terça-feira, outubro 10, 2006

Benfica num deserto de ideias

Fernando Santos: O actual treinador do Benfica nunca chegou a reunir consenso entre a massa associativa do clube. Uma escolha que ficou aquém das expectativa, quanto a mim. Embora tenha achado uma péssima opção, acabou por imperar o optimismo com que encaro os assuntos do Benfica e a própria vida. A pré-época não foi famosa e o optimismo foi-se quando os jogos a doer ainda não tinham começado. Agora com meia-duzia de jogos a valer - Austria 1-1 Benfica, Benfica 3-0 Austria, Boavista 3-0 Benfica, Copenhaga 0-0, Benfica 1-0 Nacional e Paços de Ferreira 1-1 Benfica – a situação parece-me grave, não só pelos resultados mas acima de tudo pelas fracas exibições, falta de garra e coragem a abordar os jogos. Fernando Santos é um treinador ultrapassado, desalinhado com o futebol recente da equipa, não transmite segurança nem vida para dentro de campo (nem bancadas). Este homem é um autentico cacto pronto para ser plantado nos confins do Sahara.

Eleições: Não me lembro da ultima eleição com uma só lista, mas pelo andar da carruagem vamos ter esse exemplo na próxima. Não é por discordar com LFV (que até discordo em quase tudo) mas sim pela falta de opções validas ou não para poder escolher. Se existiu algo que gostei na atitude do actual presidente foi um compasso de espera na tentativa de alguém formar uma lista e dar o passo da candidatura sem o espectro do antigo presidente (foi como li). Estou bastante triste com este vazio presidencial, mas compreendo que as pessoas com potencial e boa formação não queiram envolver-se no futebol actual onde só se vê gente mal-formada, incompetente, corrupta e sem a mínima vergonha quando confrontadas com actual panorama futebolístico. Assim, teremos que aceitar mais um “reinado” de “hã’s” , de “hádes” e areia para os olhos…muita areia.

Equipa: Com aquisições como Rui Costa e Katsuranis o Benfica melhorou significativamente as opções tácticas. Se o primeiro é um nº10 de valor confirmado (embora em fim de carreira), o segundo é tão rigoroso tacticamente que podemos abandonar o sistema de dois trincos e ter ele ou Petit como substituição. Temos mais uma opção de ataque com “Kikin” Fonseca. Perdemos o Soneca-Geo mas ganhamos Manú e Paulo Jorge. Para quê? Para jogarmos na defesa a mando do Cacto? Com este técnico até poderíamos ter ido buscar o Jardel ao melhor nível que o homem já provou que nem assim ganha um campeonato. A meu ver, a equipa é um oásis neste imenso deserto mas tem de haver um guia, um LÍDER!


#publicado a 23/9/2006
Redrigues (blog)