sexta-feira, março 31, 2006
Agenda das modalidades
BASQUETEBOL Taça de Portugal – Final 8 – 1/4 de Final – SPORTTV
Benfica – Ginásio 19:20 h Pav. Municipal de Anadia
Se ganhar ao Ginásio, o Benfica jogará Sábado com o vencedor do jogo Belenenses – Lusitânia, pelas 17h, também com transmissão na SportTv. Vencendo também este jogo, chegará à final, Domingo pelas 16h05, também na SportTv ante um destes 4: Porto, CAB, Queluz ou Aveiro Basket.
SÁBADO – 01/04/2006
FUTSAL Taça de Portugal-1/4 de final – ENTRADA LIVRE
Benfica – Mocidade da Arrábida 15:00 h Pav. nº2
HÓQUEI EM PATINS Camp. Nacional-26ªJornada– última da 1ªFase
Benfica – Oliveirense 18:00 h Pav. Açoreana Seguros
ANDEBOL Camp. Nacional-26ªJornada – última da fase regular
Benfica – Modicus 18:00 h Pav. nº2 da Luz
quinta-feira, março 30, 2006
Golpada de Mestre!
No seguimento da “Mitologia do Mofo” e porque o artigo teve um relativo sucesso na blogosfera benfiquista – muito obrigado a todos os que deixaram o elogio nas caixas de comentários do “Encarnados” e do “Mar Vermelho” – faço despertar a consciência para uma obra muito bem conseguida e que, apesar de já ter uns anos, é fundamental difundir. Obra essa que aborda muito do que escrevi.
Certamente que a maior parte do adepto do futebol conhece, nem que seja de comentários, o livro “Golpe de Estádio” de Marinho Neves. Confesso que só muito recentemente tive a oportunidade de o ler – gulosamente de uma só vez porque é extremamente cativante – e apesar de reconhecer que muito do que está escrito é apenas uma noção romanceira dos factos, no fundo há muito de verdade no que é relatado.
Destaco mais uma vez que é uma obra fulcral principalmente ao adepto benfiquista e antes que me chamem anti-portista fanático defender-me-ei dizendo que, se é tudo mentira, porquê o incómodo causado? Porque razão as agressões e as tentativas de assassinato ao autor?
Deixo um excerto no final e a obra completa aqui.
Começou no FC Porto nos anos 60 como dirigente do andebol, passando depois pelo hóquei em patins e pelo boxe. Nessa altura era um simples gerente de uma empresa de fogões. Chegaria a chefe do departamento de futebol apenas no final da década de 70, no mandato de Américo de Sá. Tomou o poder e impôs a sua lei.
Foi gerente de uma empresa chamada Pincor do ramo das tintas, que terminou os seus desgraçados dias com avultadas dividas á banca. Aliás como todas as empresas onde se meteu. Algumas de electrodomésticos. Todas faliram. Devido ás muitas falcatruas que fez, incluindo passar cheques sem cobertura, foi condenado e proibido de passar cheques e de constituir empresas. Para deixar a empresa onde trabalhava, Pinto da Costa ainda teve que pagar sete mil contos e ficou sem carro por uns tempos. O milhão e tal de contos das transferências de Futre e Rui Barros tinha desaparecido sem deixar rastos e tinha deixado de...rastos PC, a contas com a justiça, por cheques sem cobertura e penhoras a bens pessoais.
Foi um momento difícil, mas que não abateu o presidente, levando-o antes a pensar que o seu negócio era o futebol. Esteve sem ir a Aveiro durante 5 anos por causa de alguns processos por falências fraudulentas. Os seus sócios dessas empresas tiveram que fugir para o Brasil. Mas a ele alguém lhe pagou as dívidas. Alguns poderosos do Norte, como Belmiro de Azevedo, Artur Santos Silva, etc. No princípio chegou a investir muito do dinheiro que tirava do FC Porto, nas empresas de familiares seus mas faliram todas. Depois passou a ficar com tudo. Criou a Cosmos, agência de viagens que lucrou imenso com as viagens dos clubes, obteve exclusivos com a Federação que obrigavam os clubes a viajar nessa agência. Esteve metido no negócio da droga, com Luciano D´ Onofrio (Aveiro Connection). Com a Olivedesportos fez muito dinheiro, como com todos os negócios do FC Porto, vendas e compras de jogadores, corrupção de árbitros, etc.
Assim enriqueceu e tem hoje uma considerável fortuna.
Estudou num seminário, onde desde novo mostrou as capacidades que hoje lhe são reconhecidas. Pinto da Costa passou a sua idade escolar num colégio onde imperava um grande influência da religião católica e quando atingiu o liceu foi internado num colégio de padres (Jesuíta). Dos mais prestigiados do Norte do País. Ali fabricavam-se verdadeiros homens. Eram testados como cobaias para poderem enfrentar no futuro as mais adversas contrariedades da vida. Uma das disciplinas era constituída pela defesa individual de cada aluno perante toda a turma e, já nessa altura Pinto da Costa era o mais desenvolto no uso no discurso, na sua capacidade de raciocínio rápido e retenção na memória de dados essenciais.
Inteligente e astuto como um verdadeiro jesuíta, bem cedo começou a demonstrar um grande sentido de chefia. Sabia como dividir para reinar, utilizando um ar cândido e descomprometido quando algumas atitudes de má-fé lhe eram dirigidas. Atirava a pedra e sabia como esconder a mão. Mas a sua verdadeira arma era a grande capacidade de trabalho e a completa dedicação a tudo o que fazia. Chegou a pensar ordenar-se padre, e o director do colégio apostava que, se ele seguisse essa carreira, iríamos ter o segundo papa português. A sua postura, a sua forma de falar e de estar deram-lhe sempre um toque clerical. A mesma mão que abençoava os amigos empunhava a cruz onde ele havia de crucificá-los. Cativava, fazia amizades com facilidade e sabia como as utilizar e destruir como se nunca tivesse culpa de nada.
Sendo religioso não pensava sequer em trair a sua esposa. Mas quando foi iniciado por Reinaldo Teles nas suas casas de sexo, tomou-lhe o gosto. Ficou viciado. Aliás a sua actual mulher, da qual tem uma filha, é uma ex-prostituta que conheceu num dos bares de Reinaldo Teles. Também usou anfetaminas durante algum tempo. Para aguentar as vitórias, o fanatismo anti-mouros, a idolatria que os adeptos do clube lhe devotavam, a guerra que os seus inimigos lhe moviam e as sessões diárias de sexo era preciso muito "speed".
PS: Obviamente que o link deixado resulta de uma cópia pirata e que contém alguns erros de ortografia. Não se chateiem por isso.
quarta-feira, março 29, 2006
Sai um kit para o arbrito!!
Mas antes de tudo convém referir que os jogos do Benfica deixaram de ser só futebol e passaram a ser uma mistura de futebol e andebol com a agravante de só se serem possível a equipa adversária jogar com a mão e nunca o Benfica, só ontem foram 3 mãos!!! 2 na area e uma perto da area... Nem nas competições europeias nos safamos destas arbritragens habilidosas. Deixo a pergunta, o boi preto era do Liverpool ou do Manchester?!!
Quem tem dois olhos na cara percebe claramente que o Benfica teve sorte na primeira parte. Foram vários lances perigosos na nossa area. O dominio do Barcelona foi em parte concedido pelo Benfica e não provocado pelo equipa espanhola. Acho que entramos com muito medo deles. A defesa parecia um passador e houve muita desorganização na primeira parte. Vá lá que na segunda parte acordaram senão seria muito dificil manter aquele 0-0 ou quer algo mais do jogo. O Moretto deu mais uma vez algumas abébias teve sorte porque não resultaram em nada, mas depois teve excelente em salvar o Glorioso de sofrer golos. O homem deve ter paragens cerebrais de vez enquando, só que o problema é que isso provoca em nós ataques cardíacos e que nos obrigam a encher a boca de asneiras para insulta-lo. Mas de qualquer maneira obrigada Moretto!! Fizeste muito pessoal a continuar a esfrear as mãos e a dizer que é para a semana a goleada...
Seria injusto não destacar a exibição do Beto!!! Enorme no meio campo ontem!!! Não lhe peçam para fazer passes que rasguem a defesa adversária que dê toques de calcalhar porque isso ele não sabe e não pode. Agora a entrega e dedicação que ele deixa em campo é fantastica!! Ontem só teve um erro que podia ter custado caro. Aquele mau passe para o RR que provocou um contra ataque perigoso dos catalãos. Bravo Beto!!!
Quem me supreendeu pela positiva e calou-me ontem foi o RR!!! Ele secou o Ronaldinho!!! Alguem viu o Ronaldinho a conseguir jogar quando era marcado pelo RR?!! E ele conseguiu isto sem recorrer a faltas!!! Eu a dizer que se ele chega-se ao final da primeira parte era bem bom... 5 estrelas RR!!!
Destaco estes 3 jogadores mas na generalidade na segunda parte a equipa teve muito bem!!! Alias é aquela segunda parte que nos deixa confiantes para Espanha!!! E é também o facto de não termos um arbrito inglês na segunda mão ainda deixa mais esperanças num resultado positivo!
Posso estar a dizer uma heresia mas ontem quem teve mais sorte no jogo foi o Barça!!! Só os cabrões dos ceguetas ( momentanea) dos arbitros é que não viram aquela mão e já de barato a do lance do Geo. Aquilo é tão claro que até os espanhois não tem hipoteses de dizer que é dúbio!! Como é possível!!! Só com uma sorte descomunal, eu prefiro dizer sorte para não dizer outra coisa, é que o arbrito não marca aquilo!! Por isso é que digo que o barça teve mais sorte que nós. E não foi aquele lance!!! Fora de jogo mal tirado ao Micolli quando seguia isolado para a area, cartões que ficaram no bolso, como é possível não dar amarelo ao Ronaldinho depois de estar a passar um atestado de incompetência ao arbrito?!!!
O sonho continua vivo e bem vivo!!! Quem ganhe num campo como o Anfiel Road com aquela atmosfera não tem nada a temer em Nou Camp e não se esqueçam que estarão lá mais de 5000 benfiquistas a apoiar o ENORME!!!
terça-feira, março 28, 2006
Crónica 4ºs Liga Campeões - E ninguém pára o Benfica allez oh!
“É para ver o Ronaldinho jogar!” foi o que mais se disse no prólogo desta magnifica 1ª mão dos 4ºs de Final da maior competição europeia de clubes.
O confronto entre o Campeão Português e o Campeão Espanhol fez parar os dois países irmãos mas também o mundo desportivo, nomeadamente o futebolístico. Um massacre diriam uns, um milagre pediam outros mas a este nível usa-se o cliché verdadeiro de “Já não há jogos fáceis”.
