Recordo-me da grande exibição de Quim e do tremendo massacre que o Benfica levou, em Coimbra, na temporada passada. Este ano tal não sucedeu mas, felizmente, a vitória também acabou por aparecer. A justiça da mesma não me parece discutível, apesar de aparecer de forma tardia e na sequência de erros individuais do adversário. O Benfica entrou muito bem no jogo, de forma mandona, e criou várias oportunidades para fazer golo. O problema da finalização ainda persiste, evidentemente. A Académica acabou por marcar um golo de um livre a punir uma falta inexistente e através de um falhanço anedótico, mais um, de Luís Filipe. Recordando Paços de Ferreira, porque é que ninguém fala nisto? Estranho? Claro que não, é a habitual hipocrisia de quem não tem moral para falar de arbitragem. A destacar do jogo em Coimbra está uma das melhores exibições da época, de Rui Costa. Não há palavras para quantificar a classe, e o perfume de futebol, deste senhor. Foi ver... e degustar com muito prazer! Confesso que não me agradou a possibilidade de ser ele a marcar o livre onde faz golo, visto que tem sido ele a fazê-lo noutros jogos e as coisas não têm saído bem. A concretização do tento é prémio justo para quem tem mostrado que “velhos são os trapos”.
Não gostei das opções de banco de hoje, nem de Nuno Assis a titular, nem da insistente aposta naquele #2 "que eu não sei quem é". Mas resultou e, assim, deixo a minha vénia a José Antonio Camacho por reerguer este Benfica, numa real luta pelo título. Apesar disso, a equipa pareceu-me um pouco desorganizada, após a saída por lesão do #25, com Cardozo encostado à linha em regime de precaução de lesões. Incrivelmente, o Benfica tem de ter sempre um avançado massacrado impunemente pelos adversários. Já foi Eusébio, já foi Magnusson, já foi Rui Águas, já foi Mantorras, já foi Sokota, agora é a vez do paraguaio. Impressionante, também, a performance de David Luiz, um autêntico mini Mozer com um futuro muito largo. Tem tudo do seu compatriota, ex-craque da mesma posição: forte no jogo aéreo, grande velocidade, sentido de marcação imperial, duro quando é preciso e um talento enorme para sair a jogar com a bola controlada. Tem, também, algo daquela pontinha de irreverência e dureza excessiva do “irmão” mais velho. E pela primeira vez, um “cantamento“ de Binya resulta em golo… e que golo de Luisão! É preciso haver muito talento e lucidez para conseguir concretizar, de calcanhar, uma bola perdida. Os minutos finais de Adu já se começam a tornar míticos. O americano tem uma espécie de aura inexplicável, bem ao estilo de Mantorras. Saúdo, de forma veemente, o regresso de Petit!
Não gostei das opções de banco de hoje, nem de Nuno Assis a titular, nem da insistente aposta naquele #2 "que eu não sei quem é". Mas resultou e, assim, deixo a minha vénia a José Antonio Camacho por reerguer este Benfica, numa real luta pelo título. Apesar disso, a equipa pareceu-me um pouco desorganizada, após a saída por lesão do #25, com Cardozo encostado à linha em regime de precaução de lesões. Incrivelmente, o Benfica tem de ter sempre um avançado massacrado impunemente pelos adversários. Já foi Eusébio, já foi Magnusson, já foi Rui Águas, já foi Mantorras, já foi Sokota, agora é a vez do paraguaio. Impressionante, também, a performance de David Luiz, um autêntico mini Mozer com um futuro muito largo. Tem tudo do seu compatriota, ex-craque da mesma posição: forte no jogo aéreo, grande velocidade, sentido de marcação imperial, duro quando é preciso e um talento enorme para sair a jogar com a bola controlada. Tem, também, algo daquela pontinha de irreverência e dureza excessiva do “irmão” mais velho. E pela primeira vez, um “cantamento“ de Binya resulta em golo… e que golo de Luisão! É preciso haver muito talento e lucidez para conseguir concretizar, de calcanhar, uma bola perdida. Os minutos finais de Adu já se começam a tornar míticos. O americano tem uma espécie de aura inexplicável, bem ao estilo de Mantorras. Saúdo, de forma veemente, o regresso de Petit!
