sexta-feira, setembro 29, 2006

Crónica Fase Grupos Liga Campeões - Um Treinador miserável, um Medo contagiante... a Derrota esperada!

As coisas vão muito mal no “Reino da Águia” mas a toalha ainda não está no chão! O descrédito na equipa e no treinador são já quase extensivos a toda a família benfiquista e o que demorou tanto tempo a construir – nestes últimos anos – parece que está, irremediavelmente, extinto. Falo, obviamente, da “onda” aglutinadora de adeptos e do ciclo constante de vitórias!

No entanto, a expectativa manteve-se e, como na Luz as coisas nem têm corrido muito mal – apesar dos adversários terem sido risíveis, com todo o respeito pelo Nacional e pelo Áustria Wien –, a “sede” de vitória manteve-se na boca da maioria dos benfiquistas…

“Do lado de lá da barricada”, vemos uma equipa muito forte com uma frente de ataque demolidora mas com várias limitações técnicas na defesa. É precisamente a defesa do Manchester que é o seu sector mais fraco, com um destaque indiscutível apenas para Gabriel Heinze. Os ingleses vinham de um empate com o recém-promovido Reading, e tendo alguns jogadores importantes lesionados – Giggs e Park –, com um bom Benfica, seria possível derrotar uma equipa que não vence fora de casa, na Europa, há 3 anos!



O Medo comanda…

Quando se esperava uma equipa ofensiva, com Miccoli a fazer uma espectacular frente de ataque, Fernando Santos dá nova prova do seu famoso “encolhimento na hora H”, e que já ultrapassou todos os limites da paciência. Mas até aí “o gato não vai às filhós”, já que Paulo Jorge seria o sacrificado mais óbvio e o #15 tem feito exibições de grande qualidade.
O grande problema foi voltar a jogar com 2 trincos – reentrando Petit para o lugar de Nuno Assis –, alterando o sistema de jogo utilizado nos últimos 2 jogos. Isso acho imperdoável!


Não ter pedalada e até cair da bicicleta

Já se esperavam longos e estridentes assobios para Cristiano Ronaldo – pessoalmente estou contra a individualização dos assobios, em qualquer situação – mas foi o Manchester que entrou muito melhor no jogo, dominando e arrasando no primeiro quarto-de-hora. Cristiano Ronaldo teve o golo nos pés, num espectacular remate de longe, mas Quim conseguiu resolver com grande dificuldade.

As entradas duras dos 2 centro-campistas centrais do Manchester resultaram em admoestações e talvez por isso se tenha assistido à redução do ímpeto dos visitantes – a aposta foi uma clara táctica “retranquista”. O Benfica aproveitou a redução do fulgor inglês e passou a dominar o jogo totalmente, embora nunca tenha conseguido entrar na área e criar perigo.

O único lance perigoso surgiu de uma perda de bola de Vidic para Paulo Jorge, que assiste Nuno Gomes. O avançado do Benfica galga alguns metros e remata, sempre de fora da área (!), para uma boa defesa do keeper do United.
O intervalo chega com pouco futebol, poucas oportunidades e muita sonolência!


O Manchester na 2ª parte quis ganhar a partida e encostou o Benfica completamente, muito também pelo estoiro físico da maioria dos atletas – Petit e Simão, principalmente! Foi lá à frente, criou perigo, e marcou! A repararmos bem, mas mesmo bem, o Quim fez muitas e muito mais complicadas defesas que o holandês do Manchester. Quando o keeper é um dos melhores em campo está quase tudo dito em relação ao cariz do jogo.

Apanhando-se a vencer, os ingleses controlaram os acontecimentos e esperaram o fim do tempo regulamentar – com tempo ainda para fazer Quim brilhar. Nada mais fácil!
Digo e repito: sem rematar à baliza não se pode jogar bem – infelizmente nem todos pensam assim e já há quase um decreto-lei sobre a “fabulosa exibição do Benfica na 1ª parte”. Futebol é marcar golos e não jogar para o lado e para trás. Isso é para as “equipazitas” que não se importam de empatar.

Estou totalmente em desacordo com a amostragem de lenços brancos quando o jogo ainda está a decorrer. Guardem as manifestações de desagrado para o fim do jogo, com lenços brancos ou com assobios, porque esse tipo de situações intranquiliza gravemente a equipa, toda a gente o sabe, prejudicando a prestação dos jogadores e colocando resultados em causa! É lamentável que haja pessoas com esse tipo de atitude!


Viram-se gregos para os parar

Karagounis foi o jogador do Benfica que mais tentou levar a bola para a frente, fazendo subir a equipa e procurando colocar bolas nos colegas desmarcados. Apareceu na direita, na esquerda, no meio e até surgiu como apoio a Nuno Gomes. Tentou rematar mas continua a pecar nesse capítulo!
A sua substituição é polémica mas compreendo que a opção tenha recaído em Nuno Assis… mas nunca para encostar o português à direita. Com a saída do grego – e sem um jogador que o substituísse realmente – mais ninguém ocupou o seu espaço e perdeu-se fluidez no meio-campo. O atabalhoamento era completo!
Enquanto esteve em campo, Zorba foi o melhor elemento encarnado!

Katsouranis está num crescendo de forma brutal e, com a subida no terreno desde há 2 jogos, tem apostado bem nos remates à baliza.
Defensivamente teve uma ou outra falha – parece um pouco displicente de tempos a tempos – mas na globalidade o saldo é muito positivo.
Aquele “míssil” que deu golo – infelizmente com o jogo parado – faria cair a Luz, “ainda bem” que não entrou porque o Benfica teria de procurar novo Estádio.

Concordo com a maioria que diz que o meio-campo do Benfica deve ser formado por um só trinco. Por outro lado discordo que seja Petit o sacrificado e Katsouranis o titular – apesar de achar que o grego tem estado muito bem.
Armando Petit contra o Manchester fez uma grande exibição, cotando-se como um dos melhores em campo. Excepcional a defender – foi magnifica a forma como cortou as bolas a Carrick e principalmente a Scholes – e apesar de, desta e talvez pela primeira vez, ter jogado mais recuado que Katsouranis fez uma circulação de bola exímia. Infelizmente os seus primorosos passes em abertura saíram falhados, muito devido à falta de movimentação dos extremos – talvez tenha estado aí o segredo da má prestação ofensiva.
Rebentou por volta da hora de jogo, mas o banco fica muito longe e não deve dar para ver!



O que dizer mais de Quim?! É um dos atletas em melhor forma do Benfica e dá demonstrações de categoria em cada jogo. Grandes defesas a remates de longe de Ronaldo e Carrick, mas o momento de brilhantismo está todo naquela série de 3 defesas consecutivas – duas delas espantosas – que evita o 0-2. Esse lance é digno de figurar naqueles vídeos que se encontram no YouTube, de compilações de defesas milagrosas.
No golo, ao contrário do que já li, não tem qualquer hipótese.

Grande exibição de Luisão! Nos grandes jogos, o “gigante” internacional brasileiro tem tido prestações regulares ao longo da sua carreira na Luz, e frente ao Manchester manteve-se a tradição.
Imperial no jogo aéreo – como de costume –, foi o grande impulsionador da equipa, apesar de odiar aquelas “bombas” que faz para a frente… de forma cada vez mais constante!

Léo fez um jogo razoável mas a análise à sua prestação tem, sempre, de ter em conta o magnifico adversário que lhe surgiu pela frente. Cristiano Ronaldo fez uma boa exibição mas teve de recuar para o meio-campo, e flectir para o meio, para poder ter a bola nos pés. Léo não lhe deu espaço e ainda conseguiu subir para apoiar o ataque.
À medida que o jogo foi decorrendo foram visíveis as dificuldades físicas. Já lhe vimos muito melhor mas parece-me em crescendo de forma!



Mais uma vez, Anderson está directamente ligado a um golo sofrido pelo Benfica. Já não consigo entender como é titular, visto que está num péssimo momento de forma… e também muito mal psicologicamente. A sua insegurança transforma-se num vírus congénito que alastra a toda a defesa, pelo que um treinador inteligente teria resguardado o seu atleta e colocado outro no seu lugar. Mas Fernando Santos mantém tudo na mesma!
A sua substituição por Mantorras é surreal!

Simão ainda não está bem e contribui, tal como o seu colega do flanco oposto, para o adormecimento total do jogo pelos flancos. Gary Neville – o seu marcador directo – não é nada de especial e um Simão em grande teria “destruído” o capitão do Manchester.
Tal não foi assim e o #20 terá passado ao lado do jogo pela 2ª partida consecutiva.
Outra nota a evidenciar é o seu paupérrimo estado físico, já que é nula a sua capacidade de sprint, o 1-para-1 não sai bem, e os remates têm saído desastrados. Urge recuperar Simão!



E agora, talvez os que tenham estado pior.

A titularidade de Alcides continua um mistério e só um Nélson de muletas pode perder o lugar para o brasileiro. Alcides esteve muito, mas muito mal neste jogo… valeu que foram raros os ataques do United pelo seu lado. O facto de Rooney “ter ficado em Inglaterra” também ajudou. Ofensivamente foi zero, como de costume!

Paulo Jorge esteve claramente desinspirado mas foi, mesmo assim, muito importante nas tarefas defensivas em ajuda ao atarantado Alcides. As jogadas pela sua ala foram quase sempre inconsequentes – cruzamentos nenhum e jogadas individuais muito poucas, quase tudo para trás –, devido também à grande exibição do argentino Heinze.
O esforço e a dedicação que impregna nas suas prestações não foram suficientes para sair deste jogo com nota positiva, no entanto, acredito nas suas capacidades.

