dia, e eu como web designer (que era supostamente a minha função no 1º dia de blog).
Uma vez Benfica, Benfica até morrer!
domingo, outubro 22, 2006
Crónica 7ª Jornada - Xistra, és um Ladrão!
Podia começar esta curta crónica com comentários à “criminosa” arbitragem de Carlos Xistra, ou até com o comportamento técnico-táctico de Fernando Santos no banco do Benfica… mas não o faço!
Começo, sim, por evidenciar e exaltar a 3ª vitória consecutiva na Liga por números expressivos e todos sabemos que, mesmo tendo sido a pior exibição desses 3 resultados, é sempre importante vencer nas vésperas de um confronto que já pode decidir alguma coisa quanto à conquista do título.
É verdade que a competição ainda tem muitas jornadas, mas uma vitória sobre o rival directo, na sua própria casa, pode significar – não mantendo alguns disparates do Nandinho, claro – um importante boost de confiança! Veremos o que vai acontecer, na próxima jornada há dois grandes jogos que me dizem muito: o clássico no Dragão e o derby da Região Centro!
No que diz respeito ao jogo, é caso para dizer: “porra para o losango!” Com “falinhas mansas” o tal 4-4-2 losango que ninguém quer – excepto o Nandinho, claro – é a táctica usada em 2 jogos consecutivos e que, continua à vista de todos, não funciona para aquilo que se pretende no Benfica.
Sem qualquer tipo de arrogância ou sobranceria, penso que todos nós já concluímos, e não é de agora, que Petit não funciona como único homem mais recuado e que Simão não é o jogador genial a que nos habituou – apesar da boa exibição – jogando como #10. E para mim futebol sem extremos não é Futebol, mas parece que só com uma humilhação gigantesca – 3-0 em Glasgow não chega – se mete na cabeça que a equipa deve jogar de acordo com os jogadores que há no plantel!
Este losango ridículo vai acabar por nos custar a época e só por isto dever-se-ia pedir a cabeça do treinador. Admito que só quando o Benfica jogar assim estarei totalmente satisfeito!
Estou, ainda, para perceber porque Fernando Santos só fez 2 alterações no decorrer da partida e porque voltou a não colocar em campo Kikin Fonseca, contra o… Estrela, com todo o respeito! Confesso que fiquei algo estupefacto quando li que o Karyaka tinha voltado a jogar e ainda mais estupefacto fiquei quando soube que tinha sido o autor do 3º golo. O seu reaparecimento poderá ser extremamente positivo para a equipa, folgo em saber que continua a trabalhar com motivação!
Evidenciar ainda a excelente forma de um fabuloso jogador de nome Fabrizio Miccoli, mais um golo e um grande jogo do capitão Simão, que continua a subir de rendimento, e ainda dar nota das excelentes performances dos laterais Nélson e Léo!
Se bem se lembram, no Campeonato anterior, depois do "Controlo Remoto" na Luz, que colocava o Benfica a apenas 5 pontos do líder, apareceram duas arbitragens inqualificáveis que tentaram afastar o Benfica do título a todo o custo: a célebre de Paulo Costa na Amadora, onde o Benfica conseguiu vencer de forma miraculosa; e a outra no empate na Luz, contra a Naval da autoria de… Carlos Xistra!
O “Xistradas” começou cedo a “encomenda” ao disparatar amarelos por tudo o que mexia, para assim tornar um jogo correcto numa possível “batalha campal” de expulsões, com os benefícios a serem para aqueles que todos nós sabemos quem são!
Assim de repente, o balanço são 15 amarelos e 3 vermelhos, um penalty indiscutível sobre Miccoli que não foi assinalado, novo golo anulado… desta vez a Nuno Gomes, e a tal escandalosa expulsão do italiano.
Não vi ali nenhuma agressão de Fabrizio, nem nada merecedor de 2º amarelo, apenas a tentativa de se soltar de um marcação faltosa recorrente. Já para não falar no ridículo 1º amarelo em mais um lance errado de fora-de-jogo. Fabrizio Miccoli falha o Dragão… coincidências? Cambada de bandidos! Sempre a mesma situação, já há muito exposta por alguns e ridicularizada por muitos: jogadores do adversário do FC Porto são expulsos antes de um confronto directo. Desta vez foi, mesmo, com toda a gente a ver e em plena Luz!
Também não me esqueço de Sérgio Lacroix, o fiscal de linha parceiro de “Xistradas”! É o tal fiscal que teve uma actuação ridícula em Setúbal na época passada, onde anulou um golo limpinho a Miccoli. Voltou a fazer das suas e a dar um espectáculo de “bandeira” com vários foras-de-jogo inexistentes!
Ainda há dúvidas sobre como estas coisas acontecem?
Não quero deixar passar outra coisa. Há pelo menos 3 clássicos recentes – não tenho a certeza se são consecutivos – que o Ricardo Quaresma agride um jogador do Sporting sem ver, sequer, um cartão amarelo! Engraçado também que não haja nenhum sportinguista a revoltar-se contra isto.
Alguém que encontre, num qualquer jogo do Benfica, uma agressão a um colega de profissão do “bandido”, “sarrafeiro” e “caceteiro” Petit, por favor!
Só conta quando são do Benfica? Só há revolta, teorias de “colinho”, etc… quando as camisolas são vermelhas? A presença ao lado de Soares Franco, na bancada VIP, de uma certa pessoa poderá lançar algumas respostas. Tenham vergonha!
