Foi com tristeza e desilusão que acompanhei a 24ª jornada da Liga BWin. Não porque o Benfica ganhou o seu jogo de forma convincente, e isso é sempre bom sinal, mas porque, mesmo com inúmeros erros de gestão interna, se continua a “dobrar” a Verdade Desportiva, o que seria se o Benfica tivesse, de facto, uma grande equipa de futebol? É com jornadas como esta que perguntamos se vale a pena consumir o Futebol Português, nos dias de hoje. Um consumidor é estúpido, se insiste em continuar a ser enganado na aquisição de um produto. É uma pena que não haja um botãozinho de “off”, para desligar esta paixão pelo Desporto-Rei no nosso país. Acreditem que, se conseguisse, não pensava duas vezes. Estou farto de ser enganado, são muitos anos a sofrer com injustiça e impunidade grotescas. Para quê? A única coisa que se ganha com isso são chatices… ou coisas piores. Como é possível ser “tudo normal” quando o Presidente do proclamado Tri-Campeão já tem julgamento marcado, por ter corrompido árbitros? Isto não acontece em nenhum país do Mundo civilizado. Nenhum! Não vos indigna? Eu não consigo compreender como é que o País Desportivo não se revolta em massa contra isto!
Indo concretamente ao jogo frente ao Paços, é preciso dizer que o Benfica fez uma exibição bastante agradável. Há que ter em consideração, como é óbvio, as várias debilidades do Paços de Ferreira, mas a equipa esteve sempre por cima do jogo em todos os dados estatísticos e deu a sensação que só um cataclismo impediria a vitória. Fernando Chalana inovou um pouco e optou por um esquema com apenas um homem no meio-campo defensivo: Petit. Penso que essa é uma boa solução nos jogos em casa, principalmente se isso significar que Nuno Gomes estará colocado ao lado de Óscar Cardozo. O losango foi reeditado, e foi bem visível no posicionamento mais central de Rodríguez e nas várias subidas de Léo e de Nélson, mas pode bem ser uma ilusão tendo em conta o excessivo acanhamento dos pacenses. O que é certo é que o Benfica dominou completamente a primeira parte e adiantou-se no marcador com um fantástico míssil de Cristián Rodríguez. A igualdade ao intervalo, conseguida por Wesley, era um prémio injusto para o Paços de Ferreira, que nada fez em 45 minutos para o justificar.
Indo concretamente ao jogo frente ao Paços, é preciso dizer que o Benfica fez uma exibição bastante agradável. Há que ter em consideração, como é óbvio, as várias debilidades do Paços de Ferreira, mas a equipa esteve sempre por cima do jogo em todos os dados estatísticos e deu a sensação que só um cataclismo impediria a vitória. Fernando Chalana inovou um pouco e optou por um esquema com apenas um homem no meio-campo defensivo: Petit. Penso que essa é uma boa solução nos jogos em casa, principalmente se isso significar que Nuno Gomes estará colocado ao lado de Óscar Cardozo. O losango foi reeditado, e foi bem visível no posicionamento mais central de Rodríguez e nas várias subidas de Léo e de Nélson, mas pode bem ser uma ilusão tendo em conta o excessivo acanhamento dos pacenses. O que é certo é que o Benfica dominou completamente a primeira parte e adiantou-se no marcador com um fantástico míssil de Cristián Rodríguez. A igualdade ao intervalo, conseguida por Wesley, era um prémio injusto para o Paços de Ferreira, que nada fez em 45 minutos para o justificar.
O Benfica sentiu imenso a igualdade no reatamento e teve alguma dificuldade para explanar o seu futebol. O Paços teve as melhores oportunidades para dissolver a igualdade, nos 20 minutos do segundo tempo, mas o próprio Quim acabou por não ter grande trabalho e até nem se deu muito por ele.. A entrada de Di María – e ninguém me convence que não é do banco que o argentino deve vir sempre –, acabou por ser decisiva, já que deu o ritmo que Maxi Pereira nunca conseguiu dar. Quanto a mim nunca o conseguiu, desde que ingressou no Benfica. O 2-1 acabou por acontecer com muita felicidade, com um ressalto à mistura, e o 3-1 de Rui Costa, num livre magnífico, sentenciou o jogo. O bis do Maestro foi a prenda de aniversário merecida, para quem já fez muito por este Benfica 2007/08. Os últimos 20 minutos de jogo foram em tudo semelhantes à primeira parte: um Benfica com velocidade, a jogar simples e eficazmente, com jogadas bonitas, muita entreajuda entre colegas de equipa e com o (pouco) publico a corresponder de forma muito positiva.