Não compreendo como continuam a insistir em Nuno Gomes como “aríete” de um ataque e continuamente sozinho, emparedado e sem qualquer apoio.
Desta forma a bola não lhe chega aos pés – as bolas bombeadas para a cabeça também não entendo – e há tremendas dificuldades para rematar à baliza. Ainda assim é o responsável pela melhor oportunidade de golo, para o Benfica, em todo o jogo: o remate saiu para Van der Sar ceder canto.



E por fim os suplentes Nuno Assis, Miccoli e Mantorras.

Quando se mete um médio-atacante a extremo-direito dever-se-ia saber que daí virão poucos proveitos. Nuno Assis foi uma sombra do que já mostrou nesta época, com constantes flexões para o meio do terreno sem qualquer progressão e/ou nexo. Perdeu várias bolas nesta situação, criando um gigante vazio no sector direito do Benfica… onde ficava sozinho o lateral A(i)lcides!

Continua a insistência em colocar Miccoli em cunha com os centrais do adversário, posição onde o italiano nunca jogou, na Série A. Uma opção que não tem qualquer cabimento e que lhe continua a destruir o futebol!
Mantorras esteve 10 minutos em campo e não apareceu… outra opção errada!

O belga que segurou as rédeas

Já há algum tempo que não se via uma arbitragem tão positiva num jogo do Benfica.
Frank de Bleeckere manteve-se sempre em cima dos lances e terá ajuizado bem na esmagadora maioria. Mas mais importante que isso, não olhou à cor das camisolas para decidir – situação que, como sabemos, não acontece na Liga BWin – e contribuiu para manter a disputa o mais leal possível.


Até quando?

Mais uma vez Fernando Santos demonstrou ser uma vergonha de treinador nas alterações à equipa, durante o jogo! Só o fez estando a perder e de forma idiota, colocando os jogadores certos mas em posições onde não rendem de forma substancial. Pergunto-me se há indicações nos treinos para a forma como a equipa ataca, o jogo ofensivo continua de um confrangimento atroz, sem espaços criados, sem cruzamentos e desmarcações bem conseguidas, para além da “fidalguia” na hora do remate. Futebol sem balizas? Empatar para não perder?

Custa-me estar sempre a dizer as mesmas coisas mas, ao ver sempre os mesmos erros das mesmas pessoas, parece-me tudo tão óbvio que é impossível ficar calado.
Mais alguém sentiu que Kikín Fonseca teria sido fundamental nos últimos minutos onde as bolas bombeadas imperaram? Será que foi mais importante ter Beto no banco e/ou colocar Mantorras contra defesas poderosíssimos fisicamente? Será que o medo é tanto que o discernimento não aparece?! Estamos todos fartos desta inércia e destes constantes “tiros no pé”!

Nem quero comentar muito o discurso trivial de Fernando Santos – no fim do jogo –, lotado de banalidades e de enervantes “lugares-comuns”, mesmo a roçar a displicência! Só vai na sua lenga-lenga quem quer. Eu nunca fui, não vou, nem quero ir! Mas o desastre ainda é recuperável: agir, agir, agir… exijo medidas, rapidamente!
O Benfica não é isto, esta passividade, um “deixa-andar”, este “caminhar para o abismo”… um comportamento colectivo que não se vê há muitos anos! Não há volta a dar, não há competência suficiente para mudar o rumo dos acontecimentos e fazer o Benfica renascer. Até quando se vai manter tudo na mesma?



O próximo jogo é novamente na Luz e frente a um modestíssimo Desportivo das Aves. Caso não se conquistem os 3 pontos, de forma convincente, não há a mínima hipótese de tolerar a continuidade de Fernando Santos ao comando da equipa… e muitos desligar-se-ão do Futebol Benfiquista!
Que Luís Filipe Vieira tenha muito cuidado porque com o aproximar das eleições, e mantendo-se esta catástrofe que dá pelo nome de Nandinho, poderá apanhar um grande susto em Outubro.

NDR: Verdadeiramente lamentável a crónica do jogo no site oficial do Manchester. Já começam a enojar as constantes lamúrias de muitos ingleses acerca do comportamento dos jogadores portugueses – quer a nível de clubes e principalmente Selecções. Tenho reparado que tal situação ocorre com maior frequência em ingleses que são adeptos do Manchester United. É por isso que não gosto nem nunca gostei desse clube, saibam aprender com o fair-play dos magníficos “habitantes” de Anfield Road.



Ficha de Jogo:

2ª Jornada da Fase de Grupos da Liga dos Campeões

Estádio da Luz, em Lisboa

Árbitro: Frank de Bleeckere (Bélgica)

SL BENFICA: Quim; Alcides, Luisão, Anderson (Mantorras, 82 m) e Léo; Katsouranis e Petit; Paulo Jorge (Miccoli, 65 m), Karagounis (Nuno Assis, 62 m) e Simão; Nuno Gomes.

MANCHESTER UNITED: Van der Sar; Gary Neville, Rio Ferdinand, Vidic e Gabriel Heinze; Michael Carrick; Cristiano Ronaldo, Paul Scholes e John O´Shea; Wayne Rooney (Darren Fletcher, 85m) e Louis Saha (Alan Smith, 85 m).

Disciplina: Amarelos a Carrick (7 m), Scholes (10 m), Katsouranis (25 m), Heinze (66 m) e Petit (86 m).

Golos: 0-1, Saha (60 m).


#Fotos: AFP-Getty Images e SerBenfiquista

#adicionado a
Crónicas 06/07

#publicado em simultâneo com o
Encarnados

E PORQUE NEM TUDO SÃO MÁS NOTÍCIAS...

Marca de excelência. O Benfica está desde ontem integrado num restrito lote de marcas nacionais a que foi prestado um tributo de excelência. É o primeiro clube português a obter este reconhecimento – a nível europeu, Real Madrid, Juventus e Inter de Milão já obtiveram igual distinção. A Superbrands Portugal, uma entidade independente que tem como objectivo promover o reconhecimento das marcas excepcionais em vertentes como domínio de mercado, aceitação, longevidade, fidelização e goodwill (empatia), elegeu este ano, pela primeira vez, um clube de futebol como preenchendo todos os requisitos.

Estiveram quatro clubes em análise [e a gente a perguntar: quem seriam os outros? :)) ], mas apenas o Benfica mereceu a distinção de marca de excelência, juntando assim o seu nome a um grupo de mais 33 marcas de top a nível nacional, todas reconhecidas pela opinião pública como sendo nomes de grande credibilidade, como por exemplo a Galp, Bom Petisco, a Brisa, Millenium BCP, Optimus, Vodafone, PT, entre outras .

In Noticias da Hora A Bola 29/09/06




Talvez assim compreendam a não necessidade do Benfica vender jogadores para prestar contas à banca. Haverá melhor exemplo onde aplicar o adágio:
Quem cabritos vende e cabras não tem, de algum lado lhe vem! ?

quarta-feira, setembro 27, 2006

Como conseguem?

Eu pergunto a mim mesmo como é possivel haver benfiquistas que ainda tem paciencia para o nosso pseudotreinador e pedem para termos paciencia.
Feitos do Nandinho à frente do Benfica:
-4 derrotas em que sofremos 3 golos (Sion, Esporting, AEK e Boavista) e mais 2 derrotas por 1-0;
-Nenhuma vitória fora;
-Ir jogar à defesa na Dinamarca com o ponto alto o Fonseca a entrar aos 89 minutos;
-O discurso de não se passa nada demais, esta tudo sob controlo;
-Criticar Leo por bater palmas ao arbitro e não dizer nada do encostar da cabeça do Petit;
-Ver a equipa em 3 jogos ter tantos cartões vermelhos como a epoca passada;
-A capacidade de desmotivar equipa e adeptos.

Este senhor que se diz benfiquista se gostasse tanto do Benfica teria posto o lugar à disposição depois da derrota no Bessa. É preciso perdemos com uma equipa da 3 divisão para vermos outra vez o Vieira a despedir um treinador? Ó Vieira abre os olhos!!! A maioria dos benfiquista não acredita neste Benfica, nesta equipa... É esta a realidade que temos.

segunda-feira, setembro 25, 2006

Crónica 4ª Jornada - Nandinho, Lucílio e... uma mão cheia de equívocos!


A vitória frente ao Nacional apaziguou um pouco o vendaval de indignação e de desilusão da massa benfiquista, mas os mais atentos não ficaram convencidos com a prestação da equipa. A falta de coesão e de tranquilidade têm sido responsáveis por péssimos resultados fora de casa e a deslocação à “Capital do Móvel” tem sempre um elevado grau de dificuldade – relembrar as derrotas de Benfica e Sporting na temporada passada, por 3 golos.

Foi uma semana de grandes protestos em virtude da “mãozinha marota” que toda a gente sabe mas a grande curiosidade a retirar desta partida frente o Benfica, seria ver como iria reagir o Paços a todo o alarido feito na Comunicação Social. Se entraria com mais força para provar que a vitória em Alvalade não foi fruto do acaso, ou se acusaria o desgaste – emocional e físico. A equipa não é nada de especial em termos técnicos mas a fama de José Mota no que diz respeito à perfeição táctica já é reconhecida há bastante tempo.

E o terreno de jogo, não conta?

Petit e Nuno Gomes permaneciam a cumprir castigo, Rui Costa e Ricardo Rocha mantinham-se indisponíveis devido a problemas físicos, mas Manú regressava aos eleitos… ficando no banco.
A única mudança no 11, em relação ao último jogo, consistiu na colocação de Kikín Fonseca no banco sendo substituído pelo italiano Fabrizio Miccoli. Fernando Santos manteve o mesmo sistema de jogo – o 4-3-3 já visto frente o Nacional – embora o jogo de cabeça de Kikín faça muita falta!


