domingo, abril 30, 2006

Crónica 33ª Jornada - Mr. Koeman's House of Horrors!

Estádio da Luz bem composto para a despedida da época em jogos caseiros. Nestas alturas é normal a massa adepta benfiquista aderir fortemente. Não é este ano a primeira vez nem será, certamente, a última.
Com a luta pelo 2º lugar ao rubro, o facto dos jogos se disputarem à mesma hora ainda apimentou mais as emoções presentes na luta Benfica/Sporting.

Quem acompanha a equipa do Benfica mais profundamente reconhece que o fulgor dos grandes jogos já há muito tempo se esvaiu. É, por vezes, confrangedor assistir às recentes prestações – principalmente as primeiras partes. Parece que a equipa se vai arrastando, facto que não será alheio à falta de capacidade de motivação e encorajamento de Koeman para com os seus jogadores.

Ainda assim, uma coisa sempre exigível é a vontade de dignificar a camisola do clube e quem não o quiser, ou não conseguir, não terá grande futuro na Luz.

Curiosidade para ver o comportamento do “tranquilo” Vitória de Setúbal – com a permanência garantida e Taça UEFA assegurada devido à presença na final da Taça – e principalmente do influente Carlitos e de Hélio Roque. O Vitória não tem grandes vedetas mas possui uma equipa bastante boa, é um conjunto muito sólido – sofre poucos golos – e por isso mesmo, qualquer distracção poderá causar dissabores aos seus adversários.


Que é isto, Koeman?

Voltaram as invenções do holandês em grande escala. Em relação ao último jogo da Liga contra o Nacional na Choupana, Ronald Koeman fez apenas 2 alterações na equipa inicial. Regressaram ao 11: Marco Ferreira em detrimento de Geovanni – que incompreensivelmente nem foi para o banco – e Petit como substituto do lesionado Simão – a ausência de Simão e de Nuno Gomes permitiu que o internacional português exibisse, pela primeira vez na sua carreira, a braçadeira de capitão do Benfica em jogos oficiais.

Mas se a nível de jogadores no 11, as alterações não foram muitas o mesmo não se poderá dizer da disposição táctica da equipa. Assim, foi o regresso às trapalhadas do início de época. E se a estreia de Koeman na Luz se caracterizou por uma equipa com 3 centrais, espero que o último jogo do holandês em casa também tenha tido essa peculiaridade.

Portanto, a defesa consistiu em Anderson descaído para a direita, Luisão no meio e Ricardo Rocha a cobrir o lado esquerdo. O meio campo foi deixado a Petit, Manuel Fernandes e Beto com Marco Ferreira do lado direito da ala e Léo do lado esquerdo. As despesas de ataque foram atribuídas a Miccoli com o apoio do brasileiro Manduca.

Para compreender Koeman deve ser preciso um curso intensivo, para além de muita paciência. Se já foi comprovado que os 3 defesas não funcionam com este plantel – o 4-4-2 já deu provas mais que suficientes – porquê continuar a insistir? Como é possível que uma equipa de topo, como é o Benfica, jogue em casa frente ao Vitória com 3 trincos – para além dos 3 defesas já citados? Como é possível que no 11 titular se apresentem apenas 2 jogadores de características manifestamente ofensivas?
Porque não joga Karyaka e se dá oportunidades a jogadores como Marco Ferreira? Porque continua Miccoli tão sozinho na frente? Porquê insistir em Manduca como número 10? Já chega de tanto disparate!


Jogo morno com rasgos de génio

O Benfica entrou no jogo de forma bastante positiva no que diz respeito à atitude dos jogadores. Pareceram-me bastante motivados e com a astúcia necessária para conquistar a vitória. O jogo da equipa caracterizou-se, essencialmente, pela aposta nas alas mas se Léo foi sempre uma aposta conseguida com inúmeras iniciativas de grande espectacularidade, no outro lado Marco Ferreira nunca soube dar conta do recado.

Eram, também, evidentes as grandes dificuldades da defensiva em consolidar as suas posições em virtude do novo esquema apresentado – e certamente pouco treinado.
Miccoli apresentava-se muito sozinho na frente – desgaste desnecessário – apenas sendo apoiado pelas subidas dos alas, que sistematicamente flectiam para o meio do terreno. O meio-campo do Benfica excessivamente povoado dava alguns sinais de atrapalhação tal como o fraco ataque do Vitória.

Quando Anderson faz o golo, a meio da 1ª parte e no seguimento de um canto sublimemente marcado por Miccoli, as hostes foram serenadas. O golo libertou a emoção nas bancadas – o nervosismo já era visível – e também as próprias equipas. Por um lado, o Vitória assumiu mais o jogo em virtude do resultado desfavorável, mas também o Benfica melhorou bastante. Jogo mais aberto e com mais ataques de parte a parte mas o último passe insistia em não sair nas melhores condições. Carlitos foi sempre o melhor dos forasteiros mas não o foi nem de forma consistente nem de forma preponderante – alguns remates potentes mas sem direcção.


Koeman mais uma vez surpreendeu ao não fazer substituições ao intervalo. A má prestação individual de algumas unidades exigia-o – Manduca, Marco Ferreira e Beto. Porque espera o holandês, de forma sistemática, pelos 60 minutos para fazer alterações?

Como já é normal, a equipa melhorou bastante na 2ª parte criando as mais evidentes jogadas de golo. Por infelicidade dos atacantes ou pela grande prestação do adversário – Rubinho e defesas do Vitória – o Benfica não conseguiu fazer o 2-0 e tranquilizar definitivamente os adeptos. À semelhança de jogos anteriores, a intranquilidade apoderou-se da equipa nos minutos finais em virtude dos falhanços no ataque. Houve, mesmo assim, alguns lances de grande espectáculo, como por exemplo a grande jogada de Léo que Auri corta para a barra ou o estoiro de Petit para o guarda-redes do Vitória sacudir.

As entradas dos suplentes não tiveram efeitos práticos mas, em abono da verdade, o Vitória de Setúbal nunca se apresentou como uma equipa muito perigosa – apenas 5 remates contra 17 – e poderia ter perdido o encontro por uma margem mais folgada.
O Benfica termina o encontro com uns inacreditáveis 4 trincos, tendo o ponta-de-lança suplente entrado a apenas 7 minutos do final do tempo regulamentar! As inúmeras trocas tácticas durante o jogo são de ir às lágrimas, os próprios jogadores devem ter ficado na dúvida acerca do local onde jogar.

Destaco as excelentes exibições de Anderson, Luisão e Léo.


As Torres Gémeas não vacilaram

Mais uma vez o central goleador Anderson fez um golo decisivo que deu os 3 pontos à equipa. Recentemente aniversariante, o central brasileiro – à semelhança dos seus colegas da defesa – teve alguma dificuldade para se habituar ao novo esquema táctico, ainda assim e após alguns momentos de sobressalto conseguiu a tranquilidade necessária para fazer um jogo sem grandes falhas. Para quem não sabe, o gesto que faz – a chuchar no dedo – é a forma de dedicar os golos à sua filha recém-nascida. Gesto esse que Luís Garcia do Liverpool também faz, resta saber “quem imita quem”!

O internacional brasileiro Luisão fez, à semelhança do seu colega de sector, um jogo sem falhas. Mais exuberante, o #4 foi o líder da defesa. Deu a tranquilidade necessária aos seus colegas de equipa quando as coisas tremeram e mostrou toda a sua categoria nos inúmeros cortes e dobras que executou – jogando com 3 defesas é necessário uma maior concentração. Como nota menos positiva destaco a excessiva opção no jogo directo. Não sou apologista do “chutão” para a frente e por isso acho que Luisão tem de melhorar a sua forma de iniciar os ataques da equipa.

Mais um jogo explosivo de Léo. De extremo a lateral, a faixa esquerda esteve sempre bem preenchida no que a ele diz respeito. Foram muitos os lances de ataque por si criados, com algumas jogadas individuais sublimes – de fazer inveja a muitos médios – mas novamente a infelicidade na hora de fazer o golo. Nesta época, que me lembre, já são 3 remates com o esférico a bater na barra. Léo, por tudo o que tem feito no clube, merece um golo!
Para mim, o melhor em campo.


Em bom plano estiveram Fabrizio Miccoli, Manuel Fernandes e Ricardo Rocha.

O italiano foi, mais uma vez, o jogador chave do ataque do Benfica. Koeman continua a insistir no #30 a ponta-de-lança, o que não favorece o seu jogo em virtude de por vezes ficar muito sozinho na frente de ataque. Neste jogo houve, por vezes, 30 metros de distância entre Miccoli e o colega mais próximo. Acho que se deveria apostar num esquema mais ofensivo com Mantorras ou Marcel na frente, apoiados pelo italiano – era assim que Fabrizio jogava em Itália.

Ainda assim, a sua exibição é bastante positiva – como sempre é, aliás – destacando-se nalgumas jogadas fantásticas em que fintou os adversários quase de forma banal. Está no golo da equipa ao ter cobrado o canto para Anderson cabecear para dentro da baliza e por pouco não conseguiu outro na cobrança exemplar de um livre directo. Aquela finta a Veríssimo, com a bola a passar por baixo das pernas do ex-jogador do Benfica, é de levantar o estádio!


Manuel Fernandes continua a exibir-se em grande plano. Embora tenha estado menos exuberante no que diz respeito a funções mais atacantes – jogou mais recuado deixando as despesas de pivot para Petit – esteve bastante acertado no capítulo do passe. Muito lutador e acima de tudo disciplinado, foram pouquíssimas as faltas que cometeu.

Algumas dificuldades para Ricardo Rocha no início de jogo – foi o jogador menos adaptado ao esquema táctico. Teve de ser dobrado algumas vezes pelo “bombeiro” Luisão mas esteve nalguns cortes importantes principalmente a Carlitos. Não parece o mesmo jogador de há uns anos atrás, está com um nível de disciplina – nem protestos, nem entradas duras – como nunca tinha visto.


Gostei de Moretto. Há apenas um lance que parece que foi surpreendido – remate de Carlitos na 1ª parte – onde poderia ter comprometido. Fora isso esteve tranquilo e continua a revelar muita segurança a jogar com os pés. No reencontro com a ex-equipa não facilitou mas também não houve muita coisa para fazer.

O capitão de equipa, Petit, foi o pêndulo do meio-campo. Parece em fracas condições físicas e talvez por isso não tenha sido tão exuberante como costuma – o facto de não ter cobrado todos os cantos também o sugere.
Está num dos momentos mais espectaculares do encontro ao fazer um remate forte e de longe para defesa apertada do guarda-redes do Setúbal. Continua a não levantar a bola nos lances de bola parada. Precisa de descansar, são muitos jogos ao longo da época!

No que diz respeito a Manduca, a sua produtividade decresceu em relação à apresentada no encontro anterior. Menos expedito – porquê no meio, Sr. Koeman? – demonstrando alguma displicência em lances capitais. Mais uma vez estoirou na 2ª parte mas desta vez o treinador ouviu as preces de toda a gente e correspondeu com a substituição. A finalização continua um desastre e o pé direito não existe.