O que se fez e disse de João Pereira – e ainda hoje se fala nisto e enxovalha o jogador –, que teatralizou uma agressão real de Hugo Viana, num lance onde o árbitro até tem razão…
A minha opinião – e posso garantir que não é a única – pode ser algo polémica, e muitos de certeza que não concordam, mas se fosse eu a mandar no Benfica, a equipa não se apresentaria em campo na próxima jornada, sob forma de protesto contra os 25 anos desta corrupção que actua de forma impune no Futebol Português.
Uma medida que, de certeza, teria um gigantesco impacto na Imprensa – até Internacional – e que talvez fizesse com que os corruptos fossem, de uma vez por todas, julgados e enjaulados!
NDR: Como muitos de vós já sabem, não tive um fim-de-semana particularmente feliz, pelo que o passei quase todo numa cama de hospital. Quero agradecer à malta que deixou mensagens de apoio e, também, dizer que já estou praticamente recuperado da tal intoxicação alimentar.
É uma cena muito “lixada”, não aconselho a ninguém!
Como é óbvio esta crónica não poderá ser tão incisiva como as demais porque não vi a grande maioria do jogo… e já há muitos anos que não perdia um jogo do Benfica! Os imprevistos são mesmo assim!
Finalizo o post com mais um excelente vídeo do Xander que serve de resumo ao jogo.
Ficha de Jogo:
SL BENFICA – Quim; Nélson, Ricardo Rocha, Luisão e Léo; Petit, Katsouranis (Karyaka, 69 m), Simão e Nuno Assis (Beto, 88 m); Fabrizio Miccoli e Nuno Gomes.
ESTRELA AMADORA – Paulo Lopes; Tony, José Fonte, Amoreirinha e Edú Silva (Rui Duarte, 63 m); Marco Paulo, Jordão, Pedro Simões e Jaime (Rui Borges, 46 m); Dário (Tiago Gomes, 60 m) e Jones.
Golos: 0-1, Dário (14 m); 1-1, Miccoli (32 m); 2-1, Simão (55 m de g.p.); 3-1, Karyaka (90 m).
#Foto: SerBenfiquista
Não é estranho este senhor tentar desviar as atenções??
Numa altura em que se fala em:
A Comissão Política e Concelhia do Partido Socialista de Vila Nova de Gaia acusou ontem a administração do Centro de Estágio do FC Porto/Fundação PortoGaia de não se apresentar na reunião entretanto agendada com aquela força política.
Num comunicado enviado para a redacção da A BOLA, o PS de Gaia considera que esta falta não justificada - o encontro estaria marcado para ontem ás 12.00 Horas- se trata de um acto ostensivo de arrogância, de despudor e má educação de uma instituição que tem vindo a usar um equipamento pago pelos dinheiros públicos".......... A BOLA apurou entretanto, que o FC Porto se demarcou de todo este processo, remetendo o assunto exclusivamente para a esfera política e para os líderes da autarquia gaiense, já que em devido tempo terão dado conta da impossibilidade de comparecerem na reunião, tendo solicitado a sua anulação junto dos responsáveis da Câmara de Gaia.
A Bola- Edição impressa de 08/10/2006.
Vem este senhor, do nada como sempre, provocar??
«Vieira vai falar de quê?»
PINTO DA COSTA ATACA EM SETÚBAL
Instado a comentar as declarações de Luís Filipe Vieira, em que este reafirmava que o processo "Apito Dourado" tem de avançar, Pinto da Costa reagiu em Setúbal com duras críticas ao presidente do Benfica. "Ouça lá, ele vai falar de quê? Da equipa maravilha? Do Benfica europeu que vai ao Celtic e leva 3-0, que empata em Copenhaga, perde em casa e faz um ponto em três jogos?", questionou
Acho que vale a pena recordar:
Publicado em paralelo no planetabenfica.blogspot
sábado, outubro 21, 2006
A pergunta que hoje(amanhã) se impõe:
......com o Estrelinha????
Modelos Encarnados!
No meu ponto de vista, a maximização completa do Benfica 2006/07 poderá ser feita através de um 4-4-2 clássico – infelizmente pouco utilizado nas últimas épocas – com Simão e Paulo Jorge como extremos, um trinco, e um #10 por trás dos avançados residentes. Este sistema foi utilizado durante décadas neste clube, tem tradição e “escola”, e nem sequer caiu em desuso no futebol actual. É verdade que, de momento, há vários jogadores lesionados, mas espero que seja este o modelo a fixar por Fernando Santos… ou por outro treinador num futuro próximo!
Penso, inclusivamente, que a referida táctica deveria ser instituída no clube, de forma quase estatutária, para que futuros treinador moldassem e aperfeiçoassem automatismos inerentes. José Antonio Camacho foi o último treinador "encarnado" a utilizar o 4-4-2, e penso ser inegável que a equipa apresentou o futebol mais espectacular da última década.
A defesa, para os dois modelos, seria aquela a que já estamos habituados, contando com Alcides apenas a central – não tem qualidade para se impor como lateral – e Miguelito como uma alternativa válida a Léo. Moreira é um excelente guarda-redes mas, neste momento, perdeu o lugar para o internacional português Quim.
Manú e Mantorras são casos a rever mas perdem, cada vez mais, espaço no 11 titular.
Dos restantes nem vale a pena falar, ou porque têm pouca qualidade ou porque ainda estão muito “verdes” para a alta-competição!
#publicado em simultâneo com o Encarnados
sexta-feira, outubro 20, 2006
Estádio Tão Asquerosamente Regional
terça-feira, outubro 17, 2006
Crónica Fase Grupos Liga Campeões - Então, já deu para Acordar?
Depois de um triunfo esmagador em Leiria, nada faria prever uma mudança quase radical na estruturação da equipa. E aí está a minha primeira nota de incredulidade!