Quem não “mata”, agora compromete mesmo

Muito frio, muita chuva e uma entrada em campo “enregelada” do Paços. O Benfica entrou a controlar e a dominar o jogo – como é a sua obrigação –, no entanto os primeiros minutos viram muito poucas oportunidades de golo. O primeiro lance “com cabeça, tronco e membros” surgiu ao “queimar” o quarto-de-hora e nos pés de Simão: o remate do capitão, já dentro da área e depois de uma finta “à Simão”, foi bem blocado por Peçanha. O Paços respondeu num fabuloso remate, de longe, de Elias ao qual Quim respondeu com a defesa da noite!

No minuto seguinte o Benfica marca! Bola na esquerda, nos pés de Léo, que ao fintar um adversário coloca em Paulo Jorge. O ex-boavisteiro leva a bola ao limite da linha de fundo e centra atrasado para a entrada da área, onde aparece Katsouranis que, vindo de trás, cabeceia para o fundo das malhas. Um belo golo!
Os restantes 20 minutos da 1ª parte foram muito pobres com o Benfica a retrair-se – parece sina depois de chegar à vantagem – e o Paços sem argumentos para desfeitear o meio-campo e defesa encarnadas. Destaque para a lesão de Nuno Assis e para novo remate de Katsouranis – desta vez de longe – que saiu um pouco ao lado.



A 2ª parte consistiu num festival de cartões, pouco futebol, displicência na finalização do Benfica, a continuação do “dilúvio”, e na pancadaria dos jogadores pacenses… sem qualquer intervenção do árbitro.
O Benfica deu o domínio da partida ao Paços mas foi mais perigoso. O jogo parecia controlado à distância e poderia ter sido sentenciado por Luisão e por Katsouranis mas o poste esquerdo de Peçanha não deixou.

Com a expulsão de Léo e com a colocação de Simão como #10 o Benfica deixou de conseguir construir mas o fraco poder ofensivo dos visitados não dava para mais. As alterações “nandinhescas” pioraram, e muito, a equipa como tem sido timbre nos últimos tempos… e quando José Mota decidiu arriscar ganhou a batalha!
Castigo para o treinador e para a equipa, que não soube ter a tranquilidade necessária para vencer. Começa a ser deprimente a costela looser do Nandinho…


Aprendam com o Paulo

Paulo Jorge tem estado em grande forma neste início de época, e mais uma vez provou a sua importância no plantel do Benfica. Raçudo, irrequieto e disponível para defender como sempre, mas de forma útil, fez um jogo a roçar o brilhante.
Ganhou quase todos os duelos individuais – quando tal não aconteceu a bola não ficou jogável – e está directamente ligado ao golo do Benfica, com um grande cruzamento para Katsouranis. Até nas declarações no fim do jogo esteve bem, para mim o melhor em campo!

Acima de todos, Quim não merece os recentes maus resultados! Mais um jogo sem falhas e com grandes destaques. 3 magníficas defesas: num remate fantástico de Elias, noutro de Dani e em resposta a um livre de Ronny. A habitual segurança nos cruzamentos, mas batido, sem hipótese, no golo da igualdade.

Nova grande exibição de Katsouranis! Um pouco mais adiantado do que o costume – Karagounis cobriu, muitas vezes, o seu lugar – foi protagonista dos lances mais perigosos do Benfica em toda a partida. Fez um belo golo de cabeça, e a pouco tempo dos 90 acertou no poste, falhando o 0-2.
Claramente a subir de forma e a ambientar-se ao seu papel na equipa, lançando a discussão da possibilidade de jogar apenas um trinco no 11 inicial – como acontecia há uns anos atrás.



Quando Simão esteve na sua posição reconhecida exibiu-se uns furos abaixo do demonstrado na última partida, ao ser “metido” no meio eclipsou-se completamente. Ao jogar no meio nunca demonstrou grandes argumentos e não seria num jogo complicado, num terreno difícil, que tal ia acontecer.
Poucos remates, cruzamentos ainda menos… um Simão medíocre! Com o estado das coisas também era difícil fazer mais.

A peça mais importante do meio-campo terá sido Karagounis. Serviu de “muleta” a Katsouranis quando o seu compatriota subiu no terreno, muito certo e desta vez sem “tiques” individualistas.
Tentou rematar mas, mais uma vez, falhou totalmente nesse capítulo. O “proscrito” acaba por ser dos elementos mais importantes dos jogos mais recentes. Mais uma prova da incompetência técnica que existe no clube!

Luisão fez um bom jogo! Sem falhas defensivas, conseguiu criar bastante perigo nos lances de bola parada. Chegou a atirar ao poste, seria o 0-2, num lance de grande poder físico. Não me parece que tenha responsabilidades no golo sofrido e foi mesmo com alguma exuberância que pautou as suas acções na defesa.

Alcides continua a ser titular mas a não demonstrar nada de superior em relação a Nélson. A sua estatura e poder físico não têm sido bem aproveitados e tem tido várias falhas defensivas que poderiam ser comprometedoras – algumas foram. Para além disso, a nível ofensivo não existiu, deixando a equipa coxa… o que vale é que Paulo Jorge vale por dois!
Nélson precisa jogar, rapidamente!



Nuno Assis estava a confirmar o seu grande momento de forma, era um dos melhores em campo, quando tem a infelicidade de se lesionar. O lance é, um tanto ou quanto, violento – resultou em 10 pontos no queixo – e obrigou à sua saída.
Muito veloz e com grande disponibilidade, a sua substituição – por alguém que não trouxe nada de positivo – comprometeu a estrutura e a exibição da equipa.

Mais uma vez, Anderson comete um erro clamoroso que resulta num golo do adversário. Muito certinho até aí mas ao esquecer-se completamente de João Paulo – o golo é igualzinho ao 2º de Linz, no Bessa – a sua falha custa, directamente, 2 pontos ao Benfica.
Um inicio de época para esquecer!

A análise a Léo divide-se em duas vertentes distintas. A primeira diz respeito à grande exibição que estava a fazer até ser expulso, defendendo irrepreensivelmente e atacando de forma acutilante… enfim o Léo a que já estávamos habituados!
Depois, ao cometer uma falta normalíssima – curiosamente, igual a uma que Manú sofreu uns minutos antes não tendo sido assinalada – perdeu o controlo e entrou em berzerk mode disparatando com tudo e todos. Lucílio desta vez não se esqueceu, e Léo comprometeu a equipa neste e no próximo jogo.



Completamente sozinho na frente de ataque, Fabrizio Miccoli passou ao lado do jogo. Qualquer pessoa minimamente inteligente consegue ver que só num lance de sorte esta opção táctica dará algum resultado. Muito bem fisicamente, a responder a todas as bolas, pelo que merece ser mais bem “tratado” pelo treinador. Começa a enervar ver que está a ser desaproveitado enquanto a equipa vai tendo maus resultados.
No único lance onde teve espaço rematou fraco e ao lado, depois de quase 1 hora de constante desgaste.

E por fim os suplentes Manú, Mantorras e Miguelito.

Manú foi o “fantoche” de Fernando Santos! Entrou e saiu sem se dar muito por ele, a bola também passou pouco pelo seu lado e já se sabe que tem vindo a perder fulgor nas suas prestações.
Mais uma exibição catastrófica de Miguelito. Entrou para cobrir o lado que Léo deixou exposto mas não conseguiu ter o fulgor do brasileiro. Responsável por “permitir” o centro que deu o golo da equipa da casa. Já é tempo de atinar, ainda não fez nada que justificasse a contratação!

Dos 20 minutos de Mantorras em campo, o grande destaque vai para uma atrapalhação em plena área que resulta num magnífico “calcanhar” que serve de assistência para Katsouranis atirar ao poste.
Muitas dificuldades para conseguir jogar, devido ao estado do terreno, e muita correria ao “pé-coxinho” com pouca produtividade. Não tenho ideia de remates que tenha feito.



Lucílio: One-Man Show

Apesar do péssimo resultado e das catastróficas opções de Fernando Santos, não podemos escamotear a vergonhosa arbitragem de um indivíduo rotineiro nestas andanças: Lucílio Baptista.
O árbitro de Setúbal, mais uma vez, quis ser o protagonista e desatou a “disparar” cartões por protestos, deixando-os “esquecidos” nas várias entradas duríssimas – que os provocaram in the first place, As duas expulsões devido a protestos são ridículas, ainda que tenho sido o Benfica a equipa mais prejudicada com a referida situação – 20 minutos mais cedo e num jogador mais importante/decisivo. Não houve um critério leal no trabalho de Lucílio!

Já muito se falou na expulsão de Léo, inclusive os responsáveis do Benfica mas, apesar de em termos técnicos ter sido correcta, não posso concordar com ela em virtude dos acontecimentos do jogo – toda a gente se lembra da expulsão incrível no Dragão, na época passada e com o mesmo árbitro, num lance onde nem sequer há falta. Haja coerência e não sempre para o mesmo lado! Expulsar o #5 com 2 amarelos por protestos quando Mangualde tem uma entrada, por trás e às pernas, sobre Katsouranis para vermelho directo e não é mostrado qualquer cartão – o amarelo seria o 2º, e nem sequer se assinalou falta –, é simplesmente patético. E Paulo Sousa também escapou à expulsão ao ser-lhe perdoado o 2º amarelo por nova entrada dura sobre Paulo Jorge.

Continuo a não perceber a razão válida para a amostragem de amarelos a Simão e a Quim. Se a justificação é perda de tempo, a coerência não está presente novamente porque muitas outras coisas, algumas bem piores, passaram impunes na Mata Real! Por exemplo, Ronny passou o jogo todo a pedir amarelos para os adversários e apenas viu o cartão ao minuto 88… por simular uma falta!
O cartão amarelo a Paulo Jorge – por agarrar um adversário, perto da área do Paços – é inacreditável!
Mais uma vez Lucílio foi habilidoso – tal como os restantes constituintes da equipa de arbitragem –, comprometendo o espectáculo de forma peremptória pela revolta que causou nos atletas e nos espectadores. Tudo isto, aliado a anteriores “exibições”, faz-me continuar a duvidar da idoneidade deste árbitro. Acho que tenho esse direito!