Os desastrados foram Beto e Marco Ferreira.
Parece-me que o brasileiro joga melhor aquando de um meio-campo só com 2 homens. Mais uma vez muito lento, faltoso e um desastre no passe. Continuo a não perceber porque continua a reter a bola quando a conquista não soltando de imediato para um colega. Rematou algumas vezes mas muito mal.

E agora o bico-de-obra Marco Ferreira.

Fico indignado quando alguém diz que o Marco Ferreira fez um bom jogo. Aquilo é o protótipo de um extremo-direito do Sport Lisboa e Benfica? Por amor de Deus, então se vissem o Vítor Paneira a jogar ou o Poborsky até se benziam!
Não sabe fintar, não sabe fazer um cruzamento de jeito, não sabe rematar, é simulador, viu um amarelo patético num jogo que até estava a ter poucas faltas e perdeu a bola mais de 100 vezes. Sinceramente não entendo o que querem do Benfica com este tipo de jogadores!


Uma coisa é um esforçado cepo e outra, um molengas craque. Apesar do Robert não correr nada por muito que o Marco Ferreira se esforce só por milagre sai dali alguma coisa de jeito. Fui só eu que o vi aquando de confrontos individuais a atrasar para o Anderson? Porra, o que é isto? Parte para o homem, caramba!

Quero lá saber se o Marco Ferreira é esforçado se não sabe fazer nada – nem encostar para a baliza só com o keeper pela frente. Contei 2 centros – um muito largo e um para o Rubinho, dois remates patéticos só com o keeper do Vitória pela frente e 2 cortes defensivos – o melhor que fez.

E por fim os suplentes Karagounis, Mantorras e João Coimbra.
Nada de positivo a assinalar deste trio. Karagounis entrou pessimamente na partida perdendo a bola em alguns lances e surpreendentemente não conseguiu entrar no ritmo de jogo – viu um amarelo que o coloca já de férias. Mantorras tocou uma vez na bola e o miúdo nem isso. Porque é que os suplentes entram tão tarde, Mr. Koeman?


Arbitragem com pequenos erros

O segundo árbitro da linhagem Soares Dias fez um trabalho sem grandes problemas. O jogo não foi de grande grau de dificuldade e os próprios jogadores facilitaram o trabalho do árbitro da AF Porto ao fazerem poucas faltas.

O lance de maior “frisson” foi a queda de Marco Ferreira na área do Vitória. Depois de um falhanço inacreditável o jogador do Benfica simula a falta atirando-se para o chão sem que haja qualquer toque do adversário. Uma simulação patética, diga-se, e por isso mesmo faltou mostrar o amarelo ao jogador.

Alguns erros a meio campo para as duas equipas mas de importância menor. Muito bem Soares Dias a nível disciplinar – retirando o lance do pretenso penalty acima referido – mostrando os cartões nos momentos correctos.
Trabalho dos auxiliares com alguns erros sendo o mais escandaloso um fora-de-jogo mal tirado a Miccoli com o italiano isolado a rematar ao lado.


Enquanto há vida, há esperança

Pena que o voo da Vitória não tenha repercussão televisiva há meses e tenhamos que aguentar Valdemar Duarte e o palhaço do repórter de campo – cilindrado pelo Manha em quase tudo o que disse.

À medida que o final de época se aproxima, mais a paciência dos adeptos se esgota. Analisar Koeman é extremamente cansativo, e mais que isso parece que o holandês faz de propósito para irritar a paciência dos benfiquistas!

A vitória do Sporting complica as contas do 2º lugar mas lá deu para nos rirmos um bocado com o enorme frango do Ricardo – o mais ridículo do ano e que vai passar em todas as TV’s do mundo, inclusive nos “bloppers” do Eurosport.
Para a semana tudo se decide, as descidas à 2ª Liga e a ida à UEFA bem como a nossa luta com os de Alvalade. Resta vencer o Paços de Ferreira e esperar que o Braga esteja com capacidade para dar e “Wender”.

Quero destacar a linda homenagem que os Diabos Vermelhos fizeram ao “bom gigante” José Torres que está, como todos sabemos, a passar momentos difíceis na vida. É nos maus momentos que o apoio de quem gosta de nós é mais importante. Força Torres!


NDR: Até já se pedem camisolas em grego e em italiano, inclusivamente os calções dos jogadores também já são pretendidos. E vai resultando, não é preciso virem feitos animais lançados das bancadas, quase agredindo os atletas, e despindo-os completamente de forma forçada. Neste clube há civismo… e também não se roubam sapatilhas aos apanha-bolas!

No seguimento do que fiz na crónica anterior deixo novo vídeo do Em4Lyf – já se torna uma referência, mesmo sendo tão jovem – que ilustra um pouco do que significa o Benfica para todos nós. Um video soberbo que é, sem dúvida, o melhor de todos os que já vi este ano.




Ficha do Jogo:

33ª Jornada da Liga Portuguesa

Estádio da Luz, em Lisboa

Árbitro: Artur Soares Dias (AF Porto)

SL BENFICA - Moretto; Ricardo Rocha, Luisão e Anderson; Léo, Manuel Fernandes, Beto, Petit e Marco Ferreira (Karagounis, 62 m); Manduca (Mantorras, 83 m) e Fabrizio Miccoli (João Coimbra, 89 m).

Treinador: Ronald Koeman.

VITÓRIA SETÚBAL - Rubinho; Adalto, Veríssimo, Auri e Janício; Sandro (Hélio Roque, 82 m), Binho e Bruno Ribeiro; Ricardo Chaves (Sougou, 73 m), Carlitos (Pedro Oliveira, 82 m) e Varela.

Treinador: Hélio Sousa.

Disciplina: Amarelos a Marco Ferreira (44 m), Léo (68 m), Petit (70 m), Sandro (74 m), Karagounis (90 + 3 m).

Golos: 1-0, Anderson (25 m).

#publicado em simultâneo com os Encarnados

sábado, abril 29, 2006

Convocados para amanhã.

Lista de convocados: Moreira, Moretto, Nélson, Ricardo Rocha, Luisão, Anderson, Léo, Petit, Beto, Manuel Fernandes, João Coimbra, Karagounis, Marco Ferreira, Karyaka, Manduca, Marcel, Mantorras e Miccoli.

Jogo: Benfica vs V.Setúbal
Competição: Liga BetandWin, 33ªjornada
Local: Estadio do Sport Lisboa e Benfica
Dia: 30/04/2006(Domingo) pelas 18h30
Transmissão Televisiva: TVI


BOA SORTE RAPAZIADA...

sexta-feira, abril 28, 2006

Agenda das modalidades

6ªFEIRA – 28/04/2006

BASQUETEBOL Liga TMN Play-off– 1/2 Finais – 1º Jogo
Benfica – Ginásio 21:00 h Pav. Açoreana Seguros

SÁBADO – 29/04/2006


FUTSAL Camp. Nacional- 24ªJornada – SPORTTV
Benfica – Rio Ave 17:05 h Pav. Açoreana Seguros

HÓQUEI EM PATINS Camp. Nacional – Poule A-4ªJornada
FC Porto – Benfica 18:00 h Pav. Municipal de Fânzeres

DOMINGO – 30/04/2006

BASQUETEBOL Liga TMN Play-off – 1/2 Finais – 2º Jogo– RTP 2
Benfica – Ginásio 15:05 h Pav. Açoreana Seguros


Já devem ter reparado na minipool

A minipool que está no lado direito do vosso ecrã serve para entender até que ponto a visão social/psicanalise do marvermelho está certa ou errada. Como todos os que cá veem e abrem a pop-up dos comentários já repararam, o ruído é imenso e esse mesmo "chavascal" (próprio de clubes pequenos que são carregados de adeptos pequenos) invariávelmente distorce o tópico em debate.
Se achas que as regras se devem manter, usa o teu voto nas duas primeiras opções. Se achas que devemos apagar todos os comentários de gente que só cá vem para chatear e fazer ruído, vota na ultíma opção.

Por um blog mais limpo!

quinta-feira, abril 27, 2006

Parabéns Anderson! - 26 Anos



Anderson Cléber Beraldo
Data de nascimento: 27/04/1980
País: Brasil
Cidade: São Paulo
Posição: Defesa Central
Peso: 80Kg
Altura: 1,86m
No Benfica desde: 2005/2006 - 3 Golos (Liga BetAndWin.com):
Benfica 4 - 0 U. Leiria 3' - 4ª Jornada - 18/09/2005
Sp. Braga 3 - 2 Benfica 20' - 11ª Jornada - 19/11/2005
Benfica 1 - 0 Boavista 45' - 14ª Jornada - 11/12/2005


Jogos Realizados: 27
Jogos Como Titular: 25
Minutos Jogados: 2.468

Cartões:
Amarelos: 4
Duplo Amarelo: 0
Vermelhos: 0

Anderson é um defesa-central "determinado e prático". Eficaz na marcação, é também forte no jogo aéreo, aliando ainda a rapidez de movimentos a um excelente posicionamento em campo.


Começou aos 7 anos (!) nas escolas do Corinthians, onde perfez todo o trajecto dos diversos escalões de formação até chegar ao "1ª Team", em 2000, fazendo parte do grupo que se sagrou Campeão do Mundo de Clubes.
Em 2001 foi Campeão do Estado de São Paulo.
Em 2002, já como titular indiscutível e capitão de equipa, venceu o Torneio Rio-São Paulo e a Taça do Brasil.
Na temporada 2004/05, o Corinthians contratou "Carlitos" Tevez, ao Boca Juniores, e o Campeão Europeu pelo FC Porto, Carlos Alberto, mas o "Timão" não "brilhou", levando à destituição do cargo de treinador, de Daniel Passarella, após uma derrota "inesperada" em jogo a contar para a Taça do Brasil. Mesmo assim, Anderson foi sempre uma das figuras da equipa, e decide transferir-se para o Benfica no início da temporada futebolistica que agora finda em Portugal, após terminar contrato com o "Timão".

É internacional pela Selecção do Brasil, onde se estreou a 27 de Abril de 2005 (no dia em que fez 25 anos), no jogo de despedida de Romário, no estádio Pacaembu, em São Paulo. O Brasil ganhou 3-0 à Guatemala, e adivinhem lá:

- Quem "fez funcionar o placard"?

Muito fácil, esta...

- Anderson, de cabeça, logo aos 4 minutos!

Muitos e bons anos de águia ao peito, com muitos sucessos, são os votos da equipa do Mar Vermelho.

Abração, cara! ;)

terça-feira, abril 25, 2006

Procurador de Gondomar...."on-fire"!