Porque razão terá Fernando Santos alterado um esquema táctico que deu tão boa conta de si, no Magalhães Pessoa? As recentes exibições do Benfica, na Liga, têm dado nota que o 4-4-2 clássico é o melhor esquema para este plantel, enquanto que o malfadado “Losango das Bermudas” se tem revelado, cada vez mais, um erro de “casting”. Nandinho revela a ambição dos clubes medíocres que mudam a táctica quando jogam fora, por medo, ou por falta de interiorização das capacidades inerentes da equipa que se treina.
A titularidade de Alcides é, para mim, outra situação estupidificante já que a altura não joga a bola e o brasileiro não é metade do jogador que Nélson, a meio-gás, constitui. A questão da altura não me parece razoável e passo a explicar porquê: Até que ponto se abdica de um jogador rápido, tecnicista e desequilibrador – para quem quer jogar em contra-ataque – e se coloca alguém que não existe em termos atacantes, e tem bastantes dificuldades em defender jogadores velozes. Se o objectivo é defender, que se jogue, então, com 3 centrais; O extremo-esquerdo normalmente titular do Celtic, Shaun Maloney, tem 1.71m… falta de conhecimento do adversário?
Seria expectável que o início de jogo fosse arrasador e, de facto, isso aconteceu. Foi com alguma sorte que o Benfica não sofreu um ou dois golos nos primeiros 10 minutos, no entanto depois do quarto de hora o Benfica estabilizou e assumiu o pendor do jogo. O problema surge, então, do tal losango! Simão é quase nulo a jogar fora da sua posição, Nuno Assis tem dificuldades em jogar no flanco deixando Léo sozinho para defender, Katsouranis não tem características de interior-direito e Petit não chega para tudo. A equipa defende mal neste sistema e o ataque sai atabalhoado e sem soluções, a não ser as bolas bombeadas para o contra-ataque e as jogadas individuais.
No entanto, a conjuntura de maior gravidade da actual equipa do Benfica, já mais que vista e discutida, é a falta de estofo psicológico em gerir resultados nefastos – principalmente fora de casa –, o que torna virtualmente impossível conseguir dar a volta a derrotas parciais. E isso é a “imagem de marca” de Fernando Santos, desde que acompanho a sua carreira! O tal conformismo do técnico com a derrota, estende-se à equipa de forma castradora… longe vão os tempos dos “berros” de José Antonio Camacho!
É certo que a equipa criou várias oportunidades de golo e teve alguma infelicidade na hora de concretizar, mas é desse tipo de coisas que são feitas as formações com uma liderança forte e com uma coesão materializável. Jogar fora parece um pesadelo para estes jogadores e Fernando Santos contribui para esse sentimento, quer nas acções quer no discurso. A esmagadora vitória em Leiria não pode escamotear que há equívocos técnico-tácticos constantes e a responsabilidade é sempre da mesma entidade!
Perder copiosa e humilhantemente com o adversário directo significa dizer adeus à competição, e resta ao Benfica fazer entre 4 e 7 pontos para garantir a ida à Taça UEFA – que nessa altura já esteja outra figura no comando do plantel.
Mas o que me incomoda solenemente é o facto de Fernando Santos parecer que está alheado de tudo, nos discursos das Conferências de Imprensa. Fala como se fosse um espectador e não o responsável por tudo o que a equipa produz. Os seus problemas de comunicação internos e externos parecem-me óbvios e estão a comprometer as aspirações do clube. Das substituições e constituição das soluções de banco de hoje nem vale a pena falar, de tão incompreensíveis que são!
NDR: Começo a interiorizar que este equipamento “creme”, que roça o foleiro, não dignifica o clube. O Benfica deve jogar sempre de vermelho quando assim é possível, o marketing deve ficar em segundo lugar em relação à representação da equipa na Europa. Pode ser uma questão de pormenor para alguns, mas alguém tem dúvidas que o vermelho vivo “à Benfica” é mais intimidatório?
6 jogos oficiais fora de casa: 1 vitória, 3 empates com equipas ridiculamente inferiores e 2 derrotas copiosas por 3-0. Ainda há dúvidas?
Ficha de Jogo:
3ª Jornada da Fase de Grupos da Liga dos Campeões
Celtic Park, em Glasgow
Árbitro: Eric Braamhaar (Holanda)
CELTIC FC: Boruc; Telfer, Caldwell, McManus e Naylor; Lennon e Sno (Pearson, 87 m); Nakamura, Zurawski (Jarosik, 83 m) e Maloney; Miller.
SL BENFICA: Quim; Alcides, Luisão, Ricardo Rocha e Léo; Katsouranis (Nélson, 71 m), Petit, Simão e Nuno Assis; Miccoli e Nuno Gomes (Fonseca, 77 m).
Disciplina: Amarelos a Katsouranis (62 m) e Sno (68 m).
Golos: 1-0 por Miller (56 m); 2-0 por Miller (66 m); 3-0 por Pearson (89 m).
#Fotos: AFP-Getty Images
#adicionado a Crónicas 06/07
#publicado em simultâneo com o Encarnados
Dá-me vontade de ser pouco católico!
sábado, outubro 14, 2006
Crónica 6ª Jornada - "Vendaval Encarnado" no Lis!
Curiosidade e algum receio! Eram estes os meus sentimentos no “estágio” para o jogo. Curiosidade para confirmar, ou não, a boa performance frente ao Aves e sentir, de forma, inequívoca, que a equipa está em crescendo de forma. Mas também, um grande receio na possibilidade em ver de regresso a péssima postura fora de casa… e logo num terreno tão complicado, onde em 7 anos só houve um triunfo!
A paragem, para ver o retorno dos confrontos de Portugal, também não ajudou a dissipar a inquietação como adepto benfiquista.