Muito se falou mas é dentro de campo que as coisas se resolvem. A imensidão benfiquista que esgotou a Luz imaginava uma noite europeia memorável – à semelhança de outras nesta época desportiva – torcendo por um resultado histórico de um dos melhores clubes do Mundo contra outro gigantesco clube. Impressionante também a enormidade de figuras importantes não ligadas ao desporto presentes no estádio como por exemplo o primeiro-ministro José Sócrates e uma grande quantidade de ministros, embaixadores e outras figuras públicas.
Ronald Koeman apostou na equipa prevista com apenas duas alterações ao 11 do jogo anterior. Assim, entrou Geovanni para o lugar do castigado Nuno Gomes na frente de ataque e Beto para o lugar de Manduca abdicando de um médio mais atacante para utilizar um mais recuado.
O Barcelona iniciou o jogo num autêntico massacre obrigando o Benfica a recuar até aos 30 metros defensivos e durante quase 35 minutos. As jogadas de golo eminente sucediam-se como que se os jogadores da casa – keeper incluído – estivessem a assistir passivamente ao espectáculo dado pelos catalães. Assim, a sorte e Moretto evitaram que o Benfica – com alguns lances esporádicos de grande qualidade em remates de longe – saísse para o balneário com 2 ou 3 golos sofridos tal o domínio avassalador do Barcelona.
Na 2ª parte tudo mudou e principalmente devido à fantástica entrada em campo de Fabrizio “rato” Miccoli. A velocidade do italiano aliada à maior ousadia benfiquista colocaram o Barcelona em sentido por algumas vezes. É verdade que Moretto mais uma vez foi importante com algumas defesas de elevado nível mas a determinada altura o domínio de jogo foi dos da casa. O Benfica termina o jogo a explanar claramente o seu futebol com uns 20 minutos finais constituídos por várias oportunidades de golo falhadas.
Mais uma vez fica na ideia que Koeman não fez tudo ao seu alcance, pois só o medo de perder justifica a não colocação da 3ª opção em campo. Se há 3 substituições porque não se fazem todas? Alguns jogadores estavam verdadeiramente estoirados – Beto e Ricardo Rocha, por exemplo – e mereciam ter sido trocados por colegas em melhor condição física. Robert jogou 45 minutos a mais e Miccoli 45 minutos a menos.
A exibição colectiva foi bastante boa mas como melhores em campo destaco Ricardo Rocha, Beto e Fabrizio Miccoli.
O homem do jogo foi, a meu ver, Ricardo Rocha. Com a incumbência de marcar Ronaldinho Gaúcho, o defesa central português fez uma exibição memorável. Adaptado à lateral-direita mas numa marcação individual homem-a-homem, denotou enormes dificuldades para parar o brasileiro, como seria de esperar. Sem virar a cara à luta, secou quase que por completo um génio, obrigando-o a recuar até à linha de meio campo para receber a bola. Aí, sim, foi perigoso! Nos arranques com a bola dominada e nos passes longos o nº 10 do Barça mostrou muito futebol. Ricardo Rocha perdeu o confronto em apenas dois lances nos quais curiosamente resultaram duas das mais flagrantes oportunidades de golo do Barcelona – felizmente não concretizadas.
Alguns cortes magistrais – principalmente no 1º tempo – levaram a bancada ao rubro com tal empenho. A alegria no final do jogo era o reflexo do que fez em campo naquela que foi, provavelmente, a sua melhor exibição desde que ingressou no Benfica. Se Scolari estava a ver, perdeu por completo as duvidas: Ricardo Rocha deverá estar no Mundial 2006 na Alemanha, será merecido!
Novo duelo individual, desta vez entre Beto e Deco, apimentou esta noite de futebol europeu. De um lado um dos melhores jogadores do mundo, do outro um jogador muitas vezes incompreendido e criticado pelas suas dificuldades técnicas, inclusivamente pelos próprios adeptos. Toda a gente sabe da qualidade do futebol do português e foi através da mesma que o nº 20 do Barcelona pautou o jogo no seu início. Com a queda do nervosismo inicial do Benfica a exibição de Beto melhorou muito, chegando mesmo a surpreender a forma como recuperava e de imediato iniciava as movimentações atacantes da equipa. Foi um patrão quando era preciso e teve inclusivamente tempo de chutar algumas vezes à baliza com relativo perigo. Nalguns momentos secou Deco por completo e isso nunca é fácil.
Os 45 minutos de Fabrizio Miccoli foram verdadeiramente alucinantes. A sua entrada revolucionou por completo a iniciativa da equipa acrescentando-lhe velocidade mas acima de tudo classe. O italiano é de outra galáxia e já é altura de se começar a amealhar o dinheirinho e ir entregá-lo a Turim, eu contribuo se for preciso.
Para mim, e já o disse várias vezes, é o melhor jogador do Benfica acrescentando uma dimensão internacional à equipa.
A única má exibição foi a do francês Laurent Robert. Incompreensivelmente muito escondido do jogo não se viu nem nas bolas paradas. Uma verdadeira nulidade que deixou o Benfica a jogar com 10 durante toda a 1ª parte. Não fez um único remate, cruzamento ou passe de risco. Mau demais para ser verdade!
Todas as restantes exibições foram, também, de qualidade e por motivos diferentes.
De Moretto já não sei o que dizer. É indiscutível a qualidade do brasileiro mas a intranquilidade que denota é de bradar aos céus. Levou meio Portugal ao desespero – tantos gritos da minha boca! – com sucessivas reposições de bola desastradas que não deram golo ou por milagre ou por defesas fabulosas por si executadas. Apresentou, no entanto, um leque de paradas dignas de figurar nas melhores já vistas este ano na Luz, retirando a possibilidade ao Barcelona de chegar ao golo em mais de meia dúzia de ocasiões. Quando e se conseguir estar tranquilo será um reforço de grande categoria mas tem, forçosamente, de rever as palhaçadas que continua teimosamente a cometer – agarrar a bola no atraso de Anderson é de infantil.
A dupla de centrais teve bastante dificuldade em segurar o ímpeto atacante do Barça nos primeiros minutos de jogo. Anormalmente intranquilos foram algumas vezes ultrapassados por Eto’o e pelos médios que subiram em ataque – Iniesta, Deco e principalmente Van Bommel. Ainda assim, alguns cortes brilhantes de Anderson aos pés do adversário e a segurança aérea de Luisão são as notas de destaque de uma das melhores duplas de centrais da competição. Sabendo que é muito difícil jogar contra avançados do calibre de Eto’o, Ronaldinho e Larsson poder-se-á dizer que cumpriram o objectivo cotando ainda mais alto o valor dos seus respectivos passes.
De Léo mais uma exibição genial seria de esperar. Tornam-se curtas as palavras para classificar o “Maradoninha” da Luz. Apesar da baixa estatura – e bem tentaram os catalães explorar esta debilidade – secou Larsson falhando apenas por uma vez em todo o jogo, no remate do sueco ao poste. Foi do lado esquerdo que saíram os lances mais perigosos do ataque sendo que defensivamente esteve quase irrepreensível – alguns passes falhados no meio-campo mas nada de significativo. Mais uma vez, um dos melhores.
Confesso que não achei Petit tão acutilante como de costume. Apesar de ter estado em bom nível pareceu-me cansado e menos afoito em tarefas atacantes. Para além disso mostrou-se novamente desastrado no capítulo do remate quer em bola corrida ou parada.
Como sempre nunca virou a cara à luta tendo com Van Bommel um duelo interessante mas que perdeu por algumas vezes em lances nos quais o holandês poderia ter facturado.
Algumas aberturas geniais que criaram muito perigo na área adversária.
Assim como Petit, Manuel Fernandes nunca virou a cara à luta. Demonstrando uma categoria impressionante, segurou quanto pode outro genial jogador, Andrés Iniesta – só não joga mais vezes porque o plantel do Barça é riquíssimo já que é um jogador espectacular.
Num remate fantástico de fora da área poderia ter feito um golo de bandeira naquela que foi uma das melhores jogadas do Benfica na 1ª parte. Aos 20 anos assume-se como uma das estrelas da equipa demonstrando uma maturidade e classe digna dos grandes colossos europeus.
Outra exibição espectacular foi a de Simão Sabrosa. O capitão foi um verdadeiro quebra-cabeças para Belletti, que por vezes só em falta o conseguiu parar – pena que os amarelos tenham ficado no bolso! Aquele golo falhado na 2ª parte só com Valdéz pela frente deveria ter tido outro desfecho – pelos vistos, neste plantel, há a dificuldade de “picar” a bola quer em lances corridos quer nas bolas paradas. A Liga dos Campeões deste ano foi para si uma verdadeira montra de futebol espectáculo. Parece-me, de novo, em grande forma!
O principal momento de Geovanni – um pouco apagado e por isso bem substituído – foi um estupendo remate de longe que daria um golo enorme. Foi por pouco! Poderia e deveria ter feito melhor na recarga ao remate de Miccoli no segundo tempo, com tanto espaço na área era só receber e encostar ao invés de procurar o estoiro de primeira.
E por fim Karagounis. Chamado a intervir por Koeman num momento em que, mais uma vez, era imperativo segurar a bola na posse do Benfica, o grego foi primordial nessa tarefa. Poderia ter feito o golo num livre exemplarmente cobrado com a bola a sair pouco ao lado. Deu segurança e tranquilidade aos seus colegas.
Relativamente à arbitragem de Steve Bennett é possível dizer que foi mázinha. Deixou jogar ao bom estilo inglês mas por vezes de forma exagerada deixando impunes algumas faltas claras e bastantes cartões por mostrar – de parte a parte.
Ficará indelevelmente ligado à não marcação escandalosa de um penalty do tamanho do Estádio da Luz por uma clara – mais nítida é impossível – mão na bola de Thiago Motta. O mais inacreditável é que estava a apenas 2/3 metros do lance, portanto não foi por não ter visto que não assinalou – responsabilidades também para o fiscal de linha que tinha o ângulo de visão completamente livre.
Deu a infeliz sensação de limitar o jogo do Benfica principalmente na 2ª parte com algumas faltas a meio-campo assinaladas de forma errada. Bem, no entanto, ao deixar seguir noutro lance de possível penalty por nova mão na bola na área catalã. De facto, o estoiro de Geovanni é muito “à queima” e com excessiva violência sendo por isso impossível a Oleguer retirar o braço atempadamente – até me parece que o contacto é no ombro.
Trabalho, também, medíocre do fiscal de linha que seguiu o ataque do Benfica na 2ª parte ao assinalar, erradamente, dois foras-de-jogo a Miccoli com o italiano a isolar-se em frente a Valdéz.
Curiosidade importante a utilização por parte do trio de arbitragem de auriculares como forma de comunicação entre si. Alto nível!