Rui Costa, com dois golos e uma excelente exibição, acabou por ser a chave do jogo mas para MVP da partida escolho Cristián Rodríguez. Que o uruguaio é um dos melhores jogadores da Liga, já todos sabemos. Para além do espectacular golo, Rodríguez foi velocidade, técnica e muita raça. É das poucas coisas boas deste Benfica 2007/08, é um prazer vê-lo jogar. Pena que o clube não tenha a lucidez de o manter de encarnado vestido, mas isso já são contas de outro rosário. Léo, Nélson e Katsouranis com exibições de nível muito elevado, também. Principalmente o esplendoroso lateral brasileiro. Petit muito melhor do que tem estado nos últimos tempos, bem mais físico que o esperado. O próprio Edcarlos não esteve tão mal como de costume, mesmo que seja óbvio que não tenha a qualidade necessária para envergar esta camisola. Nuno Gomes pouco se viu e achei Cardozo muito mal fisicamente. Mesmo com um golo, a ida à África do Sul fez-lhe muito mal.
Rui Costa, com dois golos e uma excelente exibição, acabou por ser a chave do jogo mas para MVP da partida escolho Cristián Rodríguez. Que o uruguaio é um dos melhores jogadores da Liga, já todos sabemos. Para além do espectacular golo, Rodríguez foi velocidade, técnica e muita raça. É das poucas coisas boas deste Benfica 2007/08, é um prazer vê-lo jogar. Pena que o clube não tenha a lucidez de o manter de encarnado vestido, mas isso já são contas de outro rosário. Léo, Nélson e Katsouranis com exibições de nível muito elevado, também. Principalmente o esplendoroso lateral brasileiro. Petit muito melhor do que tem estado nos últimos tempos, bem mais físico que o esperado. O próprio Edcarlos não esteve tão mal como de costume, mesmo que seja óbvio que não tenha a qualidade necessária para envergar esta camisola. Nuno Gomes pouco se viu e achei Cardozo muito mal fisicamente. Mesmo com um golo, a ida à África do Sul fez-lhe muito mal.
A nível de arbitragem, Elmano Santos começou muito bem mas estragou tudo a minutos do descanso. A rábula do “penalty, não”… “penalty, sim” estragou o jogo e alterou o resultado de forma injusta. A mão na bola, no lance do centro de Léo, parece-me mais que evidente. Mangualde, apesar de estar perto, tem os braços abertos e corta um lance de possível perigo para a baliza. Pouco tempo depois, Cristiano fica à espera do contacto de Nélson, que até existe de raspão, mas simula a falta na área vergonhosamente. De um possível 2-0, apareceu uma igualdade. Dificilmente se consegue prejudicar mais uma equipa em tão pouco tempo. Felizmente não houve influência no vencedor do jogo, algo que já aconteceu várias vezes ao Benfica nesta temporada.
Faltou um amarelo a Petit, por entrada sobre Wesley, e faltou a SportTV mostrar a repetição de um lance com os protagonistas ao contrário, pouco tempo depois, e em que o #6 do Benfica ficou deitado no chão a queixar-se da falta. Critérios! Há um agarrão de Paulo Sousa a Edcarlos, já dentro da área, mas é daqueles lances complicados na sequência de cantos. Admito perfeitamente que seja difícil marcar, até porque se fosse ao contrário diria precisamente o mesmo. O cartão amarelo a Filipe Anunciação parece-me escusado, mas houve outras situações em que o mereceu e não viu. Excelente trabalho dos auxiliares no capítulo do fora-de-jogo. Aliás, mesmo nos tais lances polémicos nas áreas, a responsabilidade é toda do árbitro principal. Amigo José Mota, desta vez não tem comentários a fazer à arbitragem?
Faltou um amarelo a Petit, por entrada sobre Wesley, e faltou a SportTV mostrar a repetição de um lance com os protagonistas ao contrário, pouco tempo depois, e em que o #6 do Benfica ficou deitado no chão a queixar-se da falta. Critérios! Há um agarrão de Paulo Sousa a Edcarlos, já dentro da área, mas é daqueles lances complicados na sequência de cantos. Admito perfeitamente que seja difícil marcar, até porque se fosse ao contrário diria precisamente o mesmo. O cartão amarelo a Filipe Anunciação parece-me escusado, mas houve outras situações em que o mereceu e não viu. Excelente trabalho dos auxiliares no capítulo do fora-de-jogo. Aliás, mesmo nos tais lances polémicos nas áreas, a responsabilidade é toda do árbitro principal. Amigo José Mota, desta vez não tem comentários a fazer à arbitragem?