O confronto Leiria-Benfica nunca teve, para mim, grande sentimento especial porque sou muito prático neste tipo de coisas. Não nego que sou leiriense e que a União de Leiria é o meu 2º clube há muitos anos, mas o meu apoio vai sempre para o Benfica a não ser que os pontos em causa sejam mais importantes para a UDL – situação que tem acontecido poucas vezes nos últimos anos.
A formação de Leiria não tem uma equipa tão forte como a do ano passado nem tem um treinador de tão boa qualidade/experiência como em anos anteriores, e longe vão os tempos dos grandes capitães e das grandes referências leirienses como João Paulo e Bilro – aqui se vê o reflexo da gestão danosa da Direcção de Bartolomeu, na criação de uma mística leiriense. No entanto, confesso que fui dos muitos que não acreditavam numa vitória do Benfica. Pode ser “sacrilégio” mas há bastante incredulidade e desilusão da minha parte, muito pelos resultados mas, obviamente, pelo timoneiro que temos!
Finalmente o 4-4-2 clássico que todos, ou quase todos, queremos
É fulcral destacar as novas mudanças tácticas implementadas por Fernando Santos, que permitiram uma grande fluidez de jogo e um grande desenvolvimento ofensivo… desde o 1º ao último minuto. Sou, sempre, a favor de uma táctica com dois avançados!
O 4-4-2 apresentado é, a meu ver, a melhor forma para o Benfica se exibir. Miccoli e Nuno Gomes fazem uma excelente dupla, com produção efectiva, o que não acontece quando jogam os dois sozinhos na frente! “Soltar” Miccoli, ao invés de o “colar” aos centrais é o que tenho vindo a defender desde que o italiano ingressou no SLB. Parece que Fernando Santos já chegou a essa conclusão!
O regresso de Léo e Petit também é importante para a equipa e nem as ausências de Paulo Jorge e Karagounis – de novo as lesões a aparecerem quando menos se espera – comprometeram a solidez da equipa. Destaco ainda que de Nuno Assis não se poderá esperar uma colocação efectiva como extremo-direito pelo que foi bem visível a sua tendência para flectir para o centro, deixando Nélson completamente só.
Desta “nuance” surgiram muitas dúvidas em relação ao sistema utilizado pela equipa, Nuno Gomes na parte inicial e Miccoli depois dos 30/40 minutos tentaram apoiar o #22 cobrindo o espaço que o ex-Guimarães deixa vago de forma sistemática!
Há, da minha parte, grande curiosidade para ver como o treinador vai resolver o “problema” quando Karagounis, Paulo Jorge e Rui Costa estiverem recuperados. Serão mantidas as duplas atacante e central? Dúvidas positivas, certamente, mas já é tempo de se encontrar um sistema válido e o 4-4-2 clássico – sem o famigerado “losango das bermudas” – parece o mais indicado, tendo em conta as características do plantel!
Um autêntico “rolo compressor”
O Benfica entrou na partida de forma avassaladora, remetendo a União para os últimos 30 metros e criando várias oportunidades de golo. A primeira surgiu de um remate de primeira de Miccoli, numa execução fabulosa no canto direito da área. Fernando segurou muito bem!
Depois de um estoiro de Katsouranis, um pouco à figura do keeper brasileiro, apareceu de novo o #30. A jogada é magistral e iniciada em Simão na esquerda que centra para Nuno Gomes. O #21 simula e deixa a bola passar para o italiano estoirar, para Fernando brilhar!
Pouco depois é Simão que fica cara-a-cara com Fernando mas sem sucesso. Depois de Miccoli marcar um golo invalidado, surge um livre directo para Simão bater. O resultado sai muito mal mas logo tudo se esquece com o 0-1. Nova jogada magistral, com Simão a colocar em Katsouranis, com o grego a assistir Fabrizio para um chapéu de antologia, um 0-1 de grande classe!
Se era expectável o espevitamento da União, nada disso aconteceu! O Benfica continuou a “carregar” e chegou naturalmente ao 0-2 na melhor jogada do encontro. Léo dá seguimento a um passe de Simão e arranca para a linha de fundo, o passe atrasado é para Nuno Gomes que coloca em Miccoli, que estoira de primeira e faz um bonito golo. 0-2!
Tudo tranquilo com o desenrolar do marcador, resultado mais que merecido no fim da 1ª parte!
O 2º tempo foi mais tranquilo, em virtude do resultado garantido. A União entrou melhor, pelo facto de Domingos ter feito entrar Paulo Machado, e o domínio nos primeiros 15 minutos mudou de dono!
A União tentou criar perigo tendo Harison e Sougou criado alguns lances de qualidade. Miccoli quase fez o 3º, em contra-ataque, dando seguimento a um alívio de Ricardo Rocha. Falhou novo chapéu, daquele ângulo era difícil!
À hora de jogo o pendor do jogo mudou e o Benfica assumiu as despesas da partida. Coincidência que pouco depois tenha chegado ao 0-3 num estupendo golo de Nuno Gomes, aproveitando um cruzamento milimétrico após iniciativa de Nélson… iniciada por Simão – esteve em todas!
Com os 3 golos de diferença e com a saída de Harison, para entrar o inconsequente Ivanildo, a União deixou de existir. Nem em contra-ataque conseguiu criar perigo e parece que aceitou o resultado final. Tempo ainda para Simão aumentar a goleada, num penalty indiscutível, e para algumas substituições sem fruto. Katsouranis quase fez o 0-5, de cabeça, mas isso seria um castigo demasiado pesado!