“A bola de neve”

Já não há paciência para o gigantesco medo que Nandinho patenteia no banco do Benfica. Este jogo em Paços de Ferreira foi um hino à incompetência, à falta de pulso e ao desnorte total de um treinador.
Expectante por um jogo num campo difícil, contra uma equipa que joga duro e em força, – e ainda por cima com mau tempo –, Fernando Santos opta por uma frente de ataque de “ratinhos”, deixando Kikín no banco. Portanto, cedo deu para ver que num terreno muito molhado e num campo curto, a técnica individual ia dar poucos proveitos. Fernando Santos não foi desta opinião e manteve tudo na mesma.

E depois interrogo-me sobre o que faz Fabrizio Miccoli, um jogador explosivo e que deve jogar solto e a vir de trás, colado a dois centrais com o dobro da sua altura! Resultado: mal tocou na bola, teve de vir procurar jogo de forma inútil, não ficando ninguém na área. As bolas bombeadas para o seu 1.68 m são outro caso à parte, propício de equipas sem qualquer fio-de-jogo, mas que já não são exclusivo deste ano… apesar de continuar a ser perpetuado.

O que dizer das patéticas substituições? Com a infeliz lesão de Nuno Assis, Nandinho comete erro duplo ao apostar noutro jogador de baixa estatura – Manú, um terceiro ala –, deixando novamente Kikín no banco. Mas mais grave que isso, colocando Simão numa posição onde rende muito pouco, “minando” o seu futebol. Invenções ao máximo! O #18 acaba por ser risivelmente substituído, com a expulsão de Léo e para entrar Miguelito, mas continua o “abandonado” Miccoli no centro do ataque. Novo erro cometido ao fazer entrar Mantorras – outro jogador com dificuldades físicas – não dando um único minuto ao mexicano. Haja paciência para isto, que eu já não tenho nenhuma!



A equipa joga mal e de forma desconcentrada, o índice de finalização é ridículo – porque as bolas não chegam em condições na frente de ataque e também porque não há tranquilidade para finalizar – e depois há indisciplina, baseada num deficiente controlo emocional.
Esse controlo emocional deveria ser responsabilidade de Fernando Santos… mas já todos sabemos que é um zero nesse capítulo. Também grave é a perturbação nos processos defensivos, nas horas de maior aperto, especialmente nas partes finais dos jogos. Anderson tem sido o mais complicativo e desastrado, o que é surpreendente em virtude da sua categoria!
E porquê defender sistematicamente o 0-1?

Analisando concretamente as coisas, e quem tem acompanhado o que escrevo sabe facilmente o que penso deste treinador e desta época, enquanto Fernando Santos se mantiver ao comando do Benfica resta pensar em 2007/08. Já são 8 pontos de diferença para o 1º classificado e ainda só se jogaram 4 jornadas! Confesso que estou com receio do confronto com o Manchester United, já há muito tempo que não tinha tanta desilusão e descrédito numa equipa do Benfica.
Até quando os resultados terão de continuar maus para se tomar uma atitude?

NDR: Simplesmente imperdível o diálogo – inaudível, mas claro – entre Beto e Kikín Fonseca, ao intervalo do jogo, referente aos “atributos” das cheerleaders. Quem pôde assistir à cena não se terá inibido de, pelo menos, esboçar um sorriso perante os gestos do brasileiro – confesso que me saiu uma sonora gargalhada, tal como ao mexicano. Foi o melhor da transmissão do jogo!

Deixo, ainda, um breve resumo da partida, da autoria do sempre prestável Xander.




Ficha do Jogo:

4ª Jornada da Liga BWin

Estádio da Mata Real, em Paços de Ferreira

Árbitro: Lucílio Baptista (Setúbal)

PAÇOS FERREIRA – Peçanha; Mangualde (Pedrinha, 73 m), Geraldo, Luiz Carlos e Fredy; Elias (Renato Queiróz, 59 m), Paulo Sousa e Dani; Didi (João Paulo, 83 m), Ronny e Cristiano.

SL BENFICA – Quim; Alcides, Anderson, Luisão e Léo; Nuno Assis (Manú, 29 m) (Miguelito, 56 m), Katsouranis e Karagounis; Paulo Jorge, Fabrizio Miccoli (Mantorras, 67 m) e Simão.

Disciplina: Amarelos a Anderson (17 m), Karagounis (29 m), Mangualde (43 m), Léo (53 m + 53 m), Luiz Carlos (59 m + 76 m), Simão (84 m), Quim (85 m), Ronny (88 m) e Paulo Jorge (90 m). Vermelhos por acumulação a Léo (53 m) e Luiz Carlos (76 m).

Golos: 0-1, Katsouranis (24 m); 1-1, João Paulo (90+2 m).


#Fotos: AFP-Getty Images, Reuters e Record

#adicionado a Crónicas 06/07

#publicado em simultâneo com o Encarnados

sábado, setembro 23, 2006

...

Fsantos

quinta-feira, setembro 21, 2006

Mais Um Gesto "À Benfica"

Não é caso único (nem tão pouco isolado) e é, efectivamente, digno de ser registado:



Porque o nosso lema é - E PLURIBUS UNUM ! - estaremos sempre ao lado daqueles que foram e serão sempre o motivo do nosso ORGULHO !



Clubes:
Sport Lisboa e Benfica - 1959 a 1971
V.Setúbal - 1971 a 1975
Estoril-Praia - 1975 a 1980 (Terminou a carreira de futebolista com 42 anos!!!)
Disputou 384 jogos / Marcou 217 Golos

Palmarés:
9 Campeonatos Nacionais - Sport Lisboa e Benfica (59/60, 60/61, 62/63, 63/64, 64/65, 66/67, 67/68, 68/69 e 70/71)
3 Taças de Portugal - Sport Lisboa e Benfica (63/64, 68/69 e 69/70)
2 Taças dos Campeões Europeus - Sport Lisboa e Benfica (1961 e 1962)
Melhor Marcador do Campeonato Nacional - Sport Lisboa e Benfica (62/63) - 26 Golos

Internacional Português por 34 vezes / 13 Golos

Obrigado José Torres! Obrigado Benfica !

quarta-feira, setembro 20, 2006

Crónica 3ª Jornada - O "calor" da Luz tudo resolve... ou quase!


O rescaldo de Copenhaga, e com o Bessa no pensamento, foi muito doloroso!
É inegável que me fez afastar um pouco do Futebol do Benfica, alheando-me quase por completo das notícias semanais, conferências de Imprensa, debates e fóruns. A aproximação da SuperTaça de Futsal – uma modalidade de que sou um fá acérrimo – também contribuiu para essa aparente “indiferença”.
No entanto, o regresso à Luz, normalmente, é motivador já que os jogos em casa têm outra aura… outra envolvência!

A novidade da semana foi a inclusão de Karagounis e Karyaka na convocatória para o jogo. Depois do quase abandono do clube, folgo em saber que ainda são opções, principalmente o grego, que é um jogador que aprecio bastante. O russo é um caso muito mais bicudo mas acho que “Zorba” tem tudo para ser um dos 12/13 atletas mais utilizados do plantel. Categoria, técnica e experiência não lhe faltam. Basta ter a confiança do técnico.

A outro nível, analisando friamente as anteriores prestações na Liga BWin, vemos um Nacional bastante fraco como colectivo, patenteando graves problemas de finalização e de ligação entre os sectores. A saída da Madeira de algumas figuras – inclusivamente o treinador Manuel Machado – prejudicou fortemente a qualidade de jogo dos insulares e, desta forma, prevejo-lhes um ano bem difícil na luta pela manutenção.



Revolução “a quanto obrigas”

Já se sabia que havia vários condicionantes à formação de uma equipa titular. Petit, Nuno Gomes e Manú estavam castigados enquanto que Rui Costa cumpre o calvário da lesão “criada” por Fernando Santos. Ricardo Rocha, também ficou indisponível, ao lesionar-se quando tinha o lugar garantido.

Assim, a defesa manteve-se igual à de Copenhaga – Nélson, incompreensivelmente, é preterido por Alcides – mas é no meio-campo que há novidades. A ausência de Petit significou a entrada de Karagounis no 11, sendo que Katsouranis preencheu sozinho o vértice do meio campo defensivo. Há muitos anos que o Benfica não jogava com apenas um trinco, pessoalmente gosto bastante!
O 4-2-3-1 acabou por ser diluído num 4-3-3 – ou, se quisermos ser mais rigorosos, num desdobramento em 4-1-2-3 já que os “pontas” do meio-campo flectiam bastante para o centro – com Nuno Assis na direita e o grego “proscrito” na esquerda.

Na frente, Simão na esquerda, Paulo Jorge manteve-se na direita e entrou Kikín para ocupar o lugar do castigado Nuno Gomes.
Destaque ainda para um banco de grande qualidade, com notoriedade máxima para Fabrizio Miccoli, Mantorras, Miguelito, Nélson e Moreira.


Quem não “mata” arrisca-se a… comprometer

O início do encontro mostrou duas equipas algo temerárias e inconsequentes no que diz respeito às acções ofensivas mas existiu, claramente, um controlo territorial absoluto por parte do Benfica. É verdade que o ataque benfiquista funcionou muito pouco no 1º quarto de hora mas em termos de empenho e de atitude houve um melhoramento brutal, em relação às anteriores partidas.
Aos 19 minutos aparece a 1ª oportunidade de golo, com Simão a receber de peito um cruzamento de Alcides e a rematar por cima. Estava feito o primeiro aviso!