Desfrutar da eliminatória foi sempre o meu único pedido, confesso que ao intervalo me senti afortunado com o resultado mas no final uma ponta de desilusão foi a nota dominante – e sei bem que não me devo sentir assim. Nos últimos minutos imaginei, sinceramente, que a vitória era possível especialmente naquele livre de Petit aos 82 minutos com cruzamento para Luisão. Naquele momento pensei que a história se iria repetir e a careca do gigante me iria dar uma alegria – e a tantos outros – imensurável à semelhança do encontro com o Liverpool.
Uma palavrinha para os “profetas da desgraça” que tantas vezes mudaram de clube nos tempos mais recentes: Dói muito? Não eram goleadas em todos os jogos?
No Nou Camp tudo pode acontecer, empatar lá com golos será histórico e garantirá uma ½ final de sonho. Se acreditava até aqui, continuo a acreditar até 4ª feira naquela que será uma época europeia de enormíssima qualidade independentemente do resultado na Catalunha.
Agradeço aos jogadores, técnicos e direcção por devolverem o Benfica ao seu lugar devido: lutar com os melhores nas melhores competições!
“Sou do Benfica e isso me envaidece”, Enorme SLB!
NDR: Uma palavra para o sublime jogador que é Ronaldinho Gáucho de quem sou um fã inveterado. Já não bastava ser o melhor do mundo da actualidade apresenta também uma alegria contagiante dentro e fora de campo. É extraordinariamente correcto até para os seus adversários, nunca apresentando maldade nem conflito sendo de um fair-play inigualável em jogadores da sua estirpe. O seu cumprimento final a Ricardo Rocha é algo de transcendente, o jogador do Benfica era “todo sorrisos” maravilhado com o gesto. Fabuloso e cativante!
A outro nível, faço um desafio aos leitores das minhas crónicas que juntamente com o vosso comentário ao jogo deixem também uma crítica – construtiva, de preferência com o que gostariam de ver e o que não gostam – a este espaço regular de crónica aos jogos do nosso clube que tenho escrito. O objectivo é poder melhorá-lo. Cumprimentos!
Ficha do Jogo:
1ª Mão dos 4ºs de Final da Liga dos Campeões
#publicado em simultâneo com os Encarnados
É o maior clube do mundo
Tudo pode acontecer, não é o Ronaldinho nem o Etoo que nos metem medo!!! As papoilas saltitantes já venceram equipas muito mais poderosas que este Barcelona e quando estes eram super favoritos!! Querem um exemplo: Benfica-Real Madrid na segunda final da TCE do glorioso!! Aquela equipa fantastica do Real que só tinha ganho 5 TCE seguidas o Benfica ganhou-os mesmo depois de se ver em desvantagem! Ser do Campeão é ter este espírito de acreditar sempre e fazer o que dizem ser impossível!! "Nada é impossível" este é o chavão da marca que veste o Benfica porque que acham que eles nos escolheram e estão connosco por mais de 10 anos?!!!
A unica coisa que hoje os benfiquistas querem é que o MANTO SAGRADO seja honrado e que esteja a defende-lo dê tudo o que tem e não tem hoje. É isso que queremos!!!
segunda-feira, março 27, 2006
Convocados para amanhã.
Competição: Liga dos Campeões, quartos de final 1ªmão
Local: Estádio do Sport Lisboa e Benfica, em Lisboa
Dia: 28/03/2006(Terça-feira) pelas 19h45
Transmissão Televisiva: RTP1
BOA SORTE CAMPEÕES, NÓS CONFIAMOS EM VOCÊS!!!!
O Céu É O Limite!
Amanhã, às 19h45m, lá estaremos no Estádio do Sport Lisboa E Benfica a apoiar os nossos craques.
Todos a uma só voz a apoiar os nossos campeões para que a nossa equipa consiga um resultado que lhe permita viajar até Barcelona com vantagem no marcador.
Porque eu acredito, a Grande Águia pode voltar a voar bem alto e pousar nas Meias-Finais desta Champions League!
domingo, março 26, 2006
Resultado das modalidades
ANDEBOL Camp. Nacional-25ªJornada
Vidigueira 26–24 Benfica
VOLEIBOL Camp. Nacional – Play-off – 1/2 Finais – 2ºjogo
Benfica 1–3 Vit. Guimarães
HÓQUEI EM PATINS Camp. Nacional-25ªJornada
Famalicense 1–6 Benfica
DOMINGO – 26/03/2006
BASQUETEBOL Liga TMN-21ªJornada
Benfica 97-87 Belenenses
FUTSAL Camp. Nacional-22ªJornada
Benfica 9–3 Sp. Braga
sábado, março 25, 2006
Crónica 28ª Jornada - Gestão Catalã!
s
Estádio bastante composto cheio para assistir a um jogo fundamental nos objectivos internos do Benfica. A luta com o Braga pelo 3º lugar – já que não nos deixaram ir mais além – significará a presença ou não na pré-eliminatória da Liga dos Campeões e esse facto é importantíssimo na vida saudável do clube.
E tendo em conta que se aproxima o jogo com o Barcelona, a expectativa dos adeptos em ver bom futebol é enorme. Há que ter a noção que o Braga é uma das melhores equipas nacionais com bastantes jogadores de grande qualidade e que está superiormente orientada por Jesualdo Ferreira. Além disso tem feito uma excelente prova tendo inclusivamente vencido o Benfica no jogo da primeira volta.
Ronald Koeman fez apenas duas alterações na equipa principal devido aos problemas físicos de alguns jogadores. Assim, Ricardo Rocha rendeu Nélson – a contas com uma pubalgia, foi poupado para 3ª feira – na posição de lateral direito – e Laurent Robert regressou à titularidade relegando Geovanni para o banco de suplentes – o brasileiro também teve alguns problemas físicos durante a semana. Com a titularidade do francês, Manduca foi recolocado no apoio ao ponta-de-lança Nuno Gomes. Apesar de Simão e de Robert terem iniciado o jogo em lados contrários ao habitual – esquerda e direita respectivamente - a troca de posições entre si foi uma realidade ao longo do jogo.
Mais uma vez Pedro Mantorras iniciou o jogo no banco tendo agora a companhia do regressado de lesão, Fabrizio Miccoli.
O inicio de jogo do Benfica foi verdadeiramente arrasador, deixando completamente perplexos os jogadores bracarenses. O 1º golo e único da partida foi obtido logo aos 2 minutos de jogo na primeira grande jogada. Centro da esquerda de Robert com a bola a meia altura directamente para o remate de primeira – e já perto da pequena área – de Nuno Gomes. A bola ainda dá um toque subtil num defesa do Braga enganando por completo o guarda-redes.
Depois do golo e por aproximadamente mais 30 minutos o futebol do Benfica cilindrou completamente o meio-campo e a defesa adversária, e apesar de não terem surgido mais golos as grandes jogadas de perigo foram inúmeras – sempre com o último passe a falhar ou com remates mal efectuados. O intervalo chegou com o Braga a começar a intrometer-se no meio-campo do Benfica ficando jogo um pouco mais equilibrado.
A 2ª parte traduziu-se essencialmente numa gestão do Benfica a pensar no jogo de 3ª feira. O Braga foi tentando criar algum perigo e Moretto safou a defesa por duas vezes mas com a expulsão de Luís Filipe o ímpeto bracarense foi completamente abaixo.
A entrada de Karagounis revelou-se, mais uma vez, fundamental mas novamente tardia. No momento da entrada do grego já há muito tempo que o Benfica tinha perdido o controlo do meio-campo que felizmente foi retomado pouco tempo depois. A entrada de Beto serviu o mesmo propósito fazendo Petit descansar para o confronto da época.
Mais uma vez Koeman desiludiu ao demorar a reagir e a não colocar a opção atacante correcta. Se a não-entrada de Miccoli até poderá ser tolerável mas incompreensível – o italiano precisa de minutos e de apoio dos adeptos – a não opção sobre Mantorras é desesperante. O angolano merecia ter tido uma oportunidade em virtude do abaixamento de ritmo de Nuno Gomes – quase que se arrastava no final da partida – e do estado de euforia pelo golo que deu a vitória na jornada anterior.
Isto não é forma de gerir motivações!
Assim, os últimos minutos foram de pouco interesse visto que estava claro que não se assumiriam riscos desnecessários, excepção nalguns lances individuais esporádicos.
No que diz respeito ao resultado a vitória é, mais uma vez, indiscutível porque venceu a equipa que esteve melhor em maior período de tempo. O Braga teve também alguns momentos de bom futebol, o que não é de estranhar, mas não conseguiu nunca superiorizar-se de forma clara. O jogo primou pelo equilíbrio ou pelo domínio do Benfica.
Destaco as exibições de Manuel Fernandes, Simão, Léo e Petit como as melhores.
O jovem internacional português foi esta semana muito elogiado nos sites da UEFA e FIFA e ainda por Ronald Koeman aquando da visita do técnico a Espanha. Demonstrando cada vez mais uma grande personalidade e classe fez, nesta partida, mais uma exibição soberba. Impecável no passe e nas recuperações de bola melhorou a olhos vistos o controlo da mesma até quando rodeado por vários adversários bracarenses. Muito seguro quer como trinco mais recuado – com Petit – quer como apoiante dos médios mais avançados – com Beto. Para mim, o melhor em campo.
Colocado na direita, a primeira parte de Simão foi um pouco pobre a nível atacante compensando, no entanto, no plano defensivo com sucessivas dobras fantásticas a um atrapalhado Ricardo Rocha – numa delas um sprint de 30 metros absolutamente contagiante. No 2º tempo e com a mudança para a ala esquerda melhorou ofensivamente criando mesmo as melhores jogadas do Benfica. É engraçado como perdeu maior fulgor na posição em que foi formado de origem, pelos vistos já se desabituou.
Menos rematador que o costume mas extremamente perigoso no passe e desmarcação.
O internacional brasileiro Léo, fez novamente um jogo de nível superior. Absolutamente imperial no um-para-um, formou com o capitão um quebra-cabeças para Luís Filipe de contornos preocupantes para o lateral direito bracarense. Defensivamente impecável, destacou-se por mais um ou dois túneis geniais ao adversário – e sempre em grande velocidade. Muito fustigado por faltas duras.
De Petit, duas notas opostas. Se por um lado foi novamente o motor do conjunto e por isso se exibiu de forma muito positiva, por outro lado não pode ter o tipo de atitude revelado no momento da substituição. Por muito injusta que seja a opção do treinador – e muitas são-o – um jogador tem que acatar sempre as decisões do seu superior hierárquico com respeito. Confesso que fiquei desiludido porque não estava à espera de algo do género do grande Petit. Ainda assim e de certa forma se compreende porque é daquele tipo de jogadores que quer dar sempre o seu máximo em prol da equipa – não tem nada a ver com vedetismo.
