quarta-feira, junho 21, 2006

Crónica 3ª Jornada Grupo D - Olééé... Olééé... Olééé!

Tranquilidade ambiciosa! Os 6 pontos alcançados nas duas jornadas anteriores já tinham garantido, de forma inequívoca, a qualificação para a prova seguinte e por isso a tranquilidade de adeptos, técnicos e jogadores era óbvia. No entanto, o confronto com o México decidiria a liderança do grupo D que teria fundamental importância na definição do adversário nos oitavos-de-final. Sendo assim a ambição de garantir a vitória era bem visível na comitiva nacional.

Confesso que não olho para o México com os mesmos olhos com que vejo os restantes cabeças-de-série da competição. Acho, mesmo, discutível considerar o México como uma das 8 melhores equipas do Mundo e não incluir Portugal ou até a Holanda nesse lote. Então se pensarmos que a equipa mexicana está no 4º lugar do ranking mundial – seguido dos anedóticos EUA – é caso para colocar em causa a forma como se calculam os coeficientes de cada Selecção e que lhe dão as respectivas posições.

Não digo que não tenham qualidade, porque têm bastante, mas não são uma equipa de topo mundial. O destaque mexicano vai directamente para Jared Borgetti – que se encontra lesionado, Omar Bravo, Guillermo Franco e, principalmente, o central/trinco do Barcelona, Rafael Marquez.

Depois de uma semana marcada pelas lamentáveis “declarações” de Pinto da Costa – desrespeitosas para com Irão e Angola bem como para 22 jogadores portugueses – esperar-se-ia uma exibição cabal de Portugal sob forma de resposta à desvalorização patética dos seus feitos.


“Banquillo” em acção

Luiz Felipe Scolari deu o mote muito cedo, garantindo que não utilizaria jogadores portugueses já com um cartão amarelo na ficha disciplinar – jogadores esses que nem no banco se sentaram. Sendo assim, o exercício mental de adivinhação da equipa titular era, mais ou menos, acessível.

Portugal alinhou com Ricardo na baliza, Miguel e Caneira nas laterais mantendo-se os centrais, Ricardo Carvalho e Fernando Meira. No meio campo jogaram Petit e Tiago nos lugares de Costinha e Deco mantendo-se Maniche no 11. Na frente jogou Simão no lugar de Cristiano Ronaldo e Hélder Postiga na vez de Pauleta. Luís Figo assegurou o lugar e a braçadeira de capitão!

Um pouco surpreendente a manutenção no banco de Nuno Gomes que, efectivamente, ainda não se encontra nas melhores condições físicas. Será muito importante ter um Nuno Gomes em boa forma pelo que se deseja uma rápida e total recuperação.


Sofrer pela 1ª vez

Pela primeira vez vi Scolari a cantar o hino de Portugal! A clara maioria mexicana abafava um pouco a euforia portuguesa mas nos hinos as vozes não se esconderam. 20 mil portugueses eram a prova do grande apoio a Portugal presente em Gelsenkirchen.
O início da partida ficou marcado pelos madrugadores “olés” mexicanos aos jogadores portugueses. Mais entusiasmados ficaram com a péssima entrada de Portugal no jogo que logo ao 2º minuto poderia ter sofrido um golo num remate de Fonseca bem seguro por Ricardo. Aos 6 minutos Portugal calou, de forma paralisante, todo o público da Selecção do México. A jogada de contra-ataque é magistral: Maniche recupera a bola no meio-campo e endossa-a a Simão na esquerda que no meio de 3 adversários passa atrasado para o mesmo Maniche que, já dentro da área, fuzila Oswaldo Sanchez. Estava feito o 1-0 no 1º remate português!

O golo foi estabilizador e pela primeira vez Portugal mandava na partida. Um controlo perfeito com jogadas de ataque e em velocidade. O México não conseguia sair a jogar e tinha muitas dificuldades na defesa pelo que veio ao de cima o jogo faltoso por vezes a roçar a violência.

