Curiosidade e algum receio! Eram estes os meus sentimentos no “estágio” para o jogo. Curiosidade para confirmar, ou não, a boa performance frente ao Aves e sentir, de forma, inequívoca, que a equipa está em crescendo de forma. Mas também, um grande receio na possibilidade em ver de regresso a péssima postura fora de casa… e logo num terreno tão complicado, onde em 7 anos só houve um triunfo!
A paragem, para ver o retorno dos confrontos de Portugal, também não ajudou a dissipar a inquietação como adepto benfiquista.
O confronto Leiria-Benfica nunca teve, para mim, grande sentimento especial porque sou muito prático neste tipo de coisas. Não nego que sou leiriense e que a União de Leiria é o meu 2º clube há muitos anos, mas o meu apoio vai sempre para o Benfica a não ser que os pontos em causa sejam mais importantes para a UDL – situação que tem acontecido poucas vezes nos últimos anos.
A formação de Leiria não tem uma equipa tão forte como a do ano passado nem tem um treinador de tão boa qualidade/experiência como em anos anteriores, e longe vão os tempos dos grandes capitães e das grandes referências leirienses como João Paulo e Bilro – aqui se vê o reflexo da gestão danosa da Direcção de Bartolomeu, na criação de uma mística leiriense. No entanto, confesso que fui dos muitos que não acreditavam numa vitória do Benfica. Pode ser “sacrilégio” mas há bastante incredulidade e desilusão da minha parte, muito pelos resultados mas, obviamente, pelo timoneiro que temos!
Finalmente o 4-4-2 clássico que todos, ou quase todos, queremos
É fulcral destacar as novas mudanças tácticas implementadas por Fernando Santos, que permitiram uma grande fluidez de jogo e um grande desenvolvimento ofensivo… desde o 1º ao último minuto. Sou, sempre, a favor de uma táctica com dois avançados!
O 4-4-2 apresentado é, a meu ver, a melhor forma para o Benfica se exibir. Miccoli e Nuno Gomes fazem uma excelente dupla, com produção efectiva, o que não acontece quando jogam os dois sozinhos na frente! “Soltar” Miccoli, ao invés de o “colar” aos centrais é o que tenho vindo a defender desde que o italiano ingressou no SLB. Parece que Fernando Santos já chegou a essa conclusão!
O regresso de Léo e Petit também é importante para a equipa e nem as ausências de Paulo Jorge e Karagounis – de novo as lesões a aparecerem quando menos se espera – comprometeram a solidez da equipa. Destaco ainda que de Nuno Assis não se poderá esperar uma colocação efectiva como extremo-direito pelo que foi bem visível a sua tendência para flectir para o centro, deixando Nélson completamente só.
Desta “nuance” surgiram muitas dúvidas em relação ao sistema utilizado pela equipa, Nuno Gomes na parte inicial e Miccoli depois dos 30/40 minutos tentaram apoiar o #22 cobrindo o espaço que o ex-Guimarães deixa vago de forma sistemática!
Há, da minha parte, grande curiosidade para ver como o treinador vai resolver o “problema” quando Karagounis, Paulo Jorge e Rui Costa estiverem recuperados. Serão mantidas as duplas atacante e central? Dúvidas positivas, certamente, mas já é tempo de se encontrar um sistema válido e o 4-4-2 clássico – sem o famigerado “losango das bermudas” – parece o mais indicado, tendo em conta as características do plantel!
Um autêntico “rolo compressor”
O Benfica entrou na partida de forma avassaladora, remetendo a União para os últimos 30 metros e criando várias oportunidades de golo. A primeira surgiu de um remate de primeira de Miccoli, numa execução fabulosa no canto direito da área. Fernando segurou muito bem!
Depois de um estoiro de Katsouranis, um pouco à figura do keeper brasileiro, apareceu de novo o #30. A jogada é magistral e iniciada em Simão na esquerda que centra para Nuno Gomes. O #21 simula e deixa a bola passar para o italiano estoirar, para Fernando brilhar!
