Como esperado, o jogo fica marcado por uma escandalosa arbitragem, que sonegou um penalty ao Marítimo – por uma mão evidente de Petit à Ricardo Costa –, e perdoou uma expulsão por vermelho directo a David Luiz – agarrão a um adversário, que seguia isolado à entrada da área. E se tal não era suficiente, o acusado Paulo Baptista, ainda assinalou um penalty inexistente a favor do Benfica, num lance onde o defesa do Marítimo só joga a bola. Houve outros erros, para ambos os lados, mas estes foram os lances de maior gravidade, que marcam o rumo da partida.
O que mais me enoja, para além de odiar visceralmente vencer jogos desta forma vergonhosa, é este tipo de situações se tornarem comuns quando o Benfica já nada tem em disputa. A "táctica" já tem muitos anos e pretende dar a sensação, aos parolos e mal intencionados, que o Benfica é claramente beneficiado pelas arbitragens, quando conhecemos quem, realmente, compra árbitros – os processos judiciais em Tribunal são a prova que o confirma. A actuação deste árbitro vai servir para semanas de ataques, e vai fazer com que as vergonhas que deram pontos importantes, e o título de 2006/07 entre tantos outros, sejam esquecidas. O seu propósito era mesmo esse, porque é impossível um escândalo destas dimensões não ser propositado!
Mediante a anedótica prestação do Marítimo, a probabilidade do Benfica vencer o jogo até seria grande. A forma como aconteceu não pode, de alguma forma, deixar contente qualquer adepto do Benfica. Confesso que nem com os golos consegui esboçar qualquer atitude de felicidade, a indignação foi o sentimento mais presente. É por estas coisas que cada vez mais coloco em causa esta paixão por um futebol apodrecido. Como já tinha dito na última crónica, seria preferível a época ter terminado na semana passada, para não dar oportunidade a estas manobras miseráveis. Até porque é no 3º lugar que o Benfica vai terminar, isso parece-me mais que óbvio que vai acontecer.
Seguindo o raciocínio dos parágrafos acima, não quero acrescentar muito mais a uma crónica que vai ficar mais curta do que aquelas que já vos habituei. Este é um jogo que é para esquecer rapidamente, pelo que como notas positivas só quero destacar a imensa classe de Rui Costa, a maravilhosa mobilidade de Fabrizio Miccoli em frente à baliza – mesmo fazendo um grande jogo começa a dar a sensação de despedida, a ausência de festejos nos golos tornou óbvia essa sensação –, e a suprema canalhice de Fernando Santos, ao colocar em campo Manú… aos 94 minutos de jogo! Isso não se faz a ninguém, principalmente com a vitória já garantida. Depois admiram-se que surjam problemas no balneário!
NDR: Fomos todos tomados de surpresa com a notícia do estado de saúde de Eusébio, pelo que estamos todos a torcer pelo seu regresso em plena forma. O Benfica precisa muito do Eusébio, os benfiquistas e Portugal idem. Apanhei um grande choque, ainda bem que tudo parece encaminhar-se de forma favorável. Força, King!
Quero ainda falar sobre mais uma indigna arbitragem do Nacional de Hóquei, no 1º jogo da Final entre Benfica e FC Porto. Gosto do referido desporto, confesso que cada vez menos, mas qual a reacção a ter quando se sabe que um dos árbitros é afilhado do Director de Hóquei do FC Porto? E como reagir se no mesmo jogo se inventam dois azuis para jogadores do Benfica, se assinalam dois penaltys inexistentes a favor do FC Porto e se condiciona o guarda-redes do Benfica com um cartão amarelo antes do penalty decisivo? Vale a pena seguir um Desporto desta forma, mesmo sabendo que honestidade é algo que não existe? E como é possível o “jornalista” Hugo Gilberto continuar a vomitar o amor pelo seu clube, sendo pago pelos contribuintes para demonstrar um mínimo de isenção? Não há vergonha na cara desta gente?
Podem ver o resumo do jogo aqui. O excelente vídeo é da bS7.
Ficha de Jogo:
26ª Jornada da Liga BWin
Estádio dos Barreiros, no Funchal
Árbitro: Paulo Baptista (Portalegre)
MARÍTIMO – Marcos; José Gomes (Filipe Oliveira, 68 m), Milton do Ó, Gregory e Evaldo; Wénio (Luís Olim, ao int.) e Olberdam; Douglas, Marcinho e Lipatin; Mbesuma (Kanu, 68 m).
SL BENFICA – Quim; Nélson, Anderson, David Luiz e Léo; Katsouranis, Petit, Rui Costa e Karagounis (João Coimbra, 86 m); Fabrizio Miccoli (Manú, 90+4 m) e Nuno Gomes (Derlei, 72 m).
Disciplina: Amarelos a Wénio (12 m), Anderson (13 m), Evaldo (28 m), Mbesuma (67 m) e Kanu (81 m).
Golos: 0-1, Miccoli (55 m); 0-2, Miccoli (79 m); 0-3, Katsouranis (90+6 m de g.p.).
#Fotos: Reuters