Num pontapé de canto, aos 24 minutos, o experiente Rafael Marquez coloca a mão na bola, de forma infantil, despropositada e ostensiva, o que não dá outra hipótese a Lubos Michel que não a marcação do respectivo penalty. Simão Sabrosa, numa das suas especialidades, bate a grande-penalidade e faz o seu primeiro golo no Mundial, aumentando o score para 2-0.

Continuava o jogo duríssimo dos mexicanos quando Postiga, já na área, recebe um genial passe de Simão e atira colocado para grande defesa do keeper mexicano… na recarga Tiago tem tudo para matar o jogo mas, de baliza aberta e de primeira, atira por cima. Perde-se a oportunidade mais flagrante de Portugal!

No minuto seguinte, o golpe de teatro! Ricardo opõe-se de forma brilhante a remate de Omar Bravo e cede canto. No seguimento do lance, Fonseca aparece solto na área e, de cabeça, faz o 2-1 com muitas culpas para a defesa portuguesa. De uma possível vantagem de 3 golos, Portugal passava, aos 29 minutos, a liderar pela margem mínima.


Depois do golo mexicano Portugal tenta segurar o jogo com jogadas de Miguel e Figo pelas laterais. Aí apareceu Maniche nos seus poderosos remates de longe. Até ao intervalo destaque para uma grande defesa de Ricardo – a melhor da noite – a parar um remate de longe de Pavel Pardo.

Portugal sai para o intervalo com algum sentimento de injustiça pelas oportunidades perdidas mas com a vincada ideia de um 1º tempo de grande qualidade frente a um adversário de bom nível. Certamente que o falhanço do 3-0 terá destabilizado um pouco os jogadores portugueses, já que depois da meia hora de jogo a qualidade exibicional decaiu acentuadamente.


A 2ª parte é nefasta para Portugal! Neste período Portugal nunca conseguiu ter a tranquilidade necessária para segurar a bola e desferir ataques perigosos à baliza mexicana. Quase todos os jogadores ficaram na expectativa – um pouco compreensível pelo resultado e posição no grupo – e foram, por vezes, ultrapassados pelos ávidos adversários.

Assim, Ricardo foi importante pela tranquilidade que foi incutindo nos seus colega da defesa. O maior problema surgiu aos 57 minutos quando – num lance duvidoso analisado, mais à frente, no parágrafo da arbitragem – Lubos Michel assinou penalty devido a uma mão de Miguel. Ricardo “meteu medo” e Omar Bravo falhou a cobrança de forma escandalosa. Antes da marcação do penalty, fiz “figas” e desejei para que o mexicano atirasse por cima… parece que resultou, logo também tenho uma quota-parte de mérito no lance.

Pouco depois, Luís Perez tenta ganhar um novo penalty e simula uma falta de forma vergonhosa. Viu o 2º amarelo e foi expulso! Mas quando se pensava que a tarefa se tornava mais fácil para Portugal, e com apenas 10 jogadores, o México redobrou esforços e aproveitou a inércia portuguesa para continuar “dono e senhor” do jogo.


Aos 61 minutos, Scolari retira Miguel – na eminência da expulsão por duplo amarelo – e coloca em campo Paulo Ferreira. Na esquerda continua a abrir-se uma autêntica auto-estrada e é por aí que Omar Bravo – o grande azarado da partida – aproveita para seguir para a área e falhar de forma displicente o empate, atirando por cima.

A meia-hora final é de sufoco por parte do México e, face à tremedeira da defesa, Ricardo aparece, de forma brilhante, nos cruzamentos ou nas saídas aos pés do adversário – quase sempre Fonseca. Do lado de Portugal alguns bons lances de Nuno Gomes – entrou aos 70 minutos – e dois remates muito perigosos de Tiago depois de jogadas de Simão.

Nos minutos que antecedem o desfecho da partida, Portugal aparece melhor e consegue terminar o jogo “em cima” do México assegurando de forma mais tranquila os 3 pontos e o 1º lugar no grupo.

