Agora que é oficial já se pode opinar, concreta e objectivamente, sobre a despedida de Geovanni dos quadros técnicos do Sport Lisboa e Benfica.
Sou suspeito para falar porque sou, desde os tempos do Barcelona, um grande admirador das qualidades futebolísticas do brasileiro. Por isso mesmo, não estou nada satisfeito com a saída de um dos atletas com mais classe do actual plantel.
Os contornos desta dispensa – que não o é de forma directa – são especiais mas ainda assim são susceptíveis de fortes críticas à Direcção do Futebol. Apesar de ser um facto que o contrato de Geovanni terminava na próxima época e que o jogador era dos atletas mais bem pagos, é também verdade e lamentável que não tenha havido um esforço para tentar renovar o vínculo contratual do atleta – segundo palavras do próprio.
A irregular prestação do jogador na fase final da época poderá, efectivamente, estar ligada a essa imprudência. Sendo assim, e como Geovanni era detentor, na quase totalidade, do seu próprio passe torna-se inevitável que esta saída não apresente um retorno financeiro visível.
Outra particularidade que me preocupa nesta situação é que não exista, no imediato, uma alternativa para a titularidade no lugar do brasileiro. Certamente que experiência não faltava a um dos atletas com mais jogos do plantel, o que não acontece nas opções que provavelmente o vão substituir – Manu e Carlitos.
Sou suspeito para falar porque sou, desde os tempos do Barcelona, um grande admirador das qualidades futebolísticas do brasileiro. Por isso mesmo, não estou nada satisfeito com a saída de um dos atletas com mais classe do actual plantel.
Os contornos desta dispensa – que não o é de forma directa – são especiais mas ainda assim são susceptíveis de fortes críticas à Direcção do Futebol. Apesar de ser um facto que o contrato de Geovanni terminava na próxima época e que o jogador era dos atletas mais bem pagos, é também verdade e lamentável que não tenha havido um esforço para tentar renovar o vínculo contratual do atleta – segundo palavras do próprio.
A irregular prestação do jogador na fase final da época poderá, efectivamente, estar ligada a essa imprudência. Sendo assim, e como Geovanni era detentor, na quase totalidade, do seu próprio passe torna-se inevitável que esta saída não apresente um retorno financeiro visível.
Outra particularidade que me preocupa nesta situação é que não exista, no imediato, uma alternativa para a titularidade no lugar do brasileiro. Certamente que experiência não faltava a um dos atletas com mais jogos do plantel, o que não acontece nas opções que provavelmente o vão substituir – Manu e Carlitos.
Nos 3 anos e meio que o #11 do Benfica esteve na Luz, foram muitos os grandes momentos de futebol apresentado mas também – não o escondo – apareceram algumas exibições descoloridas. Geovanni é um atleta especial, precisa de uma forte liderança no banco e por isso não é estranho que tenha sido com Camacho – e a espaços também com Trapattoni – que melhor se exibiu.
Os maus momentos a nível pessoal – a morte da mãe seguida num curto espaço de tempo pela do pai aliado à doença súbita da esposa – são factores extra-desportivos que devem ser tomados em conta no seu inferior rendimento a determinadas alturas.
A questão do seu posicionamento em campo foi sempre uma contrariedade, desde que se transferiu para a Europa, e pelos vistos é algo que nunca teve resolução aparente. Parece que se sente melhor a jogar como avançado mas é inequívoco que fez exibições bastante boas na ala direita.
Ficam na retina as duas boas épocas – na 1ª, a partir de Janeiro – com Camacho e o célebre golão em Alvalade que deu apuramento para a pré-eliminatória da Liga dos Campeões em detrimento do Sporting de… Fernando Santos, a magnifica época do título na qual fez 6 golos no Campeonato – um magnifico em Guimarães e um importantíssimo no Dragão – e 2 na Taça ao Sporting num jogo sublime.
A época de 2005/06 foi menos positiva mas de destacar os grandes jogos e os golos que fez quando jogou na frente de ataque, nomeadamente o golaço ao Manchester United, ao Gil Vicente em Barcelos e ao Paços de Ferreira na Luz.
Tenho ideia que a fase final de menor utilização no Campeonato está relacionada com esta saída que agora se confirma e com uma falta de motivação visível. E assim a responsabilidade não é só sua!
O abandono de Geovanni levanta um deficit brutal de alas, mas também alguns problemas a outro nível. Era um jogador com grande peso no plantel, que conquistou todos os títulos internos pelo Benfica, e deveria ter tido outro tratamento.
Como o próprio afirmou, estão a destruir a equipa base de Camacho e que deu muitas alegrias aos adeptos. Não quero acreditar que estamos a voltar aos tempos “Damasianos”, com um corrupio infindável de jogadores sem qualquer identificação com o clube.
Confio neste Presidente mas estou bastante apreensivo no que diz respeito às decisões tomadas já neste defeso. A “questão Miccoli” é outra situação que me apoquenta bastante – mas que deixo para outro post.
Desejo, sinceramente, muita sorte ao Geovanni no seu próximo desafio profissional!
O regresso ao Brasil parece estar quase confirmado, o que aos 26 anos parece ser demasiado prematuro num atleta de grande qualidade.
NDR: Para terminar o post em beleza deixo um novo video do Em4Lyf que é precisamente uma homenagem de despedida ao Geovanni. Obrigado por tudo "Soneca"!
Ficha do jogador:
2002/03 – 17 jogos – 3 golos
2003/04 – 21 jogos – 5 golos
2004/05 – 31 jogos – 6 golos
2005/06 – 25 jogos – 3 golos
Total: 4 épocas – 94 jogos – 17 golos
Títulos: 1 Campeonato Nacional, 1 Taça de Portugal e 1 SuperTaça
Ficha do jogador:
2002/03 – 17 jogos – 3 golos
2003/04 – 21 jogos – 5 golos
2004/05 – 31 jogos – 6 golos
2005/06 – 25 jogos – 3 golos
Total: 4 épocas – 94 jogos – 17 golos
Títulos: 1 Campeonato Nacional, 1 Taça de Portugal e 1 SuperTaça
(Os dados apresentados dizem respeito ao Campeonato Nacional).
Fotos: AFP – Getty Images
#publicado em simultâneo com os Encarnados