Mi Mi Miccoli
Sou, há muitos anos, um fã inveterado de Fabrizio Miccoli. E é este Miccoli que me habituei a admirar. Rapidíssimo e com uma técnica do mais apurado que há, foi um “quebra-cabeças” para a atarantada defensiva caseira.
Faz, em Leiria, uma das suas melhores exibições desde que abandonou a Fiorentina e ingressou na Luz, talvez só com paralelo naquele Benfica-Lille de boa memória.
Provou, aos mais cépticos, que é um magnífico jogador e que ainda tem muito para dar!
A execução “mágica” no 1º golo está só ao alcance dos predestinados, sendo que já por mais duas vezes tentou fazê-lo nesta época: frente ao Bordéus – grande defesa do keeper; na anterior jornada, com o Aves pela frente – estupidamente invalidado por um fora-de-jogo inexistente, como diz o Antitripa;
Fez ainda mais um golo, de grande beleza colectiva, e nunca deixou de desequilibrar, mantendo a velocidade, determinação e raça que lhe são características até ao fim do jogo. O italiano, em boas condições físicas – como parece que já está – é, para mim, o melhor jogador da Liga. No Magalhães Pessoa foi o melhor em campo!
Não havendo Miccoli, Simão teria sido o melhor jogador da partida. Foi o regresso do capitão aos grandes jogos, dando seguimento a duas excelentes partes de 45 minutos na Selecção. Presente em quase todas as iniciativas atacantes, tentou manter a equipa em constante processo ofensivo, mudando de flanco, desmarcando colegas e até tentando o remate… Fernando negou-lhe o golo! Inicia a jogada do 0-1, do 0-2 e do 0-3, “picando o ponto” na sua especialidade e saindo de campo com a oportunidade de descansar para confrontos ainda por decidir. Os livres ainda estão “perros” mas o grande capitão está de volta!
Aquele que poderia ter sido o jogo do golo 100, acabou por ser mesmo… e bem merecido o foi! Nada mais que um golo fabuloso para assinalar uma grande marca pessoal e carimbar uma vitória! Nuno Gomes fez a melhor exibição desta época e para além do golo ainda tem nos pés a assistência para o 0-2 de Miccoli.
A forma como deixou passar a bola para assistir o italiano – remate “à figura” de Fernando – diz tudo sobre as suas características. Jogando com apoio é um jogador magnifico!
Ricardo Rocha fez, também, a sua melhor exibição da época. Marcado pelo desastre polaco, esteve imperial na defesa e tentou, também, iniciar alguns ataques – é muito melhor neste aspecto que Luisão.
A peculiaridade em ter jogado várias vezes como lateral, dá-lhe uma vantagem superior nas “dobras” a colegas. Foi o seu ponto forte nesta partida!
Anderson que se cuide porque com o colega assim terá poucas hipóteses em regressar!
O regresso de Léo à equipa mostrou aquele Léo de que já tínhamos saudades. Defensivamente imaculado, conseguiu criar vários lances ofensivos que resultaram em jogadas de golo eminente – é responsável pelo 0-2.
Laranjeiro teve inúmeras dificuldades para o parar e foi, por isso, várias vezes dobrado por colegas de equipa… sem sucesso!
Com 31 anos, parece com a velocidade de um júnior!
Dando seguimento aos 2 magníficos golos apontados pela Grécia, Katsouranis mostrou-se novamente em grande plano não deixando dúvidas da sua mais-valia futebolística. Jogando mais avançado que Petit consegue explanar toda a sua categoria na hora de defender, mas também criando e tentando finalizar várias oportunidades de golo.
Depois de estoirar para defesa de Fernando, faz a assistência para o 0-1 e, de cabeça, está perto do 0-5 num estupendo golpe de cabeça. Uma peça-chave deste Benfica!
Luisão tem um histórico de sobressaltos com avançados móveis e rápidos! Paulo César faz parte desse tipo de jogador mas deu pouco trabalho ao gigante brasileiro, talvez pelo facto do “assistente” Harison ter estado apagadíssimo.
Pouco afoito em jogadas ofensivas, esteve seguro defensivamente mas sem grande protagonismo.
A tarefa de Nélson era muito difícil, tendo em conta que defrontaria o melhor jogador da Liga do mês de Setembro: Sougou.
Perdeu lances, ganhou outros e subiu de produção à medida que o senegalês se foi apagando. Esteve quase sempre sozinho no flanco direito, tendo apoio esporádico de Simão, Miccoli e Nuno Gomes. De regresso às assistências com um centro espectacular, para o 0-3.
Não me recordo de uma defesa difícil de Quim. Pouquíssimos remates da União, apenas alguns cruzamentos para resolver e isso fá-lo sempre bem!
Depois de uma “frangalhada” no último jogo, nada melhor que uma noite tranquila para digerir o disparate!
O Petit normal não se viu em Leiria. Bastante apagado e anormalmente secundário na manobra da equipa, passou despercebido na criação de jogo. Dá origem, inclusivamente, à jogada mais perigosa dos da casa, ao errar um passe lateral no centro do terreno! No entanto, correu 70 metros e cortou o mesmo lance da melhor forma.
Defensivamente terá sido a melhor unidade, como é normal, mas espero um pouco mais de um jogador da sua craveira. Sem remates e sem assistências, o protagonismo do grego roubou-lhe espaço!
Nuno Assis terá sido a pior unidade em campo, um pouco surpreendente devido às grandes performances anteriores. Nunca esteve onde deveria estar, e na esquerda – no início da partida – ou na direita flectiu sempre para o meio, deixando espaços comprometedores e ocupando outros que não devia – “congestionado” as posições de colegas de equipa!
Assis ou joga no meio ou não joga, nas alas não dá!
E por fim os suplentes Kikín Fonseca, Beto e Miguelito.