O Sr. Procurador de Gondomar (aquele de assinatura ilegível) continua em alta. Depois de soltar uma ave rara, manda prender todos os pombos brancos de Gondomar alegando que, cada vez que passava por um, o sacana do animal o ofendia-o assim:

CU-CURRUPTO, CU-CURRUPTO

Acho bem, tem que se respeitar a lei e a prostitui.....a justiça! Por mais cega que ela seja!

O Apito Mafiado!


Há certas alturas na vida em que mudamos a forma de pensar e/ou agir em consequência de uma situação – adversa ou não. O tremendo choque que tive com a notícia do arquivamento das suspeitas de corrupção por parte de Pinto da Costa, no âmbito do processo Apito Dourado, fez-me recapitular todos os sentimentos de justiça e honestidade no futebol. Foram 2 anos a esperar que algo mudasse nesta podridão de mais de 20 anos, foram 2 anos de muita expectativa, foram 2 anos a acreditar que a Máfia do futebol seria expulsa de vez, foram 2 anos de fé!

Se na vida me considero uma pessoa honesta que nunca prejudicou ninguém em seu benefício ao constatar tal novidade coloquei tudo, o que sinto e gosto no desporto, em causa. Amo o meu país mas hoje sinto-me profundamente envergonhado por ter nascido em Portugal. Tenho vergonha em ser português e tenho vergonha da maioria dos meus compatriotas.

Não há justiça neste país deplorável! Vergonha, vergonha, vergonha!

Se afinal de contas apenas o desgraçado é punido para quê lutar pela honestidade e transparência? Se as provas estão lá porque não se condenam as pessoas, porque se olha para o lado, porquê a impunidade dos mesmos?

A partir de hoje nunca mais vou sentir incómodo em ouvir que individualidades do meu clube poderão não ser as mais sérias e honestas. A partir de hoje vou torcer para que o Benfica ganhe todos os jogos com um golo “à Vata” e em fora-de-jogo, já nos descontos da partida!
A partir de hoje vou torcer para que os adversários do meu clube sejam escandalosamente roubados, vejam os seus jogadores expulsos e percam com golos em penaltys que não existem!
A partir de hoje vou torcer para que os dirigentes do meu clube sejam os mais corruptos do mundo mas que defendam o Benfica nem que para isso tenham de roubar, subornar, mafiar ou vilipendiar!

Se o Benfica comprou o Campeonato de 2004/05… ainda bem, venham mais!
Se o Benfica era o clube beneficiado pelo antigo regime… formidável!
Se José Veiga comprou os jogos com o Estoril… excelente, pena que não tenham sido mais!
Se o Benfica aliciou jogadores adversários em vésperas de confrontos directos…. óptimo!
Se o Benfica é “levado ao colo”… perfeito, que o seja em todos os jogos!

Nunca mais vou ser inocente e parolo, nunca mais vou acreditar na justiça! “Se não os consegues vencer, junta-te a eles!” Porque para mim o Portugal honesto pelo qual gritava acabou!

#publicado em simultâneo com os Encarnados

Crónica 32ª Jornada - Quem não trabuca, não Manduca!!

Depois de um excelente resultado no Bessa aliado ao empate do Sporting na Reboleira, a luta pelo 2º lugar ficou ao rubro. A ida à Madeira afigurava-se, então, de importância vital na tentativa de conseguir assegurar, miraculosamente, um tão importante 2º lugar com acesso directo à Liga dos Campeões.
No rescaldo de mais um título do FC Porto e com a consequente eminente perda do estatuto de Campeões Nacionais, esperar-se-ia – como sempre – uma grande atitude aos profissionais do Sport Lisboa e Benfica. Surpreendente a recepção no aeroporto do Funchal, com mais de 2 centenas de madeirenses em festa por reverem a equipa do seu coração.

Defrontar o Nacional já foi mais complicado. A equipa da Madeira perdeu muito do “gás” da 1ª volta e parece que se arrasta até ao fim do Campeonato – infelizmente um pouco à semelhança do Benfica. Tem os seus melhores jogadores em clara baixa de forma e até a sua posição na Liga parece consolidada em virtude do fraquejar final do Boavista.

Ainda assim é sempre difícil jogar nas ilhas. Se repararmos os jogos em confronto com o Marítimo ou com o Nacional – à distância também com o Santa Clara – são sempre revestidos de grandes dificuldades para os visitantes. A explicação poderá estar nas viagens de avião muito em cima do jogo – para quem não está habituado é complicado – ou ainda nas vicissitudes do ambiente e pressão atmosférica existente. No caso do Nacional a altitude a que está o estádio também poderá influenciar.

O Estádio Eng.º Rui Alves – deve ser dos poucos no Mundo que tem o nome de um presidente em plenas funções directivas – é dos mais pobres da 1ª Liga. Apenas uma paupérrima bancada para menos de 4 mil pessoas e com um relvado de fraquíssimo nível – onde em muitos locais a bola não rola, saltita!
Típica também, a claque feminina do Nacional que não insultando ninguém – belo exemplo que dá – desgasta a paciência do público com os inesquecíveis gritos estridentes, bombos e buzinas. Não há necessidade!


Koeman sem surpresas

Em relação ao último jogo da Liga contra o Boavista no Bessa, Ronald Koeman fez 3 alterações na equipa inicial. Regressaram ao 11: Beto no lugar do lesionado Petit – não se quis arriscar a utilização depois do preocupante traumatismo craniano, Geovanni para o apoio a Miccoli no lugar de Karagounis – depois de mais uns 1ºs 45 minutos desinspirados do grego – e Ricardo Rocha regressou à lateral-direita em virtude da má condição física de Nélson – ainda a pubalgia a limitar o jovem internacional sub-21.

Antes do jogo começar, apostei no 11 escolhido por Koeman sem saber que era esse o que o holandês iria colocar em campo. Parece-me que é uma equipa inicial de grande qualidade embora tenha ficado estupefacto com mais uma azelhice. Não perceber que Manduca é um ala – nunca um nº 10 – e que Miccoli não é ponta-de-lança – na conferência de imprensa voltou a afirmá-lo – é incompreensível.

Koeman tem estado bem nos últimos tempos no que diz respeito à escolha dos jogadores titulares mas continua com opções estratégicas que não consigo entender e que prejudicam a equipa e os próprios jogadores, de forma clara.


Quem não marca, arrisca-se a sofrer

O Benfica entrou, mais uma vez, muito mal no jogo. Mandão mas pouco ambicioso com apenas um Miccoli muito afoito com vontade de mostrar serviço – o italiano sofreu 6 faltas nos 1ºs 20 minutos. A opção em trocar de posição Manduca e Geovanni revelou-se um fiasco com claras dificuldades para os atletas em questão.
Bem comandado por Manuel Fernandes, o Benfica resumia-se a um Luisão imperial na defensiva e um Fabrizio Miccoli com “fome de golo”. Quando aos 20 minutos, Moretto faz uma defesa impossível aos pés de Miguelito – no 1º remate dos insulares, depois de um falhanço monumental de Anderson – Koeman acordou e trocou a frente de ataque. Assim, Manduca flectiu para o lado direito e Geovanni surgiu no apoio ao #30.

Com essa opção apareceu Manduca e o jogo do Benfica mudou um pouco. Mais velocidade e principalmente mais jogo pelas alas já que antes a equipa nunca o conseguiu fazer. E quando parecia que a qualquer momento o Benfica poderia inaugurar o marcador em virtude da maior posse de bola, Simão lesiona-se sozinho e limita a equipa durante uns 3 minutos – esteve a ser assistido fora de campo. Ainda regressou mas em más condições físicas o que levou Koeman a fazer entrar Laurent Robert para o lugar do capitão encarnado. A saída de campo de Simão permitiu ver aquilo que já queria ver há muito tempo: Luisão com a braçadeira de capitão.

A primeira parte terminou deixando a ideia de pouco futebol, poucas oportunidades de golo e no Benfica alguns jogadores pareciam jogar em regime de treino onde apenas as iniciativas individuais de Manduca e Miccoli espevitavam a equipa.


Koeman, na 2ª parte, apostou em Laurent Robert colado ao lado direito e Manduca na posição oposta e foi precisamente o brasileiro, depois de uma desmarcação na esquerda, que endossou a bola a Miccoli. A genialidade do italiano fez o resto e adiantou o Benfica no marcador com um belo golo logo no 2º minuto.
Na jogada seguinte, Manduca poderia ter sentenciado o resultado mas falhou escandalosamente num remate de cabeça defendido por Hilário.

O Benfica foi segurando o resultado mas sempre com maior domínio e com as melhores oportunidades. Moretto foi importante nalguns lances esporádicos de contra-ataque do adversário e com Karagounis em campo – substituindo o inconsequente Geovanni – a equipa ganhou a consistência ideal para terminar a partida em tranquilidade.
Manduca falhou mais dois golos – um de cabeça após livre de Robert e outro num remate de fora da área – e até o grego teve um excelente remate de longe que por pouco não fez o merecido 2-0.

Mas é na substituição de Mantorras por Miccoli que o Benfica começa a perder o controlo da partida. No Bessa, Koeman tirou o italiano colocando Mantorras em campo e a opção resultou. Na Choupana, o Benfica já não tinha Simão para colocar a bola jogável no angolano e Manduca estava estoirado há pelo menos 15 minutos. Foi visível a falta de audácia do holandês – imagem de marca nesta época – principalmente tendo em conta a atitude final de Manuel Machado. O técnico do Nacional apostou tudo nos minutos finais, como costuma fazer, e o treinador do Benfica não conseguiu responder à altura do desafio.

Ainda assim o golo do Nacional não é da sua inteira responsabilidade já que há um falhanço de Luisão no momento imediatamente antecedente ao remate do defesa-central insular. No entanto, o mau resultado só pode ser imputado ao treinador visto que não conseguiu tranquilizar e reorganizar a equipa nos instantes fundamentais. Se não está no Benfica para isso o que está lá a fazer?

Destaco as excelentes exibições de Manuel Fernandes, Moretto, Manduca e Fabrizio Miccoli.


M&M’s em grande nível

Manuel Fernandes continua a pautar as suas exibições num nível fantástico. Foi, para mim, o jogador que manteve a exibição em alta ao longo de toda a partida e, mais uma vez, apresentou-se determinante no que de bom a equipa fez.
Continua com os índices de recuperações de bola inigualáveis em qualquer outro companheiro de equipa e conseguiu ocupar a posição de Petit – a de controlo do meio-campo – a 100%. Tem algumas jogadas individuais, passando por 2 ou 3 adversários, que demonstram toda a sua categoria e importância no clube. É uma pérola! O melhor em campo, indiscutivelmente.

Parece, finalmente, que Moretto atingiu o ponto de tranquilidade tão esperado. A segurança foi tanta que até deu para tentar – e conseguir, diga-se – fintar, por duas vezes, avançados do Nacional da Madeira. Esteve brilhante aos 20 minutos – com os pés, a remate de Miguelito, aos 59 – estoiro de André Pinto – e aos 61 – num canto atabalhoado mas perigoso. Sem responsabilidades no golo de Ricardo Fernandes, o guarda-redes brasileiro foi sempre a imagem da confiança. Uma excelente exibição!