O Nacional respondeu com um estoiro de Alonso para grande defesa de Quim. Era o melhor momento do jogo até aí. Poucos minutos depois, o “endiabrado” Simão cobra um canto, falhanço monumental de Diego Benaglio, e aparece Luisão a encostar para o golo com pé direito. Estava feita justiça, o domínio do Benfica concretizava-se em algo real!

Se era expectável um aumento de tranquilidade por parte da equipa da casa, tal não sucedeu. Até ao intervalo, o Nacional subiu de produção e “caiu em cima do Benfica.” Um remate de Alonso ao poste, 2 estoiros de Bruno Amaro no seguimento de livres e uma bomba de Juliano causaram muitos problemas a Quim. O Benfica só apareceu a espaços!


No 2º tempo, o Nacional desapareceu por completo! O cansaço das viagens à Roménia e para Lisboa poderão ter condicionado o futebol apresentado e a equipa limitou-se a assistir, impávida e serena, ao vendaval ofensivo dos primeiros momentos.
A expulsão de Cléber complicou ainda mais as contas!

Mas o Benfica foi falhando várias oportunidades para avolumar o resultado e tranquilizar as hostes. Alcides e Simão terão falhado as mais clamorosas, a poucos metros da linha de golo! Os suplentes que entraram incutiram alguma velocidade e mais frescura – o que não tem sido normal nos últimos tempos –, no entanto nos minutos finais voltou a aparecer a conhecida intranquilidade destas curtas diferenças. Ricardo Fernandes, por duas vezes, poderia ter empatado o jogo… tal como o tinha feito, no ano passado, na Choupana.
Qual a necessidade de, depois de tantos golos falhados, acabar o jogo com o “credo na boca”?


David e Golias, numa planície grega

Usando uma expressão de Valentin Melnychuk, Nuno Assis parecia um “rato diabólico”, tal a velocidade de execução e perfeição dos gestos! Foi o verdadeiro patrão da equipa, assumindo as responsabilidades de organização do ataque, quer na solicitação dos extremos ou assumindo a jogada individual – fintando vários adversários.
E se tal não bastava para uma grande exibição, procurou ajudar a equipa nas tarefas defensivas e, por várias vezes, foi possível vê-lo a “dobrar” companheiros e a fazer cobertura a bolas perdidas. Foi um bom substituto de Rui Costa, e é pena que vá sair da equipa quando o “Maestro” estiver recuperado. Para mim, o melhor em campo!

Um golo, uma vitória e 3 pontos! Terá havido jogador mais decisivo que Luisão?
Uma prestação sem falhas, secando sozinho a linha ofensiva – Anderson ficou nas dobras – e mostrando que está melhor do que nunca!
Nota muito positiva para a forma como comemorou o golo, com os adeptos que sempre o acarinharam e nunca duvidaram das suas capacidades. Luisão é um líder e é dos líderes que “reza a história”. Uma grande exibição de uma das grandes referências deste Benfica do século XXI.

Talvez uma surpresa no 11 mas uma óptima surpresa. O futebol de Karagounis é portentoso, com uma técnica individual impar e um domínio de bola fantástico – apesar de ter exagerado, aqui ou ali, no individualismo.
O grego faz parte das 3 melhores prestações em campo, juntamente com Luisão e Nuno Assis, o que deixa no ar que a sua presença na equipa é bastante importante.
Protagonista no sólido meio-campo apresentado, ainda teve tempo para aparecer em bom plano nos remates de longe. Poderia ter feito golo e tê-lo-ia merecido!



Simão equivale a qualidade! Um fabuloso jogador que, com o ritmo de jogo e condição física ideais, é o melhor jogador português do nosso Campeonato. Nesta partida deu um “cheirinho” daquilo que vale nas constantes deambulações pela ala, com cruzamentos bem medidos e passes milimétricos – mesmo como extremo-direito, após a entrada de Miguelito, manteve o nível. Ainda muito mal na finalização, mas melhorar nesse capítulo é uma questão de tempo… temos o capitão de volta!

Impressionante a segurança e a tranquilidade de Quim neste início de época.
Grandes defesas a remates de Alonso e Bruno Amaro, absolutamente imperial nos cruzamentos! Ainda têm dúvidas sobre quem é o melhor guarda-redes do Benfica?

Léo terá feito o melhor jogo pelo Benfica em 2006/07. Apesar de ter tido algumas dificuldades defensivas na 1ª parte – os problemas físicos de Simão também não ajudam, na hora de defender – “rebentou com tudo” na 2ª parte.
Vimos, pela primeira vez este ano, o Léo atacante e só a inépcia dos avançados fez com que não saísse do campo com assistência(s) para golo.



A calamitosa prestação no Bessa não se repetiu e na Luz viu-se, novamente, o verdadeiro internacional brasileiro. Anderson esteve muito regular e não lhe vi falhas graves, apesar da exuberância defensiva não ter sido a nota dominante.
Muito certinho, disciplinado mas pouco acutilante no ataque, ele que o costuma ser mais que Luisão!

Como se costuma dizer: “ganda joga” de Katsouranis! Talvez a melhor exibição de “águia ao peito”, sem falhas visíveis no plano defensivo e um dos responsáveis por iniciar os ataques. Até teve oportunidades para fazer golo, em sequência do seu portentoso jogo de cabeça.
Gostei bastante! Mantendo o nível vai dar problemas a Nandinho, na escolha para a titularidade.



As exibições menos conseguidas talvez tenham sido as de Alcides, Paulo Jorge e Kikín Fonseca.

Tolero a titularidade de Alcides quando o adversário assim o justifica: equipas de grande envergadura física como o Copenhaga ou de grande gabarito como o Barcelona e o Manchester United – onde é preciso defender muito, com uma espécie de 3 centrais. Frente a equipas como o Nacional, não entendo como Nélson fica no banco.
Bola nos pés e Alcides não combinam muito bem, cruzamentos zero, remates poucos e inconsequentes, e nesta partida esteve desastrado a defender Alonso… deixando-se ultrapassar várias vezes. Para mim foi o pior elemento do Benfica, espero que no futuro se sinta confortável no banco!

Aquele que tinha sido um dos melhores em Copenhaga decaiu muito de produção no regresso ao Campeonato. Paulo Jorge esteve um desastre e continua a confirmar uma ideia que já tenho há algum tempo: na Luz é difícil afirmar-se, ainda está muito “verde” perante tanto público e compromete o seu futebol com esse nervosismo.
Muito apagado e quando apareceu fez asneira! Proponho que seja Manú o titular nos jogos em casa e Paulo Jorge nos jogos fora, isto se Miccoli não for remetido para falso extremo-direito.

Tenho pena que Kikín não tenha feito “o gosto ao pé”. Pelo que tem trabalhado e pelo profissionalismo que tem demonstrado merecia-o!
Não me recordo de um único remate que tenha feito mas entrega-se muito ao jogo e mantém-se atento a todas as jogadas do ataque, parece que os passes não lhe têm chegado em boas condições mas não vou entrar nas especulações que já li em alguns blogs. Não inventem coisas onde elas não existem!



E por fim a tripla dos “M”, os suplentes Miccoli, Mantorras e Miguelito.

Ver Fabrizio Miccoli a jogar é um gozo tremendo, já todos o sabem, mas não é só pelo seu monumental talento. Fabrizio parece um daqueles miúdos de rua que respiram futebol… e são felizes assim. Essa “aura” é-nos transmitida em cada toque na bola, em cada sprint, em cada desmarcação, em cada sorriso! A garra, a arte e a disponibilidade estão lá sempre, e nos poucos minutos que jogou deu para ver que continuam!
Encontrando o ritmo de jogo e melhorando os índices físicos – já estão bem melhores – será imparável.

A “alegria do povo” em versão curta! Um pouco mais de 10 minutos de Mantorras e um golo feito, falhado pelo pouco poder cabeceador… “o calcanhar de Aquiles” desde sempre!

Miguelito ainda é muito “Miguelinho” no Benfica. Quando perder a “vergonha” e “mandar para trás das costas” o medo de triunfar no clube do coração será um “Miguelzão”. O talento está lá, é preciso deixá-lo sair. E já está na hora!
Ainda assim, uma excelente jogada “à extremo” que, combinando com Léo, culmina numa grande assistência para Simão “disparatar” um golo fácil.



Arbitragem “à Pedro Henriques”

Mais uma vez não houve influência da arbitragem no resultado do jogo e isso é sempre positivo. Considero Pedro Henriques o melhor árbitro português, não só porque gosto da forma “britânica” como dirige os jogos, mas também porque revejo nele uma honestidade que não se vê na maioria dos árbitros nacionais. Para além disso, é um árbitro que não foge às responsabilidades e assume quando erra, muitas das vezes em ecrãs de televisão.
Nutro-lhe alguma simpatia!

A arbitragem deste Benfica-Nacional não está isenta de erros, e eles ocorreram maioritariamente devido à sua forma de apitar… por vezes exagerada!
Concretamente terá errado em três momentos: ao permitir 3 faltas consecutivas, num curtíssimo espaço de tempo, a Cléber e não puxando do cartão – bem, depois, ao expulsá-lo por uma óbvia mão na bola; ao amarelar Léo num lance sobre Luciano onde até a falta é muito duvidosa; ao perdoar a sanção a Patacas por uma entrada violenta sobre Simão.

Há, ainda, um lance onde Luisão alivia uma bola e depois terá mantido, por 1-2 segundos, o pé numa altura exagerada, lesionando Juliano Spadaccio no choque. Admito que lhe pudesse ser mostrado um amarelo – Pedro Henriques não o fez – mas já li opiniões de ex-árbitros internacionais que afirmam que o lance é normal e frequente. Fica a minha dúvida!
No que diz respeito aos árbitros-auxiliares, encontrei alguns erros na sanção dos foras-de-jogo. Dos 4 assinalados ao ataque do Benfica, há um assinalado a Nuno Assis e outro a Paulo Jorge que não existem, e eram lances bastante perigosos… 50% de erro nunca será aceitável!