NDR: Simplesmente Pedro Pauleta! 4 Finais da Taça – duas da Liga e duas de França –, 4 golos marcados, 4 títulos. Melhor mercador da história do Paris SG, com 106 golos em 201 jogos. Ontem, provavelmente, a sua última conquista como jogador profissional... precisamente a Taça da Liga 2008. É, ainda, o melhor marcador dessa competição, com 6 golos. Molhou a sopa em todos os jogos que realizou… e até levantou a Taça! Fantástico!
A maioria dos adeptos do FC Porto que se deslocaram ao Restelo tem, de certeza, algum problema mental gravíssimo. Então o seu clube ganha o jogo no último minuto com o tal penalty óbvia e normalmente duvidoso, o que possibilita o título na próxima jornada, e só se lembram de cantar loas aos benfiquistas? Não são pessoas normais, não podem ser normais com tal comportamento. A sério, não têm vergonha de ser assim? E, já não contando com o tal penalty, o amigo Lucílio continua a possibilitar a festa, ao perdoar mais uma agressão de Quaresma. Assim é muito mais fácil...
As declarações de Vieira, sobre o título do Benfica não ter sido positivo para o clube, são inqualificáveis. Um autêntico atentado ao Benfica! Uma desconsideração pelo sofrimento e angústia dos benfiquistas durante uma década a seco, e também durante a inesquecível campanha de 2004/05. Palavras de que eu nunca me vou esquecer, porque considero que Vieira faltou ao respeito a toda essa gente, a mim próprio, e ao Sport Lisboa e Benfica.
Os golos do jogo podem ser vistos, aqui. Mais um trabalho do nsalta.
A maioria dos adeptos do FC Porto que se deslocaram ao Restelo tem, de certeza, algum problema mental gravíssimo. Então o seu clube ganha o jogo no último minuto com o tal penalty óbvia e normalmente duvidoso, o que possibilita o título na próxima jornada, e só se lembram de cantar loas aos benfiquistas? Não são pessoas normais, não podem ser normais com tal comportamento. A sério, não têm vergonha de ser assim? E, já não contando com o tal penalty, o amigo Lucílio continua a possibilitar a festa, ao perdoar mais uma agressão de Quaresma. Assim é muito mais fácil...
As declarações de Vieira, sobre o título do Benfica não ter sido positivo para o clube, são inqualificáveis. Um autêntico atentado ao Benfica! Uma desconsideração pelo sofrimento e angústia dos benfiquistas durante uma década a seco, e também durante a inesquecível campanha de 2004/05. Palavras de que eu nunca me vou esquecer, porque considero que Vieira faltou ao respeito a toda essa gente, a mim próprio, e ao Sport Lisboa e Benfica.
Os golos do jogo podem ser vistos, aqui. Mais um trabalho do nsalta.
Ficha do Jogo:
24ª Jornada da Liga BWin
Estádio da Luz, em Lisboa
Árbitro: Elmano Santos (AF Madeira)
SL BENFICA: Quim; Nélson, Edcarlos, Katsouranis e Léo; Petit; Maxi Pereira (Di Maria, 59 m), Rui Costa e Cristián Rodríguez; Nuno Gomes (Mantorras, 79 m) e Óscar Cardozo (Binya, 86 m).
Treinador: Fernando Chalana.
FC PAÇOS FERREIRA: Peçanha; Mangualde, Rovérsio, Kiko e Chico Silva; Filipe Anunciação, Paulo Sousa e Pedrinha; William (Renato Queirós, 81 m), Wesley (Ricardinho, 71 m) e Cristiano (Edson, 61 m).
Treinador: José Mota.
Disciplina: Amarelos a Edcarlos (15 m), William (29 m), Wesley (33 m), Rui Costa (41 m), Nuno Gomes (43 m), Filipe Anunciação (53 m) e Mangualde (63 m).
Golos: 1-0, Cristian Rodriguez (23 m); 1-1, Wesley (42 m, de g. p.); 2-1, Cardozo (68 m); 3-1, Rui Costa (74 m); 4-1, Rui Costa (84 m).
#Fotos: Reuters
#adicionado a Crónicas 07/08
#publicado em simultâneo com o Encarnados