Já vi muitas opiniões díspares em relação à produção de jogo de Gustavo Manduca. Para mim, o brasileiro fez um dos melhores jogos ao serviço do Benfica. Só não foi o melhor em campo devido à notória – menos para Koeman – quebra física na 2ª metade da 2ª parte. Até aí o #23 foi sempre dos mais esforçados, o mais desequilibrador e o verdadeiro obreiro das jogadas de maior perigo por parte da equipa do Benfica.
Fez uma assistência primorosa para desmarcar Miccoli no golo encarnado e falhou, é verdade, mais 3 golos. O 1º num cabeceamento fraco e displicente, o 2º num novo cabeceamento depois de um livre de Robert e o 3º num remate fantástico de fora da área – grande defesa de Hilário.
Precisa melhorar a finalização mas já demonstrou que é um jogador extremamente útil ao clube – deveria ter sido ele o inscrito na Liga dos Campeões.

Mais do mesmo de Fabrizio Miccoli. Potência, vontade, irreverência, disponibilidade e… golos – um bem bonito, por sinal. Que fantástico jogador é o italiano! Uma verdadeira referência do ataque e apesar de ter estado muito em cunha com os centrais – não percebo o que Koeman quer fazer com esta opção – dá sempre tudo e nunca desiste. Confesso que, na actualidade, é o jogador do Benfica que mais gosto de ver actuar. Parece um gigante do alto do seu… 1.68m! Fica Miccoli!


Exibição quase perfeita de Luisão não fosse aquele falhanço monumental de marcação no golo do central adversário. Posso precipitar-me em dizer que a culpa é… das botas. Foram muitas as vezes que Luisão escorregou no campo, se na 1ª vez que a situação foi grave deixou fugir um avançado para depois ter de o agarrar e ver amarelo, a 2ª vez deu golo – deixando o adversário saltar completamente sozinho. Foi pena porque se assumiu imperial no resto do jogo. Será que também não gosta de pitons de alumínio?

Tal como o seu colega de sector, Anderson teve algumas dificuldades em segurar os velozes avançados do Nacional – o eterno problema da defensiva do Benfica. Quase comprometia com duas fífias monumentais, a 1ª no primeiro tempo que originou um remate perigosíssimo de Miguelito salvo por Moretto, a 2ª ao deixar fugir André Pinto que rematou ao lado. No entanto, destaco um grande corte aos 86 minutos quando o #9 do Nacional se preparava para fazer golo.

Léo baixou muito o seu nível exibicional mas tem uma enorme desculpa: não deverá estar a 100% depois daquela lesão incrível no último jogo. Se a nível físico poderá estar bem o mesmo não se pode dizer dos índices psicológicos – um lance daqueles limita qualquer um, até me surpreende que tenha jogado nesta jornada.
Não comprometeu defensivamente – como raramente o faz – mas ofensivamente foi anormalmente comedido.

Bom jogo de Ricardo Rocha. Viu-se algumas vezes no ataque – tem uma jogada fantástica a ultrapassar em sprint 2 adversários para cruzar ganhando canto – mas defensivamente foi algumas vezes dobrado por Luísão. Muito forte e muito disciplinado!


A lesão de Simão fez com que o capitão do Benfica fizesse apenas 35 minutos em condições ideais. Estava a fazer uma boa exibição – esforçada mas pouco brilhante – e por isso fez bastante falta à equipa.
Segundo li, a entorse na tibiotársica esquerda coloca-o em dúvida para o próximo jogo. Felizmente estará em condições para o Mundial, confesso que pensei que o cenário de 2002 se repetisse.

O “guerreiro” Beto exibiu aquilo que de melhor faz: muita luta mas pouco discernimento na altura do passe. Foi importante porque segurou o meio-campo do Nacional – Manuel Fernandes esteve mais solto – e mesmo assim conseguiu alguns bons passes lateralizados principalmente para o lado direito do ataque. Jogou quase todo o jogo com um amarelo, facto que Koeman parece não ter levado em conta. Obviamente que prefiro Petit mas o loiro brasileiro já demonstrou que é útil em jogos da Liga Portuguesa.

Geovanni demonstrou a péssima forma actual. Foi uma completa nulidade, zero remates, sem velocidade e com pouca mobilidade. Melhorou quando foi colocado no apoio a Miccoli mas de um jogador desta craveira espera-se muito mais. Foi tardiamente substituído, numa exibição desastrada.

E por fim os suplentes Laurent Robert, Karagounis e Mantorras.
Do francês já não espero nada, até a sua forma de aquecer me irrita. Parece tudo um frete!
O destaque do jogo foi uma jogada em que se fintou a ele próprio e cruzou para fora. Alguns cruzamentos que nem deram para suar a camisola deixando a equipa a jogar com 9 – o que não joga e o que estorva.

Mais uma excelente entrada de Karagounis em campo – a verdadeira arma secreta. Teve 2 golos nos pés em dois estoiros de fora da área ao lado. Foi, mais uma vez, muito importante na tentativa de controlar o meio-campo do Benfica.

Mantorras fez pouco mas não teve oportunidades para mais. Uma jogada em que fintou 2 adversários e tocou para o lado, e um outro lance em que estava em fora-de-jogo.

Num jogo fácil, arbitragem segura e sem polémica

Já todos conhecemos as polémicas e vergonhosas arbitragens de Olegário Benquerença. E por isso mesmo foi com algum receio que soube da sua nomeação para esta partida complicada.
Se é verdade que a dificuldade do jogo foi de baixo nível, o árbitro de Leiria pareceu-me analisar a maioria dos lances de forma correcta.

A arbitragem não foi imaculada mas sem erros grosseiros.
Aos 8 minutos de jogo há um lance de remate ao braço de Luisão que poderia deixar algumas dúvidas. Na repetição vê-se o brasileiro a colocar os braços para trás das costas juntando também as duas mãos. Qualquer contacto após essa atitude nunca poderá ser considerado faltoso. Infelizmente algumas televisões já começaram a inventar – a SIC Noticias e a RTP principalmente – e o próprio Coroado afirma o contrário de todos no Tribunal d’O Jogo. Leiam a análise completa e vejam o que ele diz em relação aos lances duvidosos. Se não fosse tão grave dava para rir!

Miccoli foi, talvez, o jogador mais castigado com faltas, no entanto pareceu ficar por assinalar – é longe e pelas péssimas imagens e difícil descortinar – uma falta dura sobre o italiano junto à entrada da área – um pouco depois desse lance de Luisão – e que o levou ao chão por alguns segundos.

Na segunda parte, perto dos 80 minutos, há novo lance duvidoso na área desta vez entre Anderson e Alexandre Goulart. Mais uma vez as imagens são muito distantes e em nenhuma se vê qualquer contacto ilegal entre os dois jogadores brasileiros. O defesa-central do Benfica salta à bola e depois há um choque inevitável com o avançado do Nacional.

Trabalho dos auxiliares perfeito com os poucos foras-de-jogo existentes bem assinalados.


Fim-de-semana negro

O desportivismo que tenho exige que consiga aguentar os festejos de um título do FC Porto, mas não consigo.
Para além de tudo o que é do domínio público relativamente à corrupção de Pinto da Costa – deve ser o único clube Campeão Nacional no Mundo inteiro com um presidente arguido por corrupção de árbitros – o ódio que a maior parte dos adeptos do FCP têm ao Benfica é indescritível. Assim, ao comemorar o único golo da sua equipa que daria o título – num penalty que não existiu, sintomático naquele clube – a primeira coisa que se canta no Estádio 25 de Abril é o “SLB, SLB… Filhos da P*ta”! Simplesmente vergonhoso e demonstrativo da mentalidade daquela gente!

E o que dizer da invasão de campo antes do jogo terminar? Selvajaria autêntica! Recordo que na última jornada da 2ª Liga Francesa vários adeptos do Bastia invadiram o terreno no jogo com o Caen interrompendo a partida durante sensivelmente 10 minutos – perdiam os da casa por 0-2. O árbitro terminou o jogo e já hoje a Comissão Disciplinar da Liga Francesa atribuiu uma derrota por 0-3 ao Bastia suspendendo o estádio do clube. Mas isto é em França, onde há respeito e justiça!

Mas o que choca ainda mais é que o mais escandaloso caso de corrupção desportiva em Portugal continue a passar impune – nunca foi referido na TV ou jornais nos últimos tempos – dando a ideia de uma idoneidade insuspeita de todos os envolvidos. A maior vergonha está na nomeação de um árbitro arguido do caso para o jogo do título. Se bem se lembram, Augusto Duarte foi acusado de prejudicar o Benfica de forma propositada num recente Nacional 3-2 Benfica. A transcrição das escutas telefónicas era clara quando se falou no nome do árbitro e em “rebuçadinhos” mas Augusto Duarte foi ilibado por “falta de provas”. Ninguém, mas ninguém ligado à imprensa falou nisto!

A bomba do dia é a tentativa de arquivamento do caso, isto não pode ficar impune! Exijo justiça, o país não pode ser isto!

Não bastando isto, nos festejos pela conquista do 21º título do FCP – o 13º de Pinto da Costa – houve um sem número de Casas do Benfica vandalizadas no Norte do País. O exemplo mais cabal cabe à Casa do Benfica de Vizela – a apenas 30 km de Penafiel – que teve de ser “guardada” pela GNR, reforçada com elementos de outras localidades, para que não acontecesse uma reedição do escândalo que foi o ano passado na Avenida dos Aliados.


Se o Sábado foi negro para os benfiquistas – embora a festa portista tenha sido praticamente só no Porto, em Leiria contei 19 adeptos a festejar – o Domingo não foi melhor.
O Benfica perdeu a final da Taça de Portugal em futsal para o rival Sporting. Resultado de 9-5 e perfeitamente merecido.

E depois dessas duas “derrotas” a equipa de futebol não consegue vencer na Madeira. O resultado foi injusto mas de injustiça não vive o desporto. O Sporting não se deu bem na Batalha Naval e atenuou a desilusão, deixando tudo em aberto no que diz respeito à conquista do 2º lugar.

A época – à excepção da Liga dos Campeões – tem sido um desastre muito por culpa do erro de casting que é o treinador do clube. Mas isso é uma análise que deixo para outro post mais lá para o fim do Campeonato.
Por enquanto é preciso acreditar que o Benfica ainda pode assegurar a 2ª posição da Liga e é com esse pensamento que os jogadores têm de entrar em campo.

Força Benfica!



NDR: A transmissão do jogo na SportTV foi horrível, penso que para toda a gente. O sol impossibilitava que se analisassem os lances da forma mais correcta e a câmaras colocadas demasiado longe dificultaram de tal modo a visualização do jogo que foi quase impossível ver alguma coisa do lado contrário do campo. Foi, por vezes, difícil ver as próprias marcações do campo. Futebol àquela hora na Choupana não funciona televisivamente! Ainda assim, tudo o que não seja TVI e Valdemar Duarte é, sempre, muito mas muito positivo.