Mais um penalty que ficou por marcar a favor do Benfica, por entrada dura sobre Nuno Assis. Já vai no 6º em 11 jogos, belo “trabalhinho” de Olegário Benquerença mas que, felizmente, não teve influência no resultado. E lembram-se disto? Vencer nos minutos finais já se torna um hábito deste Benfica de Camacho, e não tem menos sabor por ter uma pequena ajuda de Domingos. Vêm aí dois grandes jogos, com o colosso Milan e o FC Porto, que, na minha opinião, definirão aquilo que o Benfica fará na restante temporada. Não será necessário dizer que só a vitória interessa, mas a verdade desportiva já começa a ser desvirtuada. Nada de novo, não é? Será fundamental encher o Estádio da Luz, sendo que o regresso à titularidade de Petit e Cristián Rodríguez fazem-me acreditar no sucesso. Estou muito curioso para saber quem irá apitar o classico!
NDR: Algo preocupante constatar o tempo que tem demorado a renovar contrato com Léo. "Correr" com as referências, com os que têm mística e experiência, para ir buscar desconhecidos como Miguelito? Qual é o problema de Léo renovar por vários anos e, mais no fim da carreira, tornar-se um bom suplente e “professor” dos jovens? Não foi assim com o Veloso, e outros? Ainda por cima nem sequer há alternativa a Léo, quanto mais sem ele. Incomoda-me esta sede benfiquista de renovação, de esquecimento das glórias, da relativização do trabalho de quem nos representa com afinco e capacidade, de vazio de mística. Irá acontecer o mesmo com Petit, já acontece com Nuno Gomes e, porventura, já se nota um pouquinho com Rui Costa. A mística é para lá estar, nem que seja no banco. Enfim, são os tempos modernos do Benfica!
Podem ver o resumo do jogo, aqui. O vídeo é da bS7.
Ficha do Jogo:
11ª Jornada da Liga BWin
Estádio Cidade de Coimbra, em Coimbra
Árbitro: Olegário Benquerença (AF Leiria)
ACADÉMICA: Ricardo; Nuno Piloto, Litos, Kaká e Pedro Costa; Paulo Sérgio e Pavlovic (Hélder Barbosa, 88 m); Lito, N´Doye e Ivanildo (Miguel Pedro, ao int.); Vouho (Joeano, 59 m).
SL BENFICA: Quim; Luís Filipe, Luisão, David Luiz e Léo; Katsouranis (Petit, 60 m) e Binya; Nuno Assis (Cardozo, 10 m), Rui Costa e DI María; Nuno Gomes (Freddy Adu, 62 m).
Disciplina: Amarelos a Katsouranis (41 m), Vouho (47 m), Luisão (64 m), Paulo Sérgio (75 m), N´Doye (77 m) e Ricardo (80 m).
Golos: 1-0, Lito (24 m); 1-1, Rui Costa (33 m); 1-2, Luisão (85 m); 1-3, Freddy Adu (90+3 m).
11ª Jornada da Liga BWin
Estádio Cidade de Coimbra, em Coimbra
Árbitro: Olegário Benquerença (AF Leiria)
ACADÉMICA: Ricardo; Nuno Piloto, Litos, Kaká e Pedro Costa; Paulo Sérgio e Pavlovic (Hélder Barbosa, 88 m); Lito, N´Doye e Ivanildo (Miguel Pedro, ao int.); Vouho (Joeano, 59 m).
SL BENFICA: Quim; Luís Filipe, Luisão, David Luiz e Léo; Katsouranis (Petit, 60 m) e Binya; Nuno Assis (Cardozo, 10 m), Rui Costa e DI María; Nuno Gomes (Freddy Adu, 62 m).
Disciplina: Amarelos a Katsouranis (41 m), Vouho (47 m), Luisão (64 m), Paulo Sérgio (75 m), N´Doye (77 m) e Ricardo (80 m).
Golos: 1-0, Lito (24 m); 1-1, Rui Costa (33 m); 1-2, Luisão (85 m); 1-3, Freddy Adu (90+3 m).
#Fotos: AFP-Getty Images e Record
#adicionado a Crónicas 07/08
#publicado em simultâneo com o Encarnados