Laurentino Dias veio ontem pronunciar-se sobre o caso Nuno Assis:
«Este acórdão viola grosseiramente tudo o que está regulamentado e legislado a nível nacional e internacional. O que diz o acórdão é que o caso deve ser arquivado e que o jogador não pode ser punido porque não ficou provado que tivesse ingerido voluntariamente qualquer substância... Isto é ridículo!»
«Consideramos que há neste acórdão uma violação grosseira das normas antidopagem nacionais e internacionais. Remeteremos a apreciação deste caso para a Procuradoria-Geral da República, de seguida interpelaremos a Liga de Clubes e a FPF sobre as consequências de uma decisão deste género para, por fim, remeteremos à UEFA, à FIFA e à Agência Mundial Antidopagem (AMA) a apreciação do dossier, para uma possível remessa do mesmo para o Tribunal Arbitral de Lausanne.»
«O Estado e o Governo irão até às últimas consequências. Seria uma vergonha para Portugal junto das instâncias internacionais competentes se não o fizesse.»
Seria sem duvida uma declaração memorável se o Sr. em causa antes da deliberação do caso não tivesse vindo a publico defender o Conselho Nacional Antidopagem e o laboratório. Como o fez, meteu-se em cheque com a própria deliberação que foi contrária ao seu pensamento e desejo. Este é um exemplo claro de ser apanhado em contra-mão e achar que em Inglaterra é que é. Senão vejamos a sua metáfora: “É a mesma situação que um polícia me mandar parar, fazer o controlo do álcool, verificar que excedi o limite, mas precisar de saber primeiro, e depois o juiz, onde bebi e como bebi.”.
Sr. Laurentino, uma vergonha é não ter dito nada sobre o processo apito dourado, em especial na parte “O Estrela da Amadora é uma equipa de valor menor para o FCP ter de combinar o resultado” para que mais um escândalo ou uma vergonha nacional (como preferir) passasse em claro.
Sr. Laurentino, já que vai escrever a tantas pessoas (PGR, LC, FPF, UEFA, FIFA e AMA), porque não escreve também ao PN (Pai Natal)?