Deixo dois excelentes vídeos de users do serbenfiquista.com – sou visitante assíduo – que demonstram muito do que escrevi e o que outros têm falado. O primeiro da autoria do pluribus_unum retracta um pouco do Apito Dourado e o segundo da autoria do Em4Lyf – grande obreiro de vídeos, tenho bastantes – explora o “Levado ao Colo” benfiquista.

Ficha do Jogo:

32ª Jornada da Liga Portuguesa

Estádio Engº. Rui Alves na Choupana (Madeira)

Árbitro: Olegário Benquerença (AF Leiria)

NACIONAL DA MADEIRA - Hilário; Patacas, Ricardo Fernandes, Fernando Ávalos e Alonso (Marchant, 65 m); Bruno (Chilikov, 78 m), Cléber e Chaínho (André Pinto, 54 m); Alexandre Goulart, Juliano e Miguelito.

SL BENFICA - Moretto; Ricardo Rocha, Luisão, Anderson e Léo; Beto, Manuel Fernandes; Geovanni (Karagounis, 63 m), Manduca e Simão (Laurent Robert, 45 m); Fabrizio Micolli (Mantorras, 83 m).

Disciplina: Amarelos a Beto (23 m), Miguelito (27 m), Ricardo Fernandes (46 m), Cléber (72 m) e Manuel Fernandes (89 m).

Golos: 0-1, Fabrizio Miccoli (48 m); 1-1 por Ricardo Fernandes (88 m).

#publicado em simultâneo com os Encarnados

segunda-feira, abril 24, 2006

ASSIM SE VÊEM OS ANIMAIS DO COSTUME

«GNR defende Casa do Benfica nos festejos dos adeptos portistas

Um enorme aparato policial defendeu esta noite a Casa do Benfica em Vizela dos excesso de cerca de três dezenas de simpatizantes do FC Porto que em lugar de festejarem com civismo o título conquistado pelo seu Clube, decidiram provocar o simpatizantes do Clube rival.
A festa dos portistas até estava a decorrer ordeiramente com centenas de viaturas devidamente engalanadas com as cores azul-branca do FC Porto a percorrerem as ruas principais da cidade. Só que a partir de determinada hora mais de três dezenas de adeptos do Porto dirigiram-se para a frontaria da Casa do Benfica em Vizela onde aos cânticos de «SLB, SLB, filhos da p... SLB» foram provocando quem estava no interior da Casa do clube rival. Carlos Valente (da Pastelaria Fina) deslocou-se propositadamente para o local para evitar a invasão...até que chegou a GNR.
A GNR de Vizela, que pediu reforços, estacionou meia dúzia de viaturas para impedir qualquer vandalismo numa altura em que as bandeira já batiam nas vidraças da sede. Uma viatura com a "policia de choque" estava de prevenção mas não chegou a intervir e não se registarm quaisquer problema desde a chegada dos homens da autoridade até que todos dispersaram do local.
Os adeptos portistas começaram por se concentrar em frente à sede dos «Dragões do Vale do Vizela» na rua Ferreira Caldas mas à falta de qualquer programa festivo foram arredando dali para em frente à Casa do Benfica. Recorde-se que no ano passado os adeptos do Benfica de Vizela festejaram ordeiramente em frente à sua Casa do título conquistado pelo seu Clube sem que se tivesse registado o mínimo problema e nem mesmo uma única palavra ofensiva foi proferida. Esta é a realidade. O Porto sagrou-se campeõa a cerca de 30 km de Vizela, em Penafiel onde venceu por 0-1.»

«Presidente da Casa do Benfica indignada com violência dos adeptos portistas

Em relação à notícia publicada neste diário que dá conta da atitude incorrecta de adeptos portistas para com a Casa do Benfica em Vizela e que mereceu a presença da GNR de Vizela e de outros quartéis, recebemos da presidente da Direcção da Casa do Benfica, Drª Maria do Resgate Salta a seguinte nota: «Não foram 3 dezenas, mas sim 3 centenas de adeptos do FCP que armaram os distúrbios. E não foram só as bandeiras a bater nos vidros, mas também outros objectos, para além das ameaças dirigidas às pessoas que saíam da Casa do Benfica e aos que se encontravam lá dentro. Na qualidade de Presidente já fiz um comunicado que posteriormente vou enviar para ser publicado. Cenas deploráveis, que até a GNR de Penafiel se admirou e repudiou, que ficam mal para o nosso Concelho.»

Resultado das modalidades

6ªFEIRA – 21/04/2006

BASQUETEBOL Liga TMN Play-off – 1/4 de Final – 3º Jogo
Benfica 99–81 Oliveirense

SÁBADO – 22/04/2006


FUTSAL Taça de Portugal-Final-Four – 1/2 Final
Sp. Pombal 3–7 Benfica

ANDEBOL C.Divisão de Elite-Play-off – 1/4 de Final – 2ªmão
Benfica 24–22 Francisco da Holanda

HÓQUEI EM PATINS Camp. Nacional – Poule A-2ªJornada
Benfica 2–1 Juv.Viana

DOMINGO – 23/04/2006

BASQUETEBOL Liga TMN -Play-off– 1/4 de Final – 4º Jogo
Benfica 90–88 Oliveirense

FUTSAL Taça de Portugal-Final-Four – Final
Sporting 9–5 Benfica

domingo, abril 23, 2006

Joaquim Rita

"A Naval tem que estancar a hemorragia de futebol atacante do Sporting!" (2ª parte SCP-Naval)

Olha, ponham BetAndWin!

Madeira um caso à parte...

A luta pela entrada directa na LC do próximo ano tem hoje mais um capitulo. Enquanto vamos à Madeira, Choupana, o Sportem recebe o aflito Naval.
As deslocações à Madeira são dificeis para toda a gente quer seja no Funchal ou na Choupana mas principalmente no campo do Nacional. Aquelas "peixeiras" a gritar todo o jogo fazem mossa, pelo menos devem provocar uma boa dor de cabeça a quem está perto delas. O clima particular da Madeira e o jogar em altitude parece que nunca é tido em conta pelos clubes adversários dos insulares. Não percebo como clubes de alta competição não tem profissionais que vejam isto e continuem por isso a ir sempre no dia anterior aos jogos para a Madeira. Este é o jogo exemplar no que concerce a ser necessário um estágio nos dias anteriores ao jogo na Madeira mas ninguem vê isto.
Outro aspecto que não joga a nosso favor é o facto de o Nacional precisar de ganhar para a luta pela UEFA. O motivo de jogar contra o Benfica já é por si motivador ter ainda mais este e pelo facto do treinador do insulares ser um anti-benfiquista primário só faz com que o jogo seja muito mais complicado. Mas tenho total confiança no nosso rato atómico Miccolli e no nosso talisma Mantorras!!! Eu hoje quero só uma vitoria do Benfica e se for com bom futebol melhor!!! Espero que não haja a merda do anti-jogo que é caracteristico no nosso futebol!!!
Força BENFICA!!!

sábado, abril 22, 2006

Convocados para amanhã.


Jogo: Nacional vs Benfica
Competição: Liga BetandWin, 32ªjornada
Local: Estádio Engenheiro Rui Alves
Dia: 23/04/2006(Domingo) pelas 18h30
Transmissão Televisiva: SportTv


Lista de convocados: Moretto, Moreira, Anderson, Luisão, Léo, Nélson, Ricardo Rocha, Karagounis, Geovanni, Marco Ferreira, Beto, Simão, Manduca, Manuel Fernandes, Robert, João Coimbra, Mantorras, Marcel e Miccoli.

BOA SORTE CAMPEÕES!!!

sexta-feira, abril 21, 2006

Liberdade de expressão! Sabe o que é?


Filipe Soares Franco não consegue largar o pé a Luís Filipe Vieira e sentiu-se mal com o apoio que o dirigende do Glorioso deu a Dias da Cunha:

"a questão nem se põe, até porque Dias da Cunha já disse que não era candidato à Liga, pois é uma pessoa reformada". "Eu nunca convidaria um ex-presidente de um clube sem consultar o actual presidente desse clube. A presidência da Liga é uma questão delicada e tem que se encontrar o máximo consenso possível entre clubes".

Será que alguém acredita neste senhor, após nos ter brindado com estas pérolas abaixo referidas?

"Esta era a única forma pela qual não queria chegar a presidente", Soares Franco, após ser cooptado para suceder ao demissionário Dias da Cunha 20/10/2005

"Comecei a construir um projecto e se essas ideias passarem no Conselho Leonino e na Assembleia Geral, sinto-me na obrigação de me candidatar [às eleições presidenciais]. Fá-lo-ei com prazer" , 12/01/2006

"Caso tal não se verifique [vitória na AG], não terei outra decisão a tomar senão a de pedir a demissão do Conselho Directivo e provocar eleições antecipadas", 22/02/2006

"Se a proposta não for aprovada demito-me amanhã" - PRESIDENTE LEONINO EM GRANDE ENTREVISTA, 23 Fevereiro de 2006.

"Não tenho outra palavra. Não sou candidato", Após derrota na AG 20/03/2006

"As decisões não devem ser irreversíveis, ou seja, nunca se deve dizer nunca. Guardo uma última palavra para o último momento, porque tenho de ter a noção exacta que é fundamental, ou não, candidatar-me", 06/04/06

"Confirmo que vou apresentar a minha candidatura à presidência do Sporting", 12/04/06

in’http://comentariosdabola.blogspot.com

PS: Tenho um “feeling” que Soares Franco irá pedir a Valentim Loureiro que reconsidere (lembrando o seu próprio caso) na posição de não se recandidatar à presidência de Liga de clubes…sem consultar João Loureiro.
Será que este senhor sabe que estamos a 4 dias do 25 de Abril, dia da Liberdade?

quinta-feira, abril 20, 2006

Cromos do marvermelho




Todos ao Marquês, ou não!

É clara a inveja que o Sporting tem pelo lugar que o Benfica ocupa. Quando estavamos em 2º lugar a lagartagem só sonhava com o dito, agora que estamos em 3º tudo fazem para o ter. Seguindo essa lógica teremos grandes hipoteses de acabar o campeonato em 2º lugar e, talvez, festejar como o mundo acabasse amanhã na rotunda do Marquês de Pombal!