A opção de Koeman foi, claramente, para o poupar porque Petit é um dos jogadores mais primordiais do plantel.
Notas muito positivas ainda para Laurent Robert e Luisão.
O internacional francês fez uma primeira parte de grande qualidade na ala esquerda, uma das suas melhores performances ao serviço do Benfica principalmente porque também ajudou bastante no aspecto defensivo – o que é raro fazer. Fez a assistência para o golo e mais uma mão cheia de bons cruzamentos, na 2ª parte foi perdendo algum fulgor sendo tardiamente substituído por Geovanni.
Na marcação a João Tomás, o gigante Luisão esteve quase sempre em bom plano. Algumas dificuldades nalguns lances divididos mas onde foi mais lesto que o seu adversário. Quando não conseguiu superiorizar-se, Moretto safou a honra do convento. O berro – depois de um chutão para a bancada – que deu para os seus colegas no 2º tempo com o intuito de os “acordar” foi bem representativo da importância que tem no balneário.
A exibição de Anderson foi algo similar à do seu colega de sector pecando, no entanto, pelo número algo excessivo de faltas que fez – algumas não foram, é verdade. Teve uma falha que abomino em qualquer jogador: nunca, em qualquer circunstância, poderá protestar com o braço levantado pedindo a falta – neste caso o fora-de-jogo – deixando de acorrer ao lance. É algo inadmissível em alta-competição.
Ricardo Rocha, Manduca e Nuno Gomes estiveram bem a espaços mas no global apenas razoáveis, no entanto cumpridores.
O 33 benfiquista, adaptado a lateral-direito – que me lembre, a primeira vez que o fez desde que está no clube – cumpriu o que lhe foi pedido. Teve muitas dificuldades para segurar Wender sendo sucessivamente dobrado por Petit, Simão e mesmo Luisão. A nível atacante evidencio uma jogada em grande velocidade na qual fintou 2 jogadores para ganhar um canto. Se é polivalência que Scolari quer, Ricardo Rocha tem e muita.
De Manduca algumas iniciativas individuais de bom nível jogando numa posição que não é, claramente, a sua. Pareceu um pouco perdido no segundo tempo e por isso foi bem substituído.
Nuno Gomes fez um belo golo mas pouco mais. Alguns bons passes em desmarcação mas novos falhanços na hora do remate – um remate de cabeça muito mal e noutro lance deixou-se desarmar por Nem quando tinha tudo para fazer o golo. Ainda assim, deu os 3 pontos à equipa e isso é sempre positivo.
A intranquilidade de Moretto é há já muito tempo conhecida. Ainda que tenha estado bem em dois remates perigosos de João Tomás as falhas que demonstra ao segurar a bola são comprometedoras. Cada vez mais penso que joga por motivos superiores e não por opção técnica, os erros são em demasiado para que a 2ª opção seja a mais lógica. E Koeman não é nenhum idiota chapado.
E por fim os suplentes, Karagounis, Beto e Geovanni. Os dois primeiros entraram em momentos chave com o intuito de segurar o jogo. Se de Karagounis se esperava um fundamental controlo de bola, de Beto esperava-se a raça e a vontade habitual. Cumpriram os dois muito bem, o brasileiro teve ainda duas ou três aberturas que julguei que não sabia fazer.
De Geovanni viu-se muito pouco pois naqueles 10 minutos finais – mais uma vez o 3º homem entrou muito tarde – o importante era segurar e controlar a partida.
Relativamente à arbitragem de Paulo Baptista posso dizer que gostei bastante, não tenho grande impressão deste árbitro mas depois deste jogo a minha opinião acerca do alentejano é positiva. Demonstrou durante todo o jogo grande autoridade e pareceu-me puxar dos cartões sempre que necessário – falhou uma ou duas vezes mas nada de importante.
Para além disso apresentou-se sempre muito perto dos lances demonstrando boa preparação física o que torna mais fácil o seu trabalho. Exemplarmente bem auxiliado pelos seus fiscais de linha em apenas dois momentos o seu trabalho deixou dúvidas: os dois lances de pretenso penalty – um de Petit sobre Delibasic e outro de Nem sobre Manduca – ambos de difícil juízo. Ao não assinalar os dois poder-se-á concluir – verdadeiramente e sem clubismos patéticos que já vão surgindo – que considerou que a intensidade dos dois contactos não foi responsável pela queda dos jogadores envolvidos.
No lance de Petit os dois jogadores saltam à bola de costas havendo o contacto sem que a bola esteja em disputa directa. Petit ganhou o confronto pelo poderio físico ou pela acção faltosa. No outro lance, quando Manduca se preparava para furar para a área sofre um contacto na anca que o desequilibra forçando-o a cair. São lances muito parecidos em que o choque poderá ser responsável por uma queda mais ou menos aparatosa.
Portanto, se manteve o critério da intensidade só se poderá concordar com a decisão. Eu, no seu lugar, teria marcado penalty nas duas situações mas compreendo a sua escolha até porque são lances discutíveis.
Relativamente às picardias – entre muitas parelhas de jogadores – soube quase sempre controlá-las. Não se apercebeu de um ou outro lance entre Petit e Wender, mas em situações onde poderá ter estado tapado pelos respectivos atletas.
Expulsou, bem, Luís Filipe pelo facto do bracarense ter agarrado ostensivamente e com as duas mãos, Simão, quando este se aproximava perigosamente da grande-área.
Os 3 pontos deste jogo colocam o Benfica numa boa posição para garantir de forma mais ou menos tranquila o 3º lugar na Liga. Apenas 5 e 7 pontos separam o clube dos lugares cimeiros e tudo ainda pode acontecer independentemente do bom momento dos adversários. Com apenas 6 jogos para jogar, 1 empate e 1 derrota dos rivais colocará o Benfica na rota do título, é quase impossível mas ainda poderá haver uma réstia de esperança. Os restantes jogos desta jornada revelar-se-ão fundamentais para posteriores conclusões. E vencer as próximas partidas é vital!
Tendo em conta que o Benfica venceu este confronto importante espera-se muita polémica – pelo menos até 3ª feira – da gente do costume. Daqueles que dizem que um golo do Benfica ou é falta ou grande azelhice da defesa e do guarda-redes adversário, daqueles que dizem que nas derrotas o adversário é sempre melhor e nas vitórias é sempre muito mau e fácil demais, daqueles que consideram que os títulos do Benfica são sempre roubados e desprovidos de mérito, daqueles que se indignam com benefícios de arbitragem ao Benfica mas que esfregam as mãos e riem de satisfação quando acontece o contrário. A inveja é lixada, com “f”!
Na 3ª é para ganhar! Força Benfica, eu acredito!
NDR: Nunca tinha visto um jogador morder no rabo um adversário durante um jogo de futebol. Na próxima semana é, seguramente, uma “Petit” história para dar e “Wender”. Depois do “Liedson faz-me um filho” estamos cada vez mais na presença de Brokeback Football.
Ficha do Jogo:
28ª Jornada da Liga Portuguesa
Bilhetes para os jogos da LC
A partir de amanha serão vendidos os bilhetes para o jogo da segunda mão. Ao contrário do que aconteceu contra o Liverpool estarão abertas bilheteiras para vender cerca de 1500 bilhetes a sócios e 1000 bilhetes para as claques. Para as casas do Benfica foram reservados 400 bilhetes enquanto para a Comos vão a maior fatia 2000 bilhetes. Primeiro de tudo é de salutar que não se vai passar aquilo que se passou contra o Liverpool em que muita gente já tinha viagem marcada e paga até mesmo mas não tinha bilhetes porque o Benfica não os disponibilizou nas bilheteiras. Agora 2000 bilhetes para a Cosmos?!!! Quanto dinheiro não vai ganhar esta empresa dos Oliveirinhas à nossa conta?!! Vivemos numa epoca em que existem muitas empresas de aviação de low cost que permitem viajar a preços muito mais aceitaveis e acessiveis aos bolsos dos benfiquistas. Ao possibilitar bilhetas à Cosmos está a impossibilitar muita gente de ir porque não pode pagar os preços exorbitantes pedidos por aqueles chulos!!! Agora também não sei que contrapartidas eles dão ao Benfica por isso... Mas de qualquer maneira devia ser salvaguardado sempre os sócios e dar-lhe as melhores opções. E neste caso a Cosmos não o é!!!
Não tenho duvida que os bilhetes para a segunda mão vão voar todos e vai ficar muita gente a ver navios!! E teremos certamente situações injustas em que adeptos que acompanham o Benfica para todo o lado e que tem cativo não terão bilhetes por causa dos oportunistas. Era preferível criar-se um sistema em que se minimizassem estas situações. Tipo seriam dados pontos por cada jogo que o sócio assistisse em casa. Os sócios que tivessem mais pontos nestas ocasiões seriam beneficiados e colocados em primeiro lugar. Com isto estariamos a premiar a fidelidade e o apoio dados por esses benfiquistas e estariamos a estimular a que o estádio tivesse mais gente. É apenas uma ideia...
Força BENFICA
Competição: Liga BetandWin, 28ªjornada
Local: Estádio do Sport Lisboa e Benfica
Dia: 25/03/2006(Sábado) pelas 19h00
Transmissão Televisiva: SportTv
BOA SORTE CAMPEÕES!!!
sexta-feira, março 24, 2006
G-14
Para começo de conversa não são 14 clubes mais sim 18 clubes: Ajax, Arsenal, Barcelona, Bayer Leverkusen, Bayern Munich, Borussia Dortmund, Internazionale, Juventus, Liverpool, Lyon, Manchester Utd, Marseille, Milan, Paris St-Germain, Andrades, PSV Eindhoven, Real Madrid, Valencia.
Para mim estamos perante um grupo de chulos e chupistas. Vejamos o caso por exemplo do PSG, não é e não será em breve um clube grande na Europa, por isso isto invalida logo que sejam um grupo de grandes clubes da Europa. Para quem diz que é o grupo dos mais ricos eu pergunto então o que fazem ali os Andrades e o Dortmund... O que estes senhores querem toda a gente sabe: dinheiro!!! Não estão reunidos em prol do desenvolvimento do desporto-rei, no cativar de mais público para este desporto fantástico. O que os move são as verdinhas!!! Eles não querem saber do povo, aqueles que vivem e sentem diariamente o clube, querem é lucro!!! Só se lembram de nós na hora de a gente comprar um camisola ou que tem um estádio para encher.
Foi à conta destes artistas que podemos ver a maior aberração que poderem fazer à Liga dos Campeões: uma equipa 4ª classificada no seu campeonato, sem nunca ter sido campeã no seu país poder ser Campeão da Europa!!! Tudo isso por dinheiro!!! Coitados já não tinham dinheiro suficiente que as televisões lhes davam para estourar em tudo o que mexia!!!