Com o resultado feito, a entrada dos suplentes pouco significou de positivo para o jogo. Já se poupavam os esforços para o próximo embate e assim Kikín terá sido o mais prejudicado. O mexicano continua com a mesma vontade e o mesmo profissionalismo mas continua, surpreendentemente, sem oportunidades para marcar. As bolas, simplesmente, não chegam em condições para que possa finalizar em conta!
Jogou 20 minutos, juntamente com o inenarrável Beto – recuso-me a comentar as suas performances –, mas pouco se viu.
Espero mais do seu futebol mas torna-se difícil entrar no 11 e parece-me um daqueles “jogadores de engate”. Não quero acreditar que se gastem, em três anos consecutivos, 8 milhões de euros em pontas-de-lança e nem à 3ª se consiga encontrar uma solução válida!
Quanto a Miguelito, nem se deu pela sua presença. Tocou um ou duas vezes na bola!
O outro Paulo
Vários anos depois foi peculiar olhar para a equipa de arbitragem e não ver António Costa em Leiria. Foram 3 jogos, em 3 anos consecutivos, que não nos deixam saudades! Curiosamente, ou não, o Benfica não ganhava em Leiria desde que Camacho abandonou o Benfica e só quando o árbitro de Setúbal deixou de apitar o conseguiu fazer. Há coincidências tramadas!
A arbitragem de Paulo Baptista não foi especialmente escandalosa, o mesmo não se pode dizer da postura do fiscal de linha que acompanhou o ataque do Benfica na 1ª parte: uma vergonha que dá azo a interpretações menos abonatórias para a honestidade do dito! Foram assinalados 3 foras-de-jogo nos primeiros minutos da partida, todos eles inexistentes – 2 deles ridículos, com Simão e Miccoli isolados frente a Fernando. Curiosamente, depois da 3ª “asneira”, a SportTV nunca mais deu repetições de lances do género, tendo havido mais 2 assinalados ao ataque do Benfica que deixaram algumas dúvidas… mas que não podemos confirmar.
Quanto ao chefe de equipa, conseguiu amarelar Miccoli e Luisão de forma escusada sendo que o cartão mostrado a Paulo César também não se compreende. Muito bem, no entanto, ao distinguir os dois toques na bola, com a mão, de defesas leirienses. O penalty de Faria é bem assinalado enquanto que não há falta de Marcos António.
Não sei se já viram esta atoarda de Jorge Coroado: “O árbitro assistente, apesar de se tratar de Miccoli, conseguiu vê-lo e assinalar convenientemente.” Para rir?
Ganhar fora, finalmente
Foi com grande surpresa, e uma óptima surpresa, que assistimos a um magnífico espectáculo de futebol, oferecido pelo Benfica em Leiria. Uma performance estupenda com muita dinâmica, elevada concentração, disponibilidade total e, porque não dizer, uma "pontinha" de classe. A realidade mostra um melhoramento evidente da postura da equipa e, se no confronto anterior era difícil fazer um vaticínio real – em virtude do fraco opositor –, vencer em Leiria, e de forma tão categórica, dá um bom “cartão de visita” para a restante época. Façamos votos que seja para manter o nível!
Tudo correu bem e até se pode dizer que “não foram mais porque não calhou!” Esta ida ao Magalhães Pessoa deverá orgulhar qualquer benfiquista, já que é um estádio bastante complicado e de uma equipa que atravessa um bom momento na Liga. É verdade que a União de Leiria – a minha 2ª paixão no Futebol – esteve muitos furos abaixo daquilo que já mostrou em confrontos recentes mas, obviamente, que há muito mérito do Benfica nesse “apagamento" caseiro.
É, ainda, importante destacar a beleza dos golos marcados, principalmente o “palonetto” do genial Fabrizio e o “moínho” de Nuno Gomes – o 100º golo com o “manto sagrado”, no Campeonato! A jogada onde o “pequeno bombardeiro” faz o 0-2 é um hino ao futebol! Foram 4 golos num verdadeiro recital de bola, e Fernando Santos tem bastante mérito na conquista destes 3 pontos. Devemos dar o mérito a quem o merece!
Nas comemorações dos golos – principalmente no 4º, de Simão… um penalty que existiu mesmo, ao contrário de outros nesta jornada escandalosa – foi bem visível o espírito de camaradagem entre titulares e suplentes. Gestos que foram para mim, dos melhores momentos do jogo!
Há duas épocas que não assisto ao vivo ao confronto Leiria-Benfica – estive presente em todos os anteriores – pelo que fui presenteado com mais um patético “espectáculo” do homem do futsal: Rui Pedro Rocha. As pérolas foram muitas, desde a constante e desnecessária referência jocosa à “onda” de lesões do Benfica, passando por “Um ligeiro ascendente do Benfica na partida!” – quando o massacre era evidente –, um “Só com Nuno Gomes sozinho é muito difícil… Miccoli golo!” ou ainda – já com 3-0 – o “Veremos se o Benfica consegue segurar a vantagem!”
Rui Águas ainda tentou serenar o “bicho” mas este já não vai lá. A doença já atingiu o corpo todo, e nem o penalty conseguiu admitir.
Para além dos constantes disparates anti-benfiquistas consegue ser mau profissional quando estão em jogo outros Campeonatos. Será que seria difícil manter-se informado e não atirar atoardas como quando, hoje, deixou “Steven Gerrard foi, surpreendentemente, titular!” quando o inglês foi aposta inicial em todos os 8 jogos internos do Liverpool – substituído apenas uma única vez, em Newcastle aos 84 minutos! O que é que RPR continua a fazer num canal pago?
Uma palavra, também, para o discurso de Domingos no final do jogo. Dignificou Leiria!
