Em virtude do excelente momento de forma do adversário, toda a gente previa um confronto extremamente complicado com o Gil Vicente… ahm ahm, perdão, com o Belenenses! Apesar do Belenenses ser um clube que desprezo – que me perdoem os “pastelinhos” que estão a ler estas linhas – consigo reconhecer a sua excelente equipa de futebol, e até têm no comando um treinador de que gosto particularmente e que fez um grande trabalho na “minha” União de Leiria.
No último jogo do ano, antes de quase um mês sem futebol luso, os olhos estavam apontados para descortinar uma reacção deste Benfica intermitente, que se mantém demolidor em casa e sofrível quando sai do conforto da Luz. A minha expectativa recaía, especialmente, no comportamento de Kikín Fonseca… ainda para mais em virtude das recentes notícias que especulam um possível regresso ao México.
A entrada do Benfica na partida, tal como frente ao Vitória, voltou a realizar-se em grande sobressalto. O adversário controlou os acontecimentos e dificultou a acção ofensiva da equipa de forma consistente. Aproveitando a óbvia e irreparável ausência de Petit, o Belenenses criou duas oportunidades claras de golo através de dois estoiros portentosos, que não dão golo por milagre. E a referida ausência do #6 torna-se bem evidente porque Katsouranis não tem perfil de puro trinco e, com a manifesta incapacidade física actual, não consegue ter a mesma influência que demonstra como um dos melhores box-to-box da Liga – mas mesmo inferiorizado fez mais um golaço de cabeça!
Em 45 minutos, o Benfica nunca conseguiu explanar o seu jogo – mérito do adversário mas também muito demérito caseiro – e teve bastante oportunismo na forma como assegurou uma vantagem confortável… muito oportunismo, mesmo! Discordo totalmente dos discursos que colocam ênfase na dicotomia sorte/azar porque, simplesmente, não acredito nesses factores. O Benfica teve as oportunidades e soube concretizá-las, superiorizando-se a um Belenenses perdulário. Parece-me óbvio que ou há categoria para “fazer subir um marcador” ou não há, tão simples quanto isso!
Desta vez, a “Besta Negra”, que agora ocupa a baliza do Belém, não apareceu… claro que não podem haver milagres todos os dias!
No último jogo do ano, antes de quase um mês sem futebol luso, os olhos estavam apontados para descortinar uma reacção deste Benfica intermitente, que se mantém demolidor em casa e sofrível quando sai do conforto da Luz. A minha expectativa recaía, especialmente, no comportamento de Kikín Fonseca… ainda para mais em virtude das recentes notícias que especulam um possível regresso ao México.
A entrada do Benfica na partida, tal como frente ao Vitória, voltou a realizar-se em grande sobressalto. O adversário controlou os acontecimentos e dificultou a acção ofensiva da equipa de forma consistente. Aproveitando a óbvia e irreparável ausência de Petit, o Belenenses criou duas oportunidades claras de golo através de dois estoiros portentosos, que não dão golo por milagre. E a referida ausência do #6 torna-se bem evidente porque Katsouranis não tem perfil de puro trinco e, com a manifesta incapacidade física actual, não consegue ter a mesma influência que demonstra como um dos melhores box-to-box da Liga – mas mesmo inferiorizado fez mais um golaço de cabeça!
Em 45 minutos, o Benfica nunca conseguiu explanar o seu jogo – mérito do adversário mas também muito demérito caseiro – e teve bastante oportunismo na forma como assegurou uma vantagem confortável… muito oportunismo, mesmo! Discordo totalmente dos discursos que colocam ênfase na dicotomia sorte/azar porque, simplesmente, não acredito nesses factores. O Benfica teve as oportunidades e soube concretizá-las, superiorizando-se a um Belenenses perdulário. Parece-me óbvio que ou há categoria para “fazer subir um marcador” ou não há, tão simples quanto isso!
Desta vez, a “Besta Negra”, que agora ocupa a baliza do Belém, não apareceu… claro que não podem haver milagres todos os dias!
Com dois golos de vantagem, e algum descrédito dos visitantes, o Benfica arrancou para uma meia-hora final de grande controlo e fulgor atacante, aumentando o resultado de forma natural… apesar de alguns sobressaltos bem resolvidos por Ricardo Rocha e, principalmente, Quim.
O destaque óbvio vai para o belo golo de Kikín Fonseca, que concretiza de forma sublime uma assistência primorosa de Nuno Gomes. O mexicano não esteve tão bem como no encontro anterior – algo lento e a falhar alguns passes –, mas desta vez conseguiu facturar. O futebol é mesmo assim!
Espero que, agora que parece mais integrado, continue no Benfica e cumpra o seu contrato. Gosto de jogadores esforçados e humildes, o que é o caso do #17!