Agora pretendem ameaçar a FIFA com um processo por causa da cedência dos jogadores às selecções e por em certas ocasiões esses virem lesionados!! Eu se fizesse parte da FIFA contrapunha um processo a esses mesmos clubes para receber parte dos lucros que obtem com as transferências milionárias dos jogadores internacionais!!! Ou é um frete que fazem às selecções só? Quanto valerá um jogador antes de um Mundial e depois de ter feito um Mundial excelente? Será que valerá a mesma coisa?!!! Será que os clubes estarão na disposição de dar partes dos seus lucros à FIFA?!! Pelo que as selecções ganham não custava partilhar uma parte com os clubes donde provem os jogadores!! Ou no minimo pagar os dias em que estes estão a trabalhar com a selecção.
Porque que esses clubes não poem uma clausula nos contratos dos seus jogadores a impedi-los de ir à selecção?! Porque, não seria mais facil? Estavam sujeitos é depois a não terem jogadores que queriam...
Estamos perante um grupo de gananciosos e egoistas que não se interessam pelo desporto mas sim só nos seus interesses!!!
quinta-feira, março 23, 2006
Agenda das modalidades
ANDEBOL Camp. Nacional-25ªJornada
Vidigueira – Benfica 15:30 h Pav. Mun. Vidigueira
VOLEIBOL Camp. Nacional – Play-off – 1/2 Finais – 2ºjogo– SPORTTV
Benfica – Vit. Guimarães 17:00 h Pav. nº 2 da Luz
HÓQUEI EM PATINS Camp. Nacional-25ªJornada
Famalicense – Benfica 17:00 h Pav. Mun. De Famalicão
DOMINGO – 26/03/2006
BASQUETEBOL Liga TMN-21ªJornada– RTP 2
Benfica - Belenenses 15:20 h Pav. Açoreana Seguros
FUTSAL Camp. Nacional-22ªJornada– SPORTTV
Benfica – Sp. Braga 16:05 h Pav. nº2 da Luz
quarta-feira, março 22, 2006
Mitologia do Mofo!
Quem está mais ou menos dentro do fenómeno desportivo há mais de 10 anos – principalmente o futebolístico – está, certamente, familiarizado com uma grande quantidade de mitos – i.e. lendas ou fábulas – que foram, alguns ainda são, perpetuados pela Comunicação Social, classe dirigente mas principalmente por adeptos dos clubes a que os mesmos dizem respeito. Muitas das vezes servem ainda como ataque ao adepto adversário pelo achincalhar do clube do mesmo.
Como mitos que são, não correspondem à realidade factual mas sim à realidade virtual de quem por maldade ou ignorância os profere. Este post serve, então, para desmistificar todo esse chorrilho de mentiras que ainda hoje ouvimos com bastante frequência.
Mito 1: “Os campeonatos – e outras competições nacionais – ganham-se dentro de campo visto que não há corrupção na arbitragem!”
Durante os muitos anos a que assisto ao futebol português, até por ser esta altura a dos anos gloriosos do FC Porto, que me ficaram na cabeça dúvidas sobre muitos dos resultados de campeonatos nacionais – o penta-campeonato azul é o mais visível.
A arbitragem mafiosa é há muito tempo conhecida com os Calheiros, os Guímaros, os Pratas, os Santos e mais recentemente os Costas – Paulo, Rui e António, os Benquerenças, os Sousas ou ainda os Paratys em grande plano.
Depois de uma rocambolesca história de viagens de árbitros ao Brasil “subsidiadas” pelo FC Porto – história essa em que existiam provas factuais e documentadas do suborno – ter sido, infelizmente, arquivada por falta de provas, pouca era a esperança de ver atrás das grades os responsáveis por dezenas de anos de “mentira” desportiva.
A certa altura de 2004, o meu sonho pareceu tornar-se realidade, as minhas súplicas estavam prestes a resultar por intermédio de um processo criminal denominado Apito Dourado. Neste processo as individualidades que há anos eram apelidadas de corruptas estavam a ser, finalmente, investigadas e constituídas arguidas por manipulação de resultados desportivos – Valentim Loureiro, Pinto de Sousa e Pinto da Costa.
A partir daí a “manta” que cobria o mito da verdade desportiva foi destruída e transpareceu para toda a sociedade aquilo que muita gente dizia mas que não era credível segundo alguns. Ainda há, obviamente, pessoas que não acreditam neste processo, que acham que isto é tudo uma cabala “dos de Lisboa” para incriminar inocentes. Há inclusivamente pessoas que acham que a Polícia Judiciária está a mando de alguns e que investiga selectivamente ao bom estilo “nós fazemos mas vocês também!”.
Paira, no entanto, uma sombria e densa nuvem sobre tudo isto, as bocas estão fechadas, o processo estagna, a Comunicação Social ignora. Porquê? Porque a mão suja que dá de comer a essa gente toda poderá estar prestes a ser lavada, não com água e sabão, mas com lixívia. Lixívia essa que “purificará” esta podridão que é o futebol português.
Os árbitros – a lista é gigantesca – foram “aliciados” por Pinto da Costa e por Valentim Loureiro sob a conivência de Pinto de Sousa para beneficiar o FC Porto, o Gondomar SC e porventura o Boavista FC e há provas factuais disso – as escutas telefónicas pelo menos – já do domínio público.
Aguardo com expectativa que o meu sonho se concretize e que a minha revolta de anos – e a de muitos, certamente – seja apaziguada com a prisão dos criminosos, a retirada dos títulos ganhos com a corrupção e a despromoção dos clubes envolvidos. O processo arrasta-se e com quase 2 anos passados o abafamento do mais vergonhoso e escandaloso “caso” do futebol português é preocupante.
A falta de justiça neste país é ainda mais nojenta que as atitudes dos criminosos que aguardam anos por julgamento. Inacreditável como os dirigentes “suspeitos” continuam na total posse dos seus cargos e os árbitros corrompidos continuam a apitar como se nada fosse, só mesmo neste país.
Resta saber se esta dinâmica de investigação se vai estender a outras modalidades especialmente o vergonhoso hóquei português.
Mito 2: “O Sporting domina o mundo das modalidades desportivas em Portugal!”
Longe vão os tempos em que os sportinguistas “atiravam à cara” dos adversários clichés como “o Sporting é clube português mais eclético!”, “O Sporting nas modalidades é imparável!” e outras coisas do género.
Nos últimos anos e salvo a excepção do atletismo – a única modalidade onde vencem títulos frequentemente – o deserto de conquistas tem sido avassalador. O clube mais eclético ou extinguiu quase todas as modalidades mais importantes – voleibol, ciclismo, basquetebol, etc… – ou vegeta em escalões secundários – hóquei em patins e andebol.
Não tem, insolitamente, um pavilhão para albergar as modalidades que ainda possui recorrendo ao aluguer de recintos desportivos de outros clubes. Não me recordo nos últimos anos de um título importante do Sporting nas modalidades amadoras mais apreciadas pelos portugueses à excepção do título de futsal em 2003/2004.
Há inclusivamente a patetice de reclamar as vitórias dos atletas sportinguistas, mas em representação das selecções nacionais nos Mundiais e Europeus, como do Sporting. Basta consultar o site oficial do clube e conversar com alguns sportinguistas mais incomodados com o real estado das coisas. Claramente, o desespero de causa de quem só ganha massivamente no ping-pong, no full-contact ou noutras modalidades menores.
O recentemente cooptado presidente sportinguista afirma constantemente a necessidade de acabar com as modalidades existentes e concentrar o Sporting num clube só de futebol – onde também não vence de forma constante em abundância, basta lembrar o jejum de 18 anos.
Ainda assim é bastante comum ouvir “O Sporting é 2º o clube com mais títulos da Europa, só batido pelo Barcelona!”. Certamente que é importante saber se o “berlinde”, o “esconde-esconde” ou a “macaca” também entram nessas contas.
Mito 3: “O Benfica vive dos títulos do passado!”
Os últimos 2 anos de futebol português foram verdadeiramente desastrosos para os impulsionadores deste mito. O título do Benfica em 2004/2005 aliado à conquista da Taça de Portugal de 2003/2004 e da SuperTaça já nesta época deu grandes alegrias à maioria do país mas foi aziago para muitos.
A demonstração da força actual do clube é, realmente, fantástica sendo facilmente adivinhável que mais tarde ou mais cedo novos títulos vão aparecer. A dinâmica de vitória implementada pela direcção actual tem sido fundamental nas grandes alegrias que o clube nos tem dado.
A outro nível que não o futebol, a dobradinha em voleibol – também a SuperTaça e a Taça já deste ano – e em futsal na época passada são também momentos importantes a realçar. As recentes dinâmicas de vitória do basquetebol de Carlos Lisboa, do andebol de Aleksander Donner e do hóquei em patins do regressado Carlos Dantas são também muito importantes e auguram resultados risonhos num futuro próximo.
Mito 4: “O Benfica não existe a nível europeu, já não tem prestígio nem resultados!”
Várias prestações medíocres nos últimos 10 anos levaram a que este mito fosse quase institucionalizado. A fantástica carreira europeia deste ano na Liga dos Campeões revolucionou por completo o discurso sobre um Benfica europeu. As vitórias sobre o Manchester United e sobre o Campeão Europeu Liverpool incendiaram a paixão e o inferno vermelho presente em cada benfiquista.
Há, como não poderia deixar de ser, aqueles invejosos que constantemente denigrem a imagem do Benfica com o desdenhar do adversário – “o pior Manchester e Liverpool dos últimos 100 anos!” – ou a invocação de uma salvadora sorte. Enfim… tenham paciência que isto é para durar. Barcelona não será uma barreira mas mais uma etapa conquistada, independentemente do resultado.
Bom é estar presente e vocês jogam com quem?!
Mito 5: “Pinto da Costa é um génio do dirigismo desportivo!”
A idade não perdoa e o que era um mito quase universal está em decadência. Os inúmeros erros de casting de jogadores e treinadores nos anos mais recentes – salvo, no entretanto, pelo brilhantismo de Mourinho – foram o que mais se viu em Pinto da Costa.
Até os idiotas comentários que costuma fazer em tom de gozo e desprezo do adversário têm estado em má forma embora sempre acompanhados dos risinhos cúmplices dos “jornaleiros”. As queixinhas que tem feito de jogadores do Benfica diminuem-no ainda mais confirmando a secular ideia do monumental ódio que tem ao rival da Luz.
Luís Filipe Vieira pode ter muitos defeitos, e tem, mas nunca em momento algum o vi achincalhar de forma gratuita e desnecessária um adversário – Pinto da Costa fá-lo há mais de 15 anos. O respeito aprende-se e pelos vistos não o há em toda a gente.