Não é verdade que não tenha estado na Conferência de Imprensa, atrasou-se um pouco mas continuou a elogiar a boa prestação do Benfica: “O Benfica conseguiu ser muito melhor e concretizou as oportunidades que teve. A equipa deles fez um grande jogo, talvez o melhor até ao momento, e na altura em que estava para mexer na equipa, sofremos 2 golos seguidos.”.
Hoje regressa a Champions League! Um jogo difícil, num estádio mítico como o Celtic Park, onde não pontuar significa despedir-se da competição. Vencer o Campeão Escocês garante, praticamente, a presença na Taça UEFA… o que já será positivo.
Faço votos que corra tudo bem e que se dignifique a camisola. Desejo que Fernando Santos não se atemorize e que apresente o mesmo 11 que disputou o jogo que esta crónica expõe.
NDR: Já li vários elogios ao equipamento apresentado em Leiria mas confesso que não gosto da mistura entre calções pretos e camisola vermelha. Talvez tenha sido uma questão de superstição, mas os calções vermelhos da época passada têm mais mística benfiquista. O preto não tem nada a ver com este clube e eu, nestas coisas, sou muito tradicionalista!
Ficha de jogo:
6ª Jornada da Liga BWin
Estádio Municipal Dr. Magalhães Pessoa, em Leiria (11.433 espectadores, recorde este ano!)
Árbitro: Paulo Baptista (Portalegre)
UNIÃO LEIRIA: Fernando; Laranjeiro, Marcos António, Valdomiro e Tixier; Paulo Gomes, Harison (Ivanildo, 63 m) e Faria (Alhandra, 77 m); Cadu (Paulo Machado, 46 m), Paulo César e Sougou.
SL BENFICA: Quim; Nélson, Luisão, Ricardo Rocha e Léo; Nuno Assis, Petit, Katsouranis (Beto, 72 m) e Simão Sabrosa (Miguelito, 80 m); Nuno Gomes (Kikin Fonseca, 72 m) e Fabrizio Miccoli.
Disciplina: Amarelos a Miccoli (21 m), Paulo César (23 m), Nuno Assis (45+1 m), Tixier (65 m) e Luisão (84 m).
Golos: 0-1, Miccoli (30 m); 0-2, Miccoli (43 m); 0-3, Nuno Gomes (61 m); 0-4, Simão (66 m, de g.p.).
#adicionado a Crónicas 06/07
terça-feira, outubro 10, 2006
Benfica num deserto de ideias
Eleições: Não me lembro da ultima eleição com uma só lista, mas pelo andar da carruagem vamos ter esse exemplo na próxima. Não é por discordar com LFV (que até discordo em quase tudo) mas sim pela falta de opções validas ou não para poder escolher. Se existiu algo que gostei na atitude do actual presidente foi um compasso de espera na tentativa de alguém formar uma lista e dar o passo da candidatura sem o espectro do antigo presidente (foi como li). Estou bastante triste com este vazio presidencial, mas compreendo que as pessoas com potencial e boa formação não queiram envolver-se no futebol actual onde só se vê gente mal-formada, incompetente, corrupta e sem a mínima vergonha quando confrontadas com actual panorama futebolístico. Assim, teremos que aceitar mais um “reinado” de “hã’s” , de “hádes” e areia para os olhos…muita areia.
Equipa: Com aquisições como Rui Costa e Katsuranis o Benfica melhorou significativamente as opções tácticas. Se o primeiro é um nº10 de valor confirmado (embora em fim de carreira), o segundo é tão rigoroso tacticamente que podemos abandonar o sistema de dois trincos e ter ele ou Petit como substituição. Temos mais uma opção de ataque com “Kikin” Fonseca. Perdemos o Soneca-Geo mas ganhamos Manú e Paulo Jorge. Para quê? Para jogarmos na defesa a mando do Cacto? Com este técnico até poderíamos ter ido buscar o Jardel ao melhor nível que o homem já provou que nem assim ganha um campeonato. A meu ver, a equipa é um oásis neste imenso deserto mas tem de haver um guia, um LÍDER!
#publicado a 23/9/2006 Redrigues (blog)
quinta-feira, outubro 05, 2006
Ol.Moscavide 1 - Benfica 1
Estádio Alfredo Marques Augusto
Árbitro: Pedro Henriques (Lisboa)
OLIVAIS E MOSCAVIDE
Nené: Duarte, Nuno Abreu, Paulo Dias, Laurindo, Paulo Teixeira, Fernando Alexandre, Wesley, Falardo, Hélio Roque e Saleiro.
Suplentes: Márcio, Beke, Tavares, Cleo, Varela, Hugo Évora, Edmar e Luís Dias.
Treinador: Rui Dias.
BENFICA
Moretto; Nélson, Anderson, Alcides, Léo, Beto, Diego, Marco Ferreira, Nuno Assis, Kikin e Miccoli.
Suplentes: Moreira; Miguelito, Paulo Jorge, Miguel Vítor, Kaz Patafta e André Carvalhas.
Jogaram ainda Moreira e Paulo Jorge e o júnior Kaz Patafta.
Treinador: Fernando Santos.
Golos: 1-0 Wesley 40' e 1-1 Paulo Jorge 60'.
quarta-feira, outubro 04, 2006
Incompetência Inqualificável e Intolerável!
#Foto: SerBenfiquista
terça-feira, outubro 03, 2006
A eterna leveza do ser.