Destaco as exibições de Ricardo, Maniche, Petit e Simão.



Finalmente, Simão

Muitos adeptos e, de certeza, o próprio Simão já desesperavam por ver o grande Simão do Benfica ao serviço da Selecção. O capitão do SLB é um jogador fenomenal e fundamental no clube, demonstrando uma classe ímpar nos relvados portugueses, mas por Portugal vinha faltando aquela exibição de luxo numa grande competição. A resposta já foi dada, o #11 fez, provavelmente, o melhor jogo de sempre na “equipa de todos nós” dando uma clara resposta àqueles que menosprezam o seu valor. Um golo de penalty e uma assistência primorosa para Maniche são o destaque de 90 minutos mas Simão não foi só isso. A constante velocidade, as dezenas de fintas e um brilhante sentido posicional transformaram-no no homem do jogo!

Petit tem sido muito grande! A regularidade com que tem jogado tornam-no uma das peças mais importantes de Portugal – seja a titular, seja como suplente utilizado – e Scolari sabe-o.
“Varreu” tudo o que lhe apareceu pela frente segurando, como ninguém, o meio-campo defensivo. Destaque para um corte importantíssimo aos pés de Fonseca, ainda na 1ª parte, quando este se preparava para empatar o jogo. Então aquele lance em que rodopia sobre si e finta 2 jogadores foi maravilhoso.
A forma correcta e limpa como tem abordado os jogos deste Mundial está a calar muita “gentinha”! Tem estado um pouco desaparecido nas bolas paradas e nos remates de longe mas muito pelo facto de haver inúmeras soluções nesses capítulos.


Se adeptos e imprensa tinham dúvidas sobre a condição de algum jogador dos 23, Maniche era esse jogador. O ex-jogador do Chelsea fez uma grandíssima exibição coroada com um grande golo… à Maniche. Está muito rápido, o que lhe permite circular a bola como tão bem sabe, e encheu o campo de forma sublime. O seu remate é mortífero e causou alguns problemas a Sanchez – foi o que mais vezes tentou o golo. O #18 foi o grande pivot de Portugal e até parece mais magro!

O guarda-redes do Sporting fez uma das melhores exibições por Portugal que tenho memória – aliás, tem estado muito bem na competição. Ricardo está seguríssimo nos cruzamentos – não falhou uma única recepção de bola – e com uma grande dose de auto-confiança. No jogo exterior está muito forte – como de costume – mas é na segurança dentro da área que tem brilhado.

Miguel esteve mais apagado que em confrontos anteriores e muito por causa daquele maldito penalty. Esse lance levou-o à atrapalhação nalguns lances posteriores muito pelo facto de estar visivelmente incomodado e intranquilo com toda a situação.
Amarelado muito cedo – de forma algo discutível – o lateral do Valência foi discreto ofensivamente mas imperial no que diz respeito à defesa. Tem sido dos melhores jogadores de Portugal no Mundial, sem qualquer dúvida!


Ricardo Carvalho tem estado discreto na competição. Se é verdade que não tem tido muitas falhas comprometedoras – neste jogo teve algumas, também é inequívoco que estão longe os momentos de grande fulgor com que se exibiu no Euro 2004. Resta esperar por um teste mais a sério – leia-se, um ponta-de-lança de nível Mundial – para testar todas as suas reais capacidades. Mas mesmo assim, Fonseca deu-lhe muito trabalho! Está claro que a dupla de centrais actual não tem 1/3 do brilhantismo da que faz com Jorge Andrade e isso é sinónimo de problemas para Portugal.

Tiago, que não tinha estado bem na partida frente a Angola, voltou à titularidade mas não evoluiu de forma muito visível. Algo temeroso na defesa e pouco afoito no ataque foi dos jogadores portugueses mais apagados. Fica a ideia que poderia ter feito mais qualquer coisa no lance do golo mexicano mas tem desculpa porque é visível a atrapalhação que Caneira lhe causa. Tem estado infeliz na finalização pois nas oportunidades que teve para marcar não conseguiu, nunca, desfeitear Sanchez – numa delas perdeu o golo de forma escandalosa. Precisa de uma grande exibição com as quinas ao peito para explodir definitivamente!