Pouco depois é Simão que fica cara-a-cara com Fernando mas sem sucesso. Depois de Miccoli marcar um golo invalidado, surge um livre directo para Simão bater. O resultado sai muito mal mas logo tudo se esquece com o 0-1. Nova jogada magistral, com Simão a colocar em Katsouranis, com o grego a assistir Fabrizio para um chapéu de antologia, um 0-1 de grande classe!
Se era expectável o espevitamento da União, nada disso aconteceu! O Benfica continuou a “carregar” e chegou naturalmente ao 0-2 na melhor jogada do encontro. Léo dá seguimento a um passe de Simão e arranca para a linha de fundo, o passe atrasado é para Nuno Gomes que coloca em Miccoli, que estoira de primeira e faz um bonito golo. 0-2!
Tudo tranquilo com o desenrolar do marcador, resultado mais que merecido no fim da 1ª parte!
O 2º tempo foi mais tranquilo, em virtude do resultado garantido. A União entrou melhor, pelo facto de Domingos ter feito entrar Paulo Machado, e o domínio nos primeiros 15 minutos mudou de dono!
A União tentou criar perigo tendo Harison e Sougou criado alguns lances de qualidade. Miccoli quase fez o 3º, em contra-ataque, dando seguimento a um alívio de Ricardo Rocha. Falhou novo chapéu, daquele ângulo era difícil!
À hora de jogo o pendor do jogo mudou e o Benfica assumiu as despesas da partida. Coincidência que pouco depois tenha chegado ao 0-3 num estupendo golo de Nuno Gomes, aproveitando um cruzamento milimétrico após iniciativa de Nélson… iniciada por Simão – esteve em todas!
Com os 3 golos de diferença e com a saída de Harison, para entrar o inconsequente Ivanildo, a União deixou de existir. Nem em contra-ataque conseguiu criar perigo e parece que aceitou o resultado final. Tempo ainda para Simão aumentar a goleada, num penalty indiscutível, e para algumas substituições sem fruto. Katsouranis quase fez o 0-5, de cabeça, mas isso seria um castigo demasiado pesado!
Mi Mi Miccoli
Sou, há muitos anos, um fã inveterado de Fabrizio Miccoli. E é este Miccoli que me habituei a admirar. Rapidíssimo e com uma técnica do mais apurado que há, foi um “quebra-cabeças” para a atarantada defensiva caseira.
Faz, em Leiria, uma das suas melhores exibições desde que abandonou a Fiorentina e ingressou na Luz, talvez só com paralelo naquele Benfica-Lille de boa memória.
Provou, aos mais cépticos, que é um magnífico jogador e que ainda tem muito para dar!
A execução “mágica” no 1º golo está só ao alcance dos predestinados, sendo que já por mais duas vezes tentou fazê-lo nesta época: frente ao Bordéus – grande defesa do keeper; na anterior jornada, com o Aves pela frente – estupidamente invalidado por um fora-de-jogo inexistente, como diz o Antitripa;
Fez ainda mais um golo, de grande beleza colectiva, e nunca deixou de desequilibrar, mantendo a velocidade, determinação e raça que lhe são características até ao fim do jogo. O italiano, em boas condições físicas – como parece que já está – é, para mim, o melhor jogador da Liga. No Magalhães Pessoa foi o melhor em campo!
Não havendo Miccoli, Simão teria sido o melhor jogador da partida. Foi o regresso do capitão aos grandes jogos, dando seguimento a duas excelentes partes de 45 minutos na Selecção. Presente em quase todas as iniciativas atacantes, tentou manter a equipa em constante processo ofensivo, mudando de flanco, desmarcando colegas e até tentando o remate… Fernando negou-lhe o golo! Inicia a jogada do 0-1, do 0-2 e do 0-3, “picando o ponto” na sua especialidade e saindo de campo com a oportunidade de descansar para confrontos ainda por decidir. Os livres ainda estão “perros” mas o grande capitão está de volta!