Por outra óptica, o bestial também não tem o seu lugar assegurado. Jesualdo Ferreira, que começou o campeonato com 4 vitórias ao Leiria, Estrela da Amadora, Naval e Beira-Mar, esbarra na sua antiga equipa, o Braga. Com isso perde o 1º posto isolado e fica mal na fotografia ao ter dito na conferencia de imprensa de pré-jogo que iria ganhar em Braga. Daqui a duas jornadas o Porto desloca-se a Alvalade e se tiver um resultado negativo a transformação Bestial/Besta pode começar a tomar forma.
Eu falaria do Paulo Bento, mas nele não se encaixa “a eterna leveza do ser”, embora tenha todo o meu respeito como treinador.
O Braga, que ontem fez um jogo que ficará na memória dos seus adeptos, hoje teve mais um dia histórico ao saber o seu grupo na Taça UEFA: Braga, Sevilha (vencedores da ultima edição da Taça UEFA), AZ Alkmaar, Slovan Liberec e Grasshoppers.
domingo, outubro 01, 2006
Crónica 5ª Jornada - "Saiu a fava" a um Aves muito "tenrinho"!
Talvez por isso, penso que foi o adversário ideal para o Benfica defrontar, neste péssimo arranque da temporada. A exigência competitiva do confronto é muito reduzida e há uma óbvia possibilidade de melhoramento dos conhecidos automatismos que têm escasseado.
E reforçar a confiança também é importante!
O Benfica entrou bem na partida, controlando o jogo e criando muito perigo. Não foi uma surpresa quando o marcador foi inaugurado, pelo irrequieto Paulo Jorge. Pelo que tem feito no clube, o ex-Boavista já merecia esta estreia a marcar, em jogos oficiais!
Quim, que tão elogiado tem sido, num remate fácil “borrou completamente a pintura” e deu um enorme “perú”… como nunca tinha feito na sua carreira de profissional – pelo menos desde que está no Benfica! O empate, para além de injusto, intranquilizou bastante a equipa que até ao intervalo não mais se encontrou.
A entrada de Rui Costa ao intervalo terá sido o ponto fulcral da vitória porque, com o Maestro, a “música” é outra. A excelente exibição do 2º tempo foi coroada com 3 golos – 2 deles magníficos –, confirmando a esmagadora superioridade individual e colectiva do Benfica. Simão Sabrosa, com um tento marcado e uma assistência primorosa – criador, ainda, da jogada do 1º golo – é o homem do jogo, mostrando um pouco daquilo que vale. Karagounis, Ricardo Rocha, Luisão e Nélson também brilharam.
Hoje “dou a mão à palmatória” e reconheço as boas opções tomadas por Fernando Santos. Apesar de não retirar nada do que disse em crónicas anteriores – nem rectifico a minha opinião sobre o actual treinador do Benfica e sobre a opção que a Direcção deve tomar – há que reconhecer mérito táctico na armação da equipa e nas alterações efectuadas no decurso do jogo... especialmente na arrojada opção ofensiva resultante da entrada de Rui Costa.
Mas não esquecer o que escrevi na introdução desta crónica e relembrar que “uma andorinha não faz a Primavera”. Hoje o Nandinho está de parabéns – assim como toda a equipa – mas não se deve “embandeirar em arco”!
Uma nota também para o indivíduo de nome Paulo Pereira que parece que tenta ser árbitro de futebol. O amarelo idiota a Rui Costa contrasta com a cegueira à agressão de Anilton a Simão – com a chuteira no peito do capitão. A anulação do golo a Miccoli, tão magnifico quanto limpinho, é um atentado ao futebol.
Muitos erros nesta partida, pede-se mais competência dentro de campo ou, se calhar,… mais incompetência!
O Campeonato vai sofrer uma paragem de duas semanas para confrontos da Selecção Nacional, pelo que – apesar das muitas ausências do plantel, devido a essa mesma Jornada Internacional – o tempo deve ser aproveitado para reforçar o espírito de grupo e a consistência da equipa.
A ida a Leiria será um teste decisivo para este Benfica, falhando será o adeus ao Campeonato! A “batata” ainda está muito “quente” e Fernando Santos não dá confiança nenhuma… a ninguém!
NDR: Apesar da presença frequente do Joaquim (ir)Rita, o Futebol na SportTV é outra coisa, muito distante do resto. Alguém que nos livre da catástrofe que é a presença da TVI no Futebol Nacional. Digam não à TVI, se querem que alguma coisa melhore nas transmissões televisivas da Liga BWin!
Esta semana não há crónica completa, a falta de tempo limita-me bastante e por isso fiz este “amiré” um pouco mais longo do que o costume. Na próxima jornada pretendo dar continuidade ao trabalho que venho a desenvolver no blog, os leitores assíduos que aguardem desenvolvimentos!
Ficha de jogo:
5ª Jornada da Liga BWin
Estádio da Luz, em Lisboa
Árbitro: Paulo Pereira (Viana do Castelo)
SL BENFICA: Quim; Nélson, Luisão, Ricardo Rocha e Miguelito; Katsouranis (Rui Costa, 45 m); Paulo Jorge, Karagounis e Simão Sabrosa (Nuno Assis 74 m); Nuno Gomes e Fabrizio Miccoli (Kikin Fonseca, 83 m).
DESPORTIVO AVES: Rui Faria; Sérgio Carvalho, Sérgio Nunes, William e Anilton Junior; Vítor Manuel (Mércio, 70 m); Xano, Filipe Anunciação, Nené e Hernâni (Jocivalter, 78 m); Dill (Freddy, 53 m).
Disciplina: Amarelos a William (63 m), Mércio (81 m) e Rui Costa (89 m).
Golos: 1-0, Paulo Jorge (19 m); 1-1, Filipe Anunciação (27 m); 2-1, Nuno Gomes (50 m); 3-1, Simão (64 m de g.p.); 4-1, Karagounis (90 m).