Talvez a exibição menos conseguida de Luis Figo neste Mundial. Mas Figo é, sempre, essencial nesta equipa pela experiência, capacidade técnica, táctica e de liderança. Fez um jogo mais de apoio ao meio-campo e defesa – sim, Figo ajuda a defender – do que de desequilíbrio ofensivo mas teve algumas dificuldades no 2º tempo – como quase todos – sendo substituído de forma correcta quando já tinha “estoirado”. Infeliz na marcação das bolas paradas.


As prestações de Fernando Meira, Hélder Postiga e Marco Caneira foram, de facto, bastante más.

Fernando Meira continua muito intranquilo e com falhas comprometedoras. É duro de rins na marcação deixando fugir o adversário com alguma facilidade – valem as dobras de Ricardo Carvalho e do trinco residente. O jogo aéreo tem sido um desastre, o que não é normal num central de quase 1,90m. Está aqui o grande problema de Portugal porque… não há mais nenhum!

O ponta-de-lança do FC Porto apenas num lance provou ser útil, ao efectuar um bom remate para defesa do keeper mexicano. No resto do jogo, Hélder Postiga, esteve completamente alheado da partida, tentando criar espaços, é verdade, mas de um avançado esperam-se remates ou pelo menos acções ofensivas visíveis e Postiga não fez nada disso. A falta que Pauleta faz é evidente!

A prestação de Marco Caneira é inqualificável. Não sei se estava nervoso ou se é falta de qualidade mas nunca vi um jogador português jogar tão mal numa Selecção A e ser tão decisivo para o... México. Foi um desespero, parecia que não sabia o que estava a fazer em campo! Todos os lances perigosos do México foram pelo nosso lado esquerdo... e tem responsabilidades no golo de Fonseca porque estava mal colocado e atrapalhou quem podia tirar a bola. A cereja no topo do bolo são aquelas duas assistências para Fonseca e Bravo – com passes laterais demasiado fracos e facilmente interceptáveis – que não tiveram arte para concluir.

E por fim os suplentes Paulo Ferreira, Nuno Gomes e Boa Morte.

A entrada de Paulo Ferreira foi uma catástrofe. Claramente fora do ritmo do jogo, no primeiro lance em que interveio de forma clara tem um lance polémico na área que poderia ter custado caro a Portugal. Depois desse lance, que poderia ter comprometido a equipa, serenou e acabou o jogo em bom plano no aspecto defensivo. Ofensivamente foi zero, como é o seu timbre, mas isso já o sabemos e não o podemos criticar, já que não são essas as suas características!

A palavra que melhor caracteriza os 20 minutos de Nuno Gomes é… lentidão! A péssima condição física e o desacerto no remate explicam a titularidade de Postiga. De Boa Morte apenas 10 minutos em campo, muita atrapalhação e nervosismo mas mesmo assim uma boa jogada, já nos descontos, que culminou num remate de Maniche à figura de Oswaldo Sanchez.


Não há duas sem três

3 jogos, 3 más arbitragens com prejuízo para Portugal! O eslovaco Lubos Michel cometeu alguns erros que lhe mancharam o trabalho de forma bem visível, pelo que se esperava mais de um dos melhores árbitros mundiais da actualidade. Expulsou Perez, por duplo amarelo, devido a uma simulação grosseira já na área mas deveria tê-lo feito, de forma directa, 35 minutos antes por uma entrada muito dura sobre Maniche – que poderia ter sido expulso, mais tarde, na resposta à referida entrada a que foi sujeito.

