terça-feira, março 29, 2005

Pressão e um fosso enorme


Não é de hoje que o lider do campeonato, seja ele quem for, sofre pessões enormes por parte dos media. Tudo é válido para escrever duas linhas tornando-se incontornável o aparecimento de verorreias como a que apareceu no jornal A Bola ontem. O texto Manelelé é um exemplo gritante da estupidez gratuíta (on-line) ou quase (jornal fisico). A Bola dando o mote, a espiral de churrilhos afecta até jornais coerentes quando o tema é o Benfica, como é o caso de O Jogo, que hoje faz uma prospecção de quando custa o Manuel Fernandes. Alguém é capaz de dizer que o Manuel Fernandes não custa nada porque de momento não está no mercado? Claro que não, é uma notícia que não vende, não destabiliza nem faz sonhar/aumentar o ego ao jogador do líder da SuperLiga. Agora que tenho possibilidade de falar do tema sem que seja acusado de dor de cotovelo, é demasiado redutor para os outros clubes, ver os diários desportivos a darem 85% de importancia a um clube, remetendo os outros principais candidatos ao título a espaços no jornal que não conseguiram preencher com temas como “a mulher do jogador acha que…” ou “O Simão comprou um Bentley e…”. É mau demais, é reduzir o campeonato mais competitivo de sempre (6 possiveis campeões), é acima de tudo falso e pouco profissional. Mas não é de agora, não é por ser o Benfica. O FCP no ano passado, por mais que o Porto de Mourinho tivesse sido um fenómeno, foi escrito, rescrito e aumentado até se tornar insuportável ouvir falar do Porto (não é dificil..ehehe).
É uma pena, sermos tão pequeninos que só dá para ter um clube projectável de cada vez e que é facil passar de bestial a besta por 6 pontos de vantagem num campeonato com 24 pontos ainda por disputar. É uma pena não haver um controle e chamadas à responsabilidade quando as notícias são falsas e nunca tiveram qualquer fonte, apenas um grupo de “criativos” na redação, sentados nas suas cadeiras e que só vão ao estádio, se for à borla para quem apresente uma carteira de jornalista. Será que merecem a carteira quando o fosso que causam entre o 1º e o 2º classificado é tão grande como o dos jornalistas para os jornalistas desportivos?

Xiça, o campeonato nunca mais recomeça…