Como animação base, poderiamos espancar crianças e velhinhos que porventura tivessem o desplante de passar por essa area com vestuário azul! Era original, não?

quarta-feira, abril 19, 2006

Agenda das modalidades

6ªFEIRA – 21/04/2006

BASQUETEBOL Liga TMN Play-off – 1/4 de Final – 3º Jogo
Benfica – Oliveirense 21:00 h Pav. Açoreana Seguros

SÁBADO – 22/04/2006


FUTSAL Taça de Portugal-Final-Four – 1/2 Final
Sp. Pombal – Benfica 15:00h Pavilhão Municipal Multi-Desportos de Coimbra

Em caso de vitória, o Benfica vai à final, Domingo, pelas 16h30, no mesmo pavilhão contra o vencedor do jogo entre Piedense e Sporting, jogo transmitido em directo na SportTv

VOLEIBOL Camp. Nacional-Apuramento 3º e 4º Lugares – 1ºjogo
Benfica – Esmoriz 17:00 h Pav. Esmoriz Ginásio Clube

ANDEBOL C.Divisão de Elite-Play-off – 1/4 de Final – 2ªmão
Benfica – Francisco da Holanda 17:30 h Pav. nº2 da Luz

HÓQUEI EM PATINS Camp. Nacional – Poule A-2ªJornada
Benfica – Juv.Viana 21:00 h Pav. Açoreana Seguros

DOMINGO – 23/04/2006

BASQUETEBOL Liga TMN -Play-off– 1/4 de Final – 4º Jogo
Benfica – Oliveirense 16:00 h Pav. Açoreana Seguros

3ªFEIRA – 25/04/2006 - FERIADO

VOLEIBOL Camp. Nacional-Apuramento 3º e 4º Lugares – 2ºjogo
Esmoriz – Benfica 17:00 h Pav. Esmoriz Ginásio Clube

ANDEBOL Taça de Portugal – 1/8 de Final
São Bernardo – Benfica 17:30 h Pav. São Bernardo, Aveiro

HÓQUEI EM PATINS Camp. Nacional – Poule A-3ªJornada
OC Barcelos – Benfica 18:00 h Pav. Municipal de Barcelos

Empatamos o primeiro jogo dos playoffs do Campeonato da Divisão de Elite de Andebol com o Francisco da Holanda a 25 golos. No que respeite aos jogos de Voleibol existe uma probabilidade de não se realizarem devido ao protesto apresentado pelo Benfica em relação ao segundo jogo das meias finais.

terça-feira, abril 18, 2006

Resultado das modalidades

6ªFEIRA – 14/04/2006

BASQUETEBOL Liga TMN Play-off – 1/4 de Final – 1º Jogo
Oliveirense 78–91 Benfica

DOMINGO – 16/04/2006


BASQUETEBOL Liga TMN Play-off– 1/4 de Final – 2º Jogo
Oliveirense 67–66 Benfica

Pelo menos isto...

A derrota do Braga ontem permitiu-nos garantir para já o 3º lugar final no campeonato. Este lugar permite ir à 3ª pré eliminatória para a próxima edição da Liga dos Campeões. Se não for possível o 2º lugar do mal o menos garantimos a possibilidade de irmos à LC. A diferença em relação às duas últimas idas a esta pré-eliminatória é o facto de sermos cabeça de série quase garantidamente.
Neste gráfico está representado a evolução da posição do GLORIOSO no ranking da UEFA desde 99 a 2008. No ínicio da próxima epoca os pontos do ano de 2002 são retirados e com isso passamos da posição 34 para a posição 26. Analisando os clubes que estão à nossa frente vemos que: Milão, Barcelona, Juventus, Lyon, Andrades, Manchester, Chelsea, PSV, Bayern tem entrada directa na LC, Newcastle e Estugarda dificilmente acabarão nos primeiros lugares nos seus campeonatos consequentemente sem possibilidade de ir à pré-eliminatória. Se verificar isto é garantido que seremos cabeças de série no sorteio. Claro que isso não é garantia de passagem assegurada à fase de grupos e aos milhões de euros. Não podemos esquecer que pode calhar o colosso Artmédia...
Claro que tudo isto só se equaciona se não chegarmos ao segundo lugar. Ainda bem que temos esta motivação senão iriamos ter um final de epoca muito mais penoso.

PS: Um mérito não podemos tirar ao Koeman: o de matador de borregos. Este ano só na Invicta matou dois borregos, pena não ter arte e engenho em muito outros jogos contra equipas mais acessíveis..

O “meu” campeonato é maior que o “teu”.

Campeonato total: Benfica, Sporting , Porto, Braga, Nacional, Boavista, Setúbal, Leiria, Marítimo, E.Amadora, Belenenses, Académica, P.Ferreira, Naval, Rio Ave, Guimarães, Gil Vicente e Penafiel

Campeonato do Porto: Benfica, Sporting , Braga, Nacional, Boavista, Setúbal, Leiria, Marítimo, E.Amadora, Belenenses, Académica, P.Ferreira, Naval, Rio Ave, Guimarães, Gil Vicente e Penafiel.

Explicação: Sporting - Esteve e ainda está em pleno projecto Roquette em que a linha base traduz-se em uma parceria com o Porto para que os dois clubes fiquem sempre à frente do Benfica. Nacional – Quem não se lembra do caso Adriano que não foi emprestado ao SCP para ser “emprestadado” ao Porto. Boavista – Basta ver quem se senta ao lado de Pinto da Costa quase todos os jogos. Sim, é o papá do presidente do clube axadrezado. Setúbal – Quando Moretto foi contratado pelo SLB, o Pinto da Costa mostrou toda a azia que sentiu. Para que as relações Setúbal/Porto continuassem o presidente setubalense expôs o contrato com o Benfica na comunicação social para que o “compadre-do-norte” percebesse que só foi ultrapassado monetariamente mas que a amizade mantinha-se. Leiria – O acordo de cavalheiros do Maciel. Belenenses – Trocam bandeirinhas&galhardetes desde a altura da bola quadrada. É tanta promiscuidade que existem adeptos mutantes como o Apre. Académica – Caso Marcel. Gil Vicente – Perderam em casa completamente roubados (penalty escandaloso de Peixoto sob Carlitos) e nem uma palavra, ou melhor, uma palavra de parabéns. Penafiel – Ainda está na minha retina a transferência do jogador N’Doey que não deve ter sido barata. O António Oliveira e a sua vontade de suceder Pinto da Costa no Porto quando o ultimo abdicar é mais uma evidencia.

Campeonato do Sporting: Benfica

Explicação: Se o Sporting ganhar ao Benfica ou ficar à frente na classificação, já ganharam o seu campeonato. Acho que não conheço um Sportinguista que goste mais de ver o seu clube ganhar do que ver o Benfica a perder. O resto do campeonato é um enorme bocejo.

Campeonato do Benfica: Sporting , Porto, Braga, Nacional, Boavista, Setúbal, Leiria, Marítimo, E.Amadora, Belenenses, Académica, P.Ferreira, Naval, Rio Ave, Guimarães, Gil Vicente e Penafiel.

Explicação: Contra tudo e contra todos. Qualquer dia até os clubes da 2ª divisão cantam o “fdp SLB”.

domingo, abril 16, 2006

Crónica 31ª Jornada - E de repente... ainda é possível!


Jogar no Bessa tem sido tradicionalmente muito difícil para o Benfica. A última vitória ocorreu na já distante época de 1995/96 com o bis de João Pinto – na altura capitão do Benfica, actualmente capitão do Boavista – a fazer a diferença.

O encontro da 31ª jornada com o Boavista afigurava um importante marco no restante Campeonato a disputar. Definir-se-ia a luta pelo 2º lugar ou a manutenção do 3º – em virtude do empate do Sporting na Reboleira a 1ª hipótese era exequível.

Curiosidade em observar a reacção da equipa do Benfica depois de um comprometedor empate em casa com um adversário aflito e em observar, também, a reacção de um não muito forte Boavista com sucessivos resultados aquém do exigível ao 4º maior clube português. É óbvio que já foi muito mais difícil defrontar a equipa do Bessa, ainda assim nestes jogos grandes há sempre um “boost” de força e vontade, e na realidade o Benfica não tem estado tão bem como seria de esperar.

Estranhamente a afluência de público não foi das melhores, pelo que não mais de meia casa foi visível naquele que foi, 1 época depois, o regresso ao palco de um dos dias mais felizes da minha vida de adepto. Nenhum benfiquista esquecerá a emoção e o nervosismo que sentiu no 1-1 de 22 de Maio de 2005 que deu um título tão desejado quanto sofrido.


Em relação ao último jogo da Liga contra o Marítimo na Luz, Ronald Koeman fez 3 alterações na equipa inicial. Regressaram ao 11: Manduca no lugar do desastrado Laurent Robert, Karagounis para o apoio a Miccoli no lugar do desinspirado Marcel e Anderson regressou ao centro da defesa depois de castigo e tirando o lugar a Ricardo Rocha – lesionado no aquecimento.

A constituição do 11 inicial é do meu agrado – tirando a célebre questão do guarda-redes – sendo apresentada, na minha opinião, a melhor equipa do Benfica tendo em conta a forma e qualidade dos jogadores do plantel. No entanto fica no ar uma questão incompreensível que há já alguns jogos se manifesta. É inacreditável que não esteja um jogador de características defensivas presente no banco, mais uma vez Koeman não vai à equipa B – à excepção de João Coimbra – buscar um reforço para a defesa deixando a equipa com apenas 4 disponíveis. Beto não consegue suprimir as vicissitudes de uma lesão no centro da defesa ou na lateral, poderá remendar mas não será um tampão eficaz.

De destacar o regresso de Moreira ao banco de suplentes 6 meses depois de ter contraído uma grave lesão no joelho. A relegação de Quim para a bancada é mais uma opção incompreensível principalmente tendo em conta tudo o que o guarda-redes português já fez este ano – e principalmente o anterior – pelo clube. Se Koeman ficar no Benfica para a próxima época certamente que Quim não vai permanecer no plantel.

A entrada no jogo por parte do Benfica foi, ao contrário de em muitas ocasiões nesta época, excelente. Velocidade na transição defesa-ataque e, acima de tudo, muita atitude e vontade de resolver de imediato a contenda. Deveria ser assim em todos os jogos!

Os primeiros 25 minutos foram de controlo total do Benfica com sucessivas combinações atacantes – Petit/Simão, Léo e Manduca – que mereciam outro desfecho. A partir da meia-hora o Boavista espevitou um pouco e conseguiu pela primeira vez incomodar Moretto. Ainda assim o controlo do jogo na primeira parte foi totalmente do Benfica com alguns lances esporádicos do Boavista bem cortados pela defesa ou parados pelo guarda-redes benfiquista. Os primeiros 45 minutos ficam marcados pela lesão muito preocupante de Léo que fez recordar o pesadelo de Féher – sempre que alguém fica no chão por um tempo mais que o normal é inevitável que me lembre do húngaro. O brasileiro, depois de um choque com João Pinto, esteve largos minutos no chão a ser assistido depois de desmaiar. Ainda se tentou o seu regresso – infrutiferamente – mas acabou por ser transportado para fora de campo com um colar cervical por indicação de Rodolfo Moura.

Minutos mais tarde foi o guarda-redes do Boavista, William, a ter lesão preocupante e sem qualquer contacto com o adversário. Comovente a preocupação da esposa do camaronês que com a filha nos braços chorava na bancada do Bessa.