Aquele que poderia ter sido o jogo do golo 100, acabou por ser mesmo… e bem merecido o foi! Nada mais que um golo fabuloso para assinalar uma grande marca pessoal e carimbar uma vitória! Nuno Gomes fez a melhor exibição desta época e para além do golo ainda tem nos pés a assistência para o 0-2 de Miccoli.
A forma como deixou passar a bola para assistir o italiano – remate “à figura” de Fernando – diz tudo sobre as suas características. Jogando com apoio é um jogador magnifico!
Ricardo Rocha fez, também, a sua melhor exibição da época. Marcado pelo desastre polaco, esteve imperial na defesa e tentou, também, iniciar alguns ataques – é muito melhor neste aspecto que Luisão.
A peculiaridade em ter jogado várias vezes como lateral, dá-lhe uma vantagem superior nas “dobras” a colegas. Foi o seu ponto forte nesta partida!
Anderson que se cuide porque com o colega assim terá poucas hipóteses em regressar!
O regresso de Léo à equipa mostrou aquele Léo de que já tínhamos saudades. Defensivamente imaculado, conseguiu criar vários lances ofensivos que resultaram em jogadas de golo eminente – é responsável pelo 0-2.
Laranjeiro teve inúmeras dificuldades para o parar e foi, por isso, várias vezes dobrado por colegas de equipa… sem sucesso!
Com 31 anos, parece com a velocidade de um júnior!
Dando seguimento aos 2 magníficos golos apontados pela Grécia, Katsouranis mostrou-se novamente em grande plano não deixando dúvidas da sua mais-valia futebolística. Jogando mais avançado que Petit consegue explanar toda a sua categoria na hora de defender, mas também criando e tentando finalizar várias oportunidades de golo.
Depois de estoirar para defesa de Fernando, faz a assistência para o 0-1 e, de cabeça, está perto do 0-5 num estupendo golpe de cabeça. Uma peça-chave deste Benfica!
Luisão tem um histórico de sobressaltos com avançados móveis e rápidos! Paulo César faz parte desse tipo de jogador mas deu pouco trabalho ao gigante brasileiro, talvez pelo facto do “assistente” Harison ter estado apagadíssimo.
Pouco afoito em jogadas ofensivas, esteve seguro defensivamente mas sem grande protagonismo.
A tarefa de Nélson era muito difícil, tendo em conta que defrontaria o melhor jogador da Liga do mês de Setembro: Sougou.
Perdeu lances, ganhou outros e subiu de produção à medida que o senegalês se foi apagando. Esteve quase sempre sozinho no flanco direito, tendo apoio esporádico de Simão, Miccoli e Nuno Gomes. De regresso às assistências com um centro espectacular, para o 0-3.
Não me recordo de uma defesa difícil de Quim. Pouquíssimos remates da União, apenas alguns cruzamentos para resolver e isso fá-lo sempre bem!
Depois de uma “frangalhada” no último jogo, nada melhor que uma noite tranquila para digerir o disparate!
O Petit normal não se viu em Leiria. Bastante apagado e anormalmente secundário na manobra da equipa, passou despercebido na criação de jogo. Dá origem, inclusivamente, à jogada mais perigosa dos da casa, ao errar um passe lateral no centro do terreno! No entanto, correu 70 metros e cortou o mesmo lance da melhor forma.
Defensivamente terá sido a melhor unidade, como é normal, mas espero um pouco mais de um jogador da sua craveira. Sem remates e sem assistências, o protagonismo do grego roubou-lhe espaço!
Nuno Assis terá sido a pior unidade em campo, um pouco surpreendente devido às grandes performances anteriores. Nunca esteve onde deveria estar, e na esquerda – no início da partida – ou na direita flectiu sempre para o meio, deixando espaços comprometedores e ocupando outros que não devia – “congestionado” as posições de colegas de equipa!
Assis ou joga no meio ou não joga, nas alas não dá!
E por fim os suplentes Kikín Fonseca, Beto e Miguelito.