“O nosso Campeonato começa agora”

Regressar à Luz normalmente “esconde” as graves limitações de que a equipa padece, é assim há anos e nesta 3ª jornada não foi diferente. O adversário também me parece muito fraco colectivamente e mesmo assim ainda criou alguns problemas bem sérios ao Benfica, inclusivamente a jogar em inferioridade numérica. Tendo em conta que seria virtualmente impossível piorar o nível exibicional, o que é certo é que, a espaços, a exibição acaba por ser agradável. Fugiu-se, felizmente, aos prognósticos de horror!

O que gostei bastante foi a mudança radical que a atitude da equipa patenteou – também tal não poderia ser de outra forma – dominando o jogo na sua esmagadora maioria e apresentando algum futebol de qualidade. É perfeitamente visível que ainda há muita intranquilidade e que a mesma se reflecte em perdas de bola infantis nas zonas perigosas do campo. É esse problema que me preocupa bastante e, como se sabe, o Nandinho não terá capacidade para o resolver de forma estanque… mas não vale a pena bater mais, já todos os leitores sabem o que penso do treinador!

No momento não é possível perder mais pontos e como não são os adversários do Benfica a marcar golos na própria baliza há que treinar mais e melhor a finalização… para que não se desperdicem tantos lances de golo eminente. É inacreditável como tantos avançados não conseguem fazer um único golo há 3 jogos consecutivos.



Destacar também o regresso à Competição do extraordinário jogador que é Fabrizio Miccoli, esperemos que os problemas físicos estejam dissipados e que possa voltar a ser uma opção regular para a titularidade. Um jogador da sua craveira, disponibilidade e afabilidade é importantíssimo nesta equipa, seja em que posição for.

Os 3 pontos acabam por ser o mais importante já que há muitas, mas muitas, coisas a melhorar. Há uma semana inteira para trabalhar os índices técnico-tácticos, no sentido de apresentar a equipa em melhor estado em Paços de Ferreira. Uma deslocação bastante difícil não só porque os pacenses vêm de uma vitória moralizadora em Alvalade mas também porque a última jornada de 2005/06, com os mesmos intervenientes da 4ª deste ano, deu num 3-1.

NDR: A presença de Valdemar Duarte na ridícula cobertura “TVIdesca” da Liga BWin já, há muito tempo, ultrapassou os limites do grotesco. Os “tiques” reconhecidos, e relatados por todos, já não são novidade mas insinuações nunca tinha presenciado. “O Nuno Assis está a correr muito, hoje!” é inqualificável mas elucidativo da sua “sem-vergonhice”. Podem crer que fiquei indignado!

Deixo, ainda, um breve resumo da partida, da autoria do sempre prestável Xander.


Ficha de jogo:

3ª Jornada da Liga BWin

Estádio da Luz, em Lisboa (36.590 espectadores)

Árbitro: Pedro Henriques (Lisboa)

SL BENFICA: Quim; Alcides, Luisão, Anderson e Léo; Nuno Assis (Miguelito, 86 m), Katsouranis e Karagounis; Paulo Jorge (Fabrizio Miccoli, 73 m), Kikin Fonseca (Mantorras, 78 m) e Simão Sabrosa.

NACIONAL MADEIRA: Diego Benaglio; Patacas, Ávalos, Ricardo Fernandes e Alonso; Cléber, Bruno Amaro, Juliano Spadaccio e Bruno (Vinícius, 73 m); Cássio e Luciano (Adriano, 56 m).

Golos: 1-0 Luisão (29 m).

Disciplina: Amarelos a Ricardo Fernandes (22 m), Cléber (27 m e 57 m), Léo (43 m) e Alonso (54 m). Vermelho, por acumulação a Cléber (57 m).

#Foto: AFP-Getty Images, Reuters e SerBenfiquista

#adicionado a Crónicas 06/07

#publicado em simultâneo com o Encarnados

Fernando, não!


Estivemos a perguntar se "Fernando Santos era treinador para o SLB" na pré-época até à 3ª jornada da Liga. A verdade é que os resultado não surpreenderam e os benfiquistas que votaram disseram não ao actual treinador com uns expressivos 60% (214 votos em 359).

terça-feira, setembro 19, 2006

Destaques Jornaleiros Após Os "Roubos"

Atente-se no destaque dado ao último "roubo" à agremiação do Lumiar, em contraste com o minimizar do favorecimento dos mesmos contra o Leiria e nova minimização dos acontecimentos de 15/03/2006.

Por tudo isto e muito mais:

Sou de um clube lutador
Que na luta com fervor
Nunca encontrou rival
Neste nosso Portugal

>>Publicado em simultâneo no Isto Vai De Mal A Pior...

domingo, setembro 17, 2006

Teoria da conspiração

Depois de uma ida ao Bessa, em que existiram graves erros de João Fereira para com o SLB (não mostrar cartões a boavisteiros, cartão a Nuno Gomes forçado, vermelho a Manú que não existe), sem com isto justificar a derrota sofrida, eis que após uma jornada o arbitro já é um gatuno do pior e, imagine-se, a mando do Benfica. Amigos sportinguista (os que os são), eu sei que o Fernando Santos como treinador poderá ser interpretada como uma acção masoquista, mas não vamos entrar em auto-flagelação contínua.

Este post seria para reclamar uma união impossivel com o Sporting numa luta contra estas arbitragens. Mas antes de o fazer, fui dar uma volta a blogs sportinguistas e deparei-me com pérolas como esta: "Detesto ter razão neste caso, mas eu tinha avisado que este senhor vinha limpar-se a Alvalade das expulsões que fez no Bessa...(http://osangueleonino.blogspot.com/)". Incrível!

Assim sendo, aqui vai a minha visão do golo do Paços: Foi um lance muito rápido (piscando o olho)!

O 1º "Round" do Dream Team!


A expectativa era muita, não só para ver se o fabuloso plantel do Benfica já era, verdadeiramente, uma equipa mas também para ver se o Sporting conseguiria formar um conjunto decente, tendo em conta a saída de “históricos” como Andrézinho, Paulinho e principalmente João Benedito.
Nunca fiz parte do grupo que pedia uma goleada – houve muitos que quase o exigiram – porque já acompanho o futsal há muitos anos e nesta modalidade “nem tudo o que parece é”, e tal como no Desporto em geral nunca há vencedores antecipados.

A pré-época do Benfica decorreu de goleada estrondosa em goleada estrondosa e, com o regresso de Alípio Matos, confesso que não estava à espera de mais nada a não ser uma vitória… nem que fosse por 1/2 golo de diferença.
Seria muito positivo começar uma época, que toda a gente espera arrasadora, a vencer o rival e a conquistar um troféu que fugiu para o Bessa na época passada – logo aí se viu que as coisas não iriam correr bem.

O jogo foi mais um daqueles impróprios para cardíacos e que tão bem têm divulgado esta fantástica modalidade que é o futsal. O Benfica entrou muito intranquilo e algo desconexo, principalmente nas transições defesa-ataque – surpresa a colocação de Sidnei no banco e Gonçalo Alves no 5 inicial, num 4x0 – algo que se explicava na falta de poderio ofensivo, onde só os remates de longe apareciam, e no “atabalhoamento” e nervosismo do ex-leão.


O domínio na 1ª parte foi totalmente do Benfica mas sem resultados práticos e, alguns minutos depois de Sidnei ter estoirado ao poste, o Sporting adiantou-se no marcador pelo capitão Zézito numa jogada de contra-ataque. Castigo pesado que o Benfica não merecia!
O Benfica respondeu com nova bola no poste, desta vez por Gonçalo Alves. Até ao intervalo há dois lances de golo eminente nos quais Jony – tinha entrado para o tão esperado 3x1 –, sozinho com Cristiano, falha de forma escandalosa.

A maior fracção da 2ª parte foi o retrato fiel de todo o 1º tempo. O Benfica dominava por completo mas quem marcou foi o Sporting, chegando a um humilhante 3-0 – um autogolo anedótico de Gonçalo Alves e uma fabulosa jogada do genial Deo.
A partir daí tudo mudou, no desconto de tempo Alípio Matos decidiu-se pelo 5x4 e o que se seguiu foi um completo massacre benfiquista, que resultou em 3 golos de rajada e no empate mais que justo – dois “mísseis” do bombardeiro Sidnei e um “encosto” do grande Costinha.

O Sporting estava completamente atarantado e só a madeira salvou o orgulho dos pupilos de Paulo Fernandes. Zé Maria infeliz acerta no poste e Ricardinho, num chapéu fabuloso a Cristiano, mete a bola na barra com esta a bater na linha de golo e a ressaltar para fora! 3-3, 4 bolas “vermelhas” na madeira… e um injusto prolongamento!


No prolongamento, mais 4 golos! O Benfica só se dava bem com o “guarda-redes avançado” e logo no reatamento o endiabrado Deo adianta novamente o Sporting no marcador fazendo o 4-3, num lance onde Zé Carlos parece mal batido. Sidnei responde com a 5ª bola na madeira! De regresso ao 5x4, André Lima, o capitão sempre presente nos momentos decisivos, empata a partida a 4 bolas numa típica joga de superioridade numérica.

Alípio continuou a arriscar tudo no 5x4 e poderia ter-se dado mal! Numa perda de bola de Rogério Vilela – o “guarda-redes avançado” –, e num lance de insistência, Davi faz o 5-4 ao 3º remate consecutivo do Sporting e a apenas 16 segundos do fim. Parecia tudo perdido mas no futsal… é até ao último segundo, o que o torna numa modalidade fantástica.
Bola ao centro, Ricardinho segue em grande velocidade, mete-a em Costinha que faz o empate ao encostar novamente, isto quando já se fazia a festa sportinguista! Foi o delírio, e algum “veneno” devolvido depois da última Final do Playoff!