Duas lesões complicadas com os técnicos a serem obrigados a alterar as suas respectivas equipas ainda antes do descanso.


Koeman mexeu na equipa ao intervalo retirando Karagounis e colocando em campo Geovanni. Parece-me que o segredo da vitória esteve muito nesta opção visto que o grego esteve desinspirado e algo displicente. O início do 2º tempo foi em tudo muito parecido com o início do 1º tempo, ou seja, controlo total do Benfica e com alguns rasgos do adversário. A diferença essencial está no facto do golo ter aparecido. O lance é fortuito e Tiago é infeliz mas a vantagem já era, há muito, merecida.

Depois do 1º golo o sentido de jogo mudou, o Benfica recuou e tentou apenas segurar a vantagem mantendo-se em aberto o contra-ataque – confesso que me irritei com esta atitude. Houve alguns lances de destaque por parte do Boavista parados por Moretto – mas nada de especial – e só com o golo de Mantorras se serenou a equipa e os próprios adeptos.

Esperava muito mais do Boavista, 3 remates à baliza com perigo – João Pinto, Oravec e Cadú mesmo a terminar o jogo – é muito pouco para quem quer vencer o jogo e apurar-se para a UEFA. Inacreditável a forma como muitos dos jogadores do Boavista interpretam o futebol: Tiago, Cadú e Hélder Rosário roçam a sua maneira de jogar com a violência e já não é de agora.

Destaco as excelentes exibições de Manuel Fernandes, Luisão e Simão.


Grande jogo de Simão. O elemento mais afoito do ataque do Benfica com sucessivas jogadas perigosas demonstrou toda a classe reconhecida. Está presente nos dois golos com duas excelentes assistências – uma das quais ocasional, é verdade – e falhou por centímetros aquele que seria um dos melhores golos do Campeonato. A estatística diz que foi pela sua ala que mais de 70% dos ataques se realizaram e isso diz muito da sua preponderância na equipa. Um Simão ao mais alto nível faz do Benfica uma equipa muito mais forte e foi isso que aconteceu no Bessa. Depois das recentes noticias que indicam um negócio já concretizado com o Chelsea, mostrou todo o seu profissionalismo ao comandar a equipa rumo à vitória. Para mim, o melhor em campo.

Mais uma excelente exibição de Manuel Fernandes. Uma época em apuro de forma crescente com um impressionante aumento de preponderância na equipa. O jovem português consegue ser o complemento ideal para Petit pela sua velocidade e exímio controlo de bola. Neste jogo foi, mais uma vez, um dos pilares da equipa e foi através dele que se iniciaram muitas das jogadas de ataque nomeadamente com aberturas para as alas e passes em profundidade.
Tem vindo a melhorar uma lacuna que há muito se lhe apontava: as sucessivas falhas de marcação à entrada da área.

O melhor que se pode dizer de Luisão é que esteve, simplesmente, perfeito. Não teve uma única falha durante todo o jogo pelo que continua a destilar classe pelos relvados portugueses. Não deu um palmo de terreno a Fary, que é um dos melhores avançados da Liga, e dobrou inúmeras vezes o atrapalhado Beto. Dá uma segurança no centro da defesa que não se via desde que Ricardo Gomes saiu do clube.


Em excelente nível estiveram também Moretto, Manduca e Petit

Se não fosse aquela falha ao sair a um cruzamento, em que deixa fugir a bola, o guarda-redes Moretto teria feito um jogo imaculado. Ainda assim foi de uma importância vital ao segurar 2 remates perigosos – Oravec e João Pinto – e uma série de cruzamentos ambiciosos. Não se deixou amedrontar pelos sucessivos atrasos de bola chutando o esférico para longe de forma correcta. Confesso que não me transmite muita confiança – principalmente quando as bolas são fáceis – mas ultimamente parece estar mais tranquilo.

De Manduca já sabemos o que esperar: velocidade. Uma das coisas que mais gosto no brasileiro é que, ao contrário dos outros concorrentes no plantel, se esforça sempre muito. As coisas podem não correr muito bem mas o suor está sempre presente na camisola. Quer colado ao lado direito quer no meio como apoio a Miccoli/Mantorras procurou servir os seus colegas em boa posição ou desequilibrar num rasgo individual. Esteve no melhor momento da 1ª parte – um estoiro a 25 metros depois de fintar 3 adversários – e num dos melhores da 2ª – golo mal anulado mas de execução sublime.

Regresso de Petit às boas exibições. Voltou a assumir de forma eficaz a condução das jogadas atacantes actuando como pivot – como tanto gosta. Melhorou bastante a percentagem de passes correctos e abdicou das entradas duras até porque nesse aspecto tinha vários concorrentes directos na equipa adversária. Teve como momento alto um magnífico passe para desmarcar Simão que chutou… contra Hélder Rosário.


Miccoli teve uma exibição esforçada mas pouco brilhante. Com pouquíssimo espaço e claramente desapoiado destacou-se num remate por cima de cabeça, aproveitando um falhanço da defesa, e num estoiro de 30 metros para a melhor defesa da noite. Foi substituído por Mantorras quando já dava sinal de desgaste. É visível a cumplicidade que tem com Simão.

Apesar de melhor que na jornada anterior, Nélson ainda não voltou ao que de melhor já demonstrou. É incompreensível – infelizmente comum no Benfica 2005/2006 – alguém jogar lesionado mas de Koeman tudo se espera. O defesa-direito/esquerdo não está bem e poderia ter comprometido a equipa em 2 ou 3 lances em que ficou nas covas e entrou despropositadamente ao choque.

Anderson tanto faz um jogo soberbo como tem erros infantis no jogo imediatamente subsequente. Esteve muito intranquilo e só não comprometeu porque não houve seguimento nas falhas que cometeu. Melhorou, no entanto, no facto de ter cometido muito poucas faltas como, aliás, toda a equipa.


Quanto a Léo, o jogo fica marcado pela lesão que sofreu e obrigou à sua substituição. Até aí não estava em grande nível, com algumas escorregadelas no terreno molhado – não deve ter calçado botas com pitons de alumínio como é típico em craques brasileiros e daí a dificuldade de aderência – ainda assim demonstrou a vontade e determinação habitual.
O choque com João Pinto causou-lhe um traumatismo na coluna cervical mas de pequena gravidade. A ida ao hospital foi só por precaução tendo o fantástico jogador seguido viagem com os seus colegas rumo a Lisboa. Um grande susto!

Uma enorme desilusão na exibição de Karagounis. Definitivamente que o grego só joga bem quando entra na 2ª parte, porventura devido ao facto de aproveitar a já inexistente boa condição física dos adversários e o acréscimo de espaço livre em campo. Ainda assim a quantidade enorme de passes falhados é incompreensível e por isso a substituição ao intervalo bem efectuada pelo treinador.


E por fim os suplentes Beto, Geovanni e Mantorras.

O loiro brasileiro entrou para o lugar do lesionado Léo e tentou ocupar a lateral direita da defesa – Nélson foi para o lado esquerdo. Muito lento e por vezes mal colocado foi dobrado por Luisão em várias ocasiões. Se ofensivamente não existiu – nem tem capacidade para isso – a nível defensivo poderia ter comprometido caso não fosse a ajuda dos companheiros. É inacreditável que Koeman não tenha convocado uma solução de raiz da equipa B.
Geovanni entrou muito bem no jogo demonstrando algum do futebol que possui. Muita velocidade e acima de tudo uma percentagem de passes acertados muito superior ao substituído Karagounis. Com a entrada do #11, Manduca derivou para o meio e foi imensamente superior ao grego. Curiosamente, Geovanni, não rematou à baliza mas não foi por isso que a sua importância diminuiu.

E Mantorras resolve! Mais 10 minutos – à semelhança dos jogos com o Marítimo na Madeira e Rio Ave em Vila do Conde, mais um golo. Na primeira oportunidade que teve, até acho que foi a primeira vez que tocou na bola, fez um bom golo à ponta-de-lança.
Fica, mais uma vez, a ideia que entrou muito tarde mas continua a demonstrar a Koeman – só o holandês é que não sabe – que é uma alternativa muito válida àquele lugar.


Bruno Paixão, como não podia deixar de ser, foi autor de mais uma péssima arbitragem com vários erros grosseiros e só não houve influência directa no resultado porque a equipa mais prejudicada foi a vencedora.

Começou, na 1ª parte, por deixar passar 3 faltas claras sobre jogadores do Benfica que poderiam ter dado origem a lances perigosos do adversário – uma delas de Paulo Jorge sobre Nélson no lance que precedeu o remate de longe de João Pinto.

Aos 38 minutos Cadú agrediu Manduca com o cotovelo, Bruno Paixão mostrou apenas amarelo. Aqui reside a dúvida, uma cotovelada é uma agressão e uma agressão é punida com vermelho directo. Então se Paixão viu o lance porque não agiu em conformidade?

Destaque ainda para uma entrada duríssima, sem bola, de Paulo Sousa sobre Petit à hora de jogo e que foi punida apenas com amarelo quando o vermelho era exigível. Será que vamos ouvir durante a semana toda os constantes ataques pela excessiva agressividade do #6 benfiquista? Claro que Petit é um jogador muito duro e que por vezes foge às expulsões mas porque será que ninguém fala das violentas entradas que também sofre? Coerência?!

O Boavista reclama que ficaram dois penaltys por assinalar, os dois cometidos por Nélson sobre Paulo Jorge. Sinceramente não me parece que exista falta em nenhum deles. Se o lance dos 71 minutos não tem qualquer tipo de discussão, o aos 77 poderá ser duvidoso. Parece-me que o contacto entre os jogadores é fortuito e que há, inclusivamente, uma mão na bola do boavisteiro. Ainda assim as duas expulsões perdoadas no período de jogo antecedente não podem ser escamoteadas com a possível irregularidade do lance em causa. Certamente que será essa atitude da “gente do costume” mas cabe aos benfiquistas não se deixarem enganar.

E o que dizer da animalesca entrada de Tiago sobre Simão a terminar o jogo!? A terceira expulsão perdoada a jogadores do Boavista é, verdadeiramente, surreal. Se aquela entrada violenta em cheio na perna de Simão, sem qualquer preocupação com a bola, não é para vermelho directo não há cartões vermelhos no futebol. Tiago é um jogador excessivamente duro – muito maldoso – que goza há anos de uma protecção inconcebível por parte da arbitragem. Falam tanto de Petit, e se olhassem um pouco para o #66 boavisteiro?

No seguimento da marcação do livre que teve origem no abalroamento a Simão há um choque sobre Luisão muito parecido com os lances reclamados como penalty. Porque passou isto em claro a toda a gente?

Trabalho dos auxiliares, e tal como o do chefe de equipa, desastrado. Para além do golaço incompreensivelmente anulado a Manduca – fora de jogo inexistente – partilham da responsabilidade, por estarem próximos, em alguns juízos errados de Bruno Paixão.