A culminar a sua “brilhante” carreira está um processo de corrupção que o pode levar à cadeia por vários anos. Tempos negros para aquele que um dia foi o Papa do futebol português.
Mito 6: “O Sporting tem os melhores gestores do futebol português!”
Um dos mitos mais ouvidos na última década. Desde sempre o Sporting foi associado a uma massa associativa mais “burguesa” e “encartada” deixando a “ralé” benfiquista afastada de tão elevadas profissões.
Durante os anos negros do Benfica com sucessivos coveiros na presidência – um deles criminoso – o regozijo lagarto pela desastrosa gestão do Benfica foi a nota dominante.
A direcção benfiquista actual conseguiu um milagre: devolveu a credibilidade ao Benfica, pagou inúmeras dívidas do clube e continua a fazer render a marca Benfica com “namings”, aumentando exponencialmente o número de sócios com a respectiva quotização anual, criando infra-estruturas – Centro de Estágio, Pavilhões, Complexo do Estádio, etc… Uma gestão brilhante, portanto!
E o que fazem os famosos e geniais gestores lagartos?! Deixam o clube cair na bancarrota, e na comprometedora e indigna “venda de património para pagar dívidas de tesouraria”.
Caros sportinguistas: se acham que os problemas do Benfica são da mesma dimensão dos do Sporting estão no vosso direito de viver num mundo de ilusão.
Felizmente que o Benfica não precisa vender património para saldar dívidas correntes de tesouraria – houve alturas em que isso era “imprescindível” como por exemplo na presidência do “criminoso” – mas neste momento é um clube em expansão que só de quotização anual tem mais de 7,5 milhões de euros. Só nas competições europeias deste ano o saldo até agora é de 10 milhões de euros positivos.
E tenho a certeza que o Benfica não necessita da autorização da Banca para adquirir jogadores como acontece no Sporting – dito pelo cooptado Filipe Soares Franco.
O Grupo Benfica tem um passivo de aproximadamente 300 milhões de euros enquanto que o Sporting tem aproximadamente 400 milhões de euros – não estou a inventar os números, é tudo público.
Mas falar de passivo não é a mesma coisa que falar em dívida bancária, pois não? Economia 101!
O Grupo Benfica deve à Banca sensivelmente 115 milhões de euros – quase tudo referente ao complexo do Estádio da Luz – enquanto que o Sporting tem contraída a dívida de mais de 275 milhões de euros – reafirmo o domínio público das dívidas.
O que tem sido feito por FSF e seus comparsas é fazer a analogia entre o passivo do Grupo Benfica e a dívida lagarta à Banca, o que é mentiroso e dissimulado.
Depois de mais de 10 anos a ouvir "O Sporting tem os mais brilhantes e competentes gestores do Futebol Português" é um pouquinho patética a situação actual do clube de Alvalade, com o devido respeito.
Mito 7: “O Benfica deixou de ganhar devido à abolição do regime ditatorial!”
Esta é uma das maiores mentiras que se pode dizer no mundo do futebol, só dita por indivíduos de má fé ou por alguém muito ignorante – porventura as duas coisas. Salazar era associado do Belenenses, não adepto do Benfica como muitos “sabem” – porque eram vivos nesse tempo, claro! – e sim, de facto, associou-se ao sucesso do Benfica porque o clube ganhava muito.
Uma breve análise estatística aos títulos do futebol português podemos concluir o seguinte:
Antes do 25 de Abril (40 épocas, com 2 anos sem Taça de Portugal):
SL Benfica – 20 CN e 15 TP… 35 títulos
FC Porto – 5 CN e 3 TP… 8 títulos
Sporting CP – 14 CN e 9 TP… 23 títulos
Depois do 25 de Abril (31 épocas):
SL Benfica – 11 CN e 9 TP… 20 títulos (- 27% do total de 55)
FC Porto – 15 CN e 9 TP… 24 títulos (+ 75% do total de 32)
Sporting CP – 4 CN e 4 TP… 8 títulos (- 47% do total de 31)
Fonte: A Bola
Vemos que o Sporting foi, claramente, clube mais prejudicado pela implantação da democracia no país enquanto que o Porto foi o mais beneficiado. A “seca” de um é também a “fartura” do outro. Certamente que o jejum de títulos do “Glorioso” recentemente terminado contribuiu pelo abaixamento do rácio do clube. Ainda assim os 20 títulos são uma óptima prestação.
O Benfica deixou de ganhar em tão grande quantidade devido ao surgimento do FC Porto com um grande clube do panorama desportivo nacional. O “clube do regime” venceu muitas coisas depois de abolida a ditadura, inclusivamente esteve presente em duas finais da Taça dos Campeões Europeus e uma da Taça UEFA.
Curiosamente são apenas 4 os títulos que separam o Benfica do FC Porto na era pós 25 de Abril, importantíssima a “famosa” série do penta para este desempate. Quanto ao Sporting, realmente 8 títulos em 31 épocas é muitíssimo pouco para um clube dito grande, o Boavista no mesmo período tem 6 títulos (1 CN + 5 TP), apenas menos 2.
Mito 8: “O Benfica domina a arbitragem!”
O domínio da arbitragem, a existir como alguns juram, não deu qualquer resultado em 11 anos de Campeonatos Nacionais. Alguém minimamente inteligente acha que alguém domina os árbitros para perder? Bem me parecia que não!
A conversa do colinho perpetuada apenas nos momentos em que dá jeito é, rapidamente abolida, quando por exemplo se repetem as arbitragens dos jogos mais recentes do Benfica – responsáveis por menos 8 pontos na Liga e pela eliminação da Taça de Portugal. Coerência? Claro que não!
Há ainda a conversa da corrupção de Cunha Leal, é engraçado é ninguém ter falado nos 8 anos da presidência de Guilherme Aguiar na Liga de Clubes. Presidência essa que coincidiu com o mais avassalador domínio do FC Porto em Portugal desde sempre com 5 Campeonatos conquistados de forma consecutiva.
É por este tipo de análise que ninguém acredita nas teorias da conspiração na conquista da Liga da época passada. Insurgiram-se contra o jogo do Estoril no Algarve – em que o Benfica foi prejudicado com 2 expulsões perdoadas ao adversário – mas se essa situação não existisse qualquer outro motivo seria o alvo da raiva pela vitória do Benfica. É a lógica da batata perpetuada desde sempre!
Os arguidos em processos criminais são os inocentes mas os reais suspeitos são outros. Brilhante conclusão dessa gente! Foi uma vitória do suor, da vontade e do esforço – com alguma sorte, é óbvio – mas muito merecida.
Um Talento (Re)Conhecido Além Fronteiras
segunda-feira, março 20, 2006
Crónica 27ª Jornada - Sr. Koeman, porque não joga Mantorras?
Pouca esperança, pouca tranquilidade e pouco público foram as primeiras notas da partida em Vila do Conde frente ao Rio Ave.
Como seria de esperar, o pouco público é originário de “pouca fé na equipa!”, num “divórcio dos adeptos com os jogadores!” ou “na pouca vontade em apoiar devido aos resultados recentes e ao mau tempo!” mas nunca no resultado de uma atitude dos benfiquistas – que o ano passado encheram o Estádio dos Arcos – de deixar de dar dinheiro a gente que não o merece. Obviamente, e agora sem ironias, que é um misto dos dois condicionantes mas tal não foi admitido na transmissão televisiva pelos suspeitos do costume.
Neste momento em que vale tudo para achincalhar o Benfica, sou a favor da debandada do público benfiquista dos estádios do adversário principalmente naqueles estádios de clubes com “atitudes menos dignas” para com o Benfica e de subserviência a outros – falo de Belenenses, Rio Ave, Vitória de Setúbal (agora menos), Nacional e infelizmente – é com tristeza que o digo – a União de Leiria. A equipa perde um apoio muito importante mas assim já ninguém faz as receitas da época às custas do Benfica. Mas atenção: Luz sempre cheia!
Depois do que se passou, recentemente, para o Campeonato, a luta do Benfica passa apenas por assegurar um fundamental lugar na Liga dos Campeões. A classificação abaixo do 3º lugar será uma catástrofe porque um clube do nível do Benfica tem que estar sempre na maior prova europeia de clubes. Acreditar que ainda se pode fazer mais é muito importante.
Ronald Koeman fez bastantes alterações ao 11 titular que perdeu na Luz com o Vitória de Guimarães recolocando os até então lesionados Simão e Léo retirando Karagounis e Ricardo Rocha. Geovanni regressou ao centro do ataque sendo Manduca encostado no lado direito – onde é menos consequente mas mais esforçado que Laurent Robert – e Moretto voltou aos titulares – infelizmente para a equipa, para Quim e para nós adeptos.
Saúdo ainda o regresso à titularidade do fundamental Petit.
Mais uma vez Pedro Mantorras iniciou o jogo no banco mantendo-se o inconsequente Nuno Gomes na frente de ataque. Incompreensível como Koeman mantém o nº 21 na equipa quando há alternativas em melhor forma.
O Benfica iniciou o jogo com grande categoria, melhorando bastante o futebol praticado nos últimos tempos mas com a normal e enervante displicência na hora da concretização.
Bastante velocidade, muitos remates, boas jogadas de envolvimento e algumas desmarcações brilhantes especialmente de Simão e de Geovanni. A defesa esteve bastante bem mas também devido a mais um “autocarro” de dois lugares estacionado nos últimos 30 metros.
O terreno encharcado bem como o vento dificultaram bastante o futebol dos atletas mais tecnicistas mas confesso que este Rio Ave é o mais fraco que já vi desde que subiu à 1ª Liga. Só a manifesta intranquilidade dos jogadores mais avançados do Benfica fez com que o intervalo chegasse com um nulo ainda no placard.
A 2ª parte foi um retrato fiel da 1ª. Um verdadeiro massacre por parte do Benfica mas com uma ainda mais patética concretização. Confesso que fui ao desespero com aquele falhanço do Simão à barra, e a partir daí vi que seria muito difícil ao Benfica vencer o jogo. A bola parece que queima nos pés dos jogadores!
Ainda mais preocupante que os falhanços dos extremos são os falhanços do ponta-de-lança Nuno Gomes, autor de uma exibição deprimente e desesperante.
O Rio Ave foi uma verdadeira nulidade durante todo jogo, na 1ª parte não existiu ofensivamente já que os contra-ataques vila-condenses foram sempre bem parados quer por Anderson, quer por Luisão e na 2ª parte teve apenas 2 ou 3 lances de bom futebol. Quando Koeman opta por fazer entrar Karagounis – apesar do bom jogo de Manuel Fernandes, mais um – o futebol do Benfica melhora devido ao já famoso controlo de bola do grego. O aperto torna-se mais forte mas infelizmente inconsequente. A entrada de Mantorras para uma última dezena desesperada de minutos é a última esperança.
