A Taça de Portugal é uma festa fantástica!
Veio o povo à Luz, carregado com o arroz de tomate, as febras e o toucinho entremeado, o frango assado, o bacalhau cru, a broa e o pão caseiro, não esquecendo, claro, os garrafões com “boa pinga”... alguns deles que em Pombal já iam vazios! Acompanhei pela TV a festa que a malta bairradense fez – a sua maioria com amor repartido pelos dois clubes e que ocupou 16 autocarros –, e posso dizer que acho imensa graça a estas romarias da Taça de Portugal. O Benfica é isto e faz questão de o ser, o Benfica é povo e tenho grande orgulho que assim seja… no final, e depois da festa, acaba por ficar tudo em família e mesmo os derrotados mantêm o brilho nos olhos, revelador da emoção que o futebol dá às nossas vidas!
De certeza que a modesta equipa da pequena localidade de Oliveira do Bairro – por curiosidade, é de onde o “nosso” ex-avançado João Tomás é natural, tendo, inclusivamente, lá jogado antes de se transferir para a Académica – não esperava comodidades e, para os atletas amadores que a constituem, jogar numa Luz magnânime é a oportunidade de uma carreira… para alguns o sonho que sempre tiveram na vida desportiva. É isto que faz a Taça uma competição mágica!
Veio o povo à Luz, carregado com o arroz de tomate, as febras e o toucinho entremeado, o frango assado, o bacalhau cru, a broa e o pão caseiro, não esquecendo, claro, os garrafões com “boa pinga”... alguns deles que em Pombal já iam vazios! Acompanhei pela TV a festa que a malta bairradense fez – a sua maioria com amor repartido pelos dois clubes e que ocupou 16 autocarros –, e posso dizer que acho imensa graça a estas romarias da Taça de Portugal. O Benfica é isto e faz questão de o ser, o Benfica é povo e tenho grande orgulho que assim seja… no final, e depois da festa, acaba por ficar tudo em família e mesmo os derrotados mantêm o brilho nos olhos, revelador da emoção que o futebol dá às nossas vidas!
De certeza que a modesta equipa da pequena localidade de Oliveira do Bairro – por curiosidade, é de onde o “nosso” ex-avançado João Tomás é natural, tendo, inclusivamente, lá jogado antes de se transferir para a Académica – não esperava comodidades e, para os atletas amadores que a constituem, jogar numa Luz magnânime é a oportunidade de uma carreira… para alguns o sonho que sempre tiveram na vida desportiva. É isto que faz a Taça uma competição mágica!
O Benfica, com grande naturalidade, acabou por se superiorizar claramente ao seu corajoso e digno adversário e a equipa nem sequer teve necessidade em puxar dos galões para resolver o jogo. O golo madrugador acabou por facilitar, ainda mais, as coisas e, num único sentido, o avolumar do marcador foi-se concretizando. Sem conseguir descortinar as incidências da partida de forma consistente, os homens do jogo acabam por ser aqueles que fizeram o gosto ao pé… Katsouranis mostra uma veia goleadora fenomenal, enquanto que Nuno Gomes esteve onde era preciso e Kikín continua a reclamar mais confiança nas suas capacidades. É impossível esquecer o regresso daquele por quem tanto temos esperado: Rui Costa, que dá outra classe e alma a esta equipa!
Neste tipo de jogos nem faz muito sentido discutir as opções do treinador ou fazer críticas à prestação menos positiva de um ou outro atleta, a partir do momento em que a camisola é dignificada e os objectivos são cumpridos há pouco a apontar. Com adversários de outro nível a coisa piará mais fininho e, sendo assim, reservo-me para lá. Nota muito positiva para a excelente moldura humana, que, no regresso ao “futebol ensolarado”, deu ainda mais cor à eliminatória, e ainda para as bonitas homenagens a Nuno Assis que os colegas – o grande amigo Simão foi um dos responsáveis pelo gesto – e os Diabos Vermelhos fizeram questão em concretizar. Os benfiquistas estão com o Nuno e vão esperar por ele até o castigo terminar!
É absolutamente surreal assistir a um partida do Benfica com base apenas numa transmissão radiofónica. Foi esse o meu calvário do dia! Conseguir aturar o que Valdemar Duarte e Manuel Pedro Gomes foram disparatando na TSF fez-me reconsiderar porquê, há uns anos atrás, tinha tanto gosto em seguir a bola com o transístor colado aos ouvidos. Desde o constante desdenhar de jogadores benfiquistas que até bisaram na partida, da gozação com o peso e capacidade dos atletas do Oliveira do Bairro – enquanto a diferença esteve em poucos golos eram craques de primeira água –, passando ainda por várias tentativas de relativizar o avolumar do marcador por parte do Benfica e até, pasmem-se, insistindo num chorrilho de disparates sobre a atitude competitiva dos atletas da casa… enfim, deu para tudo e foi um vale tudo!
Ao contrário de outros protagonistas de outros confrontos desta competição em anos recentes, a humildade de jogadores e treinador do Oliveira do Bairro são um exemplo a seguir por todos aqueles que fazem ou querem fazer parte deste Desporto. Desejo, sinceramente, que tenham muito sucesso nos próximos confrontos da 2ª Divisão e que continuem a dignificar a magnífica zona da Bairrada.
Venha a próxima eliminatória e faço votos que seja, novamente, uma partida em casa… e que dê para nova romaria!
Ao contrário de outros protagonistas de outros confrontos desta competição em anos recentes, a humildade de jogadores e treinador do Oliveira do Bairro são um exemplo a seguir por todos aqueles que fazem ou querem fazer parte deste Desporto. Desejo, sinceramente, que tenham muito sucesso nos próximos confrontos da 2ª Divisão e que continuem a dignificar a magnífica zona da Bairrada.
Venha a próxima eliminatória e faço votos que seja, novamente, uma partida em casa… e que dê para nova romaria!
NDR: Como esta caixa de comentários está extremamente rica em prosas imperdíveis, faço o devido destaque, elevando a um expoente máximo - e que me perdoem os outros valorosos participantes - as participações do Johnny Rook nas questões “Nuno Assis” e “Como se constrói um Império Futebolístico”. Vale a pena ler!
Ficha de Jogo:
4ª Eliminatória da Taça de Portugal
Estádio da Luz, em Lisboa
Árbitro: Nuno Almeida (Algarve)
SL BENFICA – Quim; Nélson, Anderson, Ricardo Rocha e Léo; Katsouranis (Rui Costa, 46 m), Petit, Simão (Manú, 63 m) e Karagounis; Nuno Gomes (Mantorras, 70 m) e Kikin Fonseca.
OLIVEIRA DO BAIRRO – Mário Júlio; Paulo Costa (Gabriel, 63 m), José Carlos, Paulinho e Hugo Justiça; Jean (Alexis, 45 m), Tó Miguel, Carlos Miguel e Dani; Luís Barreto e Leandro.
Disciplina: Nada a Assinalar.
Golos: 1-0, Katsouranis (5 m); 2-0, Nuno Gomes (40 m); 3-0, Nuno Gomes (42 m); 4-0, Kikin (54 m); 5-0, Kikin (61 m).
#Fotos: SerBenfiquista
#adicionado a Crónicas 06/07
#publicado em simultâneo com o Encarnados