Acho muita graça aos jogadores que ao verem que irão ser amarelados insinuam ao árbitro que fizeram apenas a 1ª falta. Quer dizer, poder-se-á entrar a matar mas como é a 1ª falta está tudo bem. É isto que querem ouvir: “Vá lá à sua vida senhor jogador, pôs o seu colega no hospital mas como é a 1ª falta escapa só com um aviso”. Patético!

Com a excelente vitória por 2-0 e tendo em conta a previsível, pelo menos para mim, perda de pontos do Sporting com o Estrela da Amadora é perfeitamente possível atingir o 2º lugar. São apenas 2 pontos, recuperáveis nos 3 jogos que faltam disputar. É verdade que o calendário do Benfica não é fácil mas o jogo mais complicado de todos seria este que a equipa acabou por vencer com alguma tranquilidade.

Resta-nos acreditar que ainda é possível principalmente tendo em conta o desânimo nas hostes lagartas e a vontade demonstrada no Bessa. Vencer na Madeira o Nacional, o Setúbal na Luz e em Paços de Ferreira esperando que o Sporting perca pontos contra a Naval, em Vila do Conde e contra o Braga. Fica na dúvida se no restante Campeonato veremos o Benfica de Sábado ou o Benfica da 30ª jornada que jogou contra o Marítimo.

Eu ainda acredito, força Benfica!


NDR: Toda a gente sabe que Carlos Brito abomina o Benfica até pelo seu portismo exacerbado, mas continua a cair no ridículo com declarações patéticas. Em todos os jogos com o SLB, o actual treinador do Boavista dá sempre um espectáculo com constantes criticas à arbitragem. Será que nos erros a favor do Boavista estava distraído a gritar com os restantes elementos do banco axadrezado? Que espécie de jogo viu ele no qual o Boavista merecia ganhar?


Ficha do Jogo:

31ª Jornada da Liga Portuguesa

Estádio do Bessa, no Porto

Árbitro: Bruno Paixão (AF Setúbal)

BOAVISTA FC: William (Khadim, 45 + 4 m); Manuel José, Cadú, Hélder Rosário e Areias; Paulo Sousa, Tiago e Lucas (Oravec, 56 m); João Pinto; Fary (Diogo Valente, 63 m) e Paulo Jorge.

SL BENFICA: Moretto; Nélson, Luisão, Anderson e Léo (Beto, 42 m); Petit, Manuel Fernandes e Karagounis (Geovanni, 45 m); Simão, Fabrizio Miccoli (Mantorras, 80 m) e Manduca.

Disciplina: Amarelos a Manduca (21 m), Cadú (38 m), Paulo Sousa (63 m), Beto (76 m), Areias (84 m) e Tiago (86 m). Vermelho directo a Hélder Rosário (82 m) por protestos.

Golos: 0-1, Tiago (na p.b, 52 m); 0-2, Mantorras (82 m).

#publicado em simultâneo com os Encarnados

sábado, abril 15, 2006

Mais um tiro...

O Koeman ainda tem pés?!! É uma pergunta que faço depois de ve-lo dar mais um ou se quiserem a pregar mais um prego no seu caixão. Como é possível o Quim não ser convocado em detrimento de Moreira depois de vermos em todos os jogos a insegurança do Moretto? Mas que mensagem anda ele a passar aos nossos jogadores? Revoguem o decreto que obriga o Moretto a jogar todos os jogos!!
Não é com estas decisões que ele toma mão no grupo de trabalho!! Isto não moraliza ninguem tem sim o efeito contrário. Parece que o Koeman nunca foi um jogador de futebol e não sabe como pensam os jogadores. Isto aplica-se a tudo alias. Vocês se vissem um colega vosso a fazer merda atrás de merda e mesmo assim não é chamado à atenção como continuam a dar a máxima confiança o que pensariam? Vão se estar a esforçar para que?
Espero que o nosso presidente tome mão nisto e não deixe as coisas descambar. E não façam por favor o erro de deixar o homem no leme para a próxima época!!! Estou a ver o holandês a perder os primeiros jogos da temporada e manda-lo embora logo no inicio do campeonato dando logo vantagem aos nossos adversários.
Entretanto começaram as manobras por parte da CS para destabilizar o clube e para sacar umas massas ao pessoal. O problema disto é que a posição do clube não interessa, se vem desmentir a noticia isso já não é importante. Basta lançar para o ar o boato e é logo verdade!!! São os jornais que pagam os ordenados aos jogadores por isso eles devem estar melhores informados que o Benfica. Eles tem camaras e microfones no balneário por isso sabem perfeitamente o que se passa lá. Ainda não terminou o campeonato e já temos que ouvir e ler os jogadores que interessam ao Benfica isto tudo segundo a CS. Depois não se esqueçam senão vieram é porque foram contratações falhadas....
Hoje é para ganhar!! O mínimo que este plantel deve fazer agora até ao final da epoca é ganhar os 4 jogos restantes!!! E espero que joguem 90 minutos em cada partida e não apenas 45 minutos como tem feito até agora!!!

Fiquem sabendo que...

Para aqueles que pensam que o Benfica perdeu tudo fiquem sabendo que ainda estamos em três frentes:

- Em frente ao Colombo!
- Em frente ao Mediamarkt!
- Em frente à Repsol!

sexta-feira, abril 14, 2006

Convocados para amanhã.

Convocados: Moretto, Moreira, Luisão, Léo, Nélson, Ricardo Rocha, Anderson, Petit, Karagounis, Manuel Fernandes, Beto, Manduca, Robert, João Coimbra, Mantorras, Geovanni, Marcel, Simão e Miccoli.

Jogo: Boavista vs Benfica
Competição: Liga BetandWin. 31ªjornada
Local: Estadio do Bessa XXI no Porto
Dia: 15/04/2006 pelas 21h15
Transmissão Televisiva: SportTv

quinta-feira, abril 13, 2006

Agenda das modalidades

6ªFEIRA – 14/04/2006

BASQUETEBOL Liga TMN Play-off – 1/4 de Final – 1º Jogo
Oliveirense – Benfica 21:00 h Pav. Salvador Machado, Oliveira de Azeméis

DOMINGO – 16/04/2006


BASQUETEBOL Liga TMN Play-off– 1/4 de Final – 2º Jogo – RTP 2
Oliveirense – Benfica 17:30 h Pav. Salvador Machado, Oliveira de Azeméis

4ªFEIRA – 19/04/2006


ANDEBOL Camp. Nacional Play-off – 1/4 de Final – 1ºjogo
Francisco da Holanda – Benfica 21:00 h Pav. do F. Holanda

O Ódio ao Benfica!

Nunca, pelo menos no meu tempo de adepto consciente, o Benfica foi tão odiado.
Se a proporção de ódio e paixão parece ser mais ou menos igual em faces opostas de adeptos – num lado os benfiquistas e noutro os anti – hoje em dia parece estar na moda divulgar e promover esse sentimento de desprezo pela equipa mais prestigiada e titulada de Portugal.

Na minha opinião, esse ódio é um misto de sentimentos em que a maior parte das vezes resulta de uma incessante inveja pelo historial e prestigio do visado, um receio do poderio contrário ou ainda de uma rivalidade nada saudável aliada a uma paixão doentia pelo propagado inimigo.


Se ao longo dos anos nos fomos habituando a atitudes mesquinhas dos restantes adeptos de grandes clubes – festas nas derrotas Europeias de 88 e 90, acusações de proteccionismo, gozo ininterrupto pelo descalabro de Vigo, exaltação de clubes estrangeiros apenas por defrontarem o Benfica, cânticos insultuosos, desvalorização das vitórias, acusações de batota infundadas, etc… – o que tem acontecido nos últimos tempos é inédito: o ódio tem-se propagado a adeptos de clubes menores.

Hoje em dia é perfeitamente comum assistirmos às mesmas atitudes em adeptos de Belenenses, Rio Ave, Vitória de Guimarães, Vitória de Setúbal e até Braga – que era unanimemente reconhecido como um clube de uma cidade de benfiquistas. São corriqueiros os cachecóis com provocações, os cânticos insultuosos durante/antes/depois dos jogos – mesmo que o Benfica não esteja presente nem seja adversário na tabela classificativa, ou ainda as acusações de batota quer pela “solicitação” de árbitros quer pelo controlo das instituições desportivas.

Os fóruns televisivos e radiofónicos, os blogs nacionais – principalmente os de apoio ao Benfica – e os cafés são constantemente invadidos por opiniões ofensivas e ressabiadas tendo sempre o mesmo clube como visado. Inclusivamente, há tristes que à conta desse ódio patético criam sites para num regime de exclusividade insultar e denegrir a imagem do Sport Lisboa e Benfica.


Então, a questão a colocar é: porque é que existe este ódio? A resposta é muito simples. O adormecimento do grande Sport Lisboa e Benfica, durante mais de 10 anos, hibernou muito do respeito e temor pelo clube. O ressurgimento do SLB na senda dos resultados prestigiantes como que esbofeteia violentamente o adepto do rival directo. Fá-lo ver que o adversário não morreu e está de regresso aos grandes momentos. Isso é um enorme choque, e por isso a revolta em dose reforçada!

Nos adeptos de pequenas colectividades a questão é diferente e bastante mais peculiar. A explicação poderá estar na sua aproximação a Sporting e a Porto – é assim na maior parte das vezes – e sendo assim as justificações são conhecidas… ou então deriva de uma procura incessante de protagonismo bacoco pela inveja dos feitos do Benfica aliada à pouca visibilidade do seu pequeno clube. Essa postura propaga-se também a jogadores e a treinadores que redobram a atitude aquando do confronto com o SLB – as criticas à arbitragem são sempre guardadas para esses momentos e é muito comum fazerem dos dois jogos um autêntico campeonato à parte. É a chamada “Gente pequena em bicos de pés” coladinhos que nem lapas à “Gente graúda”.


O cerne da questão e que parece que muitos ainda não entenderam é que essas posturas diminuem não o provocado mas o responsável pela provocação. Não é por mais ou menos atitudes deste género que o poderio do Benfica diminui. Isto só nos engrandece e comprova o Glorioso como o maior clube português! Continuem que nós gostamos assim! Se quiserem podem juntar-se todos que mesmo assim não serão suficientes para nos derrubar.

Força Benfica, contra tudo e contra todos!

PS: Sintomático que no jogo do título – que infelizmente não virá para as bandas da Luz – a presença do Benfica se faça sentir quer com os conhecidíssimos cânticos de “apoio” durante toda a partida quer com a exaltação do grande FC Barcelona, melhor equipa da Europa da actualidade. Freddy Mercury foi um génio, sou um fã de Queen desde há muitos anos, e “Barcelona” com Montserrat Caballé é um dos seus momentos altos. Embora os gostos clubísticos dos presentes sejam fracos, os musicais são excelentes.

#publicado em simultâneo com os Encarnados