Com o resultado feito, a entrada dos suplentes pouco significou de positivo para o jogo. Já se poupavam os esforços para o próximo embate e assim Kikín terá sido o mais prejudicado. O mexicano continua com a mesma vontade e o mesmo profissionalismo mas continua, surpreendentemente, sem oportunidades para marcar. As bolas, simplesmente, não chegam em condições para que possa finalizar em conta!
Jogou 20 minutos, juntamente com o inenarrável Beto – recuso-me a comentar as suas performances –, mas pouco se viu.
Espero mais do seu futebol mas torna-se difícil entrar no 11 e parece-me um daqueles “jogadores de engate”. Não quero acreditar que se gastem, em três anos consecutivos, 8 milhões de euros em pontas-de-lança e nem à 3ª se consiga encontrar uma solução válida!
Quanto a Miguelito, nem se deu pela sua presença. Tocou um ou duas vezes na bola!
O outro Paulo
Vários anos depois foi peculiar olhar para a equipa de arbitragem e não ver António Costa em Leiria. Foram 3 jogos, em 3 anos consecutivos, que não nos deixam saudades! Curiosamente, ou não, o Benfica não ganhava em Leiria desde que Camacho abandonou o Benfica e só quando o árbitro de Setúbal deixou de apitar o conseguiu fazer. Há coincidências tramadas!
A arbitragem de Paulo Baptista não foi especialmente escandalosa, o mesmo não se pode dizer da postura do fiscal de linha que acompanhou o ataque do Benfica na 1ª parte: uma vergonha que dá azo a interpretações menos abonatórias para a honestidade do dito! Foram assinalados 3 foras-de-jogo nos primeiros minutos da partida, todos eles inexistentes – 2 deles ridículos, com Simão e Miccoli isolados frente a Fernando. Curiosamente, depois da 3ª “asneira”, a SportTV nunca mais deu repetições de lances do género, tendo havido mais 2 assinalados ao ataque do Benfica que deixaram algumas dúvidas… mas que não podemos confirmar.
Quanto ao chefe de equipa, conseguiu amarelar Miccoli e Luisão de forma escusada sendo que o cartão mostrado a Paulo César também não se compreende. Muito bem, no entanto, ao distinguir os dois toques na bola, com a mão, de defesas leirienses. O penalty de Faria é bem assinalado enquanto que não há falta de Marcos António.
Não sei se já viram esta atoarda de Jorge Coroado: “O árbitro assistente, apesar de se tratar de Miccoli, conseguiu vê-lo e assinalar convenientemente.” Para rir?
Ganhar fora, finalmente
Foi com grande surpresa, e uma óptima surpresa, que assistimos a um magnífico espectáculo de futebol, oferecido pelo Benfica em Leiria. Uma performance estupenda com muita dinâmica, elevada concentração, disponibilidade total e, porque não dizer, uma "pontinha" de classe. A realidade mostra um melhoramento evidente da postura da equipa e, se no confronto anterior era difícil fazer um vaticínio real – em virtude do fraco opositor –, vencer em Leiria, e de forma tão categórica, dá um bom “cartão de visita” para a restante época. Façamos votos que seja para manter o nível!
Tudo correu bem e até se pode dizer que “não foram mais porque não calhou!” Esta ida ao Magalhães Pessoa deverá orgulhar qualquer benfiquista, já que é um estádio bastante complicado e de uma equipa que atravessa um bom momento na Liga. É verdade que a União de Leiria – a minha 2ª paixão no Futebol – esteve muitos furos abaixo daquilo que já mostrou em confrontos recentes mas, obviamente, que há muito mérito do Benfica nesse “apagamento" caseiro.
É, ainda, importante destacar a beleza dos golos marcados, principalmente o “palonetto” do genial Fabrizio e o “moínho” de Nuno Gomes – o 100º golo com o “manto sagrado”, no Campeonato! A jogada onde o “pequeno bombardeiro” faz o 0-2 é um hino ao futebol! Foram 4 golos num verdadeiro recital de bola, e Fernando Santos tem bastante mérito na conquista destes 3 pontos. Devemos dar o mérito a quem o merece!