Depois de um lance polémico na área benfiquista com novo falhanço vergonhoso de Moretto – analisarei no fim a prestação da arbitragem – a nova vaga do ataque benfiquista comandada por Simão Sabrosa dá a esperança de um golo salvador. Mais uma grande jogada do capitão, centro para Mantorras e o angolano com toda a sua alegria, raiva e categoria finaliza de forma acrobática – um meio moinho – para o golo de grande contentamento para uns e de raiva/azia para outros. Custa muito ver o Benfica ganhar com um golo no último minuto! É como que se fosse uma estalada muito forte em cheio na cara! E Koeman também foi um dos atingidos.
Koeman, na minha opinião, continua a errar e muito pois não se compreendem algumas das suas opções. Continua a manter Nuno Gomes na frente de ataque quando a sua finalização enerva e leva ao desespero quer os adeptos quer os próprios colegas. Jogadores em baixo de forma ficam ou no banco ou na bancada e este discurso também serve para o desastrado Moretto. São inúmeros os erros do holandês, principalmente na atitude a tomar quando é preciso mudar algo durante um jogo. Não se admite que demore tanto tempo a colocar os jogadores em campo!
No que diz respeito ao resultado a vitória é indiscutível porque venceu a única equipa que atacou. O Benfica fez mais de 30 remates e tem muito mérito na procura do merecido golo apesar de toda a intranquilidade. Espero que este magnifico golo de Mantorras dê ânimo à equipa e faça ver, de uma vez por todas, a Koeman que o angolano tem de jogar, e de jogar muito tempo.
Destaco as exibições de Simão, Léo e Petit como as melhores.
Depois de alguns jogos de menor fulgor, talvez devido aos problemas físicos conhecidos, o capitão Simão tem vindo a subir de forma a olhos vistos. Aquele soberbo golo em Anfield – o melhor da jornada europeia – deu-lhe o ânimo para exibições mais condizentes com o seu valor. Parece que o grande Simão está de volta! Neste jogo foi, sempre, o homem mais perigoso do Benfica com sucessivos ataques culminados em remates ou em excepcionais passes para colegas. Falhou uma mão cheia de golos mas tem mérito no facto de ter procurado fazê-los. Gostei imenso da atitude que demonstrou ao nunca desistir de lutar principalmente depois daquele desesperante remate à barra. É isto um capitão de equipa! Teve ainda o discernimento de fazer o cruzamento nos minutos finais para o golo da vitória. Para mim o melhor em campo.
A vontade, a categoria e a classe de Léo transpareceram mais uma vez neste jogo. Uma autêntica “Formiga Atómica” que se transcende apesar da sua baixa estatura. Um lance na área em que falha o cabeceamento, precisamente devido à altura, resulta num magnífico “dar o corpo à bola” para remediar o seu erro. Já é o melhor lateral-esquerdo do Benfica da última década. Acho, no entanto, que a equipa tem de procurar outras soluções já que não poderá jogar quase 90 minutos pelo lado esquerdo. A dependência no corredor de Léo e Simão é abismal.
Quanto a Petit mais do mesmo, um dos jogadores mais raçudos e voluntariosos que já vi envergarem a camisola do Benfica em mais de 15 anos. Petit é um jogador “à Benfica”! Um verdadeiro patrão ao bom estilo de Patrick Vieira. Foi neste jogo e mais uma vez o vértice do meio-campo quer em tarefas ofensivas quer defensivas. Desta vez menos afoito nos remates à baliza mas ainda assim um verdadeiro condutor de jogo, jogador fundamental que o Benfica não se pode dar ao luxo de prescindir.
Gostei ainda de Nélson e da dupla de centrais.
O jovem lateral-direito do Benfica fez um dos melhores jogos dos últimos tempos, muito afoito ofensivamente, deu origem a muitos cruzamentos e remates perigosos embora sem consequência. Teve algumas dificuldades para marcar Evandro no 2º tempo e por isso viu-se menos no ataque. Parece estar a subir de forma mas está ainda muito desastrado na hora de chutar. É penalizado pelo facto da equipa procurar atacar quase sempre pelo lado esquerdo.
A exibição das “Twin Towers” foi em tudo semelhante. Luisão e Anderson equivaleram-se em virtude do pouco jogo ofensivo do adversário e na categoria em parar as investidas com bom posicionamento e velocidade. A nível ofensivo estiveram os dois inconsequentes apesar de terem tentado o golo por algumas vezes, principalmente Anderson. No golo anulado ao Rio Ave parece-me que Luisão está pessimamente colocado e por isso se deixa bater pelo adversário directo.
Manduca também esteve em bom nível e penso que, neste momento, justifica mais a titularidade que Laurent Robert. Foi, tal com os seus colegas, desastrado na finalização mas um dos mais impulsionadores do jogo ofensivo. Muito esforçado e isso é sempre importante.
Um pouco abaixo do que já nos habituaram estiveram Manuel Fernandes e Geovanni.
O português esteve bem no controlo do meio-campo mas foi pouco ousado a nível atacante apesar de tentar rematar – mal – por algumas vezes. Foi, por isso, bem substituído por Karagounis mas algo tardiamente. Manuel Fernandes é um grande jogador mas este jogo não era para as suas características. Tenho pena que não acerte no remate, tornar-se-ia um médio fabuloso. Geovanni teve uma boa primeira parte mas desapareceu por completo no segundo tempo, foi também tardiamente substituído. Jogou na frente de ataque e não rematou à baliza, isso diz tudo da sua exibição apesar de algumas desmarcações de qualidade.
Quanto aos desastrados, mais uma vez Moretto e Nuno Gomes.
Já nem sei o que dizer do guarda-redes do Benfica. Não dá segurança aos colegas nem aos adeptos, não faz a diferença e tem falhanços incompreensíveis e resultantes de uma intranquilidade “bossiana”. Não compreendo a sua titularidade até porque nunca esteve verdadeiramente bem em qualquer um dos jogos ao serviço do Benfica. É injusto para Quim mas também para ele, ser titular quando se está num mau momento só prejudica a própria imagem porventura de forma irreversível. Se for titular por opção de Koeman é parvoíce e birra do holandês, se for titular por exigência das mais “altas patentes” é lamentável. Espero bem que não haja aqui mão de Veiga, quero ver a bronca quando o grande Moreira estiver em condições – parece que está para breve.
Quanto a Nuno Gomes é mais uma exibição igual às últimas. Falhanços monumentais na hora de finalizar, pouco expedito no remate mas ainda assim com alguns bons passes. Aquele lance no início da primeira parte fica para a história como um exemplo de má finalização – já deve dar para editar um livro. Sinceramente ainda não percebi o que queria fazer! Tem de ir para o banco urgentemente.
Quanto aos suplentes Laurent Robert, Karagounis e Mantorras, resultados díspares.
De Robert muito pouco esforço e um falhanço monumental de cabeça quando era preciso só encostar. Preocupante a forma como parece alheado dos jogos. Considero a entrada de Karagounis na partida como fundamental para a vitória, visto que o grego mostrou em campo tudo aquilo em que é melhor: controlo de bola e visão de jogo. Não rematou tanto como costuma fazer mas ainda assim foi preponderante. Deu início à jogada do golo.
E por fim Mantorras. Mostrou em 10 minutos aquilo que Nuno Gomes não consegue fazer há um mês. Mantorras merece outro tratamento de Koeman, por tudo o que já deu ao Benfica mas por tudo aquilo que ainda, claramente, pode dar.
Mantorras tem de jogar no Benfica e tal como disse aqui, significa muito mais para os benfiquistas do que Koeman. Mais um grande golo “à ponta-de-lança”, e mais uma vez decisivo.
Sinceramente não acredito que a iniciativa de o colocar em campo nos últimos jogos seja de Koeman, principalmente depois de tudo o que o holandês disse sobre uma possível dispensa. Parece-me que há ali “dedo” do presidente!
Depois de tudo o que se disse da arbitragem estava, sinceramente, à espera do que aconteceu em Vila do Conde. Na última crónica – do jogo da Taça – escrevi isto:
“Na próxima jornada e se nada se fizer aguardemos nova vergonha… e daí talvez já não seja preciso. Afinal o pretendido já está feito e provavelmente até ao final da Liga o Benfica vai ser claramente beneficiado para que se possa dizer que o foi e assim branquear o roubo nos momentos exactos. Foi assim o ano passado!”
Nomeado para este jogo, o familiar – parece que é pai de um jogador do Rio Ave emprestado pelo FC Porto, André Vilas Boas – João Vilas Boas lesionou-se. Assim, Paulo Paraty foi o chamado.
Paraty esteve até ao golo anulado – não por si mas pelo assistente – razoavelmente bem. Não teve influência no resultado até aí e embora perdoando alguns cartões a jogadores do Rio Ave rubricou uma boa exibição. Não percebi, de facto, o cartão amarelo a Karagounis porque o grego foi autorizado a entrar pelo 4º árbitro – sim, era isso que Bruins Slot reclamava – situação que costuma acabar numa reprimenda verbal e numa nova reentrada em campo.
O lance do golo do Rio Ave tem origem na conquista de um canto de forma patética. Moretto vai à bola com a ideia de a agarrar mas depois, no último momento, lembra-se que a mesma foi atrasada por um colega de equipa. Assim em vez de tentar chutá-la para lançamento tenta esquivar-se, lance em que me ri para não chorar tal o desespero.
Na cobrança do canto, o guarda-redes brasileiro falha por completo o corte e deixa que o adversário coloque o esférico na pequena área – onde Moretto devia estar – para uma finalização fácil e sem marcação.
Na minha opinião a bola está, até pela visível sombra dos elementos do jogo, dentro de campo quando o vila-condense faz o cruzamento e por isso mesmo o golo é limpo. Portanto uma falha grave com influência directa no resultado…. mesmo o que é preciso para mudar os discursos do país futebolístico.
Agora, no que diz respeito ao golo de Mantorras são completamente contra à opinião que diz que o angolano faz falta. Quando há o toque na bola o avançado do Benfica está afastado o suficiente do adversário para que o lance seja legal. Há, depois do remate, um contacto com o defesa em virtude do embalamento de Mantorras no ar. Liedson fez um golo algo semelhante na 15ª jornada contra a Naval, na Figueira da Foz, e que foi validado por… Paulo Paraty.
E pronto, a vitória justa e indiscutível com um erro grave de arbitragem está a um passo de, por completo, branquear o que de vergonhoso se passou nos últimos 4 jogos do Benfica. É assim que funciona o futebol português em virtude da mentalidadezinha patética e asquerosa dos anti-Benfica.
Vale tudo para achincalhar o Benfica, porque a falta de respeito, a incoerência e porque não dizer o ódio, é o que impera nos discursos.