A lotaria dos penaltys era injusta para o Benfica, pelo futsal jogado, pela arbitragem penalizadora e pelas 5 bolas nos postes mas felizmente apareceu alguma justiça. O especialista Bebé “deu um ar de sua graça” ao defender o remate decisivo, oferecendo o título ao clube e … festejando que nem um louco com os seus novos colegas!


Mas esta grande tarde de futsal não é totalmente positiva. Há que destacar dois péssimos exemplos que continuam a repetir-se jogo após jogo.
A primeira nota vai para a inacreditável dupla de arbitragem que sonegou um golo magnífico a André Lima – teria sido o 4-4 – por considerar, erradamente, que Zé Carlos teria tocado a bola fora da área ao assistir o capitão do Benfica para um cabeceamento genial.
Evidenciar ainda que o 1º golo do Sporting tem origem numa falta sobre Gonçalo Alves que não é assinalada, e que há uma agressão “ao murro” de Davi, ao #9 benfiquista que nem sequer deu amarelo.
Para além disso foram várias as faltas – eu contei 3, num total de 10 – assinaladas ao Benfica que não existiram!

A 2ª e última situação negativa vai para a dupla “comentadeira” da SportTV – António Ramos responsável do Futsal Portugal e principalmente o execrável ultra-faccioso Rui Pedro Rocha – que continua a destilar azia e má-vontade para com o Sport Lisboa e Benfica. No jogo deste Domingo, como de costume, foi um verdadeiro vómito de parcialidade e de falta de vergonha! Não há mais ninguém para os jogos de futsal?

Foi uma vitória de grande sofrimento, mas onde ficou bem patente a garra, a vontade de vencer e a classe deste plantel. Contra tudo e contra todos! O mérito está também em Alípio Matos e na Direcção da Secção, está tudo de parabéns! Pela parte que me toca, dedico esta conquista ao treinador do Sporting Paulo Fernandes, um das figuras com menos fair-play do nosso desporto, e capaz de pérolas como “Não temos guarda-redes para este jogo!”, “Fomos muito superiores!” e “Talvez estejam aqui as duas melhores equipas nacionais!”, entre outras,… e só estou a falar desta partida!



NDR: Não posso deixar de destacar a grande iniciativa da Secção de Futsal do Benfica ao doar uma percentagem da receita do jogo, dedicando a conquista da SuperTaça, ao “Bom Gigante” José Torres. Bonito o discurso do capitão André Lima no fim do jogo tal como também foi linda a prova de carinho dos jogadores a Adil Amarante, levado em ombros e em… lágrimas!


Ficha do Jogo:

Jogo de Atribuição da SuperTaça de Portugal

Palácio dos Desportos, em Torres Novas

Árbitros: Pedro Paraty (Porto) e Francisco Parrinha (Lisboa)

SL BENFICA: Zé Carlos; Zé Maria, Costinha, Ricardinho e Gonçalo Alves.
Jogaram também: Bebé, Sidnei, Estrela, Jony, Rogério Vilela e André Lima.
João Marçal não foi utilizado.

SPORTING CP: Cristiano; Bibi, Evandro, Davi e Zézito.
Jogaram também: Nenê, Adolfo e Deo.
Sandro, Guri, Chiquinho e João Matos não foram utilizados.

Disciplina: Amarelos a Bibi (5 m), Jony (15 m) e Evandro (49 m).

Golos: 0-1, Zézito (14 m); 0-2, Gonçalo Alves (26 m, na p.b.); 0-3, Deo (29 m); 1-3, Costinha (32 m); 2-3, Sidnei (33 m); 3-3, Sidnei (35 m).
3-4, Deo (42 m); 4-4, André Lima (47 m); 5-4, Davi (49 m); 5-5, Costinha (49 m).

Penaltys: André Lima permite a defesa a Cristiano, Nenê rematou ao lado, Estrela (6-5), Adolfo (6-6), Jony (7-6), Deo (7-7), Sidnei (8-7), Davi (8-8), Ricardinho (9-8), Evandro permitiu a defesa a Bebé.

O Benfica conquistou a sua 2ª SuperTaça no Futsal.

#Fotos: slbenfica.pt

#publicado em simultâneo com o Encarnados

quarta-feira, setembro 13, 2006

Crónica Fase Grupos Liga Campeões - Nandinho, andas a brincar aos futebóis?!


Alerta Geral! A calamitosa exibição no Bessa colocou todos em sentido e fez alguns acordar de uma espécie de “dormência” pela presença de Fernando Santos no clube.
Para muitos, comigo incluído, seria na Dinamarca que Nandinho teria o teste decisivo da sua competência e capacidade de gestão do grupo… não vencer significaria extinguir por completo o, já diminuto, apoio da massa benfiquista.
O regresso de Simão seria a grande novidade da equipa, factor motivador para os restantes companheiros e, obviamente, para nós adeptos. A inclusão do #20 é sempre um acrescento de qualidade para qualquer equipa portuguesa, principalmente numa que não tem estado bem e que precisa de um “boom” de qualidade.

Tal como o anterior adversário europeu, este FC Copenhaga deveria ser uma presa fácil para um Benfica em bom nível. Não me recordo de nenhum clube dinamarquês que alguma vez tenha tido uma equipa forte – Aalborg e Brondby talvez os mais conhecidos – e mesmo com a eliminação “miraculosa” do Ajax – num jogo de claro “tiro ao boneco“ – seria péssimo não trazer os 3 pontos. Imperativo, portanto, exigir aos profissionais uma ambição e respeito pela grande campanha da época passada.

Há “mudanças” e mudanças

Muitos condicionantes envolviam a construção de um 11 titular para esta partida. Para além do facto da derrota copiosa no Bessa ter deixado ficar a ideia que era preciso modificar qualquer coisa, o grande poder físico de uma equipa nórdica teria de ser levado em conta. Portanto, havia que apostar em jogadores mais altos, mais fortes e com menos estigmas da 2ª jornada da Liga BWin.

Fernando Santos teve essa dialéctica na cabeça mas não a expôs na sua plenitude. Sendo assim, Nélson perdeu o lugar para o “robusto” Alcides, Ricardo Rocha e Simão substituíram Anderson e Miguelito – muito infelizes no Bessa –, Paulo Jorge regressou à titularidade em detrimento de Manú – muito inconsequente no último jogo – e Nuno Assis ocupou o lugar do lesionado Rui Costa.

É, precisamente, nesta última aposta que eu estou em desacordo com Fernando Santos. Para além de o considerar directamente responsável pelo agravamento da lesão do “Maestro” – que vai falhar também a 3ª jornada da Liga –, penso que teria sido bem mais produtivo ter Kikín na frente com Nuno Gomes no apoio, ao invés de Nuno Assis. É este “abandono” do ponta-de-lança que tem sido um dos graves problemas deste Benfica 2006/07!
Para marcar golos e jogar futebol ofensivo é necessário um “poder de fogo” bem mais visível, com apenas um avançado e com os extremos em menor produção as coisas ficam bem mais complicadas.


Na categoria “Miserável”: nota 20

O jogo foi tão fraco e tão desprovido de momentos “perigosos” que um resumo do mesmo se torna muito curto. O Benfica entrou muito mal na partida, como vem sendo normal, sendo dominado na totalidade pelo Copenhaga na primeira meia-hora.
A equipa da casa insistiu nos remates de longe e nalguns cruzamentos perigosos – Gronkjaer, Berglund e Silberbauer foram os protagonistas. Do lado do Benfica apenas por duas vezes existiu algum perigo, num lance de Simão invalidado erradamente, e na sequência de um pontapé-de-canto, Luisão falha o remate chegando demasiado atrasado.

A história do jogo terá mudado com a lesão grave do internacional dinamarquês Jesper Gronkjaer – ex-Chelsea, Estugarda e Atlético de Madrid –, ausência que limitou física e psicologicamente os locais. A saída de campo da “estrela” fez com que o Benfica dominasse a restante partida, na totalidade, apesar de não ter feito um único remate nos primeiros 45 minutos.

A entrada na 2ª parte foi, de facto, bastante melhor e durante uns 10/15 minutos o Benfica procurou fazer o golo – Luisão tem uma boa oportunidade para isso, num remate interceptado por Hangeland, depois de um canto – no entanto o “gás” foi-se perdendo rapidamente e só Paulo Jorge, num estoiro ao poste, mostrou ambição. 20 minutos finais vergonhosos, a defender o resultado na “retranca” e num coro de assobios brutal! O estreante Copenhaga tentou rematar, procurando sempre o golo, mas infrutiferamente… a falta de qualidade foi bastante visível e não ajudou!



Em terra de “gigantes” quem tem “altura” é rei

A categoria de Luisão vê-se, também, na sua capacidade de “renascer” depois de passar por maus bocados. São já comuns as grandes exibições depois de momentos menos bons e na Dinamarca – depois de algumas hesitações frente ao Boavista – rubricou a melhor prestação de todos os jogadores em campo.
Imperial, como é regra, no jogo aéreo mas também muito certo pelo chão, fez uma dupla de grande ajuste com Ricardo Rocha. Controlou a defesa de forma exemplar e até protagonizou a maioria dos lances perigosos do Benfica.

Em condições normais, sem o discernimento comprometido, Petit é sempre uma das peças mais influentes e regulares do Benfica… tem sido assim, desde que se transferiu do Boavista. Nesta partida, o internacional português, foi protagonista das melhores acções defensivas do meio-campo e tentou, de forma consistente, comandar as poucas movimentações atacantes. Menos expedito, tal como tem sido hábito neste Benfica de Fernando Santos, no capítulo do remate mas muito mais disciplinado. Um dos melhores em campo!