Nas comemorações dos golos – principalmente no 4º, de Simão… um penalty que existiu mesmo, ao contrário de outros nesta jornada escandalosa – foi bem visível o espírito de camaradagem entre titulares e suplentes. Gestos que foram para mim, dos melhores momentos do jogo!
Há duas épocas que não assisto ao vivo ao confronto Leiria-Benfica – estive presente em todos os anteriores – pelo que fui presenteado com mais um patético “espectáculo” do homem do futsal: Rui Pedro Rocha. As pérolas foram muitas, desde a constante e desnecessária referência jocosa à “onda” de lesões do Benfica, passando por “Um ligeiro ascendente do Benfica na partida!” – quando o massacre era evidente –, um “Só com Nuno Gomes sozinho é muito difícil… Miccoli golo!” ou ainda – já com 3-0 – o “Veremos se o Benfica consegue segurar a vantagem!”
Rui Águas ainda tentou serenar o “bicho” mas este já não vai lá. A doença já atingiu o corpo todo, e nem o penalty conseguiu admitir.
Para além dos constantes disparates anti-benfiquistas consegue ser mau profissional quando estão em jogo outros Campeonatos. Será que seria difícil manter-se informado e não atirar atoardas como quando, hoje, deixou “Steven Gerrard foi, surpreendentemente, titular!” quando o inglês foi aposta inicial em todos os 8 jogos internos do Liverpool – substituído apenas uma única vez, em Newcastle aos 84 minutos! O que é que RPR continua a fazer num canal pago?
Uma palavra, também, para o discurso de Domingos no final do jogo. Dignificou Leiria!
Não é verdade que não tenha estado na Conferência de Imprensa, atrasou-se um pouco mas continuou a elogiar a boa prestação do Benfica: “O Benfica conseguiu ser muito melhor e concretizou as oportunidades que teve. A equipa deles fez um grande jogo, talvez o melhor até ao momento, e na altura em que estava para mexer na equipa, sofremos 2 golos seguidos.”.
Hoje regressa a Champions League! Um jogo difícil, num estádio mítico como o Celtic Park, onde não pontuar significa despedir-se da competição. Vencer o Campeão Escocês garante, praticamente, a presença na Taça UEFA… o que já será positivo.
Faço votos que corra tudo bem e que se dignifique a camisola. Desejo que Fernando Santos não se atemorize e que apresente o mesmo 11 que disputou o jogo que esta crónica expõe.
NDR: Já li vários elogios ao equipamento apresentado em Leiria mas confesso que não gosto da mistura entre calções pretos e camisola vermelha. Talvez tenha sido uma questão de superstição, mas os calções vermelhos da época passada têm mais mística benfiquista. O preto não tem nada a ver com este clube e eu, nestas coisas, sou muito tradicionalista!
Ficha de jogo:
6ª Jornada da Liga BWin
Estádio Municipal Dr. Magalhães Pessoa, em Leiria (11.433 espectadores, recorde este ano!)
Árbitro: Paulo Baptista (Portalegre)
UNIÃO LEIRIA: Fernando; Laranjeiro, Marcos António, Valdomiro e Tixier; Paulo Gomes, Harison (Ivanildo, 63 m) e Faria (Alhandra, 77 m); Cadu (Paulo Machado, 46 m), Paulo César e Sougou.
SL BENFICA: Quim; Nélson, Luisão, Ricardo Rocha e Léo; Nuno Assis, Petit, Katsouranis (Beto, 72 m) e Simão Sabrosa (Miguelito, 80 m); Nuno Gomes (Kikin Fonseca, 72 m) e Fabrizio Miccoli.
Disciplina: Amarelos a Miccoli (21 m), Paulo César (23 m), Nuno Assis (45+1 m), Tixier (65 m) e Luisão (84 m).
Golos: 0-1, Miccoli (30 m); 0-2, Miccoli (43 m); 0-3, Nuno Gomes (61 m); 0-4, Simão (66 m, de g.p.).
#Fotos: AFP-Getty Images, Reuters e Desporto-Leiria
#adicionado a Crónicas 06/07