Ao assinalar penalty por mão de Rafael Marquez, não se compreende como deixou o mexicano incólume disciplinarmente – o amarelo era obrigatório. No que diz respeito ao penalty de Miguel, talvez com um lampejo compensatório, parece-me que decidiu de forma errada. O jogador do Valência já está em queda e, mais importante que isso, está de costas para a bola, portanto o contacto será sempre involuntário. Miguel no meio deste azar teve sorte, já que poderia ter visto, nesse lance, o 2º amarelo – tendo em conta que a falta foi assinalada.

Há ainda um lance bastante duvidoso na área protagonizado por Paulo Ferreira e Omar Bravo. O contacto do defesa português é evidente mas fica a sensação que a bola já estava fora, o que por si só, impede que seja assinalado o penalty. À primeira vista parece bem decidido pelo árbitro eslovaco.

Trabalho dos auxiliares impecável!


Depois do pleno, “alaranjar” a ambição

A vitória de Portugal sobre o México representa a primeira derrota de uma equipa cabeça de série neste Campeonato do Mundo e assegura o, tão desejado, primeiro lugar do grupo – que faz com que evitemos o confronto com a poderosa Argentina. A outro nível, Scolari aumenta o seu recorde de vitórias consecutivas – 17 por Portugal e 10 em Mundiais – e está apenas a 3 do 2º lugar do ranking do treinador com maior número de vitórias de sempre em Mundiais.

De forma algo surpreendente, pela primeira e única vez até agora, o Comité Técnico da FIFA optou por escolher como o “Man of the Match” um jogador da equipa derrotada – José Fonseca. A decisão é muito discutível tendo em conta que do lado português haveria várias alternativas. É mais uma “acha” para a fogueira do proteccionismo que a Selecção mexicana usufrui do órgão máximo do futebol Mundial.

3 jogos, 3 vitórias, 5 golos marcados, 1 golo sofrido, 9 pontos. 2º melhor resultado de sempre!
Segue-se a Holanda – o adversário desejado por quase todos – que tem um historial muito negativo contra nós – como apresentei na crónica da 2ª jornada. O jogo é já no Domingo e é de “mata-mata”!

O Scolari é o maior! Força Portugal!


NDR: Para quem não sabe, o curioso “sombrero” mexicano que Luís Figo envergou durante largos minutos, depois do final da partida, era pertença de um adepto do México que, irritado com os festejos portugueses, o atirou para dentro de campo. E o capitão, pelos vistos, gostou… sempre é melhor que cabeças de leitão!

O título do post é uma homenagem aos mexicanos ordinários que nos 1ºs 5 minutos brindaram os nossos jogadores com o referido cântico. Foram bem calados pela bomba do Maniche!


Ficha do Jogo:

Campeonato do Mundo - Grupo D (3ª jornada)

Arena AufSchalke em Gelsenkirchen

Árbitro: Lubos Michel (Eslováquia)

PORTUGAL - Ricardo; Miguel (Paulo Ferreira, 60 m), Fernando Meira, Ricardo Carvalho e Marco Caneira; Petit, Tiago e Maniche; Luis Figo (Boa Morte, 80 m), Simão Sabrosa e Hélder Postiga (Nuno Gomes, 68 m).

MÉXICO - Osvaldo Sanchez; Francisco Rodriguez (Zinha, 46 m), Ricardo Osório, Carlos Salcido e Mário Mendez (Guillermo Franco, 80 m); Pavel Pardo, Rafael Marquez, Gonzalo Pineda (Jose Castro, 69 m) e Luis Perez; José Fonseca e Omar Bravo.

Disciplina: Amarelos para Francisco Rodriguez (22 m), Miguel (26 m), Luis Perez (27 m e 61 m), Rafael Marquez (65 m), Maniche (69 m), Boa Morte (88 m) e Nuno Gomes (90+1 m). Vermelho por acumulação de amarelos a Luis Perez (61 m).

Golos: 1-0, Maniche (6 m); 2-0, Simão (23 m de g.p.); 2-1, Fonseca (28 m) .

Fotos: AFP – Getty Images

#publicado em simultâneo com os Encarnados