Regresso oportuno de Paulo Jorge à titularidade com mais uma exibição de raça e de luta. Não é um prodígio de técnica, nem tem tanta velocidade como Manú, mas tem-se mostrado nesta nova etapa da carreira e a continuar assim pode ganhar o lugar.
É protagonista da melhor jogada benfiquista no encontro, ao fintar 2 defesas e rematar ao poste.



Ricardo Rocha está num excelente momento de forma! Depois da boa prestação na Finlândia ao serviço da Selecção Nacional, fez também um excelente jogo neste regresso à titularidade no centro da defesa benfiquista.
Mostrou-se muito impetuoso – como é seu timbre – mas correcto e disponível. Ofensivamente também tem registo, ao estar envolvido na já citada jogada na qual Luisão falha o golo.

5 meses depois, Simão Sabrosa voltou a jogar pelo Benfica… e não se pode dizer que fez a diferença. Um jogador da sua categoria tem sempre grande exigência nas suas prestações e quando “faz pouco” a crítica sobe de tom. O capitão ainda está muito longe do fulgor já apresentado e, como o estatuto não joga, a exibição tem pouco de positiva. Ainda muito preso e um pouco alheado do resto da equipa, foi tardiamente substituído. Espera-se que consiga adquirir o ritmo competitivo necessário para “rebentar” nesta época, porque um grande Simão não falha o golo só com o keeper pela frente…

A constante segurança na saída aos cruzamentos e a atenção necessária para as restantes intervenções. Mais um jogo sem falhas de Quim, e mesmo com o pouco – e atarantado – trabalho existente não se deixou “resfriar” e soube dizer “presente” de cada vez que foi necessária a sua acção. Estou a gostar bastante desde início de época do #12.



Katsouranis viu-se muito pouco, não só pelas características específicas da partida mas também pelo grande jogo de Petit. Algumas perdas de bola e pouca acutilância ofensiva, numa exibição regular. Precisa mostrar mais para ser uma peça fundamental, como se costuma dizer: “nem é carne nem é peixe”! Confesso que, até ao momento, estou um pouco desiludido com esta contratação!

Nuno Assis acabou por ser uma aposta falhada de Fernando Santos, visto que o seu futebol resumiu-se a jogar para o lado e para trás. Muitas dificuldades físicas pelo facto se ter menos “meio metro” que os seus marcadores directos, e muitos passes errados… completamente ao lado do jogo!

O grande problema de Alcides é a sua inépcia total em termos atacantes, tão necessária que seria neste jogo – nenhum dos laterais funcionou nesse aspecto. Defensivamente esteve bem, e o seu jogo de cabeça foi importante. Viu um amarelo tão ridículo quanto escusado, por atirar a bola para longe numa falta a meio-campo.



Começa a preocupar a má forma de Léo neste início de temporada! Com problemas físicos ainda por debelar, o internacional brasileiro tem estado a “anos-luz” das suas performances do ano passado.
A lentidão e a incapacidade de pique têm limitado o seu futebol quer a nível ofensivo quer a nível defensivo. Já deu para perceber que precisa de trabalhar muito porque mesmo com um adversário limitado teve muitas dificuldades para cobrir a sua ala.

Mais uma vez Nuno Gomes é protagonista de uma exibição muito pobre, quase nem se deu pela sua presença! A desculpa não pode estar toda no facto de estar muito desapoiado – este esquema, com estes jogadores, não o favorece – porque pelo 2º jogo consecutivo não faz um único remate à baliza.
O Benfica precisa de um ponta-de-lança que faça golos, se o Nuno não os consegue fazer de momento… tem de dar o lugar a outro elemento do plantel.



E por fim os suplentes Manú e Kikín Fonseca.

As substituições operadas não passaram de uma tentativa acobardada de queimar tempo. Nos pouquíssimos minutos que estiveram em jogo, Kikín e Manú, mal tiveram tempo para tocar no esférico – penso que o mexicano nem sequer o terá feito – quanto mais para ser uma real mais-valia ao futebol do Benfica.

Da Rússia mas com pouco “love”

Foi uma má arbitragem, a que foi protagonizada por Iouri Baskakov e pelos seus colegas de equipa. Com bastantes “tiques” nórdicos, pactuou com as entradas mais duras dos da casa. Alguma sobranceria mas que dava a ideia que não possuir qualquer critério… por vezes parecia que se tinha esquecido dos cartões no balneário. Faltou ainda, do lado benfiquista, um amarelo para Léo por uma falta dura sobre Jacobsen, junto à bandeirola de canto.

No que diz respeito ao trabalho dos árbitros-auxiliares é fundamental identificar um erro grosseiro, numa jogada de golo eminente de Simão que acabou por ser interrompida com base num fora-de-jogo que não existe. Não houve influência no resultado mas poderia ter havido, caso o referido remate tem entrado na baliza.
Ultimamente, a Arbitragem Russa não está, também, num bom momento!



”I told you so”

As exibições, os resultados mas principalmente a postura do treinador, e da própria equipa, do Benfica começam a ser enervantes para o comum dos benfiquistas.O grande problema é que, muitas pessoas, ainda não se consciencializaram que o estilo deste Benfica 2006/07 é o mesmo que todas as equipas de Fernando Santos tiveram desde sempre! Falta de atitude e de ambição, um futebol amorfo e sonolento e que, de forma grave, divorcia os adeptos do clube que gostam… um conformismo e derrotismo absolutamente nojento!

Em Copenhaga foi tal e qual como descrevi acima! O Benfica não quis ganhar, os únicos movimentos atacantes que existiram foram algumas jogadas individuais de jogadores que queriam algo mais, mas que eram diluídos no esquema geral. O adepto baseando-se neste jogo, mas também no historial deste honrado mas lastimoso Copenhaga – que, tal como o Áustria de Viena, lutaria para não descer em Portugal –, terá a certeza que o resultado é muito, mas muito mau. Como disse o grande Simões, na transmissão do jogo, seria um bom resultado se Manchester e Celtic não fossem ganhar à Dinamarca… o que é pouco provável.

Fernando Santos teve medo, mas muito medo de perder e só assim se explica que a 1ª substituição – de somente duas – seja feita apenas aos 80 minutos de jogo e para manter tudo na mesma. Com um treinador ambicioso os 3 pontos seriam perfeitamente viáveis já que o ataque dos locais foi sempre inconsequente, atabalhoado e, mesmo, infantil!E assim, todos nos perguntamos: Nandinho, andas a brincar com isto ou não sabes o que andas a fazer?




E depois são as declarações patéticas que me cegam o discernimento. O “Vamos rectificar” depois de uma humilhação no Bessa, o “Estamos todos de parabéns!” depois desta miserável exibição – desprestigiante para um clube como este – mas o pior de tudo é que consegue interiorizar nos jogadores que “Estivemos bem!” Não posso pactuar com este tipo de coisas, o Nandinho está a destruir – acho que já o conseguiu – uma equipa coesa e uma mentalidade ganhadora e ambiciosa… reinventada de forma fantástica há 4/5 anos.

É sintomático que, para mim, Luisão tenha sido o melhor jogador em campo, nesta 4ª feira europeia. Que saudades de um futebol atacante, de espectáculo e de resultados!O Benfica remata pouco e joga ainda menos. Tudo na expectativa, tudo parado e desconexo, sem chama, sem alma, sem classe, sem força… uma vergonha, um nojo!Assim, amigos benfiquistas, estamos a caminhar para o abismo, enquanto a Direcção assobia para o lado. Não tenham vergonha de assumir as responsabilidades desta patética opção para treinador! São necessárias medidas para combater esta hecatombe que se apoderou do Benfica, mas medidas imediatas, antes que seja tarde demais.

Ainda nada está perdido e, enquanto há tempo, a demissão de Fernando Santos é imperativa, já que o “Engenheiro” não a vai assumir de certeza! O Campeonato é longo e 3 pontos são perfeitamente recuperáveis. Na próxima jornada da Champions, o Benfica recebe na Luz o “todo-poderoso” Manchester United e com uma figura consensual, competente e ambiciosa no banco há hipóteses de dar uma reviravolta neste “espírito maligno” e, talvez, vencer.
José Antonio Camacho e Sven-Göran Eriksson estão desempregados, será assim tão difícil tentar a sua contratação?




NDR: É verdadeiramente fantástico ver que a esmagadora maioria de ex-jogadores do clube ficam a nutrir enorme respeito e carinho pelo Benfica. Apesar de Michael Manniche já não ser do meu tempo – nunca o vi jogar – todos sabemos que foi um jogador muito importante no clube e o facto de ainda falar com orgulho e saudade – “Foram os melhores 4 anos da minha vida!” – do SLB, é motivo de orgulho para nós adeptos. O dinamarquês merecia muito mais que este pobre desempenho!

Ficha do Jogo:

1ª Jornada da Fase de Grupos da Liga dos Campeões

Parken Stadion, em Copenhaga

Árbitro: Iouri Baskakov (Rússia)

FC COPENHAGA – Christiansen; Jacobsen, Hangeland, Gravgaard e Bergdolmo; Silberbauer, Norregaard, Linderoth e Hutchinson; Gronkjaer (Kvist, 44 m) e Berglund (Pimpong, 73 m).

SL BENFICA – Quim; Alcides, Ricardo Rocha, Luisão e Léo; Petit e Katsouranis; Paulo Jorge, Nuno Assis e Simão (Manú, 80 m); Nuno Gomes (Kikin Fonseca, 89 m).

Disciplina: Amarelos a Alcides (31 m) e Norregaard (45+1 m).

#Fotos: AFP-Getty Images

#adicionado a Crónicas 06/07

#publicado em simultâneo com o Encarnados