Como homens do jogo, e para além de Quim que fez uma mão cheia de defesas de nível elevadíssimo – como há muito não víamos –, é obrigatório destacar o capitão Simão que raramente joga mal e continua a criar o pânico, com deambulações pelo lado esquerdo do ataque, e Ricardo Rocha que continua numa solidez defensiva exemplar.
É patente que a exibição global da equipa não foi de grande nível e que o resultado é algo enganador. Apenas a espaços vimos Nuno Assis e Nélson, enquanto que Karagounis se agarrou muito à bola… até tenho ideia que Nuno Gomes não chegou a rematar à baliza.
Luisão e Léo tiveram imensas dificuldades a defender –, perderam e ganharam vários lances de confronto directo – e talvez por isso se tenham visto pouquíssimo em tarefas de construção atacante.
Falta, ainda, um breve destaque sobre a arbitragem. Bruno Paixão é um mau árbitro e, infelizmente, continua a ter oportunidades para apitar jogos na Liga BWin. Há inúmeros erros de julgamento em faltinhas e várias falhas no capítulo disciplinar – parece que se esqueceu dos cartões nos balneários, permitindo o recorrente jogo violento de Sandro Gaúcho, Nivaldo e Gaspar sobre Karagounis, Léo e, principalmente, Simão.
O penalty é claríssimo, apesar de estupidamente cometido, e só alguém de má fé ou com nulo conhecimento das regras pode colocar em causa a sua sanção – parece que Gaspar, apesar de futebolista, é um deles! Há, ainda, dois lances protagonizados por Luisão na área que deixaram algumas dúvidas. No 1º, Luisão agarra Dady mas não existe falta porque o jogo está parado, mais tarde há um “agarrão” sobre José Pedro que deveria ter sido assinalado.
Se é com este tipo de árbitro que, aqueles que acham “que não valia a pena comprar árbitros defrontando o modesto Estrela da Amadora” porque “têm uma grande equipa”, insinuam que há benefícios escandalosos ao Benfica, acho que se devem esforçar um bocadinho mais!
O que falei na crónica anterior sobre Fernando Santos é precisamente aquilo que poderia dizer nesta partida, com a agravante do adversário ser mais forte e passível de causar problemas mais graves. Substituições inúteis e tardias, apatia no banco e má gestão de plantel. Felizmente não houve consequências no resultado, embora possam advir em posteriores embates. Continuo sem paciência para este treinador!
Dei por mim a reparar que o livre cobrado por Karagounis, que dá origem ao 2-0, era indirecto. Portanto, se a bola não bate na barreira e se Costinha não lhe toca, o golo não poderia ser contabilizado… ainda bem que o grego bateu directo, mas atenção que estas coisas não acontecem todos os dias!
Acabou-se a Liga BWin em 2006, com o Benfica a 8 pontos do 1º e 3 do 2º lugar. Ainda há alguma esperança no título, até porque estão para surgir novidades bombásticas no Apito Dourado! A Maria José Morgado não brinca em serviço, meus amigos!
O próximo jogo do clube é apenas em Janeiro e para a Taça de Portugal, seguindo-se um Torneio interessante no Dubai. Se tudo correr bem, cá estarei para elaborar as crónicas, desejando que a consistência se apodere da equipa e que, desta vez, as prendas de Natal não venham em packs de categoria duvidosa.
NDR: Não sei se tiveram oportunidade de ver mas, na SportTV, foi transmitida uma reportagem sobre Pedro Mantorras protagonizada pela sua esposa, num magazine denominado “Futebol de Salto Alto”. Como ainda vai repetir amanhã, podem aproveitar e conhecer mais qualquer coisa sobre o nosso #9. A humildade e generosidade fazem deste angolano – Angola é um país que me diz muito, por razões pessoais – um pouco mais que um tradicional jogador de futebol.
Finalizo o post com o vídeo do Xander que serve de resumo à partida. Um Bom Natal para todos e continuem a aparecer por aqui, e a deixar os vossos comentários.
Podem ver outro excelente resumo aqui. A autora é a bS7.
Ficha de Jogo:
1ª Jornada da Liga BWin
Estádio da Luz, em Lisboa
Árbitro: Bruno Paixão (Setúbal)
SL BENFICA – Quim; Nélson, Luisão, Ricardo Rocha e Léo; Karagounis (Beto, 70 m), Katsouranis, Simão (João Coimbra, 84 m) e Nuno Assis; Kikin Fonseca (Manu, 81 m) e Nuno Gomes.
BELENENSES – Costinha; Gaspar (Roma, 65 m), Rolando, Nivaldo e Rodrigo Alvim; Sandro Gaúcho; Eliseu, José Pedro e Ruben Amorim; Dady (Sousa, 87 m) e Silas (Pinheiro, 88 m).
Disciplina: Amarelos a Gaspar (18 m) e Eliseu (73 m).
Golos: 1-0, Simão (19 m, de g. p.); 2-0, Karagounis (43 m); 3-0, Kikin Fonseca (52 m); 4-0, Katsouranis (79 m).