Um lançamento mal assinalado ao Benfica é escândalo nacional, enquanto que se o Benfica for prejudicado por 4 jogos consecutivos – como o foi, para não falar dos 8 pontos em défice e da eliminação injusta da Taça de Portugal – e com influência directa no resultado, ninguém fala.
A arbitragem do jogo do Benfica foi claramente a pedido, ou seja uma “encomenda” – é assim há anos – para que agora se possa dizer que o Benfica é beneficiado, mas sem hipóteses de conquistar os títulos.
Acho graça é que agora já não se “deva beneficiar o ataque” e nem se “dê o beneficio da dúvida ao árbitro por estar tapado por vários jogadores”.
É engraçado ainda que o “não marcaram, mas tiveram muitas oportunidades e por isso é bem feito” já não faça sentido porque afinal a outra equipa foi prejudicada. O “não jogam nada e não podem ficar à espera do árbitro!” não serve para o Rio Ave.
Palavra final ainda para a memória selectiva do presidente do Rio Ave que se esqueceu de fazer uma exposição à Liga quando o Porto empatou em Vila do Conde 0-0 com um golo anulado curiosamente também a Evandro e depois de um centro de Chidi com a bola, claramente, dentro de campo. Enfim… coerências ou compadrios?!
Mete nojo esta gente, mete nojo este futebol, mete nojo este país.
NDR: O “Vamos fazer uma OPA ao Sporting!” deu origem à minha primeira grande gargalhada ao ver a transmissão do jogo pela TVI. Grande abraço ao autor da brincadeira que, confesso, já me tinha passado pela cabeça. Mas não foi só por este motivo que me ri durante o jogo, os comentários na TVI são a coisa mais patética e hilariante no futebol desde o discurso de Pôncio Monteiro no “Jogo Falado”. Mais 2 anos de futebol na TVI é a pior noticia dos últimos tempos depois da lesão grave do Jorge Andrade.
Ficha do Jogo:
27ª jornada da Liga Portuguesa
Estádio dos Arcos em Vila do Conde
Árbitro: Paulo Paraty (AF Porto)
RIO AVE: Mora; Zé Gomes, Bruno Mendes, Danielson e Milhazes; Niquinha, André Vilas Boas, Vítor Gomes (Ricardo Jorge, 57 m); Evandro (Gama, 87 m), Chidi e Gaúcho (Agostinho, 74 m).
SL BENFICA: Moretto; Nélson, Luisão, Anderson e Léo; Petit e Manuel Fernandes (Karagounis, 75 m); Manduca (Mantorras, 82 m), Simão e Geovanni (Laurent Robert, 63 m); Nuno Gomes.
Disciplina: Amarelos a Danielson (36 m), Karagounis (75 m) e Niquinha (85 m).
Golos: 0-1, Mantorras (90 + 2 m).
#publicado em simultâneo com os Encarnados
Odeiem-nos mais!
Que existe um clube em Portugal que arrasta mais multidões que o Benfica, já nós sabíamos. O Anti-benfica FC é o segundo clube de todos aqueles que não são Benfiquistas. Encontram-se em todos os cantos, desde jornalistas, a comentadores e relatores desportivos, passando pelo comum adepto.
O Benfica anda a ser levado ao colo, era o discurso das massas, desde o ano passado até há umas quantas jornadas atrás. De repente, como por magia a treta do colo desapareceu. Por magia? não, porque durante uma catrefada de jogos o Benfica ía sendo subtilmente (?!) prejudicado pela arbitragem (a tal arbitragem da qual apenas os sportinguistas, portistas e o resto dos anti-benfiquistas têm o direito absoluto e inalienável de reclamar). O silêncio nas hostes anti era ensurdecedor, intercalado com os sorrisinhos cínicos e gozadores da ordem, porque o objectivo único é que o Benfica perca. Justa ou injustamente? Que interessa isso? Interessa é que sejam travados a todo o custo. E se para isso umas quantas reuniões com Luis Guilherme e os eternos arguidos corruptos resolverem, porque não? Assim como assim, já todos chegámos à conclusão que o Apito Dourado é uma montanha que irá parir um rato, sendo assim vamos lá continuar com a senda da mafiosidade antes que o demo vermelho se lembre de ganhar algo de novo.
Desde golos em fora de jogo, golos marcados com o braço ou com a mão, pénalties não assinalados, de tudo um pouco o Benfica foi vítima. Evidentemente que aos olhos dos anti nada disso se passou. Sim porque só aos anti assiste a verdade. O que os anti determinam e decretaram que foi, é e será.
- Pénaltie? Ná, foi mergulho do Nuno Gomes. O gajo é useiro e vezeiro nesse tipo de coisas;
- Falta assassina sobre Petit? Big deal, uma perna partida ainda era pouco. Então e as que ele dá aos outros? - esquecem-se os donos da verdade que Petit sofre mais faltas que aquelas que comete. Desafio-vos a fazer as contas. Petit, a vítima favorita do arguido do Norte, que se esqueceu desse anjo chamado Quaresma ou até desse cidadão exemplar de nome McCarthy. Mas é claro, tudo isto é mania da perseguição dos que não são anti-benfiquistas.
- Mão na bola? Nem pensar, foi bola na mão. Mão na bola foi, inquestionavelmente, sem sombra de dúvida, claramente a de Luisão, o tal que cometeu falta sobre o Ricardo (ou terá tocado a bola com a mão? 1000 anos viverei e nunca conseguirei descortinar em que patamar é que o labreca se encontra, se no da estupidez infinita se no da mentira compulsiva), esse gigante malvado que nos roubou o campeonato o ano passado, gentilmente oferecido pela APAF;
- Golo em fora de jogo de Fogaça?, bola 10 metros dentro da baliza de Ricardo? Passe para golo com o cotovelo de Flávio Meireles? 'n' pénalties não marcados contra Tonel? Hummm, muito difícil de ajuizar. Há que se dar o benefício da dúvida aos árbitros. Afinal são humanos e errar é isso mesmo.
Num determinado jogo que vocês sabem Chidi impede a bola de sair, faz cruzamento que resulta em golo de Evandro, mas afinal e sem sombra de dúvida bola tinha saído. A celeuma, se alguma vez foi criada devido a essa jogada, logo ali morreu e não me lembro do Mora vir dizer que lhe assaltaram a casa.
"No outro Mundo", o dos roubos, colos, APAF's e afins acordam finalmente do sono profundo os paladinos da verdade desportiva, aqueles que pugnam pelo espectáculo sem casos, sem mentira, sem intrujice, mas atenção, só valem os jogos em que o Benfica participa, o resto é um fartar vilanagem,
- Ah, malandros, 2 golos limpinhos anulados em 2 jogos diferentes. Vê lá tu, um contra o Estrela, outro contra o Rio Ave - esses dois monstros do futebol que tudo fizeram para
Pela lei das probabilidades que assiste ao Benfica, quando somos beneficiados num jogo, somos prejudicados nos 3 ou 4 seguintes, daí não perceber o
Decididamente, deveríamos adoptar o slogan (assenta-nos que nem uma luva) que o América, o histórico clube do México, - provavelmente, o Benfica lá do sítio - mostra aos rivais através de tarjas nos estádios:
"Odeia-me mais"
Resultado das modalidades
VOLEIBOL Camp. Nacional – Play-off – 1/2 Finais – 1ºjogo
Vit. Guimarães 3–0 Benfica
ANDEBOL Camp. Nacional-24ªJornada
Benfica 34–20 Marítimo
BASQUETEBOL Taça de Portugal-1/8 de Final
Galitos 77–114 Benfica
HÓQUEI EM PATINS Camp. Nacional-24ªJornada
Cambra 0–4 Benfica
DOMINGO – 19/03/2006
FUTSAL Camp. Nacional-21ªJornada
Freixieiro 5–6 Benfica
Aonde andava este artista...
"Presidente do Rio Ave indignado: «Resultado é um mentira»
Paulo Carvalho manifestou hoje a sua revolta face à actuação da equipa de arbitragem no jogo com o Benfica, que os «encarnados» venceram por 1-0. O presidente do Rio Ave afirma que «o resultado é uma mentira» e promete expor o caso à Liga.
«O resultado é uma mentira. O Rio Ave está a preparar uma comunicação sobre o assunto. Não posso deixar de dizer que esta arbitragem causou muito mau-estar», afirmou Paulo Carvalho, em declarações à Renascença, salientando que o seu clube não pode sair prejudicado com a «pressão» que se faz sentir sobre os árbitros: «É verdade que houve alguma pressão colocada sobre o árbitro e sobre a arbitragem portuguesa nestas últimas semanas. Mas o Rio Ave e os clubes pequenos não podem ser vítimas dessas pressões. Os erros admitem-se mas não tantos como os que se verificaram neste jogo».
O dirigente considera que o clima de «pressão» não foi criado única e exclusivamente pelas declarações de José Veiga, atribuindo culpas igualmente à Comissão de Arbitragem da Liga.
«Não foi só José Veiga. Até pela própria Comissão de Arbitragem tem sido colocada pressão sobre os árbitros. Se não veja as nomeações que têm sido feitas, quer dos auxiliares quer dos próprios árbitros. A Comissão não tem defendido os interesses da arbitragem e tem prejudicado individualmente e de forma grave alguns árbitros portugueses», acusou."
in abola
A segunda pergunta é aonde estava esta marioneta quando no jogo contra os Andrades aconteceu a mesma coisa que ontem? Ou os 3 pontos contra os andrades são diferentes dos de ontem?
Ao resto da carneirada que se mostra tão indignada com o que se passou ontem, recuem até quarta-feira e resumam-se à sua insignificancia. Na quarta riram-se da nossa cara ontem foi o que se viu...
O Rio Ave não fez nada, niente para marcar um golo e veem me falar que o Benfica só ganhou por causa do arbrito? Agora não falam das inumeras oportunidades que o Benfica falhou? Já disse e torno a falhar para a carneirada metam o rabinho entre as pernas e calem-se!!!
O Benfica neste campeonato só foi beneficiado claramente em 2 lances, ontem no golo anulado e em Braga no penalty mal assinalado, em quantos lances já fomos prejudicados?!!! Lembram-se da sequência de golos sofridos pelo Benfica em fora de jogo?!! E os penalties por marcar?!!!
Quanto a dizerem que o lance do Mantorras é jogo perigoso devem ser os mesmos que no lance do Levezinho na Luz que disseram que foi penalty clarinho como a agua... Se o menos fossem coerentes ainda seriam levados a sério, assim não tem ponta por onde se lhe peguem!!!
Peço encarecidamente que revoguem o artigo que obriga o Moretto a jogar sempre! É tempo de meter o "varas verdes" a descansar no banco!!!
A sorte protege os audazes...